quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Não desejo muito

Não desejo muito a cada ano que começa.
Desejo a paz, a saúde,
O acompanhamento de Deus,
Agir com pelo menos certo temor.
Acredito que tenha feito isso no ano passado,
Acredito que alguns percentuais 
Das trocentas mensagens compartilhadas
Deram mesmo certo.
Porque eis que aqui estou 
e um novo ano começa.

Assim, eu pretendo colher 
O que plantei no ano passado.




O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

sábado, 26 de dezembro de 2015

Ninguém de ninguém e o poliamor

Assisti na TV que existem estudos acadêmicos sobre o poliamor. Falava a respeito disso, tempos atrás, uma pesquisadora brasileira, que acabara de lançar um livro. 
Sem a mínima pretensao de ser pleno a respeito deste assunto, diz - se que o "poliamor é antes de tudo um polirrelacionamento. É a possibilidade de ter dois ou mais relacionamentos simultâneos, que englobam afeto e sexo".
A mesma pesquisa do Uol fala que o "conceito foi definido em 1990, no glossário de terminologia relacional de um evento em Berkeley, nos EUA, e em 1997, no livro 'Amor sem Limites', de Deborah Anapol". Conta-se que a primeira união oficial no estilo poliamor se deu em 2012.
Sou de formação cristã tradicional, apesar do meu jeito vanguardista (risos), mas reconheço que essa nova confirmação "familiar" poderia evitar muito do que acontece no mundo. Por outro lado, por mais tentador que possa parecer, tenho uma cisma ainda grande de que,em algum momento dessas vidas, apareçam conflitos extremos. Ou não, posso apenas estar sendo ignorante e/ou preconceituoso.
Exemplos 
Conheço homens de formação cristã ou secular que, lá no fundo, desejariam ter uma vida a três ou mais, pois isto serviria para justificar seus desejos gozosos e ainda pacificar seus conflituosos relacionamentos conjugais e - atualmente taxados - extraconjugais. Dessa forma, desde que as mulheres envolvidas se entendam, para esse homem, seria bastante proveitoso, poder transar a vontade com duas ou mais esposas. 
Por outro lado, como ficaria o amor numa situação dessas? E o tal do ciume? Como deve ser o dia a dia desses "casais", quando aparecem outras pessoas na jogada? Só recorrendo a literatura a respeito para saber...
E naqueles casos de poli-casais, em que o macho acabe de afeiçoando por uma de suas várias mulheres? Ou a fêmea acabe se afeiçoando mais por um dos machos? Ou um desses se afeiçoe mais por um do mesmo sexo? Como fica o coração dessas pessoas ao verem sua/seu queridinha/o tendo relações mais "quentes" com outro parceiro de poliamor, muitas vezes diante dos seus olhos? Onde entra a disputa aí? A equação sempre se fecha?
Este post irá continuar...
"Ninguém é de ninguém
Na vida tudo passa
Ninguém é de ninguém
Até quem nos abraça
Não há recordação que não tenha seu fim
Ninguém é de ninguém
O mundo é mesmo assim..."

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

A saudade - um poema incompleto

A saudade está entre nós 
E não pede tanto para ser vista
Pois já sabe que existem olhos
Que vêm demais

A saudade está num canto qualquer 
E confunde-se 
Com sentimentos que as vezes já não existem.

Partidos os galhos da afeição 
Outrora envolvidos no puro orvalho
O sofrer num calvário

O sossego é só uma ilusão
O sossego é mera ilusão...



Dia de Natal e dia de Ano Novo

Dia de Natal é um dia comum
Dia de ano novo também,
São frases que uso sempre 
Para infelicidade geral da família
(Risos) 


Eu passei meu dia de Natal trabalhando
Mas tanto faria se o passasse folgando
Eu passarei o meu ano novo
Seguindo a data do calendário
(Risos)

Isso porque não depósito 
Na conta da felicidade
Nenhum dom supremo 
A duas datas do calendário

Jesus precisa ser lembrado 
Além do Natal
Dia de confraternização universal
Pode ser todo dia
Porque todo dia é santo 
Todo dia é dia de viver

Se acontecer de sair no Natal
Bom será
(Jesus comia peru, dava presentes?)
Se acontecer de sair ano novo
Bom será 
Ver gente que olha pro céu
(A alegria dura tanto quanto a pirotecnia?)
Se não acontecer nada disso
Bom será
O importante é estar vivendo.


sábado, 5 de dezembro de 2015

Como fazer cristianismo social na igreja - parte 5

O brasileiro médio diz que sobre "religião, política e futebol" ele não discute. Eu prefiro dizer de outra forma: como não me sinto entendido em assunto algum (especialista em coisa alguma) vou continuar exercendo o hábito de discutir sobre os assuntos que aparecerem, nem que seja para dizer minha frase clássica: "isso é complexo" (uma boa forma de fugir do assunto por pura ignorância de minha parte).

Considero melhor ouvir uma pessoa tida como "ignorante" falando de política, religião e futebol, do que ouvir um "entendido" se esquivando de quaisquer assuntos, por questão de fé, crença, religiosidade, apego às instituições religiosas, compromisso com ministros, ou qualquer motivo.
Discutindo com amigos sobre temas "complexos", percebo que justamente quando o assunto é religião  - e cristã - muitos fogem da conversa. Certamente, eu prefiro tomar isso como uma postura de "boa vizinhança". Não acredito que seja medo de expor a fé. Não quero acreditar nisso. Ou será que sou eu quem estou dando a cara para bater, revelando que minha fé cristã vive certos conflitos, diante de tanto burburinho teológico, histórico, arqueológico e político que se ouve?
Se é isso, eu não sei. O que dá para saber é que nesse tipo de igreja de que venho falando,  a máxima da religiosidade seria esta:
"Tiago: 1. 27. A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como sincera e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e, especialmente, não se deixar corromper pelas filosofias mundanas."
Ela precisará ser uma organização que faça tudo pelo social,  até o máximo do seu limite. Não iria pregar comunismo, socialismo, capitalismo, só iria procurar focar na multiplicação da filantropia,  sem se importar com a crença da pessoa ajudada.