quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Passeio pelo Yahoo! Respostas em 2010.

 
lg_respostas
Nas horas vagas, “jogar” no Yahoo! Respostas não faz mal a ninguém. E para fechar o ano, escolhi 10 respostas dadas, escolhidas como “melhores” respostas pelos respectivos perguntadores.
Não me perguntem o porquê de serem votadas como as melhores, mas podem imaginar à vontade:
1 - Qual dos três antivírus e o melhor >o avira,o panda,o avast ?

IWM - Não há diferença, com exceção do desempenho que cada um vai ter em termos de inicialização, performance, etc, de acordo com as potencialidades de seu computador, o resto vai dar praticamente na mesma. Dois dos três apontados têm versões com licença temporária gratuita, o Panda não sei se tem ou algum dia teve, mas acho que vc não está interessado em pagar por esse tipo de serviço... Ou estou enganado?



2- O avast não se atualiza. O que faço?
Sempre ao ligar o pc, aparece a seguinte mensagem:
A última tentativa de atualização das definições de vírus falhou. Para garantir que você esteja protegido dos vírus mais recentes, tente atualizar as suas definições de vírus agora.
Atualizar
(Tudo bem, cliquei para atualizar, mas mesmo assim acontece erro).
O que fazer para não dar mais isso?

IWM - Possivelmente, por ter ocorrido alguma falha na reinicialização do PC (o Avast pede algumas vezes para reiniciar a máquina, muita gente escolhe reiniciar depois e quebra a cara, pois o antivírus fica como que "corrompido", se é que se pode dizer isso).
Tente desinstalar o Avast, limpar todos os registros e depois reinstalar. Melhor ainda: instale outro antivírus, que no final vai dar na mesma, independente de qual marca vc escolha.

3 - Qual o melhor antivírus ?? E porque ?
E aí, blz pessoal do yahoo !! Estou procurando um ótimo antivírus, só que eu não sei qual vou instalar ainda !! Peço a colaboração de vcs !! O AVG eu achei uma porcaria ...
Dentre o AVAST!! Antivírus Free e o Microsoft Security qual vcs acham que é melhor ?? E por que ??
Valeu a todos !!

IWM - Simplesmente, essa resposta é: use qualquer um, dentre os mais destacados, porque em termos de segurança praticamente não irá fazer diferença alguma na sua máquina (salvo em casos de deficiências de memória por exemplo), já que o que vc procura é uma opção gratuita, como a maioria das pessoas.

4 - Qual é o melhor site para fazer um site ou blog gratis?
quero criar um site ou um blog....como faço ,qual é o melhor site para fazer???, gratis, o q faço para o site ganhar sucesso???me ajudem o mais rapido possivel...obrigada.

IWM - Criar um blog grátis temos n possibilidades, Wordpress, Blogger, e tantos e tantos outros.
Agora, criar fama e "ganhar sucesso" não dá pra te ajudar o mais rápido possível...
De qualquer forma, quando você encontrar a resposta, me diga.

5 - É normal uma menina ficar 4 horas no banheiro se preparando para uma festa?
me respondam ai urgente
IWM - Não é normal! É doença e é vício, seus pais devem estar horrorizados com o aumento do consumo de água todo mês. Isso é uma vergonha

6 - Como Criar um java scripit para site ?

IWM -Entre os inúmeros sites especializados em webdesign, tente achar um tutorial no CriarWeb, basta buscar no Google.

7- NÃO CONSIGO ACESSAR ALGUNS SITES!?
meu pc tava com cavalo de troia, mas ja exclui, qdo eu fui usar o mozilla naum entrava em alguns sites, como o orkut, as vezes eu clicava e naum ia, eu tinha q clicar umas 10 x pra entrar, e qdo entra nos sites tem ficar atualizando pra aparecer as imagens,como faço pra deixar ele como estava antes do virus?

IWM - Troque de antivírus, aproveite e instale também um bom antispyware. Use um “limpador”, como o CCleaner, limpe todas as entradas inválidas de registro. Faça também uma limpeza e desfragmentação do seu disco local C: (clicando com o botão direito do mouse em cima do disco local C, escolhendo Propriedades, Ferramentas, Limpeza de disco, depois Desfragmentação.
Enfim, depois remova todo o Firefox instalado. Em seguida, ou você pode reinstalar o Firefox, ou instalar outro navegador, como o Opera 10 ou mesmo o Safari, para saber se o erro continua e tinha relação com o navegador.
Tente também excluir cookies, etc, etc. Às vezes elas são usadas para infestar o computador de pragas

8 - Como eu poderia acessar uma conta de um Banco de Senegal? Estando eu aqui no Brasil?
Bom pessoal, eu tenho uma amiga aqui e ela quer acessar sua conta de um banco de Senegal, só que esse banco não existe aqui não no Brasil, será que através de meu banco que é o Banco Real, daria certo ou sera que tem um jeito simples e agente ainda não parou pra pensar???? Bem, se alguém souber, me dê as coordenadas, ai galera, muito obrigado desde já, ate!

IWM - Se já tiver efetuado na agência real todas as coordenadas para acesso on line à conta, nada mais natural do que ir diretamente no site do referido banco. Do contrário, não tente nada de ilegal. Pode ser o fim da picada para invasores da conta de sua amiga.
Não tem como não deixar de fazer perguntas nesta resposta:
As configurações de criptografia são as mesmas para a filial desse banco no Brasil??? Ou esse banco é somente senegalês e não permite acesso de fora do âmbito do continente africano?

9 - Tem algum PHOTOSHOP que dê pra modificar a cor do fundo da foto?
Tipo foto mais ou menos profissional, que deixa o fundo branco ou preto, sem nada pra mostrar!


IWM - O PS2 ou PS3 funcionam muito bem para esse tipo de formatação que você quer dar à imagem, mas de nada adianta eu explicar aqui, pois estou sem ele instalado.
Já testou o eficiente PAINT.NET, ele também é muito bom e gratuito, além de ser facílimo de ser baixado.

