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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

"Diga não à Hinode"


Por trás da mídia favorável à Hinode, e das centenas de pessoas depondo para ratificar o modelo de negócios, ainda há muitos que encaram a empresa como uma farsa - e ao contrário do que parece, esse contingente dá mostras de crescer a cada dia, tanto nas redes sociais, quanto no YouTube e em blogs.

Afinal, um site já foi derrubado por isso. Mas há outros, como o blog "Diga não à Hinode", que busca encontrar e, até certo ponto, avisar as pessoas sobre a "farsa" que a Hinode talvez seja - do ponto de vista DELES. Para cada indivíduo, a experiência de consultor foi diferente e os resultados das vendas e do multinível também. Por isso, a ideia de generalizar o mercado pode ter sérios riscos - inclusive as consequências legais...

O blog "Diga não à Hinodê" (até o momento de feitura deste artigo ele continuava no ar) consiste - obviamente - de textos e vídeos que criticam a Hinode. Grosso modo, parece uma comunidade ou um fórum, em que são apresentadas opiniões diferentes sem que haja uma conclusão significativa. A primeira postagem, por exemplo, teve mais de 290 comentários, em sua maioria com uma visão defensiva, enfatizando o fato de como trabalhar na Hinode leva ao sucesso. Mas algumas pessoas reclamavam bastante, alegando que a Hinode faz uma “lavagem cerebral”, principalmente em indivíduos que moram em cidades pequenas e querem enriquecer em um tempo oportuno e rápido. Vale lembrar que o blog parece não estar mais sendo atualizado, visto que sua última postagem data de 19 de agosto de 2015 - isso não impede as pessoas de continuarem comentando.

Nos posts seguintes, o autor do blog, que não se identifica e sempre desvaloriza a marca, tenta desacreditar no que a Hinode faz aos consultores. E nos comentários a polêmica se instaura: um indivíduo, por exemplo, anonimamente, comentou: “que blog ridículo e esse? O dono não se identifica, parece coisa de concorrente despeitado...”.

É interessante ressaltar o quanto as pessoas querem comprar a briga, seja criticando ou protegendo a marca. Muitos comentários falam sobre a promessa de riqueza fácil, o que não acontece, segundo o autor do blog. Já outros tentam justificar a falta de sucesso que algumas pessoas constatam: “A sua falta de sucesso não é culpa de ninguém, nem da Empresa, pois você conquista na medida em que se esforça. Você não tem que depender de ninguém. Seja criativo, honesto, dedicado, trabalhe mesmo, dedique horas do seu dia em função de vender e apresentar a qualidade dos produtos, que tenho certeza que seu sucesso será garantido”.

Não só isso, mas o autor da página também mostra testemunhos de indivíduos que foram enganados por outras empresas de marketing multinível, como a Herbalife e o famigerado TelexFree. Nos próprios comentários é possível perceber que há controvérsias de opiniões, contrastando que muitos não sabem ao certo como apresentar argumentos convincentes. Um indivíduo citou as marcas dos perfumes vendidos pela Hinode, dizendo que não há certificado da Anvisa e que há muitas reclamações no site do Reclame Aqui sobre a empresa. Em contrapartida, consultores da Hinode compravam a briga, mostrando comprovantes da Anvisa e explicando como funciona o processo.

Em 20/05/2016, houve um comentário que nos chamou a atenção, ao afirmar que a Hinode deu mais problemas do que soluções: “Olá, tudo que foi escrito aqui nesse depoimento é a mais pura verdade pois eu fiz Hinode, gastei uma grana preta levando pessoas [...], [é] a mais pura ilusão do mundo, trabalhei incansavelmente dia e noite neste projeto chamado Hinode. Por favor, se você está querendo fazer esta porcaria não faça você vai gastar rios de dinheiro e não vai a lugar nenhum. Sem contar que vai perder vários amigos e iludir várias pessoas. Digo porque fiz Hinode de forma séria e profissional, mas graças a Deus abri os meus olhos antes de me afundar em dívidas”.

Já outra pessoa diz categoricamente, “Engraçado a maioria das pessoas aqui investem dinheiro em mega sena, bolão, tele sena, e outros jogos. Eu invisto o meu tempo na Hinode, nas franquias tem treinamento GRATUITO, temos pessoas de sucesso que abrem a sua casa e mostram o que alcançaram com muito trabalho e dedicação, eu já estou ganhando em média uns R$1.800 na rede fora as vendas e isso sem sair do meu emprego de carreira assinada. Isso é uma oportunidade, é para quem quer e não para escolhidos. 6 meses de empresa e tirando mais de R$ 2mil por mês, fiquem aí vocês com seus pensamentos, entrei para ganhar uma renda extra e já estou ganhando mais do no meu emprego de carteira assinada. Contra fatos não há argumentos!

No blog, entretanto, a tônica geral é que a de muitas pessoas não acreditam que se pode ter sucesso com a Hinode. Há também indivíduos que se decepcionaram por não serem compatíveis com o perfil ou não demonstrarem qualquer dedicação ao negócio. E outras que estão ganhando muito e tendo a sonhada estabilidade financeira, as quais insistem em demonstrar seus resultados, com dados financeiros e até mesmo postagens de conquistas materiais nas redes sociais.

domingo, 7 de agosto de 2016

Pelo fim da "otimização" do texto: o que os buscadores vão achar?

Ao recrutar profissional freelancer para produzir textos de blogs, os primeiros que descarto são os que possuem habilidades "SEO". Sim, esses que dizem "otimizar" o texto com aquela riqueza de detalhes, como a palavra-chave no parágrafo certo, o uso dessa ou daquela imagem, a orientação para a busca do usuário, os negritos...

Tem gente que estranha, mas considero sempre iniciar um blog meio longe dessas coisas de "SEO". Pode ser um grande preconceito, mas temo que chegue um dia em que os redatores só escrevam pensando no que os buscadores vão "achar". Talvez a pergunta devesse ser modificada: em vez de "onde está o texto bom para o Google?" deveria se indagar: "onde está aquele texto bem escrito, original, criativo, personalizado sem deixar de ser abrangente?" "Por que tanta gente acha que texto para web tem que ter essas características SEO para ser aceito"?

Se fosse para defender um partido, diria: sou do "PFOT" - Partido pelo Fim da Otimização do Texto para a Web. Claro que pode ser um caso isolado de um cliente frustrado, mas o fato é que todas as encomendas de textos que já fiz contendo essa tal filosofia maldita de trabalho com SEO foram textos que praticamente tive que reescrever quase na íntegra - não pode me achar o GRANDE corretor, mas simplesmente porque os textos sequer tocavam na pauta que eu pretendia que tocassem. Esses textos tocam no termo central da pauta, tocam nos detalhes que a gente descreve para embasar a pauta, mas não tocam no que interessa para o momento em que solicitei-o. Cadê aquele conteúdo significativo para o leitor, que trouxesse pelo menos uma coisa menos óbvia e menos encheção de linguiça para não chegar a lugar algum?

Nada. Apenas chavões, chavões, com ar de novidade. Isso é o que mais me impressiona nesses trabalhos freelancer...

Por exemplo, já solicitei textos, os quais, devido à riqueza de detalhes que dei, fiquei apreensivo, tamanha a expectativa de que os redatores entregariam coisa boa, com pelo menos uns 2% de novidade. Porém, quando me enviaram o resultado (até mesmo de empresas consideradas experts no mercado de redação), eu me decepcionei com a falta de criatividade generalizada.

Sim, reconheço que possa ter sido a filosofia "licitatória" que a gente muitas vezes é forçado a adotar: recrutar primeiro aqueles serviços que caibam no nosso bolso, aquele precinho que parece uma pechincha. Por outro lado, avaliando a viabilidade econômica de muitos projetos, como é que o gestor com orçamento limitado pode optar por um único texto caro (alardeado como excelente), quando encontra tanta oferta de 10 textos ao preço daquele um?

Dessa forma, tanto esses profissionais quanto os contratantes (clientes) se encontram numa encruzilhada: são prestadores de serviços textuais, em sua maioria jornalistas, professores de português, letrados, pedagogos, filósofos, administradores, donos de blogs ou sites, publicitários, entre outros, tendo que "rebolar" para conseguir ser escolhidos para uma missão ou para conseguir audiência. Muitas vezes, o prestador dos serviços não sabe direito nem a que se refere a missão, nunca redigiu texto algum sobre o conteúdo demandado. Mas se arvora a fechar o negócio, antes mesmo que o concorrente o faça, nesse disputado mercado freelancer, onde até os donos de plataformas de recrutamento precisam lucrar. Importa o trabalho conseguido, independente do nicho. Na hora H, um pouco de sorte, criatividade e Google nos ajudará (será?). O contratante, por sua vez, muitas vezes compra pelo preço que cabe em seu apertado orçamento e vai jogando em sua página, às vezes sem reflexão alguma (eu mesmo já fiz isso).

