domingo, 26 de julho de 2015

Vivemos numa era

Vivemos numa era
Em que as pessoas acreditam
Estar inventando novas formas de amar
Por meio dos seus facebooks maravilhosos
E das suas novas ilusões de amizade.
Os carros e celulares são lançados a cada temporada,
A gente abandona o caderno com caneta
E se adapta à nova forma Tecnológica de pensar,
A gente abandona a bicicleta
E se adapta à nova maneira de correr.
A gente ganha, de certa forma,
Até um certo dinheiro
Pra gastar talvez mais
No próximo entroncamento da felicidade,
Esse que não passa por Feira de Santana,
Nem por outra cidade...

Vivemos numa era
Em que as pessoas precisam


O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

Tenho as preocupações

Tenho as preocupações normais de um brasileiro normal,
E elas são independentes do fato de atravessarmos uma crise.
Com a desculpa de que um sorriso no rosto
Ameniza uma ruga, evita um AVC, ou simplesmente faz bem,
Procuro levar a vida.
E uns dizem ser a vida que os leva,
Eu prefiro botar a culpa em mim mesmo
E acreditar que o que faço hoje
Terá relação com o que vou passar daqui a alguns anos, ou dias:
Guardadas as proporções, a gente segue,
Já na terra,
A mesma lei da vida,
Explicada, em palavras mais figuradas,
Por João de Patmos,
Quando referia-se ao Juízo Final...

O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

sábado, 25 de julho de 2015

Ser político, ser pastor, ter bom salário e o sacerdócio

Em uma cidade brasileira, os vereadores estavam prestes a votar um gordo reajuste de salário. A notícia caiu na boca do povo pelas redes sociais e todos foram participar da sessão parlamentar, para protestar. O resultado foi aquele que acontece toda vez que o povo se dá conta do poder que tem nas mãos: os vereadores mudaram de ideia e seguiram o caminho inverso: aprovaram a redução salarial para a próxima gestão, passando a receber um salário irrisório, para que fique claro que a motivação do cargo não é o dinheiro.

Claro está que ninguém é burro ao ponto de achar que essa situação vai ficar desse jeito. Obviamente, os próprios parlamentares irão reverter esse quadro, talvez ainda neste ano (porque muito irão ser reeleitos). O fato é que a política é um sacerdócio bonito, mas faça uma pesquisa para saber quantos estão ali simplesmente por amor a uma causa, ou por amor à nação? Sou levado a julgar que 90 por cento deles investiram na campanha porque um mandato rende diversos tipos de lucros.

Também não quero ser hipócrita para dizer que não gostaria de ter um mandato para ganhar bem. Digo até mais: se esse monte de vereador, deputado e senador tivesse uma redução do salário em 50 por cento, ainda assim, choveriam candidatos, porque continuariam recebendo um ótimo salário, bem acima do que o mercado paga. Se bobear, bem acima do que mereciam - alguns deles.

De certa forma, também fiquei feliz ao tomar conhecimento da notícia de que um ex- pastor evangélico perdeu uma causa trabalhista, porque a Justiça considerou que a função de pastor não é daquele tipo que se caracteriza como um trabalho,  do ponto de vista capitalista. Ser pastor é uma vocação, um chamado de Deus, argumentou o julgador. Até aí eu concordo.


O problema é que as igrejas estão se comportando como empresas há muito tempo. Veja o relato desse ex- pastor da Iurd abaixo,   que você compreenderá o que estou tentando dizer.






Também não adianta ser hipócrita aqui, porque um pastor, mesmo sendo pastor ("profissão" tão desgastada), precisa sobreviver, do mesmo jeito que eu e você fazemos: pagando dívidas,  comendo, bebendo, comprando, etc.

