sábado, 29 de dezembro de 2012

Rede social de amantes já tem um milhão de brasileiros

A famosa rede social canadense, voltada para pessoas casadas que querem algum encontro extraconjugal, denominada de Ashley Madison, acaba de alcançar a marca de um milhão de brasileiros cadastrados.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Enfermagem contemporânea: avanços e retrocessos

O presente trabalho tem como objetivo abordar alguns dos aspectos (avanços ou retrocessos) que circundam o exercício profissional da enfermagem na contemporaneidade. Nossa intenção não será a de buscar aprofundamento na questão, mas a de apenas fornecer informações para que tanto os novos enfermeiros quanto os profissionais de enfermagem mais experientes tomem cada vez mais consciência de seu verdadeiro papel social e individual.

Começaremos nosso breve informativo lembrando que, sem dúvida, uma das conquistas recentes e mais satisfatórias para a categoria dos enfermeiros foi o reconhecimento dado pela ANVISA que forneceu autonomia para prescrever medicamentos a pacientes, algo que já estava demarcado na Lei nº 7498/86, que delegava ao enfermeiro a “prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde”. Assim, ficou estabelecido que a prescrição de remédios fosse uma atribuição de todo e qualquer profissional regularmente habilitado, e não apenas cabível aos médicos o direito de exercê-la. A Resolução da ANVISA estabeleceu tão somente o que a legislação federal supracitada já previa, desde que o enfermeiro leve em conta a relação de medicamentos certos e previstos no programa ou rotina da instituição. E mais: os gestores de qualquer estabelecimento de saúde ficam proibidos de negarem-se a fornecer o medicamento prescrito, especialmente os medicamentos antimicrobianos ( Resolução 20/2011).

Uma das conquistas da Enfermagem é perceptível no âmbito da própria categoria, enquanto organismo institucionalizado. No dia 14 de março de 2012, acontecerá a  eleição do Plenário do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) para a gestão 2012-2015. Isso significa mais um momento democrático no âmbito das instâncias que ajudam a defender os direitos dos profissionais da enfermagem, bem como a julgar os processos que lhe competem sobre o exercício da profissão. O mandado dos novos conselheiros se inicia em 23 de abril de 2012 e se encerra em 22 de abril de 2015 e todos os profissionais da enfermagem têm direito a voto, desde que acatem o exposto na Resolução nº 355/2009 do órgão.

Outro aspecto positivo e ao mesmo tempo desafiador para a enfermagem contemporânea é o problematizado por autores como BAGGIO (2010) e diz respeito ao cuidado e o uso das novas Tecnologias da Informação (TIs). Segundo ela,  utilização dos “sistemas de informação para o cuidado em saúde, têm se tornado um processo em permanente evolução” e novas experiências têm surgido, tais como “os serviços de saúde remotos”  e a "saúde on-line” (p. 379). Trata-se de uma problemática que abrirá espaço para ampla discussão, tanto no meio profissional, quanto na própria sociedade, visto que representa parte dos novos desafios a serem assimilados pela categoria, que irá inclusive exigir das instituições formadoras (universidades, centros de pesquisa, etc) novos olhares em médio e longo prazo, principalmente no que tiver relação com os benefícios (a busca de respostas rápidas a problemas antes tratados com muita morosidade, por exemplo)  e prejuízos (os conflitos, a substituição do trato humano pela frieza dos procedimentos tecnicizantes, por exemplo) da incorporação das novas tecnologias ao cuidado enfermeiro-paciente.

