quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Feliz post novo - sempre!




Encerrando a minha participação neste projeto ao longo do ano que se finda, desejo a todos os blogueiros um feliz post novo! Que mais que eu poderia desejar se estive meio que imerso neste universo? Graças a Deus não vai ser preciso fazer retrospectiva alguma nessa trajetória primeva de 100 publicações por aqui, porque estamos em um ambiente auto-explicativo e um mouse pode fazer muito mais do que nossos pequenos propósitos de síntese.
Quis escrever mais, não consegui. Quis interagir mais, não consegui. Quis ser o mais assíduo possível, isso eu consegui. Quis ser minimamente focado, isso eu consegui. Quis ser altamente independente dos outros, isso eu consegui. Quis fazer a diferença para mim mesmo, depois para os outros, se convier a cada um, isso eu também consegui. Não escrever com tanta intensidade assim não quer dizer que se está deixando seu trabalho em um plano secundário, mas apenas indicando que nem sempre suas vontades pessoais estão acima de suas obrigações sociais e profissionais. Escrever com a máxima independência possível não quer dizer que você deixe de fazer uso de sua veia antropofágica, no melhor sentido oswaldiano da expressão. Fazer a diferença para si mesmo, embora pareça egoísmo, significa apenas que a primeira pessoa com a qual você precisará se comprometer é você mesmo - isto sim é importante, para início de conversa.

Para mim, não é chegado o momento de felicitar a todos e desejar tudo aqui que ao longo do ano se deixou de desejar. Esse clima de Natal é apenas um clima, nada mais. Esse clima de "ano novo" para mim nunca exisitiu, pois gostaria que fêssemos mais comedidos nas comemorações e nunca deixei de entrar o ano com felicidade. Por exemplo, se for me lembrar do menino Jesus - e principalmente do homem e do Deus que é Jesus! - somente nos dias que antecedem ao 25 de dezembro eu estaria inundado de hipocrisia (para comigo mesmo, bem entendido). Lembrei Dele durante todos os dias do ano, seja tocado pelas Suas palavras, seja tocado pelo seu toque, seja conclamando e sendo conclamado a lembrar do Seu papel na minha/nossa vida. Se foi possível estar presente aqui e compartilhando as coisas que construímos socialmente foi somente pelas misericórdias de Deus/Jesus.
Procurei sempre ter um feliz post novo a cada debruçada. Trabalhei com algumas metas registradas e, acredito, que se as não tivesse elaborado, boa parte das boas intenções iriam por água abaixo. Já vi muito blog acabar assim - inclusive os meus. Essas metas extrapolaram o plano da blogosfera, e invadiram salutarmente outras esferas da vida.
Mas não foi só de blogosfera que estivemos falando ao longo deste ano, porque procurei ser o menos limitado possível ao espaço do blog/da blogagem/da metablogagem - porque, afinal de contas, independência não é tudo, mas é muita coisa.
Para encerrar, vou acabar com o simples que é maravilhosamente menos complexo (graças a Deus pela frase vazia!): feliz tudo para todos.







terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Blogueiro, quer publicar seu primeiro ebook?



Eu pensava que uma das primeiras distinções que um blogueiro podia ter de um escritor convencional residia no fator "durabilidade" do material escrito. Não sei se era a brochura que me impelia a esse raciocínio ou se era o preconceito, mas o fato é que acreditava que muita coisa produzida para a web não passava de coisa descartável, com valor apenas no momento da escrita e de rápido perecimento, ainda mais se considerarmos a voracidade que o leitor-web tem por novidades escritas.
Mas não procede. É possível ter bom material escrito e válido para a posteridade mesmo quando escrevemos no recorte dos momentos mais velozes da internet. É por isso que é sempre tentador reunir o conjunto de nossa obra literária virtual em um livro, ainda que seja digital (ebook). Muitos já fizeram isso e criaram obras de referência para consulta: pegaram todo o material que postaram sobre determinado tema em um período delimitado e criaram ebooks altamente recomendáveis - algo muito comum, inclusive, na metablogosfera.
Por essas e por outras é que fiquei feliz com a iniciativa da Cia dos Blogueiros de criar livros digitais (ebooks) para os membros que tiverem interesse. O procedimento é muito simples, bastando reunir a obra em um arquivo .doc/.docx, montar a parte gráfica (imagens e formatação), escolher os melhores textos, fazer um prefácio (ou pedir àquele amigo...), uma mini-biografia e enviar tudo para a coordenação da Cia, através do endereço <ciadosblogueiros@gmail.com>. Depois disso, a coordenação da Cia dos Blogueiros ficará responsável pelo resto.
Para saber mais detalhes (como por exemplo o tamanho máximo do arquivo, o número máximo de textos, os direitos de utilização, divulgação, etc,etc) envie sua pergunta para o mesmo webmail e boa sorte na publicação.