Como também prestador de serviços de texto, acredito que nem sempre dá para agir dessa forma. Pois, se assim for, o resultado será uma classe de clientes insatisfeitos, que, por não terem tempo, disponibilidade ou interesse em produzir bons conteúdos de próprio punho, acabam publicando o que compram, porque precisam preencher o espaço em sua página e porque o preço foi em conta. Eu prefiro tentar escrever e quando não der para fazer, reconhecer minha incapacidade e recusar um trabalho.

Não quero destruir a imagem do "SEO de textos", pois sei que esses trabalhadores têm sua utilidade, o seu valor. Nem quero destruir a imagem dos clientes que preferem estes, pois sei que num país como o nosso precisamos pensar duas vezes antes de investir tanto para tão pouco resultado.

Porém, creio eu que deva-se encontrar um meio termo para a questão, sob pena de tudo o que se encontrar na internet para ser lido não passar de uma coisa "amorfa", construída apenas para garantir as buscas que existem. É preciso que passemos a pensar um pouco no texto, no valor autoral, na inventividade do sujeito escritor, e não apenas nas análises das buscas, nos dados estatísticos do Google, por mais valiosos que sejam. Se publicamos apenas o que se busca, onde ficará a inovação, o pensamento próprio, ou talvez até o pensamento crítico? Nem sempre dá para se ter essas coisas juntas, mas quem sabe às  vezes?

Precisamos de conteúdos para alimentar nossos projetos. Mas quantos projetos hoje em dia dá mesmo gosto de ser apreciado, até mesmo por seus idealizadores?

domingo, 2 de agosto de 2015

Os blogs são somente infoprodutos?

Fala-se tanto em ganhar dinheiro com blogs que já não estou quase mais sabendo se realmente vale a pena blogar. Fala-se tanto em que precisamos nos tornar empreendedores digitais, como se única finalidade última de um blog fosse rentabilizar. Brinquei certa vez com um blogueiro profissional questionando o porquê dos blogs necessitarem de salvação (claro que entendi o ponto de vista dele). Enfim, devemos tanto criar Ebooks e outros "infoprodutos" que daqui a um tempo as bibliotecas todas não farão mais sentido algum.

Não sou contrário a blogueiro algum que crie seu conteúdo e ponha à venda os seus produtos digitais. Pelo contrário, escrevo estas linhas tomando todo o cuidado para não dar um tiro no pé. Digo mais: qualquer um pode perceber que meus blogs estão de certa forma inseridos nesse mesmo contexto, que é esse dilema entre escrever o que se gosta de escrever e escrever o que possa se tornar "comercial".
O que as vezes me assusta um pouco é toda essa "corrida pelo ouro", toda essa corrente da prosperidade que tem se criado em torno dos negócios digitais envolvendo os blogs. Essa grande tendência em somente ser priorizado o que tenha apelo comercial, independente de ser blog ou outro canal (YouTube, Facebook, etc).

Não quero dar uma de filósofo, mas nessa minha busca pessoal para entender certas coisas, tenho buscado listar o que considero ser algumas explicações para o fenômeno:

1. Crise no Brasil e expansão do acesso à Internet

Produzir um conteúdo, ganhar dinheiro com Adsense (que rende em dollar) e tantos outros afiliados é muito bom, ainda mais no atual contexto paradoxal brasileiro,  em que o desemprego tem aumentado, mas ao mesmo tempo tem aumentado o acesso à Internet de qualidade (a partir de um megabips).

De fato, há dois lados bons neste cenário: o primeiro é plantar uma semente na crise para colher um bom fruto quando ela passar (ou ficar "controlada"). O segundo é que quanto mais a Internet melhora em termos de acesso universal, mais mercado de trabalho terá para os blogueiros.

2. Escrever para ganhar

Minha impressão geral é que cresce a cada dia o número de blogueiros que só tocam um projeto se ele for viável economicamente. Faz-se um blog meio experimental sobre um nicho promissor, devidamente planejado, contrata-se os vários redatores freelancer disponíveis, gasta-se um montante com a base (domínio, hospedagem, etc) e pronto, vamos ver no que dá.

É por isso que há tanto blog utilitário dando certo. Por isso que toda pessoa que gosta de blogar (nome novo para a palavra "escrever" na internet) deve tocar menos os seus projetos de fruição literária, e mais os de enfoque utilitário. Este seria o meu terceiro tópico...

3. Cultura do "seja útil"

Como disse antes, além da vontade suprema de blogar para ganhar dinheiro, há toda uma cultura do ser útil. Se vai fazer um blog, faça um que possa ajudar as pessoas a resolverem seus problemas, seja pragmático.

Por isso é rica a gama de blogs que produzem conteúdos que se tornem aplicáveis à minha e à sua realidade: curso de inglês, curso de blogspot, curso de WordPress, curso de rádio técnico, curso de mandarim, como saber fazer, como buscar o sucesso nisso ou naquilo, auto ajuda, entre milhares de outras propostas.

Na internet, parece não sobrar tempo para a fruição, a não ser que seja para um filme ou vídeo musical. Os blogs não focam em fruição alguma (artística, literária, emotiva, enfim, chame do que quiser), o visitante precisa retirar algo de útil para resolver os seus problemas, pois foi para isso que ele acessou seu blog através do Google.

Para encerrar e ser breve, reafirmo que meu propósito não é lançar juízo de valor sobre esse cenário todo, mas somente o de pensá-lo. Vejo que, se estes são os nossos caminhos possíveis, a boa notícia é que há muitas vagas de trabalho disponíveis, para empreendedores cheios de boas ideias. Este mercado está aberto e somente precisa de interessados (em entregar bons infoprodutos e merecer ganhar dinheiro).

Quem vai julgar esse mercado é o próprio mercado. Ele é a grande peneira.

domingo, 19 de julho de 2015

Angústias religiosas

Este é mais um daqueles textos que poucos vão ler, por conta da nossa tendência moderna de não lermos mais nada que ultrapassa as 300 palavras. Mas eu estou pouco me importando se vou ser lido daqui a um mês, daqui a um dia, ou daqui a um século por alguma alma abnegada de tempo, para desfrutar de uma simples opinião escrita numa madrugada insone.

Na verdade, tem muito blogueiro hoje que já não escreve sem pensar no padrão "Google" de ganhar audiência (eu sei que dinheiro é importante, mas também é importante o não ter dinheiro, uma vez que dinheiro não é tudo). Estou dentro do Google, porque o Blogger é um "terreno" dele e deveria seguir a tendência. Mas já que me está sendo dada a palavra escrita, vou pedir licença para não pensar numa linha de SEO para blogar.

Não era para eu ter iniciado desse jeito um artigo que não tem nada a ver com blogar. Quero falar de religião ocidental de matriz chamada cristã (não sei se a expressão existe,  mas é que hoje é preciso ser politicamente correto até para falar de religião, já que ela também está dentro do relativismo...).

Não nego que nos últimos meses venho sentindo abalos em minhas convicções religiosas. Com isso, não pretendo dizer que quero me afastar de Deus, muito pelo contrário. É que quanto mais eu tento aprender o mínimo que seja do chamado cristianismo ou do chamado judaísmo, ou das divergências existentes nessa seara, mais me vejo como um ignorante.

Ultimamente, até a palavra pregada pelo pastor da minha denominação não vem me satisfazendo. Não pretendo ser mais um desigrejado, mas considero salutar beber em outras fontes, sempre que possível.  Por não me sentir mais plenamente satisfeito em meu "ministério" sinto a necessidade de optar por uma linha de conduta, ao mesmo tempo em que sinto vontade de mudar de opinião, apesar das pressões externas, muitas vezes movidas por dogmas que se querem ser imutáveis (será que os são mesmo?). 

É até difícil de explicar, por isso não quero embromar. Por exemplo, a questão do batismo da maneira pentecostal, que há nove anos vinha sendo convencido a acreditar que é o único válido. No fundo, nunca me senti convicto de que iria acontecer comigo. Já chorei, já senti Deus "falar" comigo de alguma forma em momentos diferentes da vida, mas nunca me senti capaz de exercer esse dom de falar "em glossolalia", como os pentecostais genuínos falam (ainda que de uma maneira diferente da que é retratada em Atos 2). Dessa forma, na doutrina pentecostal, eu nunca fui batizado.

A coisa do chip, das marcas de produtos ou de coisas como encontrar em todas as notícias do mundo uma mensagem subliminar de alguma forma de dominação ou arquitetacao ligada ao apocalipse. Sinceramente, há tempos que discursos nessa linha não são digeridos por mim.

A doutrina dos dízimos e ofertas, outro dilema. Por que tanto se diz que "negar para Deus" é ter uma espécie de amor ao dinheiro ou ser avarento ao máximo? Por que em vez deles dizerem que existe a obrigação do dízimo para Deus (como se fosse Deus que vai administrar as verbas), eles não são mais claros, tipo assim: "irmãos, precisamos pagar isso é aquilo, precisamos garantir o salário do nosso pastor, precisamos mandar dinheiro para um missionário na roça e quitar o Ipva do carro da igreja, por isso precisamos pedir aos irmãos que dêem"? Ou seja, até que ponto a escritura bíblica não está mesmo sendo usada para justificar a manutenção de um status quo de um certo "costume financeiro"? Não estou afirmando que dinheiro faz mal para uma igreja, não estou dizendo que o dinheiro é dispensável para alguns de nós. Não estou dizendo que todos são gananciosos. Mas por que as "obras de Deus" na terra não mudam essa forma de lidar com dinheiro?  Será que é preciso pedir dinheiro a cada culto? Por que igrejas como aquelas similares à Universal e tantas outras não desaceleram um pouco esse tipo de doutrina?