Neste retrospecto, não poderíamos deixar de tratar sobre as difíceis condições de trabalho na enfermagem contemporânea, que estão longe de sem vistas como adequadas e animadoras. Não são raros os casos que acompanhamos na imprensa sobre lutas da categoria por avanços salariais e melhores condições de exercício da profissão. Por exemplo, no mês de fevereiro de 2012, no Estado de Alagoas, os enfermeiros do Programa Saúde da Família (PSF) de 40 municípios estiveram lutando por melhores condições de trabalho e reajuste salarial. Segundo dados do Sindicato dos Enfermeiros de Alagoas, a defasagem salarial se prolonga por oito anos, sem esperança de recomposição dos prejuízos. O dirigente sindical da categoria no Estado chegou ao ponto de afirmar que desde setembro de 2011 as promessas de intermediação junto ao Governo Federal não estão sendo cumpridas, sendo que a principal luta da categoria é pela implantação de um piso salarial para o PSF no Estado. “Precisamos de um tratamento digno para cumprir as quarenta horas semanais”, concluiu o sindicalista Wellington Monteiro, em entrevista no dia 14 de fevereiro de 2012.

Lembremos também do movimento sindical dos Profissionais de Enfermagem de Rondonópolis, no Mato Grosso. Lá, os profissionais de enfermagem do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ficaram à margem de um projeto de lei aprovado pelos vereadores, que trata de mudanças no Samu. O PL prevê aumento do número de médicos no serviço,  melhoria nas escalas dos plantões, reajuste dos valores pagos pelos plantões e abonos  proporcionais, mas a categoria dos enfermeiros simplesmente não está sendo contemplada.

Além disso, em Rondonópolis, os enfermeiros e técnicos sequer tiveram até agora garantia de melhorias salariais, conforme depuseram representantes sindicais. E não se trata de uma classe minoritária no município, pois ela corresponde à maior parte dos profissionais do SAMU.
Nessa luta nacional, nada mais justo do que a intermediação do Cofen. Recentemente (16/02), aconteceu uma audiência no Palácio do Planalto com Assessor Especial da Secretaria Geral da Presidência da República, José Lopez Feijó, que contou com a presença de entidades representativas da Enfermagem Brasileira.  O encontro definiu os detalhes para que seja possível um futuro encontro com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a fim de tratar novamente sobre as reivindicações dos profissionais de Enfermagem. Na pauta, foram discutidos assuntos vitais, como: a regulamentação da jornada de trabalho em 30 horas para os profissionais de Enfermagem, a questão do direito ao duplo vínculo (dupla jornada), criticado por muitas instituições e os pontos polêmicos contidos no Ato Médico, já aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Quanto à questão da redução da jornada para 30 horas, isso irá representar um avanço muito significativo para nós, enfermeiros, contribuindo inclusive para melhorias na saúde laboral e na própria qualidade de vida. Trata-se, inclusive, de um direito que a própria Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê como essencial.

Embora alvo de críticas, tanto por parte dos próprios profissionais quanto por parte de instituições empregatícias, o exercício do duplo vínculo é um preceito garantido constitucionalmente. Assim, os representantes da Enfermagem (ABen, Cofen) são definitivamente contra quaisquer pressões oriundas de atitudes claramente inconstitucionais. 
Sobre o polêmico Ato Médico, já aprovado pela CCJ, vale ressaltar que  ele estabelece, entre outros ponto, como competência exclusiva dos médicos a formulação de diagnóstico nosológico (relacionado a doenças). Ou seja, os médicos terão exclusividade na emissão dos diagnósticos de anatomia patológica e de citopatologia, que visam identificar doenças pelo estudo de parte de órgão ou tecido, algo que poderá afetar diretamente os biomédicos e farmacêuticos. Outro aspecto da lei diz respeito à ocupação dos cargos de chefia, pois esses seriam permitidos apenas para médicos, excluindo-se tanto os enfermeiros, quanto outros profissionais (Psicólogos, Odontólogos, Fonoaudiólogos, Biomédicos, etc), os quais poderiam ocupar apenas cargos da direção administrativa dos serviços. (Correio da Bahia, 09/02/2012).
Para finalizar, você pensa em exercer a profissão de enfermeiro fora do país? Se sim, saiba que não são em todos os países do exterior que a situação da categoria se encontra confortável. Em uma aldeia portuguesa chamada Boticas, por exemplo, recentemente um casal se viu forçado a sair do país para poder conseguir emprego. Segundo um jornal português, ambos são enfermeiros, mas devido à falta de emprego em Portugal, vão emigrar para a Bélgica, onde conseguiram ser colocados no mesmo hospital. Mas a situação é bem pior, segundo um dos representantes da ordem dos Enfermeiros portuguesa: mais de 1,7 mil enfermeiros emigraram em 2011 e em 2012 até janeiro já foram registradas 200 outras emigrações.