10 - Oh galerinha. Em comparação os computadores de hoje meu PC tem que nota ?
Na verdade eu vou compra no final desse mês, da uma olhada:
Video:GTS250 1Gb / Memoria:4 Gb 800/mhz / Fonte:560W reais / HD:720Gb 7200Rpm / Processador:Q8400

IWM - Nota 9,5. O que você quer mais de um computador???
A não ser que você seja super especialista, por exemplo, em edição de vídeos ou trabalha com design gráfico ou algo parecido que exija muito mais de uma máquina, o que parece muito não ser o seu caso. Suas configurações estão acima, bem acima, da média de PC's do povo brasileiro.



quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Três lições em dois anos na blogosfera (I)

Férias chegando, mais tempo para aquela velha reciclagem de si mesmo. Hora de fazer uma reflexão sobre esta ferramenta de comunicação. 2010 foi um ano produtivo, mas não da maneira que precisava ser. 2010 foi um ano não planejado. Foi um ano vivido sem as promessas às vezes irrealizáveis que traçamos para nós mesmos em dezembro.
Fonte: Amigos de Peniche


               Em dois anos de blog, dá para elencar três lições tiradas, todas sem novidade alguma.
Existem outras, mas ficarão para outro post:
1 – A blogosfera é imensa.
Tudo o que você já fez em um dia, em um mês, em um ano é pouco, tudo o que você irá fazer (inclusive nesse intervalo de tempo que leva planejando) os outros já fizeram, bem mais e melhor que você. Li num blog que são criados mais de 175 mil blogs por dia em todo o mundo e que a média de vida de um blog (útil ou não) é de no máximo 90 dias. Se formos pensar em concorrência na blogosfera, não passaríamos do primeiro post. Os remédios para isso são os conhecidos: planejar, estudar, ler, analisar essa blogosfera toda e correr o risco evidente de, depois de muitas realizações, acontecer de: ou nada vingar de verdade, ou o que der certo não ser aquilo que você havia pensado.
2 – Blogar por passatempo pode ser bom, mas não para mim.
Nada contra quem expressa seu pensamento, esporadicamente ou não, em um blog. Só não é definitivamente o que penso, tanto para este blog quanto para outros que possa vir a ter. Pode ser gratificante em muitos sentidos, mas não é essa sensação de descomprometimento que tem me impulsionado nesses dois anos.
3 - As questões prementes – monetizar ou não? ganhar dinheiro com blog é possível? aderir ou não ao “mercado”? – têm respostas claras: sim, sim e sim. Só isso?
Não. Você só vai ganhar dinheiro na blogosfera se tiver audiência. Fora disso, você entra numa categoria bastante povoada: a dos que estão amadurecendo suas estratégias para atingir o “mercado”. “Amadurecer” aqui significa mesmo muito tempo, paciência e um enorme senso de persistência (diria eu também insistência).
Finalizando, há um lado bonzinho: nessa multidão chamada blogosfera você não corre nunca o risco de se achar sozinho. Aliás, isso é típico da internet. Mas tem mercado para todos? Minha resposta é não, mas também vai depender da sua posição na pirâmide “social” da internet (que vai de leitor a produtor de alguma coisa).
Por sinal, o “mercado” no contexto da blogosfera é também uma abstração interessante: ele não tolera o blogueiro que é um pontinho no meio do oceano. Ele é uma selva que não tolera aquele que se aventura de uma só vez por vários de seus nichos, sem ser satisfatório em quase nenhum deles. Ele também produz os gurus mais rentáveis do momento: aqueles que ensinam os outros a ganhar dinheiro com blogs. Essa espécie de metalinguagem bloguística é a que mais tem atraído os que têm se convencido de que vale a pena levar um blog a sério. Lembra muito o “mercado” dos concurseiros e seus respectivos gurus. Lembra muito a vida como ela é.

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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O que os brasileiros buscaram em 2010?

 Google Zeitgeist

Quem deu uma lida no Google Zeitgeist 2010/ Brasil conseguiu ter uma boa noção de como o Brasil fez uso da internet através daquilo que ela tem de mais volumoso: o próprio Google. Certa feita, estranhei o fato de na Bahia poucos usarem o Formspring.me e agora me surpreendo ao ver que, depois de Larissa Riquelme (claro, em ano de Copa!), “formspring” foi o termo mais pesquisado na seção de consultas emergentes do Zeitgeist. Os termos “emergentes” são aqueles termos de busca, digamos, sazonais, sintomáticos para um determinado período em que algum evento, alguma celebridade, alguma programação televisiva, algo do tipo, etc estão em foco na mídia: enem, justin bieber, bbb 2010, enem 2010, restart, hotmail.com.br (provavelmente pela coqueluche do Msn) , luan santana, assistir filmes online e globo.com.br.
Em 10º lugar lista dos interesses sociais emergentes aparece o salário mínimo 2010. Isso me levou a umas indagações: o brasileiro internauta desconhece o valor atual do salário mínimo, ele esteve interessado em comparar o valor atual com o valor estimado pelos candidatos nas promessas de campanha ou procurou se informar a respeito do valor previsto no Orçamento Federal para 2011?
O termo “eleições 2010”, naturalmente, ficou em um honroso 4º lugar, demonstrando que o internauta tupiniquim exerceu com afinco a sua cidadania digital eleitoral.
A Globo.com lidera o ranking de buscas nacionais por informação jornalística. E não só isso: a Globo liderou outros departamentos em 2010, como o de esportes (Globo Esporte) e o BBB. 
Por fim, duas marcas de cosméticos aparecem na lista dos mais buscados na área de cuidados pessoais (Avon e O Boticário). Isso, por si só, já vai ser um motivo extra para as duas companhias inserirem nas confraternizações de final de ano a comemoração pelo sucesso do marketing gratuito na Internet. Hora delas também repensarem suas inserções nas mídias sociais, que tem sido o caminho natural trilhado por muitas.

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Você conhece o crente virtual?

Origem da imagem: Blog do Frei Maffei

Quantas bençãos você já recebeu hoje repassando correntes de oração? 

Há quem pense que uma oração, vindo ela de quem for, merece muito ser lida porque todos gostam de mensagens de paz e prosperidade. Você concorda? Certa vez discuti com uma colega sobre essas correntes de “e-mails de prece” que recebemos quase que diariamente. Disse a ela que não gostava de ler tais orações e não perdia muito tempo as lendo, sem falar que não tenho o hábito de reencaminhar quase coisa alguma para os outros, salvo em alguns casos de certa utilidade pública. Ela me achou severo demais, pois considerava justamente o que disse no começo: qualquer mensagem de ânimo, “para cima” e promissora merece respeito, tempo para lê-las e, de certa forma,  trará bençãos, sim.

Não nego que sejam pessoas às vezes bem intencionadas, querendo agradar à sua rede de contatos, enfim, edificá-las, fazê-las melhores e mais humanas, por conseguinte mais voltadas para Deus, independente de qual religião professe (?).  Mas vamos aos fatos. Recebi este viral no momento em que escrevo este post. Se você chegar até o final da mensagem, parabéns, independente de qualquer outra questão detectada, de natureza gramatical. Se preferir, pule para o final do post:

"Existem pessoas que amam e dizem que gostam.    
 Mentalize e ore. É uma oração curtinha, mas, muito poderosa, se você acreditar!
1º lugar em sua vida 
Quando Deus tira algo de seu alcance, Ele não está punindo-o, mas apenas abrindo suas mãos para receber algo melhor. Concentre-se nesta frase: "A vontade de Deus nunca irá levá-lo aonde a Graça de Deus não irá protegê-lo "
Alguma coisa boa vai acontecer com você hoje, algo que você tem esperado  ouvir..
Por favor, não quebre! Apenas 27 palavras.
Deus, nosso Pai, CAMINHE pela minha casa e leve embora todas as minhas preocupações e doenças, e POR FAVOR, vigia e cura a minha família em nome de Jesus ... AMEM
Esta oração é muito poderosa. Passe essa oração para 12 pessoas. Uma benção está vindo para você na forma de um novo emprego, uma casa, o casamento, saúde ou financeiramente. Não quebre ou faça perguntas. Este é um teste. Será que Deus está em primeiro lugar na sua vida? Se assim for, pare o que estiver fazendo e envie a outras pessoas. Observe o que ele faz.