Reconhecer que toda organização religiosa precisa se sustentar com verbas em multirão e reconhecer que alguns líderes dessas organizações precisam de sustento são uma coisa, não nego que as organizações precisam de capitalização. Mas insistir na tônica de "é preciso dar a Deus o que é de Deus" da forma como basicamente se percebe hoje, eu considero uma anomalia da religiosidade que se diz ser cristã. Eu considero uma aberração. Para que uma igreja precisa "bater meta"? Isso é coisa de "obra de Deus" ou empreendimento comercial? Por que não se multiplicam pastores que fundem igrejas que só peçam o mínimo para sobreviver? Por que Edir Macedo, RR Soares, José Wellington ou qualquer outro líder de "grandes rebanhos" (nem queria citar nomes para não acharem ser perseguição) precisam se tornar modelos de homens "empreededores"? Da forma como se entende ser empreendimento hoje, os cristãos precisam é de anti modelos...

A questão do cristianismo: será que nós, homens, inventamos um cristianismo do qual Jesus se envergonharia se estivesse hoje, corporeamente em nosso mundo? Parece que há uma compreensão latente de que Jesus veio para "acabar" com o judaísmo, como se o judaísmo estivesse em falha e se a solução para a salvação fosse o chamado cristianismo, que nem foi Jesus quem inventou... (Oh, meu Deus, que essa inquietação não seja reputada como rebeldia!).

Ademais, por que se prega tanto uma fé de resultados neste país? Por que esses que pregam resultados, que dizem que resultados requerem algo como o "sacrifício de isaque", rechaçam aqueles que desenvolvem um culto racional, mas efusivo no tocante aos dons de línguas "estranhas", aos "mantos de poder", ao gritar, saltar pular na unção? E rechaçam o viver ascético do homem na terra, o viver sem a sanha de virar empresário,  mas se contentar em ser empregado?

As liturgias de cultos de matriz cristã: senta, levanta, repete, bate palmas, canta, dança, sapateia são tão valorizados para uns e tão abominados para outros.

As mudanças de igreja ou, sendo mais claro, a "rotatividade denominacional" (também não sei se a expressão já foi cunhada): tenho um amigo pastor que dizia sobre alguns daqueles que trocavam de placa denominacional: "se fulano mudou de igreja com a desculpa de que o Deus é o mesmo, isso não é bem verdade: mudou porque o Deus era diferente". Se me perguntassem o que eu acharia no tempo em que pensava assim, eu também consideraria um erro mudar de igreja. Hoje já me considero mais flexível a este respeito. Tanto que sou capaz de dizer (se fosse pastor): "Meu amigo, se está investigando os aspectos e sente no coração de avaliar uma outra placa denominacional, vá em frente, pegue sua carteira de membro ou sua carta e vá lá. Se quiser voltar e ficar conosco bom, mas se não, continuaremos bons amigos". Eu gostaria que os pastores mudassem de atitudes quanto ao "perder" ou "ganhar" ovelhas. Essa metáfora das ovelhas  do pastor é poética,  muitas vezes soa destoante demais, por isso precisamos aceitar os fatos. É como se membro fosse gado, que precisasse ser guiado pelo berrante ou pelo grito do dono ou do cuidador. Devemos ser ovelhas e respeitar o pastor,  mas até aí. Ovelha não pode significar passividade, aceitação de tudo, só porque foi o pastor que está direcionando. Não é uma questão de rebeldia. É uma questão de simples bom senso.

Este é o pequeno resumo de algumas agonias religiosas pelas quais tenho passado. Sei que são somente o princípio de um processo e que não tem nada a ver com revolução dos costumes. Não estou querendo fundar nada, nem transformar uma experiência pessoal em mote para interromper o caminho dos outros.  Que Deus abençoe a todos.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Blogueiros escritores, iniciantes e copiadores


Vou sair em defesa dos blogueiros iniciantes de novo. E em defesa dos escritores todos.  Partindo do segundo ponto, vale dizer que a diferença que parece existir entre blogueiro e escritor reside basicamente no tempo e no veículo utilizado. O tempo que alguém tem de experiência com escrita pode determinar se ele é ou não um escritor. 

Dimensionando isso em números, podemos afirmar, por exemplo, que uma pessoa que escreve lá seus diários pessoais em um blog por três, quatro ou bem mais anos - e não pensa em parar - já pode ser considerada uma escritora. Isso vale para diários, vale para receitas culinárias, vale para metablogagem, vale para resumos jornalísticos, vale para muitos outros gêneros textuais. Só não vale para quem copia, claro. Ainda bem que até o Google Panda irá dar uma força aos produtores de conteúdo para a web sobre este aspecto. Dar uma força para muitos e atrapalhar outros bocados. 

Aliás, aproveitando a deixa, eu tenho uma opinião formada sobre quem copia, me desculpem se soe como preconceito: é exagerar demais na medicridade. Todo estudante costuma fazer o que pensa ser "pesquisa escolar". Mas esquece de que hoje em dia o segredo está exatamente nesse ponto: de você se ver diante de uma multidão de informações para ler e saber pegar um fragmento delas e, a partir, daí transformar isso em alguma coisa que foi você mesmo quem elaborou ou formou!!! Ou seja, trocando em miúdos, os estudantes quintanistas da vida precisam transformar um monte de informação em uma massa mais homogênea de opinião formada. 

É isso que está sendo difícil...Mas deixa pra lá, o problema continuará sendo meu e seu, e dos seus filhos e seus netos... O segundo aspecto diferenciador mencionado antes foi o tipo de veículo.  

Apimentando a discussão sobre se blogueiro é ou não escritor, eu diria que um blogueiro é escritor, desde que atenda ao primeiro requisito exposto (o tempo de blogagem) e desde que tenha a consciência disso. Ponto. De alguma maneira eu sei que cada um acaba achando o motivo adequado para se auto-classificar como tal. Portanto, além do tempo de vivência com a língua escrita, o que diferencia o blogueiro do escritor é que "escritor", na acepção convencional que nos aculturamos a tomar como correta, só escreve aquilo que vai para o papel. 

E onde é que entra o blogueiro iniciante, este que adentrou pela primeira vez na blogosfera, criando seu primeiro blog? 

Ele entra do jeito que deve sempre entrar: devagar e sempre. Se eu tivesse gabarito para dar algum conselho ao iniciante, era isso que apontaria, porque a palavra estaria sendo como um bulmerangue (indo e voltando): "comece devagar, aproveite o seu tempo para escrever, não desanime, se não encontrou o perfil de blogagem que mais se encaixa com seu jeito. Continue pesquisando-se e pesquisando os outros. Se você está pensando em ser bem sucedido, melhor ir trabalhar em outro ramo, porque nem blogar nem escrever dão tanto dinheiro assim em curto e médio prazo, mas vale a pena escrever por prazer. Sua constância neste espaço é que vai determinar se você será um escritor ou prefere imergir em outras instâncias da vida, seja dentro ou fora de internet".

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Agora é Mais Blogueiro

A partir de hoje, o blog "InfoWebMais" deixa de existir, para dar lugar ao "Mais Blogueiro". A tentativa é bem simples: adequar o nome do blog ao conteúdo que ele já tem e continua sendo produzido, sempre tendo a certeza de que título algum vai resumir tudo, até porque pouca coisa pode ser apenas resumida nesta vida. A outra meta  também é bastante humilde: ampliar o espectro de produção de conteúdo, acrescentando outros temas com os quais tenho relativa afinidade, como literatura, crônica do cotidiano e notícias gerais que forem do nosso interesse. Mas é claro que essas empreitadas não são nada fáceis.

No mais, de radical, nada vai mudar. Se fosse para acrescentar mais um comentário ao título escolhido, poderia dizer apenas que o "Mais Blogueiro" não significa nada que possua relação com ranking. A pretensão não é ser nem o "Mais", nem "o" Blogueiro, nem ser "Mais Blogueiro" do que os outros blogueiros, as outras pessoas...


domingo, 11 de novembro de 2012

Como discutir cópias e plágios de blogs/sites com eficiência

Vou falar de cópias e plágios*. Às vezes, considero a preocupação de blogueiros/editores em não ser copiados exagerada. Discorrem, discorrem, discorrem e os copiadores continuam aproveitando aquilo que for útil para eles, copiando tudo o que dá acesso e que possui alguma chance de dar dinheiro, através da monetização do espaço, como todo mundo faz, de grande jornal a pequena/invisível mídia, como esta. Eu mesmo faço isso, sempre privilegiando por citar a fonte, embora os especialistas dizem que isso seja inútil (mesmo assim, eu vou continuar fazendo, até que surja uma legislação plena a respeito, capaz de nivelar a todos os blogs/sites com a mesma trena). Já copiei conteúdo que considerei relevante em algumas áreas que me interessam informar (pelo menos a mim mesmo). É bem provável que não tenha jamais copiado alguma coisa de gente que combate ao plágio e à cópia, embora já deva tê-las citado em alguns momentos, porque são gente competente.

domingo, 9 de setembro de 2012

O blogueiro e o vendedor de perfumes: conheça a UP! Essência


Deus quer sejamos pessoas corajosas, Ele não tem aliança com covardes. Desde que passei a acompanhar os treinamentos da UP! Essência, mesmo sem representar a empresa,  cada vez mais me convenço disso. A proposta da companhia é singular e muita gente ainda vai ouvir falar muito dessa marca, não precisarei nem descrevê-la aqui, até porque o site é extremamente completo, fácil de utilizar e moderníssimo. Sem falar que este post nem é patrocinado e, ressalto de novo, não faço parte do grupo, nem pretendo fazer. 