Mas o que determinados tipos de igrejas fazem hoje extrapola qualquer sentimento de justiça. Me diga se é justo uma igreja estabelecer cota de arrecadação para não "demitir" um pastor? Me diga se é justo uma igreja forçar sempre o mesmo estilo de pregação voltado sempre ao "dar, dar, para receber"? Será que O Eterno é esse tipo de "negociante" que eles dizem ser? Não estou acusando a igreja A, B ou C, porque não existe igreja perfeita. Quero apenas tentar colocar uma dose de bom senso na bagaça que acontece em determinados locais.

Acho que cairia muito bem outra coisa: uma dose forte de sinceridade em pastores e políticos. Imagine se chegasse um tempo em que um pastor da Prosperidade dissesse com mais frequência isto: "meus queridos irmãos e irmãs, nós cobramos dízimos e ofertas com toda essa regularidade e ênfase porque a nossa igreja hoje atingiu um patamar tão gigantesco, que precisamos continuar a manter nosso status quo megalomaníaco. Não estamos lá tão interessados em ajudar as igrejas mais fracas, muito menos em destinar pelo menos metade da nossa renda diária para obras verdadeiramente sociais. O nosso interesse em pedir e pedir e pedir é manter o salário dos nossos pastores, patrocinar as despesas dos nossos conglomerados de rádio, TV e outras empresas, fazer investimentos importantes e rentáveis, entre outras iniciativas 'estão na direção de Deus".

Ou então imagine um candidato, bem na hora da propaganda eleitoral, dizer claramente: "meus queridos, venho pedir o seu voto para chegar lá e discutir projetos que já tenho, além de poder lutar por mais justiça social, empregos, melhores condições de vida e outras ações importantes. Mas também não nego que o cargo de vereador/senador/deputado/prefeito/governador/presidente sempre me atraiu, por causa da dimensão social ou projeção que ele pode me proporcionar e, lógico, por causa do bom salário ofertado. Portanto, me ajudem a chegar lá, porque de uma forma ou de outra, vocês terão que eleger alguém. E por que não eu, que tenho projetos?"

Inclusive até eu, se um dia me candidatar, quero pedir a Deus para ter essa coragem...

quinta-feira, 23 de julho de 2015

O lugar do homem velho nesta sociedade

Qual será o lugar do idoso na sociedade? Qual será o lugar dos pais que pensam poder ocupar a casa dos filhos, depois que estes crescem, ou se casam, ou vão morar sozinhos?  As vezes me sinto convencido de que falta, enquanto filhos, demonstrarmos o devido amor para os nossos pais. Não se trata de beijinho, presente ou abraço, que confesso nunca ter me importado com isso, mas de um apoio prático nos pequenos detalhes da vida. 

Já disse outras vezes que espero em Deus não precisar de apoio dos filhos na melhor idade, porque - a partir do que percebo hoje - cada vez mais as gerações novas não têm e nem terão paciência com a melhor idade. 

Temos dois destinos certos na vida: ou envelheceremos ou morreremos antes de envelhecer. Mas costumamos ignorar sempre toda essa parte do futuro, como se fizéssemos questão de não ter consciência disso. E aí, num belo futuro em que a hora da morte chega ou a da velhice, a gente se dá conta de poderia ter sido diferente a nossa vida passada. 

Por isso que sempre será complicado afirmar categoricamente que dessa comida eu nunca comerei e dessa água nunca beberei... 

Talvez exista mesmo em cada pessoa uma espécie de "efeito bumerangue" comandando nossas atitudes: o que você faz hoje com o seu próximo,  seja algo de bom ou de ruim, certamente um dia retornará para você. Ou, por outros termos: que as palavras que pronunciamos hoje não sejam utilizadas contra nós mesmos lá na frente... 


terça-feira, 21 de julho de 2015

Canção do exílio em Carinhanha

Há noites e dias de muita ventania em Carinhanha.
Mas no geral a sensação
É de que existe um verão perfeito
Ao longo de todo o ano,
E de que vai demorar tanto a chover,
Que o melhor a fazer 
é não contar com a chuva,
Ou decretar situação de emergência
No coração ansioso...