Extraída de: Submarino
Esse e-mail pode ser usado para fazermos uma "superinterpretação" (Umberto Eco) do que anda acontecendo em algumas esferas da nossa cultura digital: o surgimento do neo-cristianismo cibernético, para ficar numa expressão que me ocorre agora. Estamos na era do crente/cristão virtual, aquele tipo de pessoa que na vida real dá mal testemunho de cristão em todo o canto (no comércio, na família, no amor ao próximo, na vaidade pessoal, às vezes até na igreja local e nas madrugadas online, quando poderia estar fazendo pelo menos uma oração de verdade com duração de 10 minutos), mas que na internet é o maior crente do mundo.
Tudo são flores na web, vindo de quem for! Toda oração é bem vinda, vinda do maior ateu ou do maior satanista da terra!!!
Como sempre e como tudo na vida (virtual ou real), não dá para generalizar. Mas você já percebeu que o cristianismo não caminha pari passu com o misticismo? Você já reparou que nem Cristo nem a Bíblia ensinam a fazer simpatias, do tipo “Esta oração é muito poderosa. Passe essa oração para 12 pessoas. Uma benção está vindo para você na forma de um novo emprego, uma casa, o casamento, saúde ou financeiramente. Não quebre ou faça perguntas”? Então por que os “crentes” virtuais gostam desses virais? Será que essas simpatias digitais querem botar na cabeça de muita gente a mesma superstição que muitos têm quando hesitam em passar por baixo de uma escada, ou segurar um gato preto numa sexta-feira 13?
Se quisermos fazer esse tipo de proselitismo em nossas redes de contatos (as sociais, então!...) teremos que ter mais cuidado. A heterogeneidade dessas redes cada vez mais exige autenticidade da gente.



quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A Pedra Angular continua na Catedral

Resenha sobre o novo CD da banda Catedral, "Pedra Angular"

 
Imagem: Line Records Shopping
Ouvia a banda Catedral mesmo antes de me converter. Lógico, influências todo mundo tem e os jovens, ainda mais. Ouvi também muito Legião Urbana e, mais adiante, Los Hermanos, sem falar em todo o resto da MPB. Mas o fato é que essas três bandas (Catedral, Legião e LH) acabaram se tornando uma espécie de referencial nacional do pop rock para gente que tinha interesse no estilo. Por razões óbvias (...) deixei de acompanhar tanto Legião, quanto os Hermanos e os MPbistas, e permaneci acompanhando a Catedral - principalmente os primeiros trabalhos, mais ligados ao “nicho” a que pertenço, claro que sem estacionar no tempo. De lá para cá, vieram “Para todo mundo”, “15º Andar”, “Atemporal”, “A Resposta de 1 desejo” entre outros mais... Continuei acompanhando toda essa espécie de linha evolutiva ou “metamorfose” como preferiram dizer alguns. De toda a evolução, uma certeza: a linha de pensamento expressa pela banda é a mesma, do primeiro trabalho ao último, o que se alterou foram as “formas do dizer”, como dizem os teóricos da literatura secular. Muita gente interpretou a guinada de maneira errada e já conhecemos todo o blábláblá da crítica, que acabou não chegando em lugar algum, porque venceu a coerência, as raízes e o fato deles permanecerem “onde o amor reinar”.
Fui "apresentado" à banda Catedral ainda no Ensino Médio, e não foi através de algum album especfico: tive dois colegas que entoavam as baladas da banda ao violão nos intervalos das aulas. Foi dessa maneira  que ouvi pela primeira vez  “O silêncio” e  “Quando o verão chegar”. A primeira audição original da banda se deu quando comprei nos anos 90 um cassete de “A Revolução”, um dos seus melhores álbuns. De lá para cá, venho acompanhando (já vieram aqui em Feira, mas ainda não fui aos shows).
Engana-se quem imagine que parti para Catedral por ser uma opção meio que de linha "cristã" para o gosto musical de gente crente que gosta de pop/rock (gênero em que estamos muito bem representados, vide Novo Som, PG, Kleber Lucas, André Valadão, etc, etc...). Muito pelo contrário: a banda sempre foi bem vinda em todos os meios, digamos, sócio-culturais. Catedral alcançou, desde o começo, pessoas não necessariamente “evangélicas”. Dito de outra forma: a banda possui um traço de universalidade que serve bem para demonstrar que pessoas diferentes sabem apreciar mensagens que as tornem seres humanos melhores.
Esse meu gosto se acentuou depois da morte do Renato Russo. Mas a verdade é que nunca fui com a cara  e os hábitos do Russo, além do que nunca tive interesse em seguir “artistas” pura e simplesmente, por mais beletristas que fossem.
Para encerrar o post com a prometida resenha de “Pedra Angular”, lançado recentemente, posso afirmar que o CD comprova que a banda continua a mesma, em sua essência. Continuam arraigadas na banda as mesmas bandeiras que sempre defenderam: o amor (tanto o relativo quanto o eterno), a esperança (“Tudo pode mudar”), o combate ao mal e às injustiças, em todas as suas formas, a menção a Deus - o Pai e o Filho (“Quem me dera”), etc.
Neste CD, destaco “Blecaute”, onde o vocalista, à sua maneira, repudia tudo aquilo que pessoas preconceituosas têm pensado sobre a banda. Por outro lado, entraram algumas regravações primorosas, nas quais destaco o “Pai nosso”, oração – modelo que na voz de Kim faz cair por terra tudo aquilo que possa por essa coerência de que falei antes em xeque. Críticas quando à mudança de perspectiva cristã não são bem vindas à banda Catedral. Este blog não compactua com elas.
Parafraseando as palavras do próprio Kim, numa de suas entrevistas, “precisamos passar a ser mais cristãos e menos evangélicos”. “Pedra Angular” dá esse recado.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Redes: nossos indicadores "sociais"


A apresentação linkada abaixo encontra-se no blog  Mídias Sociais. Fornece-nos uma panorâmica sobre a difusão "social" das redes sociais em terras tupiniquins. Destaque para a frequência diária com que os brasileiros têm acessado as redes (37% dos entrevistados acessam mais de uma vez/dia!). Nós, da Bahia, então, estamos por assim dizer gamados por redes sociais: 77% dos baianos se declararam apaixonados por sites como Orkut e Facebook. 
Praticamente, acabou a diferença entre as classes AB e C, pois ambas acessam as redes com a mesma intensidade (45%), mas ainda há muita exclusão digital para ser sanada, tanto por políticas públicas quanto por iniciativas privadas, pois os estratos D e E estão engatinhando na web (10%), ao ponto de 34 % dos que ainda não têm acesso manifestarem interesse em fazer parte de uma delas. 
O Orkut mantém a dianteira na preferência nacional (91%), e coitado do poderoso Facebook (14%). Boa notícia para as fabricantes de celular (que já sabiam, claro): tem crescido a procura por aparelhos móveis que permitam acesso às redes. Outra alvíssara para as lan houses, pois ainda não estão perto de irem à falência (37% dos pesquisados acessam nos cybers, 70% em casa)
Em um tempo em que muito tem se discutido (inclusive eu) sobre redes sociais, nada melhor do que estar embasado estatisticamente a respeito. Fica a dica. Segue o link:




quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Uma logomarca, algumas idéias

Eis aí a logo do Blog, postada inicialmente para conhecimento. Esta é a concepção inicial, mas as cores tenderão a ser modificadas. Na conversão para arquivo de imagem, perdi em qualidade com relação à idéia de colorimetria que tinha.

sábado, 23 de outubro de 2010

Para quê urna eletrônica se o povo ainda não sabe votar?