domingo, 18 de dezembro de 2011

O nascimento do hospital - um fichamento

Fichamento do texto O nascimento do hospital.
In.: FOUCAULT, M., 1984b. Microfísica do Poder. Obtido pelo site: http://vsites.unb.br/fe/tef/filoesco/foucault/microfisica.pdf (acesso em 10/10/2011)

O nascimento do hospital é um dos capítulos integrantes do livro Microfísica do Poder, de Michel Foucault, no qual estão reunidas algumas obras do filósofo, muitas das quais de muita valia para os estudos da área das Ciências da Saúde. O texto é resultante de uma conferência do filósofo e se propõe, no dizer do próprio autor, a tratar do “aparecimento do hospital na terapêutica médica”. Em princípio, é dito que a concepção de um hospital como instrumento terapêutico é algo recente, datando do final do século XVIII, com a ocorrência de algumas viagens de investigação, principalmente as empreendidas por Howard e Tenon. Tais viagens, embora não tenham se prestado a detalhar as condições hospitalares gerais da Europa, pode-se dizer que serviram como base para a reformulação/reconstrução de hospitais (agora vistos como “fatos médico-hospitalares”), a partir do acesso a dados quantitativos (número de doentes, leitos, área, etc) e mesmo a formulação de causalidades para algumas enfermidades (condições de vida e localização dos internos, localização funcional de elementos da estrutura hospitalar, por exemplo).

Nessa época, germina a ideia de que um hospital podia ser considerado como “maquina de curar”, embora não fizessem o prometido – curar – a contento. Foucault, por sua vez, objeta quanto a esta hipótese, dizendo, entre outras coisas, que nessa época a medicina não era tida ainda como uma “pratica hospitalar”, mas sim “uma instituição de assistência aos pobres”. Daí, autor chegar a dizer que até então, o hospital acolhia o pobre que estava morrendo e não o doente carente de cura (“morredouro”). Para exemplificar o que diz anteriormente, Foucault recorre ao exemplo do exército militar e marítimo, onde se processou a reorganização hospitalar destinada aos soldados através da disciplina, que por sua vez teve outro paradigma na constituição das relações escolares (a reorganização dos espaços, o ensino coletivo, o uso da disciplina da “análise do espaço” e a classificação dos corpos).

A disciplina, tomada aqui pelo exemplo do militarismo e do ambiente escolar, acaba, segundo Foucault a exercer um papel preponderante na constituição daquilo que integra o ambiente hospitalar e a própria medicina.
Se antes do século XVIII  a medicina era individualista, a partir de agora, a medicina passaria a ser “hospitalar” e o hospital passaria a ser “medicalizado”. Foucault, explica, entre outros aspectos, que isso aconteceu por conta de fatores como:
- a busca pela “anulação dos efeitos negativos do hospital” (naquilo que ele tinha de contaminável ou de servir de refúgio a práticas ilícitas cometidas por parte de traficantes hospitalizados, por exemplo);
- o fato de que a disciplina pode exercer controle no desenvolvimento de uma ação (por exemplo, a fiscalização de determinados processos para um melhor aproveitamento final);
- o fato de que a disciplina “é uma técnica que implica vigilância perpétua e constante dos indivíduos” (daí surgirem os sistemas de inspeção, vistorias, revistas, desfiles, oriundos do militarismo);
- o fato de que a disciplina exigir “registro contínuo”: isso explica a característica essencial dos exames, de ser o produto arraigado do senso de “vigilância permanente, classificatória”.