Ora direis: isso são pensamentos 
De quem está acostumado com as aves que gorgeiavam na cidade natal. 

Pode até ser...

Aqui pode ter mais aves,




O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

domingo, 19 de julho de 2015

Angústias religiosas

Este é mais um daqueles textos que poucos vão ler, por conta da nossa tendência moderna de não lermos mais nada que ultrapassa as 300 palavras. Mas eu estou pouco me importando se vou ser lido daqui a um mês, daqui a um dia, ou daqui a um século por alguma alma abnegada de tempo, para desfrutar de uma simples opinião escrita numa madrugada insone.

Na verdade, tem muito blogueiro hoje que já não escreve sem pensar no padrão "Google" de ganhar audiência (eu sei que dinheiro é importante, mas também é importante o não ter dinheiro, uma vez que dinheiro não é tudo). Estou dentro do Google, porque o Blogger é um "terreno" dele e deveria seguir a tendência. Mas já que me está sendo dada a palavra escrita, vou pedir licença para não pensar numa linha de SEO para blogar.

Não era para eu ter iniciado desse jeito um artigo que não tem nada a ver com blogar. Quero falar de religião ocidental de matriz chamada cristã (não sei se a expressão existe,  mas é que hoje é preciso ser politicamente correto até para falar de religião, já que ela também está dentro do relativismo...).

Não nego que nos últimos meses venho sentindo abalos em minhas convicções religiosas. Com isso, não pretendo dizer que quero me afastar de Deus, muito pelo contrário. É que quanto mais eu tento aprender o mínimo que seja do chamado cristianismo ou do chamado judaísmo, ou das divergências existentes nessa seara, mais me vejo como um ignorante.

Ultimamente, até a palavra pregada pelo pastor da minha denominação não vem me satisfazendo. Não pretendo ser mais um desigrejado, mas considero salutar beber em outras fontes, sempre que possível.  Por não me sentir mais plenamente satisfeito em meu "ministério" sinto a necessidade de optar por uma linha de conduta, ao mesmo tempo em que sinto vontade de mudar de opinião, apesar das pressões externas, muitas vezes movidas por dogmas que se querem ser imutáveis (será que os são mesmo?). 

É até difícil de explicar, por isso não quero embromar. Por exemplo, a questão do batismo da maneira pentecostal, que há nove anos vinha sendo convencido a acreditar que é o único válido. No fundo, nunca me senti convicto de que iria acontecer comigo. Já chorei, já senti Deus "falar" comigo de alguma forma em momentos diferentes da vida, mas nunca me senti capaz de exercer esse dom de falar "em glossolalia", como os pentecostais genuínos falam (ainda que de uma maneira diferente da que é retratada em Atos 2). Dessa forma, na doutrina pentecostal, eu nunca fui batizado.

A coisa do chip, das marcas de produtos ou de coisas como encontrar em todas as notícias do mundo uma mensagem subliminar de alguma forma de dominação ou arquitetacao ligada ao apocalipse. Sinceramente, há tempos que discursos nessa linha não são digeridos por mim.

A doutrina dos dízimos e ofertas, outro dilema. Por que tanto se diz que "negar para Deus" é ter uma espécie de amor ao dinheiro ou ser avarento ao máximo? Por que em vez deles dizerem que existe a obrigação do dízimo para Deus (como se fosse Deus que vai administrar as verbas), eles não são mais claros, tipo assim: "irmãos, precisamos pagar isso é aquilo, precisamos garantir o salário do nosso pastor, precisamos mandar dinheiro para um missionário na roça e quitar o Ipva do carro da igreja, por isso precisamos pedir aos irmãos que dêem"? Ou seja, até que ponto a escritura bíblica não está mesmo sendo usada para justificar a manutenção de um status quo de um certo "costume financeiro"? Não estou afirmando que dinheiro faz mal para uma igreja, não estou dizendo que o dinheiro é dispensável para alguns de nós. Não estou dizendo que todos são gananciosos. Mas por que as "obras de Deus" na terra não mudam essa forma de lidar com dinheiro?  Será que é preciso pedir dinheiro a cada culto? Por que igrejas como aquelas similares à Universal e tantas outras não desaceleram um pouco esse tipo de doutrina?