Olá a todos. Foram quase dois meses de recesso forçado. Outras demandas preencheram meu tempo. Eleições. Certames. Leituras.
Estamos em meses eleitorais e sem novidades. Nunca antes na história deste país a imprensa esteve tão comprometida em… tomar partido do seu partido. Claro que não é a regra, mas se deixassem, bem que poderia ser. Por outro lado, nunca antes na história recente deste país houve tanto crente e descrente ponderando questões polêmicas (que envolvam moral, conduta ética e questões de cunho religioso) na hora de decidir em quem votar. Lógico, é um reflexo da difusão em massa das tecnologias da informação e comunicação. Tanta informação disponível, tanta boca de urna nas redes sociais, tanta reportagem cheia de boas intenções, tanta tecnologia facilitando a comunicação e será que isso tudo tem refletido na consciência de cidadania de alguns eleitores? A resposta é não. E podem me chamar de preconceituoso e precipitado que não mudo de idéia.
Nem vou entrar no mérito de ser a urna eletrônica um avanço e tanto para o aperfeiçoamento da nossa democracia. Isso é incontestável. Acontece que tem eleitor que, se antes achava fácil votar, pois bastava chegar à sessão, rabiscar de “x” o papel e estava acabado, agora o eleitor confuso se embaraça no negócio dessa vida de ter que votar em um computador!
Acompanhei dois casos que irão ilustrar e encerrar minha participação neste post. No primeiro turno, um bêbado veio votar com a filha adolescente. Isto é, a filha veio votar por ele. Ela o acompanhou durante todo o processo. O bêbado foi embora após ter assinado a folha de votação, que foi o único trabalho que ele teve, já que mal se aguentava das pernas. Com certeza deve ter contribuído para perpetuar no poder os mesmos nomes dominantes de políticos improdutivos (mas que podem investir em boas campanhas). Até aí menos mal. Eles – pai e filha - conseguiram terminar tudo a tempo de não se tornarem aborrecíveis para o pessoal da fila.
Mas o segundo caso me chocou mais. Um açougueiro fez vergonha à nação brasileira. Se ele tivesse chegado somente sem a cola eleitoral, seria menor o nosso trabalho, bastaria lembrar dos nomes que consultaríamos no livro de candidatos. Mas não: primeiro, ele não sabia exatamente em quantos candidatos precisaria votar. Depois que soube que seriam seis nomes, bufou e reclamou muito até enfadar os outros. Porém, outro martírio se iniciava para os mesários: ele simplesmente não sabia número de candidato algum, nem os que tinham apenas dois dígitos. Após quase meia hora nesse imbróglio, eis o açougueiro indo para a cabine de votação, confessando que chutou todos os seis nomes na hora, só bastando a mesária dizer os respectivos números para o rascunho que ele fez.
Isso sem falar nos outros tantos de eleitores feirenses que se aproveitaram da ilegalidade de se espalhar “santinhos” pelas vias públicas e foram formando a sua “cola eleitoral” no caminho para a sessão de votação.
Isso serve para demonstrar que a nossa capacidade de retroceder em meio a tanta evolução continua ativa.  BlogBlogs.Com.Br

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Twittando aos poucos III: os cinco defeitos do twitteiro


1. Criar uma conta só para enfeitar. Se você for conferir os últimos doze meses de atividade desse twitteiro, encontrará dois tweets.

2. Achar que ser seguidor de artista, político, empresário, blogueiro, jornalista, pastor ou outros "formadores de opinião" só serve para encher o microblog dos seguidos de retweetadas e replays com elogios rasgados, dizendo "amém" para tudo o que eles dizem.

3. Não tolerar críticas construtivas ou opiniões contrárias à sua. Se esse twitteiro estiver divulgando alguma marca ou produto novo ou se - caso de empresas - oferece um serviço ruim, pensando que presta  e você  o crítica com maior sobriedade aí é que ele bloqueia você de vez, comprovando  a tese toda, etc, etc.

4. Exagerar no "grande post do dia", postando sempre frases feitas copiadas às pressas, na ilusão de que no Twitter (ou nas outras redes sociais) existe alguma espécie de catarse.

5 . [Este é para os os twitteiros-eleitorais gratuitos]: achar que campanha eleitoral no Twitter é a grande conquista da vez, quando na verdade ai daquele que prioriza o Passarinho em vez da tradicional propaganda eleitoral na TV e no rádio, que felizmente ainda não encontrou substitutos à altura no quesito redes sociais.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A tecnologia aumenta a saudade