Você nem sempre vai ser levado a fazer tudo aquilo que apenas está acostumado (ou acomodado) a fazer. E, o que é ainda melhor: você sempre vai se surpreender com o que é capaz de fazer, onde é capaz de chegar, com quanto é capaz de ganhar em termos financeiros.



O que é que tem a ver blogar, ganhar dinheiro, metablogagem, internet com essas coisas? Tudo a ver. Este blog tem discutido sobre finanças, não porque dinheiro é o centro de minha vida. Este blog tem discutido sobre blogagem não porque blogar é a coisa mais importante da vida. Este blog tem tratado de assuntos relacionados com o uso da internet mas não passo 24 horas por dia conectado. E, portanto, este blog hoje vai falar sobre ganhar dinheiro, sem precisar blogar, até porque nunca aconselhei pessoa alguma a tratar um blog como sua fonte de renda, nem se isso fosse possível em curto prazo...

Conheci essa marca de um jeito esquisito, sem saber que a marca era a marca. Um dia apareceu um vendedor no meu setor de trabalho. Soube, alguns meses depois, que naquele momento esse vendedor era recém-ingresso na UP! Essência, vinha cheio de frustrações financeiras, desertos que passou na vida, etc, etc. E, pasmem: eu nem dei atenção a ele, nem quis conta, estava (e ainda estou) tão apertado que não tinha tempo para cheirar perfumes e muito menos desembolsar R$ 79,00 por um frasco de 50 ml. Lembrei-me dele meses depois, motivado por uma pessoa que vinha procurando uma maneira de investir na venda de cosméticos, porque, afinal, trata-se de um setor que vem há décadas sendo muito próspero.


Mas voltando à forma de abordagem do vendedor e à minha pauta, diria que é a mesma coisa de blogar. Somos vendedores. Uma primeira diferença se revela no tipo de "veículo" que utilizamos, quer seja passivo ou ativo. O blogueiro, por mais que divulgue tudo o que faz n vezes por dia, geralmente é um vendedor de posts passivo (tirando os blogueiros que palestram, ensinam presencialmente, fazem locução, videos, etc). O vendedor de perfumes jamais pode se acomodar ao computador ou ao catálogo, ou à bolsa de amostras, até pela natureza do produto que vende. Só quem é vendedor ativo sabe do que estou falando. Ai das empresas se essa gente não existisse! Enquanto blogueiros, temos muito a aprender com todos os vendedores brasileiros, excluindo-se da categoria, claro, os picaretas.



O blogueiro, se ainda não faz isso, deve assim proceder na sua relação com o leitor e na sua relação com suas "criações". Ou seja, quando você escreve seu artigo começa a "sair por aí" "vendendo" o seu texto. As redes sociais e os agregadores de links funcionam na prática desse jeito: é como se você entrasse num prédio e fosse passando de setor em setor falando assim:
- Pessoal, vocês não querem ler a minha última novidade, vão lá, me visitem! O endereço é xxx, não precisa pagar nada para acessar.

O que dá no mesmo se fosse um vendedor de perfumes chegando de setor em setor e oferecendo seu produto, tirando a parte que fala de pagar, porque há um bom produto em jogo (espera-se...). 

A segunda diferença é a necessidade: quem fica sem blogar por um dia, ou três, ou dez ou cem e sente uma tremenda falta? Muita gente não sabe nem o que é blogar! Agora, me responda: quem fica um, dois, três dias sem usar um perfuminho? 

Uma terceira diferença - similar ao que até já disse antes - é o tipo de relacionamento com o "produto" que "vendemos". Falando no jargão dos consultores e campeões de vendas da UP!, quando vendemos um produto é como se déssemos a ele as pernas e a boca que ele não tem, a relação com a marca tem que ser um pouco familiar. Enquanto blogueiros, repito, nós já fazemos isso com nossos posts toda vez que os divulgamos, mas a nossa relação com os esses textos tem que ser a mais coerente possível, ainda que paire no ar a frieza do mundo digital. Afinal, como eu posso ensinar a ganhar dinheiro com blogs se eu não gosto de ler os outros, nem gosto de ler livros, prefiro textos com muitas figuras, nem releio frequentemente os meus textos e - pior - sequer já saquei pelo menos os primeiros R$ 1.000 de blogagem? Da mesma forma, o vendedor de perfumes tem a obrigação de usar o que vende, sob pena de "vender o que não compraria". 

Tudo isso foi escrito somente para dizer o que senti com o sistema de trabalho da UP! Essência: ele me pareceu juntar dois fatores essenciais: um produto de qualidade que o vendedor sente prazer em também usar no corpo e uma possibilidade de ganhos sem igual no Brasil (quantas vendedoras de Natura ou de Avon você conhece que alcançaram os três ou quatro dígitos em um ano ou dois?). Desejo ótimas vendas a cada um que se credenciar nessa proposta lucrativa de marketing de rede. E que cada vez mais tenhamos blogueiros na blogosfera, inclusive os vendedores de perfume.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Blogar para os outros

No final de agosto (31) do ano passado, comemorou-se o BlogDay, mas não iremos  recomendar aqui cinco bons blogs para ninguém, pelo menos neste momento. Deixemos essa tarefa para os leitores de blogs, em especial para os leitores de bons blogs. Como se aproxima o próximo BlogDay, limitarei-me a traçar aqui algumas considerações sobre a própria tarefa de blogar em projetos paralelos.

O que inicialmente chamei de "tarefa de blogar em projetos paralelos" pode ser claramente definida como sendo o exercício laborativo de todo aquele que produz conteúdo para outros blogs, além do seu próprio. Em outras palavras, estamos tratando do que diz respeito a todos aqueles que encaram o negócio de blogar como uma atividade profissional. Por princípio, esses profissionais devem reconhecer que estamos em uma fase ainda não tão "confortável" e poderíamos encontrar diversos fatores para explicar isso, desde os mais simples (concorrência, falta de foco), quanto os mais complexos (falta de investimento, despreparo técnico, indisciplina na produção, etc).

O presente artigo é apenas uma pequena reflexão sobre uma percepção pessoal: muitos blogueiros não se sentem estimulados a trabalhar no blog dos outros. Afinal, "por que muitos não gostam de escrever no blog dos outros?"

Porque:

1º - Escrever no blog dos outros não é atrativo para muitos, porque não há retorno.

Isto é verdade, na maioria dos casos. O que você ganha com esses guests posts é algo muito bonito, do ponto de vista da sua reputação e, no longo prazo, isso pode lhe render alguma conversão. Mas ninguém vive de guest post, por menos romântica que seja a sua visão de colaboratividade na web. Todo mundo tem uma fatura no final do mês! No entanto, se o blogueiro optar por se engajar no negócio de blogar para terceiros, que o faça por opção pessoal, e não vislumbrando um modo tranquilo de ganhar dinheiro. Por falar nisso, esqueça essa utopia de se ganhar dinheiro de modo tranquilo na blogosfera.

2º Escrever no blog dos outros não é atrativo para muitos, mesmo com liberação de códigos do Adsense ou de outros programas do tipo.

Mesmo para propostas bacanas de colaboratividade em blogs com permissão de inclusão de publicidade própria, o ganho nem sempre é garantido. Aqui, mais uma vez, o que realmente motiva o blogueiro é a capacidade real de crescimento dele próprio, enquanto produtor de conteúdo para determinados nichos. Então, vista como oportunidade profissional, vale a pena a colaboração em propostas desse tipo, até porque as promessas de ganhos vão depender de duas diretrizes essenciais: sua constância em produzir material novo e a capacidade do blog hospedeiro de atrair leitores, tráfego, acessos, ser buscado, citado, divulgado, etc. Geralmente, essa modalidade de negócio dá resultados ($), ou seja, seus códigos publicitários recebem a conversão necessária, ainda que aos poucos. De qualquer forma, é de grão em grão que Deus também abençoa os blogueiros honestos! O que não deve acontecer, pelo menos nos longos primeiros anos, é o blogueiro considerar isso como um vencimento mensal, porque não é. É mais uma renda que vem a qualquer momento, fora do seu orçamento fixo.

3º Escrever no blog dos outros não é atrativo para muitos, mesmo com pagamentos reais por "peças textuais" elaboradas.