Reconhecer que toda organização religiosa precisa se sustentar com verbas em multirão e reconhecer que alguns líderes dessas organizações precisam de sustento são uma coisa, não nego que as organizações precisam de capitalização. Mas insistir na tônica de "é preciso dar a Deus o que é de Deus" da forma como basicamente se percebe hoje, eu considero uma anomalia da religiosidade que se diz ser cristã. Eu considero uma aberração. Para que uma igreja precisa "bater meta"? Isso é coisa de "obra de Deus" ou empreendimento comercial? Por que não se multiplicam pastores que fundem igrejas que só peçam o mínimo para sobreviver? Por que Edir Macedo, RR Soares, José Wellington ou qualquer outro líder de "grandes rebanhos" (nem queria citar nomes para não acharem ser perseguição) precisam se tornar modelos de homens "empreededores"? Da forma como se entende ser empreendimento hoje, os cristãos precisam é de anti modelos...

A questão do cristianismo: será que nós, homens, inventamos um cristianismo do qual Jesus se envergonharia se estivesse hoje, corporeamente em nosso mundo? Parece que há uma compreensão latente de que Jesus veio para "acabar" com o judaísmo, como se o judaísmo estivesse em falha e se a solução para a salvação fosse o chamado cristianismo, que nem foi Jesus quem inventou... (Oh, meu Deus, que essa inquietação não seja reputada como rebeldia!).

Ademais, por que se prega tanto uma fé de resultados neste país? Por que esses que pregam resultados, que dizem que resultados requerem algo como o "sacrifício de isaque", rechaçam aqueles que desenvolvem um culto racional, mas efusivo no tocante aos dons de línguas "estranhas", aos "mantos de poder", ao gritar, saltar pular na unção? E rechaçam o viver ascético do homem na terra, o viver sem a sanha de virar empresário,  mas se contentar em ser empregado?

As liturgias de cultos de matriz cristã: senta, levanta, repete, bate palmas, canta, dança, sapateia são tão valorizados para uns e tão abominados para outros.

As mudanças de igreja ou, sendo mais claro, a "rotatividade denominacional" (também não sei se a expressão já foi cunhada): tenho um amigo pastor que dizia sobre alguns daqueles que trocavam de placa denominacional: "se fulano mudou de igreja com a desculpa de que o Deus é o mesmo, isso não é bem verdade: mudou porque o Deus era diferente". Se me perguntassem o que eu acharia no tempo em que pensava assim, eu também consideraria um erro mudar de igreja. Hoje já me considero mais flexível a este respeito. Tanto que sou capaz de dizer (se fosse pastor): "Meu amigo, se está investigando os aspectos e sente no coração de avaliar uma outra placa denominacional, vá em frente, pegue sua carteira de membro ou sua carta e vá lá. Se quiser voltar e ficar conosco bom, mas se não, continuaremos bons amigos". Eu gostaria que os pastores mudassem de atitudes quanto ao "perder" ou "ganhar" ovelhas. Essa metáfora das ovelhas  do pastor é poética,  muitas vezes soa destoante demais, por isso precisamos aceitar os fatos. É como se membro fosse gado, que precisasse ser guiado pelo berrante ou pelo grito do dono ou do cuidador. Devemos ser ovelhas e respeitar o pastor,  mas até aí. Ovelha não pode significar passividade, aceitação de tudo, só porque foi o pastor que está direcionando. Não é uma questão de rebeldia. É uma questão de simples bom senso.