Conforme ficou dito ao princípio, o que expusemos neste breve relato teve a intenção de servir para que nós, enfermeiros (tanto os já formados quantos os que estão em formação), cada vez mais tomemos consciência de que o horizonte profissional divisado ainda está longe de ser o ideal. É necessário dizer também que, embora o contexto brasileiro ainda se apresente carregado de dificuldades na profissão, isso não significa que a situação em outros países do mundo esteja necessariamente melhor, apesar de consideráveis diferenças na valorização da profissão. No mais, que possamos demarcar o nosso espaço atuando cada vez mais de maneira plena, ética, competente e fazendo a nossa diferença, seja nos grandes estabelecimentos ou nos que hoje podem até ser considerados “esquecidos” ou remotos.



Autor: Alberto Vicente Silva (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA)

Referencias

A tribuna – Mato Grosso. Enfermeiros também reclamam dos salários. Disponível em <http://www.atribunamt.com.br/?p=97589>. Acesso em 25 fevereiro 2012.
Alagoas 24 horas. Enfermeiros do PSF podem deflagrar greve. Disponível em  <http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=114962>. Acesso em 25 fevereiro 2012.
Sol. Casal de enfermeiros vai sair de Portugal devido à falta de emprego. Disponível em <http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior. aspx?>>>>>>>content_id=40960>. Acesso em 08 fevereiro 2012
Sic Notícias. Casal de enfermeiros vai sair de Portugal devido à falta de emprego. Disponível em <http://sicnoticias.sapo.pt/economia/article1355027.ece>. Acesso em 08 fevereiro de 2012.
BAGGIO, Maria Aparecida, ERDMANN, Alacoque Lorenzini, DAL SASSO, Grace Teresinha Marcon. Cuidado Humano e Tecnologia na Enfermagem Contemporânea. Texto contexto. Enfermagem, vol. 19, nº 2. Florianópolis, Apr./June 2010. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/tce/v19n2/21.pdf>. Acesso em 25 fevereiro de 2012.
Blog ENFERMAGEM OBSTÉTRICA. Enfermagem obstétrica. Disponível em <http://mabl-enfermagemobstetrica.blogspot.com>. Acesso em 25 fevereiro 2012.
Jus Brasil. Lei 7498/86 | Lei no 7.498, de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem, e dá outras providências. Disponível em <http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128195/lei-7498-86>. Acesso em 25 fevereiro 2012.
Correio da Bahia. Ato Médico é aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Disponível em http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/ato-medico-e-aprovado-na-comissao-de-constituicao-e-justica-do-senado/. Acesso em 25 fevereiro 2012.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Passeio pela cultura de massas no Facebook


‎"[...] estou totalmente de acordo com um dos ideiais de Marx, que afirma que, quando uma desordem na sociedade tiver suprimido a divisão de trabalho, não haverá mais escritores ligados às suas pequenas particularidade de escritores e, de resto, mineiros ou engenheiros, mas existirão homens que escreverão e que, aliás, farão outra coisa, e escreverão nesse momento porque a atividade de escrever é uma atividade absolutamente ligada à condição humana: é o uso da linguagem para fixar a vida. É, portanto, uma coisa essencial.

O que começa no Facebook, termina no Facebook

Pensando sobre a relevância para um blog/site de redes como o Facebook cheguei à seguinte conclusão: aquilo que começa no Facebook termina no Facebook. Sei que é precipitado dizer, mas acho que o Facebook não "segura" um site/blog, da mesma forma que o Google "segura" atualmente muitas e muitas páginas da web (e creio que "segurará" por um bom tempo ainda).