Um dia chamei dois blogueiros para um negócio do tipo "escreva-e-ganhe-por-texto". Eles disseram que iam pensar. Resultado: nunca mais me responderam. E conjecturo o porquê:
a- Eles perceberam que na blogosfera de conteúdo pago se batalha bastante e os ganhos não correspondem ao que se pensava advir de uma atividade que talvez tivesse algum status de "nobre" (a atividade de escrever?) e
b - Eles perceberam que, no Brasil, quando não se é um Veríssimo (ou um João Ubaldo Ribeiro ou mesmo uma Maria Betânia), nessa coisa de ser bem pago por uma publicação, o negócio é mais embaixo...
Depois de tudo isso, vale ainda a pena eu blogar em projetos paralelos? É crescimento ou é desestímulo profissional, como pergunta o título?
Respondo: é crescimento! Claro que sim. Se você for convidado a trabalhar no projeto dos outros, vá. Não estou aqui para desanimar ninguém, até porque como já ficou bastante enfatizado, crescemos profissionalmente com isso. Só recuse se não tiver tempo para cumprir o mínimo necessário ou exigido de você.

Artigo publicado originalmente no blog Oportunidade Profissional, em 1º de setembro de 2011. Foi editado aqui, em parte.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

O Blogspot e Alphonsus de Guimaraens


Não chore pelo domínio que deixei morrer, rsrsr. Continuaremos a ser o bom e velho blogspot, de onde o InfowebMais jamais deveria ter saído. Quando o Google resolver cobrar por ele (além do que já cobra), quem sabe não permaneceremos?
 
Murchando as flores ao tombar do dia

O volume de florescimento (produção de posts)  não vai murchar, nem crescer de uma maneira desproposital, ficando com ou sem o domínio ponto.com. Ao tombar dos dias, vamos permanecer sendo quem somos. Mudou a placa, mas a casa continua sendo a mesma. Uma casa até poética, tratando de coisas sérias, como a blogosfera, ou de coisas mais lighs para usufruir, como a poesia brasileira.

Dos laranjais hão de cair os pomos

 Os pomos, com fé em Deus, continuarão caindo dos meus laranjais!

Lembrando-se daquela que os colhia. 

Lembrarei do domínio ponto.com, que estava colhendo. Mas essa lembrança vai durar só até os buscadores não voltarem a nos indexar como blogspot.  Mas se pararem de indexar, não vai ter problema. Escrever é um ato solitário, não acha Alphonsus?

As estrelas dirão - "Ai! nada somos / Pois ela se morreu silente e fria.../ E pondo os olhos nela como pomos / Hão de chorar a irmã que lhes sorria.

Esta é uma das vantagens de ser um independete blog, pelo qual não há "estrelas" para chorar. Vou sofrer menos do que as estrelas de Alphonsus...

A lua, que lhe foi mãe carinhosa, / Que a viu nascer e amar, há de envolvê-la / Entre lírios e pétalas de rosa.

Aqui vai um toque de auto-ajuda para todos os blogueiros do Brasil, só que de uma forma altamente metáfórica/alegórica: A LUA VAI LHE SER MÃE CARINHOSA, VAI TE VER NASCER E AMAR. ELA VAI TE ENVOLVER ENTRE LÍRIOS E PÉTALAS DE ROSAS.  Entenda a lua como literariamente você preferir...

Para isto, bastará você continuar fazendo o de sempre: blogar. Não é que ter sempre um conteúdo seja melhor do que ter nenhum, mas é que ter sempre conteúdo é melhor do que ser um parasita qualquer. Porque parasitose demais faz mal...
 
Os meus sonhos de amor serão defuntos... / E os arcanjos dirão no azul ao vê-la, /  Pensando em mim: - "Por que não vieram juntos?".

Ainda não temos tempo para pensar em ir embora junto com o domínio ponto com. Os nossos sonhos ainda não estão defuntos. Mas que os arcanjos (se existirem mais de um mesmo) continuem auxiliando o Todo Poderoso e sendo também grandes adoradores no céu...  

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Passeio pela blogosfera com o Make Up To Kill







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Vender perfumes é um ofício que não sairá de moda, pelo menos enquanto existir gente no mundo. Amplio a afirmação: cosmético não sai de moda, sejam quais forem as suas variações: das maquiagens, hidratantes aos cremes de tratamento, os xampus, os condicionadores e o que as mulheres indicarem. Embora não seja um universo exclusivamente feminino, parece ser ainda elas quem dominam esse setor, se não como inventoras, pelo menos como consumidoras das mais assíduas e, por isso mesmo, dignas de ter a opinião levada muito a sério.


É mais ou menos por conta de considerações como estas que percebo o quanto um blog sobre  "truques e dicas sobre como as mulheres podem ficar mais lindas" tem todos os ingredientes para dar certo. Basicamente é o que está acontecendo com o Make Up To Kill, da baiana Leilane Estevam, que em apenas um ano demonstrou a que veio – e espero que venha para ficar.

Estar assentado em um terreno que conhecemos muito bem pode significar a diferença entre um blog promissor e um blog que surge como fogo de palha. Uma das razões para um blog dar certo é justamente ter essa consciência, pois afinal, sabemos que escrever sobre o que gostamos é muito mais gratificante do que escrever por obrigação. Isto está evidenciado no Make Up To Kill, desde o primero post:

"Quem me conhece, sabe... Não vivo sem maquiagem desde que ainda chupava bico. Ja acordava maquiada, sem tomar café, sem pentear a juba, mas já tava toda trabalhada no batom.kkkkkkk
E como sempre tem aquela amiga  do: Me ensina a fazer isto! ou Faz minha maquiagem! decidi dar a minha contribuição criando este blog exclusivamente para dar dicas de maquiagem e de produtinhos basicos e acessiveis para nós, mulheres, que desejamos Make Up To Kill!
Entre artigos, teses, maquiagens e experimentos, vou postando alguns truques e dicas para nós mulheres e monas loosho que adoramos fechar e jogar a chave fora".

Ficha técnica
1. Conteúdo (Qual é o blog? Do que trata?)
O Make Up To Kill traz um conteúdo voltado para o público feminino, demostrando muita competência na tarefa a que se propõe a fazer: disponibilizar às visitantes “dicas e truques para você ficar ainda mais linda”. A autora, que também é bióloga, mostra que entende muito bem acerca do “ecossistema” no qual se insere: aborda o assunto com uma linguagem carrega de leveza, informalidade e, por isso mesmo, propriedade (pois nem sempre discorrer formalmente sobre alguma coisa significa audiência). Fala direto com o seu público, numa espécie de conversa bem arrumada, que dá um caráter essencialmente pessoal a cada postagem.
2. Tempo de existência
Está na ativa desde abril de 2011, portanto, passou na primeira prova dos doze meses.
3. Fluxo de postagens
A produção é volumosa para treze meses de existência: foram 199 postagens até a última acessada, média de 15 postagens por mês.
4. Interface básica
Embora um blogspot, tem a cara típica de um blogspot, por sinal, muito eficiente: banner superior com a logomarca do blog, e-mail de contato, autoria. Incluiu logo acima um banner que redireciona o blog para uma de suas primeiras incursões no e-commerce, a “Loginha MakeUpToKill”. Preenchendo a lateral direita, entram em campo uma série de marcas parceiras, todas ligadas ao nicho temático do blog ou áreas afins.
5. Monetização
Diferentemente de muitos blogspots que conheço, nada de afiliados convencionais. O Make tem apostado até o momento em outros direcionamentos que podem – e geram – conversão: a venda direta dos produtos. O blog não oferece a estrutura de comércio eletrônico mas o piloto que ali está pode ser promissor, dando margem à profissionalização do espaço.
6. Potencial social
Amplo. Blogs Muitas seguidoras no Google Friend e certamente muita afinidade com outras redes sociais.
7. Domínio
Como já disse em outros casos parecidos, ainda é um blogspot, mas isso não é relevante no momento. O domínio escolhido é relevante.
8. Conclusões breves

Blog novo e muito bom, tem tudo para continuar dando certo na linha escolhida pela própria blogueira. Desbanca muitos veteranos da blogosfera (considero “veterano” quem passa dos três anos de blog), demonstrando uma popularidade, certamente fruto de uma rede prévia de contatos, que por sinal é um dos melhores canais que alguém pode ter para começar qualquer projeto de divulgação de conteúdo ou mesmo de comércialização de produtos. Vida longa ao MakeUpToKill!


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sábado, 21 de abril de 2012

Como ganhar dinheiro com o Facebook



Apesar de muitos conhecerem o Facebook como uma simples rede social que serve para a comunicação entre amigos e compartilhamento de informações, eventos e fotos, saiba que ele é muito mais do que isso.
O Facebook foi criado há pouco tempo e abalou a popularidade de outras redes, como o Orkut, o qual no Brasil, podemos dizer que praticamente deixou de ser utilizado por muitos antes fiéis usuários. 