Este post é o mais intimista, ou poderá ser, não sei...Também é o mais provinciano, ou poderá ser, não sei... Na dúvida, se você tem mania de globalização, ou se acha o paladino da imparcialidade, nem perca tempo lendo.
É comum dizermos que a tecnologia encurta as distâncias e diminui a saudade. Mas isto só é verdade para os vivos, sejam eles seres ou coisas. No caso dos mortos (desnecessário dizer? Vá lá: sejam eles seres ou coisas...) a tecnologia funciona de modo contrário: aumenta a saudade. Quando recuperamos digitalmente imagens daquilo que já se foi, essa segunda verdade é verdadeira ao quadrado. Até nossa memória fotográfica, um de nossos dons inatos, nos machuca, quando, por exemplo, nos reportamos mentalmente a um ente querido, recém-falecido...(no meu caso, são as memórias de Adriano, não o da Marguerite Yourcenar, que não li ainda, mas as de meu cunhado mesmo).
Que dizer das memórias fotográficas, tipo as produzidas por fotógrafos competentes como os do Clube Gerson Bullos? E que dizer quando essas memórias são de imagens digitalizadas e ampliadas de uma cidade que não existe mais, com aquele jeito provinciano de ser?
O cenário é o hall da Biblioteca Central Julieta Carteado. A cidade retratada - literalmente- é a Feira de Santana do século XIX e início do XX ("Feira de Santana. Uma viagem ao passado."). O veículo que nos transportou até ela: a tecnologia. Os personagens coadjuvantes: as famílias feirenses que tiveram a sabedoria de conceder imagens históricas para essa exposição. Os culpados por este post saudosista: os fotógrafos-restauradores do Clube de Fotografia. Pronto: esta é a composição de que neste dia eu necessitava para concluir que tenho saudades desta Feira de Santana.
Contemplar prédios, ruas e pessoas que não existem mais é uma experiência marcante. Lembro de que na minha infância tive a mesma experiência ao visitar o Museu-Parque do poeta Castro Alves, em Cabaceiras do Paraguaçu, onde tinha parentes e passei férias escolares na década de 80. Foi aquele museu que me fez devorar o ABC de Castro Alves todo em poucos dias. Quem já leu o livro de Jorge Amado sabe do que estou falando. Fora a sensação de saber que você não fez parte daquela história, ficou também a sensação de nem ser parte da história presente, esta que se constrói agora. É como se tudo aquilo, toda aquela aparência de cidade pacata, de lugar em que todo mundo se conhece, de ruas tão largas (ainda com vegetação!), de pessoas diferentes (embora em parte sendo as mesmas) fosse a versão boa de uma história sem continuação. Não dá para encaixar a Feira distorcida de hoje naquele quadro. Mexemos em tudo, no espaço dos pedestres, no espaço dos motoristas, prédios desnecessários foram erguidos à custa do apagamento de outros, hábitos de cidade pequena foram esquecidos para dar lugar ao medo da violência. Enfim, tomadas as devidas proporções quantitativas, o saldo é negativo, não obstante o elevado crescimento da cidade.
Fotografias antigas seputam o passado? Não, os mortos ficam se remexendo nos túmulos memoriais, mas isso não tem nada a ver com essas franquias de filmes de terror. A tecnologia da restauração das imagens trabalhou a nosso favor, mais uma vez. Na exposição do Clube de Fotografia, o feirense poderá ter noção do quanto a memoria de uma cidade é importante para a formação de sua identidade. Ao mesmo tempo eu me pergunto: qual a identidade de Feira hoje? O que esta cidade mercantil sabe de sua história recente e até que ponto esse saber é valorizado? Nossa identidade vai além do legado de tropeiros, vaqueiros, sertanejos, feiras livres e comércio efervescente. Essa exposição precisa ser montada fora do âmbito do hall da Biblioteca, ela precisa ir para as ruas de Feira, se possível, de forma intinerante. O povo de Feira precisa saber como era esta cidade. E repensar a Feira que temos hoje.
Dito tudo isso, concluo o post mudando o ditado: a tecnologia encurta as distâncias e aumenta a saudade.
Parece estranho, mas estou sentindo uma saudade sadia de um tempo em que não vivi. Bom seria se a tecnologia tivesse o poder de fazer voltarmos ao passado. Isso não é apologia ao passado nem abominação do progresso e muito menos "terapia" de vidas passadas. Isso é só o desejo de preservar a cidade do esquecimento.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Vale a pena ver de novo: Segurança na Internet


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O Formspring.me está me saindo uma rede antissocial (nem os candidatos o querem usar?)


Vou deixar a discussão para o Alex Primo, que trouxe recentemente uma melhor fundamentação teórica a respeito de o Formspring.me ser ou não considerado um site de rede social, mas encontrar adeptos utilizando o serviço de perguntas e respostas aqui na Bahia tem sido uma tarefa árdua. Nem as conexões com outras redes sociais e minhas contas de webmail têm resolvido. Também não percebi ainda movimentos eleitoreiros massivos no site, e para o bem da democracia seria até uma idéia a ser copiada pelos políticos. Eu mesmo só passei a utilizar o site, depois da entrevista de John Wechsler, na Info de junho passado e não quero largar mais, apesas de até o momento, graças a Deus, não ter sido incomodado por ninguém.
Sobre o fato de ser ou não rede social, a mim me é indiferente. O Yahoo Respostas, que uso há bem mais tempo, é mais ou menos parecido com ele. A diferença é que no YR! quem pergunta ou quem responde é identificado na hora. O Formspring “preserva” o anonimato do perguntador e isso é até melhor, para desinibir alguns de fazerem certas perguntas atrevidas.
Para concluir este breve post, outro dia tive uma “conversa” com Marco Feliciano, em pleno Twitter, que me fez lembrar a serventia do Formspring. Ele simplesmente queria agendar com seus seguidores uma espécie de bate-papo pelo Twitter, o que considerei sobremaneira inadequado. Sugeri que melhor seria ele abrir uma conta no Formspring e divulgar o link para os internautas escreverem ali suas perguntas, somando-se a isso o fato de que no anonimato com ceteza perguntas bem capciosas iriam aparecer, tendo-se em vista a circunstância de Marco Feliciano ser atualmente um candidato a deputado federal pelo Estado de São Paulo. Nada de mais em ser um candidato. O probleminha é que algumas pessoas, como eu, não esperavam que o pregador nacional e internacionalmente conhecido sentisse dentro de si essa necessidade premente de entrar para a política nacional, cenário de tantos casos vergonhosos de gente de bancada evangélica que entrou e não fez diferença em coisa alguma. Mas enfim, o problema é dele e de qualquer forma eu não serei mesmo seu eleitor...

domingo, 18 de julho de 2010

Um post Beta

Este post é Beta.
Explico: estou postando pela primeira vez a partir do novo serviço do pacote Windows Live 2010, o Windows Live Writer Beta. De Writer só conhecia o da suíte Open Office, mas não há como comparar. Venho há alguns dias testando o pacote e já deu para perceber coisas boas em relação à versão anterior. O Writer permite que blogueiros do Blogger ou do Wordpress integrem suas contas para editar e publicar postagens, daí o motivo disto aqui ser escrito. Mas há um gama muito maior de possibilidades associativas disponíveis, facilmente conferíveis por quem baixar e fuçar o pacote.
O Msn agora é capaz de “se expandir”, dando espaço à (exibição) “sincronização” de redes sociais, onde se pode, por exemplo, associar a sua conta do Facebook ou a do MySpace, entre outras, à sua conta do Windows Live. O Twitter não está disponível.
Outro serviço que me chamou a atenção foi o Windows Live Sync, que oferece maneiras de sincronizarmos tanto pastas, quanto personalizações do Internet Explorer e arquivos do Office, salvando-as na nuvem da Microsoft (Skydrive).
Boa opções para continuar aproveitando aquilo que a Microsoft faz.

sábado, 17 de julho de 2010

O que nos afasta dos livros e da leitura?