Este é o pequeno resumo de algumas agonias religiosas pelas quais tenho passado. Sei que são somente o princípio de um processo e que não tem nada a ver com revolução dos costumes. Não estou querendo fundar nada, nem transformar uma experiência pessoal em mote para interromper o caminho dos outros.  Que Deus abençoe a todos.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Daniel na cova dos leões – versão cristã homônima (Legião Urbana)

Aquele mundo amargo onde eu vivia
Ficou p’ra trás, lá num passado triste
De amargo então, salgado ficou velho
Assim é o renovo que há em Cristo

Fez casa no meu corpo,
E ainda leve, manso, fardo santo,
Por saber
Que tudo o que façamos, ainda é pouco

Jesus Cristo é meu segredo revelado
E desafio o instinto dissonante
Que a insegurança nos atrai botando medo
Só que o momento agora vale todo o instante

E o meu medo de ter medo de ter medo
Já não me atormenta como antes
Meu corpo é santo templo do Espírito
E eu sei que essa correnteza já tem direção...

Mas tão certo como 1+1 é sempre só dois
Eu estou pronto p’ro que venha
E o mal que atormenta este mundo aqui
Só vai durar por pouco tempo
Tem futuro não...

terça-feira, 14 de julho de 2015

Não dê a descarga, após usar

Há anos que sofro com um dilema e tanto: dar ou não dar a descarga? Eis a questão. Não são raras as vezes em que tomo um grande pito da minha "patroa" ou indiretas em outros ambientes sociais por causa disso (porque as pessoas nunca querem ser mais sujas do que as outras, uma vez que fazemos parte da cultura do que é limpo, pelo menos na aparência).

O fato é que todas as donas de casas do mundo parecem obrigar os habitantes dos banheiros a dar a descarga todas as vezes que o vaso sanitário for usado. Eu considero isso um ultraje e tanto! Fico revoltado quando uma pessoa vai ao banheiro e, apesar de não ter deixado lá sequer 20 ml de urina, se sente na obrigação imposta pela sociedade - ou acha isso uma coisa justíssima - de despejar 15 a 20 litros de água para não deixar odor no recinto. Por que as fabricantes de produtos de limpeza não encontram logo uma solução para combater esse péssimo hábito social??!!?? Porque eu tenho sido completamente infeliz na educação dos meus filhos, quando lhes digo que isso é um suicídio lento da raça humana???!!!?

Não é de hoje que considero o vaso sanitário um dos maiores inimigos da economia de água no mundo. Sei que soluções menos gastadoras estão no surgindo, mas no Brasil a grande realidade que se vê é aquele tradicional vaso sanitário com descarga cheia que precisa ser utilizada toda vez que uma pessoa dê uma simples mijada.

Falar de mijo e bosta não atrai a ninguém, porque infelizmente somos pudicos para alguns assuntos. Ninguém escreve sobre arrotos, peidos, cagadas (pelo menos as literais) e mijadas da vida. Ninguém quer ficar do lado dos que pensam diferente, porque vai acusar isso de "imundície". Por exemplo, ninguém parece ficar do lado de quem pensa ser o banho uma tarefa básica da vida que não precisa levar meia hora ou mais para acontecer todos os dias - ou até mesmo várias vezes por dia! Qual a necessidade de um homem que é homem passar meia hora no banheiro com o pretexto de estar tomando banho?

Aquela simulação do casal gastador de água do Fantástico (exibida no domingo dia 12/07/2015) só assustou (revoltou/causou comoção) aos transeuntes porque há meses foi dado o sinal vermelho sobre a carência de água em alguns Estados do Brasil. Queria ter visto aquela mesma cena em um outro contexto. Eu, por exemplo, que moro há poucos metros de um "pedaço" do Rio São Francisco, ainda não vi ninguém se alarmar por causa de uma mangueirinha boba gastadeira, ou por causa de um vaso sanitário que precisa ser desinfetado a cada mijada boba de 15 ml...