Mas o diferencial mesmo da rede azul norte-americana é o fato de se poder ganhar dinheiro com ela diríamos até facilmente, se compararmos com as "formas" do Orkut, por exemplo. Principalmente pelo fato dela estar demonstrando ser atualmente mais eficiente na tarefa básica de interligar usuários do mundo inteiro. Afinal, já conhecemos a sequência lógica do que estamos falando: quando uma pessoa compartilha uma informação em seu perfil é possível que muitas outras façam o mesmo e assim a tal “informação” se espalha como areia de praia quando bate o vento.

Diversos serviços prometem levar os usuários do FB a ganhar dinheiro. Entre eles, podemos de cara citar o shopping virtual da E-like e a Kauplus. Quem necessita priorizar o seu negócio real inserindo-o massivamente o mesmo no mundo das redes sociais, deve conhecer os serviços dessas empresas, pois valem muito à pena. 


Isso sem falar na possibilidade de realização de propagandas em longa escala de produtos que são feitos artesanalmente. Tem muita gente, por exemplo, que descobriu uma forma de mercantilizar suas produções que antes se vendiam mais pelo sistema boca-a-boca. É o caso daqueles que fazem salgados/doces, caixas de presentes, quadros decorados, chocolates, etc, para vender e utilizam a ferramenta social para apresentar seus produtos, inicialmente voltados à sua própria rede de contatos. Com isto, têm conseguido cativar uma grande quantidade de clientes.


Outra excelente opção são as lojas virtuais, algo tipo o que a plataforma Lomadee já faz em matéria de distribuição de anúncios, ao disponibilizar conforme o gosto do afiliado um portfólio de publicidade sob os critérios do "dono do perfil" (alguns dirão que o dono dos nossos perfis depois de entrarem no FB é de Zuckeberg, outro dirão que é do mundo, fazer o quê?).

Do mesmo modo, tem gente viralizando seu mercado multinível, como no caso dos vendedores da linha Up! Essência e de tantas outras marcas. Ou seja: é possível revender produtos que já tenham uma marca exclusiva e - digamos mais - dependendo da quantidade vendida de determinado produto, é possível ainda barganharmos descontos inimagináveis em modalidades de vendas diretas convencionais. 




Voltando ao Lomadee, basicamente há modalidades de ganhos similares às do Adsense/Adwords, que insere publicidade em sites e blogs. Ou seja, é fato que alguém consegue vender publicidade pelo Facebook, da mesma forma que funciona o Adwords do Google. Quando se publica uma informação e um usuário a procura, automaticamente a empresa divulga esta informação como sua, e assim são gerados acessos, o que automaticamente gera lucros para divulgador. Porém, para se ganhar dinheiro desta forma, é necessário ser além de um usuário normal: exige-se um pouco de experiência em técnicas voltadas para a internet (conhecimento de SEO, por exemplo).


Recentemente foi feita uma materia na revista Istoé Dinheiro, que dá todas as informações necessárias para que se possa ganhar dinheiro simplesmente utilizando a rede social, e ainda sem necessitar de grandes investimentos. Da mesma forma que funciona com blogs e sites, o Facebook pode garantir o sustento ou a complementação de renda de muitos. Basta acreditar e por ideias em prática.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O freelancer e o gestor na encruzilhada

Escolher um freelancer que forneça conteúdo textual pelo critério da qualidade aliada ao preço é uma das tarefas mais terríveis que se tem. Há sempre o risco de o prestador de serviço achar que todo gestor de conteúdo é uma montanha de pedra insensível aos apelos das suas beletrices. Há sempre o risco de acontecer injustiças de ambos os lados: tanto o gestor pode se aproveitar do "ensejo licitatório", pagando menos a até quem merecia mais, como o produtor pode se aproveitar do ensejo da bem-aventurança de suas "veleidades literárias" e ser bem pago por algo que merecia menos.

Escolher pela qualidade talvez nos faça medir os freelas por cima. Escolher pelo preço talvez nos leve a medi-los por baixo. Talvez tenha sido por isso que uma pessoa certa vez me disse que se fosse para escolhê-la pelo critério "da melhor proposta orçamentária" melhor seria que ela ficasse de fora, pois não se sujeitava a isso, já que - na concepção dela - tinha um currículo dos mais diferenciados do mercado. Porventura, esse redator quisesse que eu me valesse do "conjunto de sua obra" (ilustre desconhecida, como a minha), abraçasse a sua causa, comprasse as suas ideias e não apostasse no novo.

O problema desse pensamento é que corremos o risco de nos supervalorizarmos excessivamente, como se a promessa do novo não valesse de nada...

Tudo isso são conjecturas para ratificar que não é confortável o papel de selecionar freelancers para projetos de pequeno porte na área textual. Em meio a essa encruzilhada de decisões que ambos os lados devem, a todo o momento tomar, tomemos sempre nota de algumas verdades constituídas como as que se seguem.

1. Existe o "post sustentado"


Esta é alternativa mais aconselhável para quem quer manter uma constância em seu projeto, não somente aquela constância oriunda de seus próprios méritos ou, principalmente, aquela que dependa da sua disponibilidade de tempo. Porque se depender somente de ambas ou de uma dessas coisas, o negócio pode se complicar...
É o tipo de produção de conteúdo que, necessariamente, tem que ser pago, a unidade, o pacote, a empreitada mensal, enfim, negociada do jeito que cada um achar mais conveniente ao seu bolso.
Trata-se de uma modalidade bastante salutar e lucrativa quando um blog/site já consegue garantir o seu sustento mensal, mas é extremamente problemática para os gestores que ainda estão sendo os principais provedores financeiros do seu projeto.
Sabemos que de boas intenções o inferno está cheio. E não se iluda: por mais que o freelancer compre a sua ideia, vista a sua camisa, creia que 95% do seu envolvimento será motivado pelos dividendos que poderão ser gerados para ele.

2. Existe o "post que se sustenta"

O freelancer pode produzir determinado tipo de conteúdo que se auto-remunera, digamos assim. Tenho experiência com blogs desse tipo: você escreve o seu artigo/matéria/notícia/chame-do-que-quiser e o post se transforma em uma espécie de vitrine de si mesmo. Ele é produzido com a perspectiva de se tornar o repositório dos seus próprios anúncios, muito eficaz para quem é afiliado de plataformas como o Adsense, e mesmo assim se o seu portal já possui alguma boa reputação no Google - afinal, poucos projetos hoje em dia se sustentam se não tiver as visitas que o Google envia. O conteúdo é divulgado frequentemente e ele passa a se sustentar, especialmente pela potencialidade de gerar conversões monetárias a cada acesso. Já tive e tenho resultados de posts que publiquei nessa modalidade que até hoje rendem dividendos, poucos, aos centavos, mas não deixam de ser dividendos.

Não sei até quando isso vai durar, uma vez que a internet possui muita coisa da caixa de Pandora. Tem muita gente hoje supostamente ensinando como ganhar dinheiro com afiliados e infoprodutos, mas tenho muito receio de - tal como aconteceu nos primórdios da internet - outra bolha possa vir a ser  "pocada".

A principal vantagem é que o gestor de conteúdo se exime da responsabilidade mensal de pagar pelo conteúdo produzido pelo redator e a outra vantagem é que se trata de uma modalidade de escrita de postagem altamente rentável quando o blog/site é "famoso".

Uma possível desvantagem é a incerteza ao quadrado: o blogueiro/jornalista/articulista/chame-do-que-quiser produz seu material ao sabor de suas convicções, disciplinando-se para isso ou não, porque seu conteúdo não vai gerar uma renda exata e predeterminada por mês, servindo mais como um "pé-de-meia" (uma reserva futura de recursos, que em um futuro distante ou não poderá gerar alguns dígitos na sua conta bancária). A outra desvantagem é que se o site/blog não for um campeão de acessos (ou se ficar naquela média em poucos e constantes acessos diários), as chances de conversão podem se tornar ainda mais demoradas.


3. Existe o post que se sustenta e, ao mesmo tempo, é sustentado.

É simples: o freelancer vende o seu texto, o gestor paga por ele, o qual, por sua vez e em curto prazo vai gerar o lucro desejado (ou, na pior das hipóteses, pagará o investimento inicial), mas só vai gerar se o texto tiver mesmo alguma relevância. É vantajoso para o blogueiro pelo acerto prévio de contas, e vantajoso para o gestor.

Hoje, infelizmente o que vejo é um milhão de posts que possuem um ar de coisa boa, nova, inusitada, mas que quando é aberto para ser lido se revela como sendo pior do que uma merda. Ou seja, foi feito para gerar lucro, principalmente com o Adsense, foi feito com base nas estatísticas que nós, os pobres e ingênuos visitantes de páginas através do Google, produzimos. Espero que as buscas do Google ajudem a limar essa classe de textos da internet, pois talvez seja a única maneira que os escritores da web terão para se esforçar ao máximo para escrever realmente coisas que possuam, pelo menos, alguma qualidade gramatical. Por outro lado, eu sei que também não sou o primor da gramática, mas tem alguma coisa que precisa imperar nos textos de hoje, que soe melhor do que estão soando hoje nesses "museus de novidades" achados em milhares de blogs.