Muita gente vai acessar este post, dar uma lida superficial no começo e sair da página. Isso acontece com freqüência e você não é o único, eu também faço. Oxalá que a promissora popularização dos E-readers (Kindle, Ipad, Sony Reader, etc) dissolvesse de mim esta tese que por certo alguns teóricos da educação também já defendem a respeito do problema da leitura: o computador (até no modo off-line) me afasta dos livros. E não é só isso: o computador, na verdade, me afasta da leitura. De um lado, acredito que isso se deve à questão pontual da “comodidade” que o contato do corpo com a brochura de papel proporciona. De outro lado, paradoxalmente, esse afastamento (temporário, no meu caso) é motivado pela rapidez com que empreendemos leituras através do computador, geralmente imediatistas, mormente superficiais. Depois de ler um artigo no PC, perco a disposição para pegar meus livros. Perde-se muito do prazer do texto quando a leitura é mediada pela tela. O hipertexto foi uma ótima invenção para agregar idéias correlatas nos textos e uma péssima sacada em matéria de prolongamento da irrisória paciência do “leitor” digital (leia-se: a pessoa que está lendo). Da mesma forma que a possibilidade de baixarmos ou comprarmos livros pela internet em nada modificou hábitos atávicos e ruins de leitura, o mesmo ocorrerá com a difusão em massa dos e-readers, se é que podemos dizer que isso será possível, haja vista o preço que esses leitores têm custado.
Tudo isso é negativo para um país como o Brasil, onde cerca de 40% da população ainda é considerada não-leitora. De acordo com pesquisas do Instituto Pró-Livro, os livros digitais em geral estão longe de fazer qualquer diferença estatística por aqui, pois apenas 1% dos leitores recorre a eles, em uma massa de 95,6 milhões . Outra coisa: nem a internet, nem a relativa facilidade em se baixar livros, ou mesmo o barateamento dos mesmos, enfim, nada disso pode ser ainda considerado alavancador no processo de conscientização do leitor brasileiro, por mais importante que seja o fato de que portais como o Domínio Público sejam reconhecidamente bem visitados.
Comecei o post querendo dizer nas entrelinhas que quanto maior o nível de inclusão digital de um indivíduo, maior o volume de leitura que ele tem pela frente... só que é um volume que ele não chegará a ter o trabalho de ler. Não se trata apenas de falta de tempo e sim porque somos herdeiros de toda uma “má criação” educacional e cultural (nós, alunos, falhamos e nós, professores, ainda temos falhado).
Para o problema da inexistência do hábito de leitura na vida dos brasileiros, a web também não vai ser a salvadora da pátria. Aliás, a web também não é a salvação para os demais problemas do mundo. Quem já não gosta de ler sequer um microconto de Dalton Trevisan, emprestado de uma Biblioteca, por que leria com boa vontade um conto de Machado de Assis, tipo “Missa do galo” só porque ele pode ser baixado de graça na internet???
Temo que a cada dia eu mesmo mais me afaste dos livros de papel por causa das novas tecnologias. Se tomar por base a quantidade efetiva de livros que peguei na biblioteca para ler até este mês do ano e não cheguei ao final, o meu presságio pode estar se confirmando. Vinha até agora achando isso normal, afinal de contas minha geração está entrando em contato com as “novas formas de leitura e de interação com o mundo”, no jargão idealista dos pedagogos. Hoje, já acho esse pensamento perigoso. Não estou culpando a tecnologia pela minha perca momentânea da freqüência de leitura de livros de papel. Nessa vereda não há culpados ou inocentes e não podemos nem ser apocalípticos, nem ser integrados. Precisaremos ser pragmáticos.

domingo, 11 de julho de 2010

Twittando aos poucos, parte II

Twitter é um leitor de RSS resumido. Twitter é um Google Reader informal ao máximo. Twitter é mais um espalhador de bobagens em rede. Quem tem paciência para aderir a essas campanhas de "cala a boca" do Twitter? Tudo pode ser dito sobre o Twitter acerca de suas qualidades e defeitos em matéria de redes sociais do nosso tempo, mas é fato que a ferramenta de microblog veio para ficar, pelo menos enquanto esse formato não for ultrapassado por outro, algo que espero que aconteça não para que esqueçamos dele, mas para que ele seja mais e mais aperfeiçoado. Por exemplo, por que os programadores ainda não inseriram um widget dentro do microblog com o tão utilizado encurtador de URL's??? Não sei porque isso está demorando tanto para acontecer. Os tuiteiros de plantão muito iriam agradecer.
Mas este artigo é mais direto: estou dando continuidade à série que principiei aqui no InfoWebMais meses atrás. Desde o primeiro post até hoje, lógico, meu uso da ferramenta aumentou consideravelmente. Mas isso não significou crescimento da minha quantidade de followings e de followers, ficou quase na mesma. Deixei de seguir a alguns, passei a seguir a outros, não tracei um critério rígido para isso, mas estou primando por escolhas mais ou menos "ideológicas", se é que se pode dizer assim, algo em nada diferente do que faz o resto do mundo, sejam os políticos, sejam os adolescentes.

Com a copa da África, descobri uma coisa que detestarei: usar o microblog para espalhar campanhas esquisitas, como as do "Cala a boca, Galvão" e a do "Cala a boca, Tadeu Schmidt". Isso imbeciliza por demais a coisa! Preferirei ser convencional (não estou infeliz com essa opção): vou ficar seguindo algumas personalidades brasileiras, alguns sites noticiosos (como o Acorda Cidade, daqui de Feira) e alguns dos amigos ou conhecidos mais achegados.
O Twitter não alterou a minha rotina em nada, quase não o utilizo para responder mensagens, nem para falar de fatos pessoais, algumas vezes retuíto um post interessante, sigo boa parte dos links dos meus seguidos e, claro, vendo o meu peixe, encurtando a URL do meu último post neste Blog.

Quanto às outras ferramentas socias? O Facebook, O Google Reader, o Formspring, o LinkedIn, etc, etc??? Continuam lá, acessados com a mesma pouca assiduidade de sempre, mas continuam lá, vez por outra sendo atualizados, vez por outra sendo visitados com certo interesse. Sim, vez por outra, não quero precisar estar conectado 24 horas por dia, mas isso é opção própria.

Existem boas maneiras de viver a vida tanto dentro quanto fora da internet.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Os conectados anônimos (CA)