Portanto, sem a inserção da técnica disciplinar no espaço do hospital, seria inviável se promover a sua medicalização (hospital disciplinado). Nesse processo chamado de “inteligibilidade da doença”, Foucault exemplifica citando o caso da botânica, com a sua perspectiva classificatória (espécies, características, desenvolvimento e curso de vida das plantas).

Portanto, para Foucault, o “ajuste desses dois processos, deslocamento da intervenção médica e disciplinarização do espaço hospitalar, que está na origem do hospital médico”, tal como pode ser entendido ainda hoje. A disciplinarização do espaço hospitalar levará cada vez mais à individualização e a distribuição dos doentes “em uma espaço onde possam ser vigiados”, isto é, monitorados. Partindo desse ponto de vista, o filósofo tece algumas conclusões, conforme se seguem:

 O hospital não pode ser concebido sem se levar em conta o seu espaço físico (suas condições de localização, sua assepsia, mesmo em quartos coletivos, já que sua arquitetura é “instrumento de cura”);

 O sistema de poder no interior do hospital foi sensivelmente modificado após o século XVII. Saem de cena os religiosos gestores para dar lugar aos médicos, que passam a cuidar do hospital tanto do ponto de vista médico quanto administrativo. Assim, o médico passa a ser figura presente e constante no hospital, saindo de cena a figura do “médico de consulta privada”;

 O hospital se torna lugar de registro permanente. A produtividade documental possibilita o “acúmulo e a formação do saber”. O conhecimento enciclopédico da academia (sem a prática) dá lugar ao registro hospitalar e isso contribui para a formação plena dos profissionais de saúde.

Assim, Foucault conclui afirmando que as duas medicinas – a do individuo e a da população – serão redistribuídas no decorrer dos séculos e chegaria à configuração patente do século XX e, por que não, do presente século, o XXI.

Autor: Alberto Vicente Silva (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA). Proibido a cópia sem a devida citação.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O Google e o desaparecimento de Agda II



Mais cedo ou mais tarde isto estava previsto para acontecer: o achamento de Agda. Sempre tive esperança, só deixei as coisas engavetadas e no tempo de Deus aconteceu. Este post é apenas uma atualização daquele que falava sobre o desaparecimento dessa colega, hoje a senhora Agda. Ao mesmo tempo é um agradecimento a Agda pela resposta ao post, porque afinal de contas, se alguém tinha que comentar um texto como aquele essa pessoa necessariamente tinha que ser a que foi o tema central.
Antes do que segue, quero dizer que fiquei muito feliz por ter escrito alguma coisa que necessariamente me serviu para achar uma pessoa. Essa facilidade que a internet tem de reunir pessoas cujo elo não tenha se formado no virtual é extremamente importante para as nossas vidas. Afinal de contas, sou uma pessoa normal, viu gente? E sei reconhecer o quanto as pessoas podem ser especiais na nossa vida, ainda que as relações travadas com as mesmas estejam situadas em um pedaço do tempo lá atrás, ainda que não tenham sido estabelecidos os tais laços de amizade propriamente dita e ainda que o tempo seja implacável, arquivando as coisas no passado, sem dó nem piedade.
Nesta hora, eu me lembro de tantos outros que sumiram, ao ponto de ter consciência de que se fosse fazer um post para cada um, daria trabalhão. Citarei apenas mais um caso agora e outros depois, porque com certeza nostalgia de coisas boas (e pessoas marcantes) precisam ser virais. O nome dele é Caio Suzarte de Souza.
Fomos ótimos amigos nos primeiros dois ou três anos do antigo ensino secundário (5ª a 7ª séries, hoje 6º a 8º ano do ensino fundamental), na saudosa Escola Polivalente de Feira de Santana. Fazíamos trabalhos juntos, conversávamos muito, tivemos uma sintonia e tanto por alguns anos. Caio era uma adolescente inteligente, singular, desses sem igual, que hoje poderia ser chamado de "cdf". Dava show em apresentações teatrais, dava show em provas, dava show em muitas aulas que tínhamos, respondendo perguntas dos professores com tanta propriedade que desde aquele tempo eu achava que ele seria muito bom em seja lá o ramo de conhecimento pelo qual se interessasse na vida.
No tempo em que dava valor a pop rock secular, foi Caio quem me apresentou pela primeira vez a Legião Urbana, a partir de uma frase a mim dirigida. Um dia, ele comentou alguma coisa, se me lembro bem era algo que tinha a ver com alguma letra-canção de Renato Russo e eu fiquei sem entender, quando ele me disse, cheio de ar nos pulmões, enquanto conversava com uns colegas de classe:

- Alberto, isso é Legião Urbana, você não cuuuuuuuurtcheeeeeee!!

A palavra "curte" soou bem carioca aos meus ouvindos, e tempos depois, quando me lembrava dessa cena, sorria sozinho. O fato é que ela, à época, serviu para mim: tempos depois, eu passei a ouvir mais a obra da Legião Urbana.
Hoje, foi-se o interesse pela Legião, mas ficou a lembrança do Caio, embora não exista nem fumaça de amizade...

O surprendente com Caio foi que de repente, não mais que de repente, ele passou por um processo na vida que até hoje não entendi direito. Mudou da água para o vinho. Ficou tristonho, mal humorado, sumido de tudo. Até hoje não esclareci se foi depressão, problema familiar, surto psicológico, doença psicossomática, etc, etc. Gostaria muito que ele me explicasse algum dia, nem que seja só por curiosidade, porque pode também não ter acontecido coisa alguma, quem pode saber?
Não sei que destino Caio teve depois desse tempo, pois já faz muitos anos que não troco uma silaba com ele. Soube por uma conhecida em comum que estava fazendo um curso aqui na nossa UEFS, fato que parece se confirmar em seu perfil no Facebook.

É, diferentemente de Agda, o Caio não desapareceu e até tem uma vida online. Paradoxalmente, o Caio desapareceu sim, porque pelo fato de não conhecer o Caio que hoje existe, posso supor que ele está totalmente diferente do Caio de 1992, quem vai saber?
Mas como é estranho o quanto as pessoas passam na vida da gente por pouco tempo, deixam uma marca registrada, depois somem, e depois o distanciamento nos faz pensar no que poderia ter sido e que não foi...
16 de novembro de 2011

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Lições de metablogagem: Zé Marcos Taveira (parte 2)



O primeiro post dedicado ao jornalista e blogueiro José Marcos Taveira acabou permanecendo inalterado, por conta da importância que conferimos ao post. Aqui está a micro-entrevista prometida lá, bem no lugar em que deveria estar, que é nas "Liçoes de metablogagem".
 Um porém: pelo fato de o próprio Zé Marcos reconhecer que não bloga "para ganhar dinheiro", muitos poderiam objetar que ele não se encaixa no perfil de blogueiro alvo para esta série de postagens. Acredito que não é bem assim e preferi mantê-lo nestas "Lições". Não está em jogo o fato de alguém blogar ou não para ganhar dinheiro, ou de usar ou não afiliados, ou de fornecer tutoriais sobre blogs e outros mecanismos de monetização ou não. Metablogagem para este blog - e acredito que para muitos blogueiros - vai vai além dessas questões. Para resumir, poderia dizer que metablogagem é tudo aquilo que o blogueiro faça que envolva a ferramenta ou veículo de comunicação chamado blog, seja de maneira, digamos, "científica" (estudar outros blogs, suas potencialidades, seus componentes, suas estruturas), seja de maneira "prazerosa" (o próprio ato de "blogar por blogar" [escrever],  ao logo do tempo). Pensar que metablogagem é apenas criar blog, encher de conteúdo e rentbilizá-lo para mim é pensar pequeno. Se fosse assim todo metablogueiro seria até uma espécie de empresário da blogosfera, quando não é bem verdade, já que muitos estamos, como o próprio Zé Marcos diz, nos contentado com R$ 5 ou R$ 10 por mês. 
Eu diria, numa reflexão filosófica barata, que se o problema de alguém é só blogar para ganhar dinheiro, a solução para esta pessoa é somente blogar. O resto não é silêncio, porque o Zé Marcos esclarece abaixo.