À guisa de conclusão de pensamento, apenas lembro que nossa intenção é paulatinamente vivenciar essas verdades como se fossem processos de uma trajetória. Trajetória essa que não vai dar em um lugar exato, nem em uma última verdade acabada, mas tão somente em outro processo que, espero, seja melhor para os próximos freelancers...




sexta-feira, 30 de março de 2012

E se a internet fosse um lugar físico?





A blogosfera possui uma gama de blogs e páginas com utilidades diversas. Este blog é um dos bons exemplos. Na internet os temas variam desde um blog de um delegado que escreve alertando contra crimes virtuais a um vídeos tutoriais para quem deseja aprender a culinária árabe. A viagem pelo mundo dos blogs geralmente nos leva para os mais acessados, os mais vistos e o mais amigos dos SEOs. Não que estes sejam menos importantes. Se fossem não seriam tão famosos. O fato é que existe muita vida inteligente na periferia, bastaria que a gente modificasse o nosso ângulo de visão e tomasse consciência de que:

1. Entrar na rede é como se estivéssemos caminhando por uma cidade.

Vamos ser mais práticos. Visite o Rio de Janeiro ou Feira de Santana. Os grandes lugares da internet seriam os grandes lugares de uma dessas cidades. Praias de Copacabana e Ipanema, Cristo Redentor, entroncamento rodoviário, Casa do Sertão, Central do Brasil e até as favelas (a analogia para as favelas seriam os sites populares de humor fácil; e que esta afirmação não carregue nenhuma distinção de classes, por favor). Caminhando pela cidade existem as ruelas e travessas às vezes desertas, às vezes um pouco movimentadas. Nelas, apesar de serem lugares menos vistos e uma pré-concepção de desvalorização existem algumas coisas bem válidas. Algum bazar com coisas interessantes, algum antiquário com algum item relevante para alguém, algum sebo com livros de autores talentosos e desconhecidos.


2. Muitas vezes, devemos entrar em um site de buscas como se estivéssemos  procurando uma criança.

Nessa caminhada pela “cidade” ( pela rede ), alguns blogs (lugares) são como “travessas virtuais vazias”. Então, é possível povoá-las... Entre em um site de busca como se estivesse procurando uma criança de traços comuns no meio de um parque de diversões. Contra todos os nada democráticos sites de pesquisa encontram-se relíquias. Portais regionais são bons exemplos disso. Sites com boas crônicas, outros com utilidades para qualquer pessoa, para qualquer idade, para qualquer profissional.
Se a internet fosse um lugar físico talvez esse lugar fosse facilmente inundado, talvez tivesse menos graça. Talvez até fosse um lugar comum e nem tão fácil de achar. Como não é, sugiro que o internauta busque.. Com uma dedicação preciosa consegue-se perceber que há muito mais vida inteligente do que imaginamos a nossa vã pesquisa de cada dia.


Thiago Kuerques e Alberto InfoWebMais

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Não sumimos, estamos em processo de solidão



O meu blog não está sumindo, ele está em processo de solidão temporária. Afinal de contas, sem volume de trabalho, sem leitores. Ou você acha que as pessoas acessam uma página caída do céu? Gostaria muito de continuar escrevendo no IWM, pois é a minha casa, mas interesses profissionais têm falado mais alto. Ademais, não sumirei da internet, somente mudarei de "casa" e de assunto.
Mas soluções existem para isso. Assim, estou à procura de gente desinteressada financeiramente, com muita força de vontade e que goste de escrever artigos no "formato intelectual" do blog. Além disso, que esses interessados tenham mais tempo do que eu e disposição para começar ganhando pouco para produzir pouco. Nada mais justo. Esse vai ser o preço para sairmos da solidão literária...

O negócio vai ser aberto: o blogueiro vai poder escrever seus artigos, assiná-los, divulgá-los da forma que achar conveniente e colocar até seus anúncios de qualquer programa de afiliados um espaço conveniente. Não vou tratar aqui sobre valores de postagem, pois isso vai depender de uma série de fatores, entre os quais destaco três e encerro minha participação neste dia:

1. Que os artigos tenham uma sintonia com o que já publicamos até aqui, repito. Não preciso de imitadores, nem de blogueiros-jornalistas, pois já os encontrei e não chegamos a um acordo, mas de gente disposta a concatenar suas ideias e produzir aquilo de que o blog necessita.

2. Que não sejam extensos. Só preciso de uma lauda de artigo bem escrito, para começar.

3. Que me ajudem, que sejam parceiros. Eu não preciso de alguém que deposite o trabalho no repositório e espere a remuneração ao final do mês, pois isso é apenas a lógica do negócio. O que eu preciso é de alguém que se envolva. Então, a palavra é envolvimento.
Se estiver desempenhando uma tarefa que não me envolver de verdade, prefiro desistir a continuar. 


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Crises de criatividade no mundo freelancer



Blogueiro freelancer de si mesmo não tem crises de criatividade. Se um blog/site desses vier a faltar com suas responsabilidades editoriais, não há como lançar essa justificativa. Pode até ser que soframos com outras crises: a crise de disponibilidade, a crise da fatura do cartão de crédito, a crise de metas, a crise da disciplina, a crise da baixa/alta produtividade, enfim, essas são as crises que, acredito, possam ter alguma influência na falta de responsabilidade dos blogueiros.
Quantas vezes planejei postar e não me sobrava tempo para raciocinar, embora tivesse a vontade de fazê-lo? Isso é crise de disponibilidade. Na prática, você sabe que o que fará demandará um preparo para o qual não terá tempo hábil para ter. Por exemplo, em meia hora, pode sair alguma coisa da sua pena, mas a única hora e meia que lhe sobrou livre antes de se recolher foi justamente o momento em que estavam usando o computador. Mesmo aí há um jeito pra não ter tanta desculpa assim: escreva esboços de texto, eles poderão lhe ajudar mais tarde, com mais tempo.
Crise da fatura é um eufemismo, claro: é o mesmo que dizer "crise do interesse". Se muitos correm para as obras que lhe rendem alguma recompensa, por que eu trabalharia de graça, ainda que para mim mesmo?
Crise de metas e de disciplina, redundantemente, andam juntas. Por isso é que preferi me contentar com o pouco neste início de 2012, resolvendo produzir menos a sumir da blogosfera. Quem sabe semeando o pouco apareçam espaços para o muito? Eu creio no milagre da multiplicação, nunca posso esquecer disso. 
Para encerrar, a crise da baixa/alta produtividade só é crise se for proposital: ou eu tenho disponibilidade/ disciplina/ tempo/ recursos/ metas para escrever muito ou empenho todos esses esforços para pouco escrever. Quando essa baixa produtividade é previamente anunciada, portanto, só vai chegar a ser crise para o próprio autor - é justamente este o meu caso. 
Mas dos males, o menor. Eis o abismo que separa o freelancer de si mesmo do freelancer contratado pelos outros e, portanto, ainda estou em vantagem...


quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Temos vagas para blogueiros a partir de 2012



Este não é um post de férias, nem foi programado para sê-lo. Em 2011 a meta foi chegar aos 100 trabalhos publicados, levando em conta o que já tinha feito e o que faltava fazer para atingir esse objetivo. Tive momentos alternados em que pensei em tomar uma destas decisões: desistir de atingir a meta, desistir do blog e produzir bem menos.
Não consegui contratar blogueiros, nem pretendo contratá-los em 2012. Também não pretendo produzir o mesmo quantitativo de 2011. Quando eu tiver dinheiro para isso pode ter certeza de que vou ser o primeiro a anunciar que quero escritores assíduos escrevendo para mim. 
No entanto, tenho vagas para qualquer blogueiro voluntário que tenha interesse em aproveitar este espaço para divulgar suas opiniões e veicular seus anúncios, desde que exista alguma afinidade temática entre o que já foi postado e o que ainda será, pelo menos uns 40% de afinidade - porque eu também não sou muito exigente. Qualquer blogueiro que tenha interesse em levar adiante essa marca e, como dizem os bons vendedores, "comprar esta ideia".
Enquanto autor, continuarei produzindo um conteúdo que me satisfaça. A diferença que vai existir em 2012 é que o volume de postagens deste ano vai me satisfazer bem menos, pois vai descrescer - e muito.
Para resumir, 2012 vai ser o começo do ano em que a prioridade será claramente os outros setores da vida profissional, principalmente os estudos e o desempenho das atividades profissionais que já desenvolvo. Não estou dizendo que blogar a partir de agora vá ser uma atividade de final de semana (nem poderei garantir finais de semana tranquilos em 2012), mas será algo que vai gerar por volta de 3 ou quatro textos mensalmente, quando muito. Quando muito.
As perspectivas de permanência aqui em 2012 serão bem humildes e é por respeito ao leitor que elas devem ser divisadas desde o princípio do ano. Bem entendido: a proposta não é sumir, mas rarear a presença. A proposta não é desistir, mas ser prudente nas pretensões para não ter que sumir.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Feliz post novo - sempre!