           Não estou muito familiarizado com esse ramo da Psicologia em Informática, nem quero estar por ora, mas é alarmante o aumento do número de dependentes eletrônicos.  Celulares, games e computadores conectados à Rede mundial estão prejudicando o desenvolvimento educacional de crianças em fase escolar. Não os aparelhos em si, óbvio, mas o uso desgovernado desses, provando-nos mais uma vez que o que torna uma tecnologia maligna não é a sua existência/criação em si, mas a nossa relação com ela. Estima-se que até 10% da população  incluída digitalmente  (entre os 12 aos 18 anos) esteja hoje dependente de tecnologia. Isto quer dizer que tais pessoas não conseguem se abster do uso do celular, não se privam de checar a caixa entrada de e-mails, o microblog, o Orkut , etc, em intervalos de tempo cada vez menores. Trocando em miúdos, quem não tem perto de sua casa, ou dentro de sua família, aquele grupo de infanto-juvenis que tão logo acabem de chegar de uma festinha qualquer onde tem sempre alguém que leva uma câmera digital para fotografar e filmar o que puder ser clicado, e no dia seguinte, não corre ávido para o computador  afim de postar tudo no Orkut e nas outras redes sociais??? Por trás do maciço interesse de se mostrar e principalmente o de ser visto, existe a compulsão por tecnologia, em estágio brando, mas que não deixa de ser dependência eletrônica. Ah, claro, sem esquecer do Msn, para fazer o marketing viral da última postagem de fotos...
Tudo isso me leva a crer que nós, pais, precisamos levar nossos filhos para belos passeios educativos: o primeiro deles, para o "parque onde não tem wi-fi", depois para o "circo que não pode ser postado" e depois passar por aquele "diálogo que não pode ser blogado" , ou pelas "agruras de uma vida real não tuitada" e, por fim, passar um belo "dia sem tecnologia alguma", como em um daqueles piqueniques na beira do rio da nossa memória de antigamente. Tudo isso me leva a crer que nós, sociedade (pessoas de carne e osso em meio a um amontoado de instituições e de valores),  devemos tratar  tecnologia (da informação e comunicação) como um acessório adicional dentro da nossa grande teia de relações interpessoais, e somente isso, para que as nossas relações "interpessoais" virtuais não passem mesmo de ser o que elas são, virtuais, algo como uma espécie de cabide ou suporte, às vezes bastante descartável, dos verdadeiros relacionamentos entre pessoas que se conheçam de alguma forma.
Já temos bastantes agrupamentos anônimos de recuperação de viciados, não precisamos de mais este. Conectados sim, mas não isso pode ser a regra.


sexta-feira, 18 de junho de 2010

Banditismo digital

Houve uma história, outro dia, de um pai de família que descobriu (por certo, pela boca dos outros) que sua filha havia participado de um filme pornô. As imagens distorcidas, como se gravadas a partir de um celular, apareceram em um site de pornografias local e, pelo que se sabe, o ato sexual foi realizado com mais de um parceiro. De antemão, esclareço que não assisti ao vídeo, mas a comunidade toda viu, principalmente a comunidade escolar da jovem, que é de menor idade - e a família da mesma! A vergonha que ela sentiu com certeza não foi maior do que a que os pais dela estão sentindo neste momento. Uma jovem que até bem pouco tempo participava de coreografias na igreja local, embora eu reconheça que participar de trabalhos em qualquer igreja local não assegura nada de ninguém, cada um responde pelos seus atos, sejam bons ou ruins.
Ela parou de ir à escola, pior ainda, mudará de escola, mas não resolverá, se não houver uma mudança de face. Cirurgia não resolve nesse caso, ir para outra cidade talvez amenize. Mas arrependimento sincero e vergonha construtiva costumam funcionar. Fico pensando sobre até que ponto esses rapazes, provavelmente maiores de idade, sabiam o que estavam fazendo. Será que eles tiveram o consentimento dela para publicar as cenas? Será que eles "produziram" essa inescrupulosidade porque queriam mesmo "tirar alguma onda" com a jovem? Será que eles ganharam algum dinheiro para isso? Não avaliaram em nenhum momento o quanto iriam afetar gravemente toda a família? Não sei responder a nenhuma dessas conjecturas...

O fato é que eis aí um exemplo de fato que produz, de certo modo, vítimas da internet: as pessoas que não têm nada a ver com essas histórias, que sequer costumam acessar páginas dessa estirpe, muito menos se interessam por fama instantânea, ainda que essa seja negativa, como nesse caso. Pessoas idôneas que por um deslize desses são constrangidas a tomar atitudes mais severas para atenuar a situação.

Infelizmente, a internet tem dessas coisas. Tem gente que se aproveita da desgraça alheia para tirar algum proveito, ainda que não seja ligado ao dinheiro, que não sei se foi o mérito desse caso em particular,  mas buscam a popularidade, a superioridade de 15 minutos (ou 15 segundos), enfim a desgraça de ostentar uma fama bizarra. Por muito menos se poderia qualificar isso de banditismo digital. São as outras espécies de vírus: aquelas que não afetam o seu sistema operacional, mas a sua moral, algo bem mais relevante. Para eles, foi apenas a exposição de imagens de uma jovem por alguns minutos praticando o que eles chamam de "suruba", mas para a família, e para a sociedade que preza por valores humanitários, foi bem mais grave, deixa sequelas. 

domingo, 30 de maio de 2010

Educação e novas tecnologias na escola bíblica: desafios em meio à escassez

Ensino bíblico é diferenciado. Desde os tenros tempos da minha tragetória cristã, venho enfatizando isso, que é uma verdade absoluta. Não basta ter preparo intelectual, é necessário tê-lo, chega a ser um dever nosso (até mesmo do aluno cristão!), mas é preciso ter a graça do Senhor e as Suas misericórdias sempre presentes. Classes dominicais são por natureza ecléticas, e estou falando do modelo que conheço com maior propriedade, que é o das Assembléias de Deus, pelo menos em Feira de Santana. Existem pessoas tanto subutilizadas quanto por vezes pessoas "sobrecarregadas", claro que no bom sentido da expressão (muitas atribuições de liderança ou de docência).
A experiência com a Bíblia, mesmo sem se ter feito de antemão um estudo metódico (seminários, oficinas, cursos livres, etc), é fundamental numa EBD. Muitos leitores se prendem a uma leitura superficial da Palavra e é aí onde moram equívocos, muitas vezes até bem intencionados. Tudo que está sendo dito aqui, apesar de ter qualquer outro endereço, primeiro recai sobre minha pessoa.
As tecnologias da comunicação - essas já desenvolvem esta atribuição no ensino tradicional - entram nesse processo oferecendo suporte básico: em tempos de dificuldades gerais em se consultar uma biblioteca física, encontramos certos "suportes bibliotecários" principalmente na web, contudo sabemos que um computador em si mesmo pode oferecer mais do que o de servir de "consultor online". Dito de outra forma, ele tem mais a desempenhar nesse processo todo e é uma pena a maioria das igrejas não terem condições para realizar esse tipo de investimento. Por outro lado, ficaria feliz se nossas igrejas pudessem pelo menos investir, o mínimo seja, na qualificação teológica do corpo de professores, por exemplo, ofertando cursos de curta duração de introdução à Teologia, ou oferendo um suporte in loco sobre a metodologia para que as próprias lições dominicais sejam melhor aproveitadas.
Tomemos um exemplo real, que eu posso ter agora, mas não necessariamente é o melhor exemplo: em 30/05/2010, a lição para adultos e jovens da CPAD, baseada no livro de Jeremias, capítulos 30 e 31, tinha por título "Esperando contra e esperança", lição a qual considerei a mais complexa até aqui no presente trimestre (abril a junho), para um novato da docência cristã como eu. Ao longo de pouco mais de uma hora de aula, tentei passar para uma classe heterogênea (senhoras, senhores, jovens e até adolescentes) aquilo que gostaria de ter ouvido de outro professor bem mais preparado do que eu e que naquele exato momento conseguisse transmitir de outra forma todo aquele conteúdo historicamente denso. 
Pensei tudo isso porque, metodologicamente, não me sentia preparado para ministrar uma lição como essa, a qual considerei, desde o estudo que fiz na véspera, complexa, por tocar em questões ainda não plenamente solidificadas na minha educação bíblica: eleição do povo de Israel, profecias para o Messias, escatologia, o arrebatamento, a "angústia para Jacó", virtudes teologais, salvação do povo judeu, o Anticristo, etc.
Pelo menos, ficou para mim e para a classe claramente a mensagem central da lição (abstraível imediatamente) de que a esperança,  uma virtude teologal por excelência, é um dos pilares para a nossa vida, em meio a um mundo em tribulação.
Dito isso tudo, concluo que essa foi uma lição que deixou a desejar, teologica, metodológica e didaticamente falando. Sim, fiz umas pesquisas básicas, mas falhei em não encontrar a melhor forma de passar isso para os diletos irmãos. Ademais, havia uma sobrecarga de informações na própria lição, que fazia referências aos outros profetas que predisseram a tribulação do povo israelita (Ezequiel, Daniel, Zacarias...), o que indicava que só por esse motivo, seria uma lição para ser estudada no mínimo por uma semana, ou pelo menos por três domingos seguidos.
Tudo isso corroborou para que este quadro presente se configurasse, mas Deus trabalha da melhor forma, mesmo em meio às nossas falhas. Tenho certeza de que tudo isso teve um propósito determinado, nada foi por acaso. Uma resposta boa de toda a semente plantada naquela EDB dará seu fruto no tempo determinado. Não por minha causa, mas pela misericórdia de Deus.