1. IWM: Desde quando você está na blogosfera?

JMT: Estou na blogosfera desde 2006, quando criei meu primeiro espaço, no UOL.
2. IWM: O que te incomoda mais ao visitar um blog pela primeira vez? E que pergunta sobre blogs você mais responde diariamente?
JMT: O que mais me incomoda em blogs é música começando sozinha. Acho horrível, porque assusta muitas vezes. Também acho horrível muita coisa espalhada, gifs piscando, enfim, quando o blogueiro usa seu espaço para jogar um monte de coisas nas laterais que chamam mais a atenção do que seus posts.

3. IWM: Fazer metablogagem é uma boa alternativa em termos financeiros ou a responsabilidade e o testemunho às vezes atrapalham o profissional?

JMT: Atualmente sou mais consultado sobre o uso do Facebook. Sobre blog, me perguntam muito como criar, por exemplo, uma cabeça mais bonita, com a foto e uma logomarca para o autor. Já criei alguns blogs e repassei para amigos, fazendo essas cabeças pra eles no Photoshop. Fico muito feliz quando alguém decide entrar para a turma e faço o que posso para ajudar! 

Para dizer que nunca ganhei nada com o blog, vendi uma propaganda uma vez, e só. Tentei usar as propagandas do Google, mas se vc não tiver milhões de acessos vai ter que se contentar com R$ 5, R$ 10 por mês. Entre os amigos, não conheço ninguém que tenha lucro. Faço por prazer, mas não misturo com o profissional. Gosto muito de política, por exemplo, mas faço isso apenas no jornal que trabalho. No blog, apenas coisas pessoais.

4. IWM: Se você pudesse citar apenas os três melhores programas de afiliados que já utilizou, quais seriam?

JMT: Só usei o do Google, e não gostei. Não blogo para ganhar dinheiro, mas para ganhar amigos virtuais e ajudar as pessoas. Afinal, do que vale aprender se não puder repassar, não é mesmo! Se há uma coisa que me deixa feliz é receber o comentário de alguém que conseguiu resolver seu problema com uma solução ou dica que postei!

5. IMW: Quanto tempo você leva para preparar uma postagem ao seu estilo e, além de metablogagem, sobre qual assunto você mais gosta de escrever?
JMT: Não tenho um tempo em média para escrever. Meus posts surgem de um filme que assisti, um tema que discuti com amigos, uma propaganda que adorei ou uma nova tecnologia disponível que tento repassar, fazendo tutoriais. Minha regra apenas é não deixar de postar toda semana no mínimo. 
Adoro escrever sobre tudo que me emociona ou me toca. Se chorei com um filme, tento recomendá-lo ainda aproveitando a emoção do momento.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Passeio pela blogosfera com a Voz do que Clama no Deserto



O "Voz do que Clama no Deserto" ou http://patriciasssouza.blogspot.com/ é um blog inteiramente dedicado a Jesus Cristo, escrito por Patrícia S. S. Souza, de Belo horizonte (MG). De cara, gostei da temática, porque sou um dos tais que não nega a fé que tem no mesmo Jesus Cristo de que Patrícia se refere. Por outro lado, gostei do formato do bom blogspot, que é mais um a integrar a crescente rede da Cia dos Blogueiros.


1. Conteúdo (Qual é o blog? Do que trata?)

O blog é o "Voz do que Clama no Deserto" cujo domínio é http://http://patriciasssouza.blogspot.com.
É basicamente um blog cristão, cristocêntrico mesmo, no melhor sentindo da palavra, independente de qual sigla congregacional à qual a autora esteja vinculada. Não encontrei uma mini biografia da blogueira, mas ela já diz algo sobre si mesma quando afirma que "o deserto é o meu lar/ Meu instrumento é a minha voz /O meu chamado é clamar /O arrependimento às nações/Uma fonte em meio ao deserto/ Produz o mel pra alimentar/ Meu anseio é gastar a minha vida /E o reino DELE anunciar/ Meu foco principal aqui é Jesus / meu amigo".