Com isso, não quero dizer que sou totalmente contrário ao limpar o vaso sanitário a cada micção, pois reconheço que a urina humana tem o incrível dom de deixar o ambiente pessimamente odorizado. Na verdade, eu vivo torcendo é para que algum empresário ou inventor acabe com essa lógica do gastar de água e crie alguma tecnologia capaz de combater isso. Agora, no tocante aos dejetos humanos sólidos (as nossas fezes), essas aí ainda precisarão mesmo contar com a boa e velha descarga de água, pois não tem jeito para elas.

Acho que depois de bosta de gato e de cachorro, a de gente é a pior coisa que existe na face da terra. Tenho um gatinho jovem que ainda vai me matar de ódio, porque vez por outra ele costuma fazer os seus serviços sujos pela casa. Mas entre limpar bosta de gente e limpar a de um gato, eu fico com a deste último.

Meu dilema não está resolvido simplesmente por conta deste desabafo. Sei que - enquanto água com relativa fartura houver no mundo - ainda terei que me debater todas as vezes em que for ao banheiro realizar a mais elementar das tarefas fisiológicas humanas (depois de comer e beber, é claro). Ou todas as vezes que levar um pito educado ou descomposto de alguém por ter "esquecido" de dar a descarga.

Só quero dizer às pessoas que eu, talvez safadamente, nunca me esqueço de dar a descarga quando vou ao banheiro. Tudo o que eu faço ali dentro é proposital. É onde eu exerço o meu inútil gesto de protesto, totalmente incompreendido pelo mundo...

Por isso que meu lema é: "não dê a descarga após urinar. Espere alguma bosta chegar".

E, cedo ou tarde, ela vem.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Poema de fé para dizer Bom Dia

Embora seja homem de fé,
Muitas vezes me esqueço
Do quanto Deus está presente
Em minha vida:
Seja no livramento do perigo de todo dia,
Seja nas bênçãos de provisão em geral, e na saúde (até na taquilalia),
Seja no intelectualismo egoísta de nossa espécie,
Seja na nossa ilusão de nos acharmos autossuficientes.
Até mesmo naqueles dias (como ontem), em que mais de um pedinte chega até você,
E pede
E você escolhe o pouco que tem no bolso
E dá,
Sem querer muito saber
Se ele vai usar droga, tomar cachaça
Ou, de fato, se alimentar mesmo (como se comida fosse a única prioridade de um pedinte).
Eu sinto que Deus está presente,
Me desculpem os ateus,
Me desculpem os revoltados,
Me desculpem os multiculturais de hoje em dia,
Que preferem se resguardar no direito de respeitar a tudo que é humano.
Aliás, eu sinto Deus até nisso.
Este foi só um poema pra dizer a todos: bom dia!

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Infinity Line até tenta, mas não consegue atrair "investidores"

As pessoas estão tão traumatizadas com as propostas que aparecem de redes marketing multinível/pirâmides/outras espécias de rede de doadores sem produtos materiais para vender, que chegaram ao ponto de não suportar sequer ouvir falar sobre o assunto. Quando alguém chega para você e lhe oferece esse tipo de produto, você ouve mais por educação do que por interesse em ganhar dinheiro. 

Foi o que aconteceu comigo há uns seis meses, ao ouvir a proposta Infinity Line pela boca de um familiar. E aconteceu novamente, meses depois, ao ser convidado para entrar por um amigo - o que acabei fazendo.

Como na Infinity o risco de calote é praticamente mínimo, resolvi comprar um "passe", menos por interesse do que simplesmente para observar por pouco tempo o "ambiente". Fiz o cadastro, paguei (não há um gestor do nosso dinheiro, pois quem recebe é diretamente o participante) e coloquei até uma pessoa dentro do prazo correto.

Mas faltaram duas outras para "tocar" o projeto, que exige inicialmente a adesão de três pessoas. E, embora tenha oferecido meio timidamente a algumas pessoas, recebi em troca uma bela paga: a indiferença generalizada. 