Encerrando a minha participação neste projeto ao longo do ano que se finda, desejo a todos os blogueiros um feliz post novo! Que mais que eu poderia desejar se estive meio que imerso neste universo? Graças a Deus não vai ser preciso fazer retrospectiva alguma nessa trajetória primeva de 100 publicações por aqui, porque estamos em um ambiente auto-explicativo e um mouse pode fazer muito mais do que nossos pequenos propósitos de síntese.
Quis escrever mais, não consegui. Quis interagir mais, não consegui. Quis ser o mais assíduo possível, isso eu consegui. Quis ser minimamente focado, isso eu consegui. Quis ser altamente independente dos outros, isso eu consegui. Quis fazer a diferença para mim mesmo, depois para os outros, se convier a cada um, isso eu também consegui. Não escrever com tanta intensidade assim não quer dizer que se está deixando seu trabalho em um plano secundário, mas apenas indicando que nem sempre suas vontades pessoais estão acima de suas obrigações sociais e profissionais. Escrever com a máxima independência possível não quer dizer que você deixe de fazer uso de sua veia antropofágica, no melhor sentido oswaldiano da expressão. Fazer a diferença para si mesmo, embora pareça egoísmo, significa apenas que a primeira pessoa com a qual você precisará se comprometer é você mesmo - isto sim é importante, para início de conversa.

Para mim, não é chegado o momento de felicitar a todos e desejar tudo aqui que ao longo do ano se deixou de desejar. Esse clima de Natal é apenas um clima, nada mais. Esse clima de "ano novo" para mim nunca exisitiu, pois gostaria que fêssemos mais comedidos nas comemorações e nunca deixei de entrar o ano com felicidade. Por exemplo, se for me lembrar do menino Jesus - e principalmente do homem e do Deus que é Jesus! - somente nos dias que antecedem ao 25 de dezembro eu estaria inundado de hipocrisia (para comigo mesmo, bem entendido). Lembrei Dele durante todos os dias do ano, seja tocado pelas Suas palavras, seja tocado pelo seu toque, seja conclamando e sendo conclamado a lembrar do Seu papel na minha/nossa vida. Se foi possível estar presente aqui e compartilhando as coisas que construímos socialmente foi somente pelas misericórdias de Deus/Jesus.
Procurei sempre ter um feliz post novo a cada debruçada. Trabalhei com algumas metas registradas e, acredito, que se as não tivesse elaborado, boa parte das boas intenções iriam por água abaixo. Já vi muito blog acabar assim - inclusive os meus. Essas metas extrapolaram o plano da blogosfera, e invadiram salutarmente outras esferas da vida.
Mas não foi só de blogosfera que estivemos falando ao longo deste ano, porque procurei ser o menos limitado possível ao espaço do blog/da blogagem/da metablogagem - porque, afinal de contas, independência não é tudo, mas é muita coisa.
Para encerrar, vou acabar com o simples que é maravilhosamente menos complexo (graças a Deus pela frase vazia!): feliz tudo para todos.







terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Blogueiro, quer publicar seu primeiro ebook?



Eu pensava que uma das primeiras distinções que um blogueiro podia ter de um escritor convencional residia no fator "durabilidade" do material escrito. Não sei se era a brochura que me impelia a esse raciocínio ou se era o preconceito, mas o fato é que acreditava que muita coisa produzida para a web não passava de coisa descartável, com valor apenas no momento da escrita e de rápido perecimento, ainda mais se considerarmos a voracidade que o leitor-web tem por novidades escritas.
Mas não procede. É possível ter bom material escrito e válido para a posteridade mesmo quando escrevemos no recorte dos momentos mais velozes da internet. É por isso que é sempre tentador reunir o conjunto de nossa obra literária virtual em um livro, ainda que seja digital (ebook). Muitos já fizeram isso e criaram obras de referência para consulta: pegaram todo o material que postaram sobre determinado tema em um período delimitado e criaram ebooks altamente recomendáveis - algo muito comum, inclusive, na metablogosfera.
Por essas e por outras é que fiquei feliz com a iniciativa da Cia dos Blogueiros de criar livros digitais (ebooks) para os membros que tiverem interesse. O procedimento é muito simples, bastando reunir a obra em um arquivo .doc/.docx, montar a parte gráfica (imagens e formatação), escolher os melhores textos, fazer um prefácio (ou pedir àquele amigo...), uma mini-biografia e enviar tudo para a coordenação da Cia, através do endereço <ciadosblogueiros@gmail.com>. Depois disso, a coordenação da Cia dos Blogueiros ficará responsável pelo resto.
Para saber mais detalhes (como por exemplo o tamanho máximo do arquivo, o número máximo de textos, os direitos de utilização, divulgação, etc,etc) envie sua pergunta para o mesmo webmail e boa sorte na publicação.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Lições de metablogagem: Zé Marcos Taveira (parte 2)



O primeiro post dedicado ao jornalista e blogueiro José Marcos Taveira acabou permanecendo inalterado, por conta da importância que conferimos ao post. Aqui está a micro-entrevista prometida lá, bem no lugar em que deveria estar, que é nas "Liçoes de metablogagem".
 Um porém: pelo fato de o próprio Zé Marcos reconhecer que não bloga "para ganhar dinheiro", muitos poderiam objetar que ele não se encaixa no perfil de blogueiro alvo para esta série de postagens. Acredito que não é bem assim e preferi mantê-lo nestas "Lições". Não está em jogo o fato de alguém blogar ou não para ganhar dinheiro, ou de usar ou não afiliados, ou de fornecer tutoriais sobre blogs e outros mecanismos de monetização ou não. Metablogagem para este blog - e acredito que para muitos blogueiros - vai vai além dessas questões. Para resumir, poderia dizer que metablogagem é tudo aquilo que o blogueiro faça que envolva a ferramenta ou veículo de comunicação chamado blog, seja de maneira, digamos, "científica" (estudar outros blogs, suas potencialidades, seus componentes, suas estruturas), seja de maneira "prazerosa" (o próprio ato de "blogar por blogar" [escrever],  ao logo do tempo). Pensar que metablogagem é apenas criar blog, encher de conteúdo e rentbilizá-lo para mim é pensar pequeno. Se fosse assim todo metablogueiro seria até uma espécie de empresário da blogosfera, quando não é bem verdade, já que muitos estamos, como o próprio Zé Marcos diz, nos contentado com R$ 5 ou R$ 10 por mês. 
Eu diria, numa reflexão filosófica barata, que se o problema de alguém é só blogar para ganhar dinheiro, a solução para esta pessoa é somente blogar. O resto não é silêncio, porque o Zé Marcos esclarece abaixo.

1. IWM: Desde quando você está na blogosfera?

JMT: Estou na blogosfera desde 2006, quando criei meu primeiro espaço, no UOL.
2. IWM: O que te incomoda mais ao visitar um blog pela primeira vez? E que pergunta sobre blogs você mais responde diariamente?
JMT: O que mais me incomoda em blogs é música começando sozinha. Acho horrível, porque assusta muitas vezes. Também acho horrível muita coisa espalhada, gifs piscando, enfim, quando o blogueiro usa seu espaço para jogar um monte de coisas nas laterais que chamam mais a atenção do que seus posts.

3. IWM: Fazer metablogagem é uma boa alternativa em termos financeiros ou a responsabilidade e o testemunho às vezes atrapalham o profissional?

JMT: Atualmente sou mais consultado sobre o uso do Facebook. Sobre blog, me perguntam muito como criar, por exemplo, uma cabeça mais bonita, com a foto e uma logomarca para o autor. Já criei alguns blogs e repassei para amigos, fazendo essas cabeças pra eles no Photoshop. Fico muito feliz quando alguém decide entrar para a turma e faço o que posso para ajudar! 

Para dizer que nunca ganhei nada com o blog, vendi uma propaganda uma vez, e só. Tentei usar as propagandas do Google, mas se vc não tiver milhões de acessos vai ter que se contentar com R$ 5, R$ 10 por mês. Entre os amigos, não conheço ninguém que tenha lucro. Faço por prazer, mas não misturo com o profissional. Gosto muito de política, por exemplo, mas faço isso apenas no jornal que trabalho. No blog, apenas coisas pessoais.

4. IWM: Se você pudesse citar apenas os três melhores programas de afiliados que já utilizou, quais seriam?

JMT: Só usei o do Google, e não gostei. Não blogo para ganhar dinheiro, mas para ganhar amigos virtuais e ajudar as pessoas. Afinal, do que vale aprender se não puder repassar, não é mesmo! Se há uma coisa que me deixa feliz é receber o comentário de alguém que conseguiu resolver seu problema com uma solução ou dica que postei!

5. IMW: Quanto tempo você leva para preparar uma postagem ao seu estilo e, além de metablogagem, sobre qual assunto você mais gosta de escrever?
JMT: Não tenho um tempo em média para escrever. Meus posts surgem de um filme que assisti, um tema que discuti com amigos, uma propaganda que adorei ou uma nova tecnologia disponível que tento repassar, fazendo tutoriais. Minha regra apenas é não deixar de postar toda semana no mínimo. 
Adoro escrever sobre tudo que me emociona ou me toca. Se chorei com um filme, tento recomendá-lo ainda aproveitando a emoção do momento.