2. Tempo de existência

Está na ativa desde agosto de 2010, portanto, mais de um ano de boas realizações por ali.

3. Fluxo de postagens

A produção não é volumosa, profícua, mas ela tem comparecido no projeto em todos os meses do ano e isso é muito bom sinal.

4. Interface básica

Embora um blogspot, muito boa: caixa de pesquisas, Google Tradutor, Google Fried Conect logo no topo da página (como se o usuário fosse logo convidado a seguir para depois conhecer?), além de integração com o "Like" do Facebook e uma chamada criativa para que sigamos a autora no Twitter (um passarinho azul rola a página, enquanto navegamos nela). Tem três "chamadas" superiores (Halloween??, Naamã: Líder que sabia ouvir, Quebra, quebra), funcionando como uma espécie de reunião das três principais postagens. Já tem banner de divulgação também, conforme se percebe no início desta postagem. O sistema de comentários é clássico do Blogger, como o nosso, necessitando de aprovação do moderador (o autor do blog, geralmente). Destaque para a seção de "Parceiros" (entre os quais, o Dihitt, o LinkLog e o LinkNinja), com uma listagem até extensa de referências. Isso é altamente sugestivo quanto ao conhecimento da blogueira sobre outros blogs, inclusive sobre metablogagem. Afinal de contas, se já é prazeroso blogar, blogar com consciência de alguns aspectos inerentes à ferramenta é melhor ainda.


5. Monetização

Patrícia fez algumas inserções de publicidade, no estilo de banner componente misto do Adsense, em tamanho 300x250, um dos que adoto neste blog também. É basicamente monetização com o Adsense, não encontrei outros sistemas.

6. Potencial social

Amplo. Blogs religiosos, a meu ver, tem um amplo nicho. Está com 127 seguidores/curtidores do blog nas principais conexões, que são o Friend Conect e o Facebook. Não acessei o Twitter da autora, ainda.


7. Domínio


Ainda é um blogspot, mas isso não é relevante neste momento. O que precisa mesmo ser resolvido é a sincronia Nome do Blog/Endereço do Blog. Poderia ser pensado algo como http://vozdoqueclama.blogspot.com, ou outro nome disponível, na mesma linha de pensamento.


8. Conclusões breves
Blog novo e muito bom. Espero acompanhá-lo mais à frente, até porque Patrícia e eu temos interesses completamente coincidentes. Vida longa ao "Voz do que Clama..." e que ele permaneça firme até Jesus voltar"


Lições de metablogagem com Zé Marcos Taveira

Este segundo post da série "Lições de metablogagem" já estava previsto desde quando saiu o do Bruno Simomura: "entrevistar" José Marcos Taveira. Prossegui no mesmo estilo "post de bolso", para não enfadar a ninguém, nem ao leitor, nem ao blogueiro aqui, que anda se virando em três para dar conta deste projeto.Quero trazer aqui um pouco do pensamento de mais um blogueiro notável para crescimento profissional de nós todos.
Jornalista experiente, araçatubense de coração, Zé Marcos também é um dos nossos desbravadores da blogosfera brasileira, inclusive apaixonado por ela. Administra há mais de 5 anos o Blog do Zemarcos, que pessoalmente acho um barato porque, quando comecei a blogar, além de divulgar textos sobre literatura, crônicas do cotidiano e poemas, pensava em fazer algo mais diversificado (variedades), bem ao estilo do Blog do Zemarcos e, no entanto, acabei aqui. Mas continuo feliz com o caminho que se me está apresentando. 
Como o próprio blogueiro jornalista informa, seu blog hoje "se transformou em um espaço para brincar com os amigos, escrever sobre tecnologia, dicas de vídeos entre outros. Atualmente, coordena uma das iniciativas da blogosfera que mais me encanta, que é a Cia dos Blogueiros, "uma entidade virtual que reúne blogs de várias partes do País". Gosto da Cia, inclusive, porque encontro ali blogs surgindo a todo o momento com alguns dos mesmos interesses que tinha - e ainda tenho (embora não esteja com essa disponibilidade toda para voltar a empreendê-los).