sábado, 15 de maio de 2010

Mandriva: novidades de um fim de semana

Como disse, é um sábado à noite e necessitava atualizar o blog, que andava parado, por excesso de tempo sem um computador que estivesse por perto da minha disponibilidade literária. Sem falar que na última semana as coisas não foram fáceis, mas Deus sabe de todas as coisas.
O fato é que adotei desde segunda-feira o Mandriva, sistema operacional com uma interface bastante amigável, para ser bem clichê. Agradou-me, em alguns aspectos, mais do que a do Ubuntu (parei no 10 ponto alguma coisa). Esta versão que estou usando veio nativo num PC da Positivo, o SIM A885, tem uma interface KDE que nem sei se há fundamento, mas está a me lembrar muito o jeito do Windows Vista, sem as firulas deste. Havia pensado em migrar para o Windows 7 de cara, mas mudei de idéia nesses poucos dias de convivio, que por sinal...

Por sinal... (lembram da impressora no Ubuntu 9.04? Sei que não) já me deu alguns vexames no que se refere aos plugins, tanto do navegador, quando dos aplicativos de áudio e vídeo nativos. Passei mais uma vez esse pepino para a comunidade, por falta de competência e espero que em alguns dias me dêm uma resposta para a falha no player de vídeo e no browser. Falta no Mandriva algo parecido com a Central de Programas do Ubuntu, ou do Ubuntu One. Por outro lado, o visual organizacional das pastas, a facilidade em movimentá-las e o reconhecimento das mídias removíveis, em geral, me satisfizeram bastante. O Open Office a cada ano que passa fica melhor. O discador nativo em princípio não foi muito maleável, mas aos poucos fui o conhecendo melhor. Claro que para tão poucos dias de convivênhcia o Pinguim dessa distro ainda me é um ilustre desconhecido!
No mais, posso concluir dizendo que tudo isso são as coisas do Linux fazendo parte de nossa realidade.
Não dá para dizer  algo mais, como por exemplo se essa parceria vai ser duradoura, mas faço votos de que seja.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Quinta versão do Avast: mais do mesmo (melhor).

Proteção residente inteligente, alertas sonoros criativos, interface intuitiva com colorimetria bacana, fácil atualização e agora ainda mais fácil de escanear setores dos seus HD's. Esse é o Avast 5, mais precisamente o 5.0.462,testado por mim numa licença anual gratuita.

O fato é que nessa seara de antivirus hoje à nossa disposição, entre boas opções pagas e respectivas versões gratuitas temporárias, o Avast se sobressai. Já disse alguma vez que um dos mercados de software que talvez mais teria razões para cobrar por serviços (claro que me refiro às querelas do livre e do pago na informática) esse mercado é o de aplicativos de segurança. Por que e para quê eu teria uma empresa de segurança digital - seja ela a das certificações, seja a dos antivirus, antispywares, seja lá qual nicho de segurança for - e manteria uma equipe à disposição dos usuários, geralmente de plantão, para não cobrar nada por isso???

A quinta versão inovou nos dispositivos sonoros: agora uma bela voz feminina nos informa sobre aualizações e escaneamentos. Lembra da necessidade de ser redirecionado para o site da Avast (Awill) para registrar o produto? Acabou, pois o Avast 5 colocou esse serviço integrado à interface, bem mais cômodo e mais rápido, porque você não precisará esperar o e-mail de confirmação com a chave de registro. Como alguns poderosos antivirus, a exemplo do Kaspersky, ele agora nos informa sobre o status da proteção. Os escaneamentos aparecem em três opções claras na aba correspondente, bem mais em conta do que a versão anterior, com aquela já boa interface de player de música. O player de música, aliás, deu lugar a uma "aparência" mais familiar de antivirus! Por fim, claro, que aquela boa e velha verificação de boot continua lá, na aba Escaneamentos, na versão em portugues, simplesmente chamada de "escaneamento ao reiniciar".

Por tudo isso, vale a pena ser testado.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Rede Globo na Web: alienações e simplismos


O texto que se segue foi enviado por um amigo via e-mail, mas como não tinha autoria e essas coisas chovem na internet, resolvi puxá-lo de um site católico, que por sua vez foi puxado pelo buscador da gigante de Redmond. Não alterei uma vírgula sequer do texto.

Vou deixar o texto original em itálico e fazer comentários em caixa alta. A intenção original era retirá-lo do ar com poucos dias. Entretanto, mantive uma parte aqui, seguida pelo respectivo link para que os interessados leiam o restante.

“A silenciosa investida da Rede Globo: uma cultura de libertinagem, traição, adultério e rompimento com os valores familiar de forma sútil.


19.02.2010 - A Globo, com todo seu poder de penetração na sociedade e dentro de nossas casas, vem introduzindo, silenciosamente, uma cultura de libertinagem, traição, adultério e rompimento com os valores familiar de forma sútil.

QUEM TEM O MÍNIMO DE VISÃO ESPIRITUAL, HUMANA E SOCIAL SOBRE OS EFEITOS CAUSADOS POR  ESSE TIPO DE PROGRAMAÇÃO DA TV ABERTA E DO QUE SEJAM VALORES CRISTÃOS SABE QUE NÃO SE TRATA DE UMA QUESTÃO APENAS “GLOBAL”. A TV ABERTA MUNDANA E NÃO-MUNDANA (VIDE REDE RECORD) ESTÁ INFESTADA DESSE TIPO DE PORCARIA.

Leia na íntegra, pelo blog Ponto de Parada