domingo, 11 de novembro de 2012

Como discutir cópias e plágios de blogs/sites com eficiência

Vou falar de cópias e plágios*. Às vezes, considero a preocupação de blogueiros/editores em não ser copiados exagerada. Discorrem, discorrem, discorrem e os copiadores continuam aproveitando aquilo que for útil para eles, copiando tudo o que dá acesso e que possui alguma chance de dar dinheiro, através da monetização do espaço, como todo mundo faz, de grande jornal a pequena/invisível mídia, como esta. Eu mesmo faço isso, sempre privilegiando por citar a fonte, embora os especialistas dizem que isso seja inútil (mesmo assim, eu vou continuar fazendo, até que surja uma legislação plena a respeito, capaz de nivelar a todos os blogs/sites com a mesma trena). Já copiei conteúdo que considerei relevante em algumas áreas que me interessam informar (pelo menos a mim mesmo). É bem provável que não tenha jamais copiado alguma coisa de gente que combate ao plágio e à cópia, embora já deva tê-las citado em alguns momentos, porque são gente competente.


Outro dia, gastei um pouco do meu tempo lendo um ótimo artigo ensinando como copiar e plagiar com eficiência, que logicamente estava carregado de uma ironia crítica, para não somente "pegar" os possíveis copiadores, mas também levá-los a refletir sobre suas ações (se metade deles chegarem à metade do artigo - que é extenso para os padrões de paciência dos leitores web "medianos" - eu já me sentiria feliz, mesmo não sendo o autor do artigo! A mesma coisa vai valer para este artigo, que tem muito pouca audiência em relação ao que citei, mas está me saindo extenso demais, para esses padrões de que falei).

Tudo bem que a luta é justa, a causa é justa, vale muito à pena ser original, é bom para nosso status nos buscadores, é bom para nos sentirmos realizados enquanto produtores de conteúdo e tantos outros benefícios que agora não me recordo elencar. Mas às vezes também acho muito estranho se brigar para não ser copiado, quando outros tantos donos de grandes empresas de software, tantos compositores, tantos artistas, tantos programadores e tantos donos de equipamentos digitais (CDs, DVDs, celulares, relógios, etc) não tem tanto sucesso assim ao denunciar que foram copiados, como muitas vezes certos blogueiros e donos de sites têm. Será que o conteúdo escrito é mais importante do que a cópia ridícula de um iPhone, com 5% das funcionalidades do original? Ou é justamente o contrário?

Mas enquanto uns abominam ser copiados, outros não estão nem aí. É a lei das coisas da internet. Lembro-me do instrumentista Hermeto Pascoal, que certa vez, durante uma entrevista, disse que achava ótimo ser copiado. Não sei se hoje mudou de ideia, mas achei interessante essa opinião, ainda mais quando se sabe que no Brasíl, a música instrumental é pouco valorizada, a originalidade musical só é lembrada quando cantada em prosa e verso, mas não quando tocada... Quanto mais copiarem suas músicas, dizia Hermeto, melhor. Lembro-me também dos cantores evangélicos, os quais, se não fossem "reféns" do mercado que eles mesmos "valorizamos", não deveriam se importar também em ser copiados. Afinal, de graça recebei, de graça daí, lembram?

Já outros acreditam que ser copiado na internet, quando com fonte e link mencionados, se assemelha a uma homenagem ao produtor "original" do conteúdo, por parte do site/blog "parasita". Isso supostamente inspira certo respeito, um blog/site digno de ser copiado, pelo menos na visão de alguns. Agências noticiosas como a Agência Brasil, os portais da Câmara e do Senado, por exemplo, permitem que tudo que seja produzido pelas suas equipes de jornalismo seja copiado na internet, desde que citada a fonte nos moldes que desejam que seja. Grandes jornais do país (impressos ou na web) copiam esse conteúdo, que é muito bem editado, na íntegra. Para que eu vou mexer numa notícia tão bem feita, por uma equipe de jornalismo tão gabaritada?

Outros sites, por outro lado, quando copiam, para mim, estão prestando um serviço de grande utilidade pública, independente de estarem monetizando o espaço na web ou não. É o caso de grandes sites especializados em concursos públicos, empregos, vestibulares e cursos. Afinal, por que ninguém reclama dos jornais da televisão ou de rádio que também exibem informação de utilidade pública entre um intervalo comercial milionário e outro?

Para encerrar, digo o que iria dizer no começo desta crônica: não quis me posicionar contra ou a favor dos copiadores. Só quis discutir o assunto com a plena certeza de que muitas águas ainda vão rolar...


Este texto só foi para dizer um "oi" a este memorável blog, pois relembro que minha contribuição a ele continuará, em 2013, sendo mínima, até que encontre parceiros abnegados na blogosfera, capazes de tocar o projeto para a frente, embora ele não esteja parado.

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