Ah, não podia acabar esta postagem sem fazer uma consideração pessoal (como se coisa alguma aqui não o fosse!): acho linda maneira a que o Zé se refere à esposa (Luci Neide), sempre a tratando na web como "amada amante". Em tempos de obscurescência de sentimentos, Zé Marcos, você é, antes de tudo, um herói, continue assim pelo amor de Deus!!! Por isso, vou transcrever a declaração dele para encerrar esta primeira parte do post (que, por estar à espera do "material" do Zé, será editada em breve novamente):
Luci Neide "é sua fonte de existência, o amor da sua vida, a melhor amiga que já teve. Ela e o filho, Michael, são o motivo de continuar respirando. São tudo que um homem deseja nesta vida."
Que mais eu poderia dizer se, bastando trocar as personagens, sou eu uma pessoa que pensa as mesmas coisas?


O post da resistência?



Comecei o mês de dezembro com uma vontade de desistir. De blogar, pelo menos. Em vez de mais ainda me motivar, eu estava decidido a enfrentar o final de temporada 2011 com um silêncio bem reclusivo. Um silêncio como se fosse uma licenca do servidor público: "licença para tratar de interesse particular". Não havia sido por falta de planejamento, porque todo blogueiro freelancer de si mesmo tem que ter algum, se não não vingaria.

Também não seria por improdutividade, porque em todos os lados que vislumbro sinto que as coisas vão caminhando, pelo menos para o lado do trabalho e do desempenho por trabalhar, se bem que financeiramente, tudo vai pela misericórdia de Deus (que é a que mais me importa). Eu não faço corpo mole na blogosfera, eu não faço corpo mole na sala de aula, eu não faço corpo mole no serviço ao público, eu não faço corpo mole na edição dos textos, eu não faço corpo mole para virar a meia noite lendo um tópico de histologia básica. Mas nos últimos sete dias me senti tentado a deixar este projeto de lado por uns dois meses, pelo menos.
E verdade, isso acontece com todos nós, sejamos blogueiros, webmasters, redatores, ou simplesmente freelancers. Por incrível que pareça, eu estava quase encontrando o sabotador de tudo: era eu mesmo!
Então, antes de pensar em desistir, ponderei se não daria para:

1. Produzir menos.
Pode ser melhor aparecer menos por aqui do que sumir de vez por muito tempo. E estou considerando que muito tempo em uma coisa como a internet tanto se refere a uma semana quanto a dois meses.
2. Murmurar menos.
Enquanto eu me lamentava acerca de um problema, meu colega encontrou a solução com o mais simples bom humor da vida. Às vezes, enquanto você lamenta, perde a chance de utilizar o próprio lamento ao seu favor. 
3. Criar menos metas, mas principalmente cumpri-las em tudo aquilo que só depender de mim mesmo.


Fechando este post, falou mais forte a força de vontade, mesmo sabendo que ela não é tudo. Não vai ser desta vez que vou dizer que vale mesmo a pena desistir por um tempo, interromper-me que seja. É muito difícil avaliar o momento em que melhor seria continuar com os projetos ou a hora em que esteja na hora de abortar alguns deles.
Não esperemos descansos no mundo, nem falta de aflições. É relativamente reduzido o número de pessoas para as quais as oportunidades chegam sem esforço algum. Eu não conheço gente assim. A sociedade em si mesma não está montada para ficarmos sentados com a boca cheia de dentes esperando a morte chegar. Por mais que, foucaultianamente, tudo isso seja grosso modo o fruto histórico de uma série de relações de poder, quem está disposto a renunciar a alguns desses sistemas criados por nós mesmos?