O único "risco de capital" da Infinity Line é de R$ 20,00, valor que não empobrece ninguém. O resto você só irá investir se o dinheiro entrar. Por isso que o projeto é inofensivo e atraente até. 

Mas ele não "pegou". Vi o depoimento de um casal que foi até incentivador. Vi os vídeos sobre como funciona o esquema e os prazos que precisam ser seguidos pelos participantes. Mas no fundo eu nunca comprei essa ideia. E os dez primeiros dias se passaram em brancas nuvens.

Encerro este pequeno artigo, transcrevendo a forma de funcionamento do Infinity Line. Depois, cada um faça a sua escolha e tenha sucesso (espeço que tenha!):

O valor da DOAÇÃO é mínimo é de R$ 20,00 uma ÚNICA vez, os demais valores são oriundos do próprio projeto. 

É um sistema inteligente de incentivo a DOAÇÃO ESPONTÂNEA, com o objetivo de distribuir renda entre seus participantes. Não é uma empresa de MMN e não possui CNPJ. 

O fechamento dos níveis é rápido, apenas 4 níveis na fase 1 e 3 níveis na fase 2 e 1 nível na fase 3. Você precisa apenas doar R$20,00 para 1 pessoa da equipe indicada pelo sistema e cadastrar apenas 3 pessoas no seu link na primeira fase. 

Depois você recebe doações de: 3 pessoas da equipe, 9 pessoas da equipe, 27 pessoas da equipe, 81 pessoas da equipe. 

Querendo turbinar seus ganhos você poderá participar também da fase 2 simultaneamente com a fase 1. 

Se você já tiver no mínimo 3 pessoas cadastradas, acesse seu backoffice e clique em doar agora e na linha em branco digite santana e sera convidado a fazer uma doação de 200,00 para uma pessoa do sistema. Veja os ganhos abaixo com sua doação.

COMO FUNCIONA A 1ª FASE

1º NÍVEL: Você doa R$ 20,00 - Recebe 3 de R$20,00 = R$ 60,00 e reserva R$ 40,00 para o 2º NÍVEL, sobram líquido R$20,00.
2º NÍVEL: Você doa R$ 40,00 - Recebe 9 de R$40,00 = R$ 360,00 e reserva R$ 160,00 para o 3º NÍVEL, sobram líquido R$200,00.
3º NÍVEL: Você doa R$ 160,00 – Recebe 27 de R$160,00 = R$ 4.320,00 e reserva R$ 1.320,00 para o 4º NÍVEL, sobram líquido R$3.000,00
4º NÍVEL: Você doa R$ 1.320,00 – Recebe 81 de R$1.320,00 = R$ 106.920,00 e reserva R$200,00 para a 2° fase, sobram líquido R$106.720,00.


TOTAL DE GANHOS 1ª FASE   R$111.660,00


COMO FUNCIONA A 2ª FASE

1º NÍVEL: Você doa R$ 200,00 - Recebe 3 de R$200,00 = R$ 600,00 e reserva R$ 400,00 para o 2º NÍVEL, sobram líquido R$200,00.

2º NÍVEL: Você doa R$ 400,00 – Recebe 9 de R$400,00 = R$ 3.600,00 e reserva R$ 1.600,00 para o 3º NÍVEL, sobram líquido R$2.000,00.
3º NÍVEL: Você doa R$ 1.600,00 – Recebe 27 de R$1.600,00 = R$ 43.200,00 e reserva R$ 10.000,00 para 3°fase e sobram líquido R$30.200,00

COMO FUNCIONA A 3ª FASE

Você doa R$ 10.000,00 - Recebe 27 de R$10.000,00 = R$ 270.000,00


TOTAL DE GANHOS 1ª, 2ª e 3ª FASE  R$111.660,00

Neste momento seu link é excluído do sistema, mas nada impede que você se cadastre novamente.