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sábado, 28 de maio de 2016

Propostas para a igreja pentecostal

Digo com absoluta falta de soberba que me parece haver algumas coisas erradas na igreja pentecostal. Se Deus permitisse ou se eu pudesse, acabaria com algumas dessas coisas, como por exemplo:

1. Não existe uma hora e meia de cantoria e meia hora de Palavra! Tem que ser justamente o contrário!

2. Pregar não é começar e terminar falando em línguas e fazendo revelações. Acho que é justamente outra coisa e esse resto viria naturalmente.

3. Culto não é espetáculo! A igreja deveria proibir uso de celular e programar um cinegrafista ou fotógrafo voluntário. Depois distribuía esses arquivos para quem quisesse. Nunca vi Deus mandando isto: "ide, meu servo, filmai tudo e postai no Facebook!"

4. Culto deveria começar com Palavra e terminar com cantoria. Quem sabe só aí essa "cantoria" se transformasse em Louvor?

5. Pregador devia parar de mandar sentar/levantar, botar a mão no ombro do outro, sacudir o outro, bater palmas, dizer "Glória a Deus", etc. Pregador não é animador nem "forçador de barra"! Essas manifestações deveriam acontecer espontaneamente, pois do jeito que está, tudo parece uma grande falsidade, um grande simulacro!
6. Reclamamos (eu também faço parte disso) de que entramos na igreja e saímos do mesmo jeito, como se a igreja fosse um local para "receber". Que tal a gente começar a "dar". Igreja é, de fato, um lugar para dar o nosso melhor culto a Deus, ainda que seja no íntimo do nosso ser.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Como fazer cristianismo social na igreja - parte 5

O brasileiro médio diz que sobre "religião, política e futebol" ele não discute. Eu prefiro dizer de outra forma: como não me sinto entendido em assunto algum (especialista em coisa alguma) vou continuar exercendo o hábito de discutir sobre os assuntos que aparecerem, nem que seja para dizer minha frase clássica: "isso é complexo" (uma boa forma de fugir do assunto por pura ignorância de minha parte).

Considero melhor ouvir uma pessoa tida como "ignorante" falando de política, religião e futebol, do que ouvir um "entendido" se esquivando de quaisquer assuntos, por questão de fé, crença, religiosidade, apego às instituições religiosas, compromisso com ministros, ou qualquer motivo.
Discutindo com amigos sobre temas "complexos", percebo que justamente quando o assunto é religião  - e cristã - muitos fogem da conversa. Certamente, eu prefiro tomar isso como uma postura de "boa vizinhança". Não acredito que seja medo de expor a fé. Não quero acreditar nisso. Ou será que sou eu quem estou dando a cara para bater, revelando que minha fé cristã vive certos conflitos, diante de tanto burburinho teológico, histórico, arqueológico e político que se ouve?
Se é isso, eu não sei. O que dá para saber é que nesse tipo de igreja de que venho falando,  a máxima da religiosidade seria esta:
"Tiago: 1. 27. A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como sincera e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e, especialmente, não se deixar corromper pelas filosofias mundanas."
Ela precisará ser uma organização que faça tudo pelo social,  até o máximo do seu limite. Não iria pregar comunismo, socialismo, capitalismo, só iria procurar focar na multiplicação da filantropia,  sem se importar com a crença da pessoa ajudada.

domingo, 29 de novembro de 2015

Como fazer cristianismo social na igreja - parte 4

A experiência que tenho como membro de igreja evangélica é simples e pode ser descrita no coletivo: entramos para seguir a Jesus e aos princípios doutrinários daquela denominação, e geralmente nos acostumamos a ser crentes passivos.
Afinal de contas, existe em qualquer igreja uma cúpula geralmente liderada pelo pastor local, o qual está imediatamente subordinado ao pastor setorial, que por sua vez está sendo conduzido por um pastor maior e assim por diante. Acabamos nos conformando com o nosso papel de simples contribuintes da "obra de Deus", e não nos importa o que a denominação fará com aquele dinheiro. Meu Deus, e se as igrejas brasileiras fizerem como os políticos brasileiros? Se os "caciques" passarem a abrir contas no exterior, acumular capital e mais nada?
Eu teria certo receio de viver num país em que uma "lei da transparência" passasse a vigorar para as denominações religiosas. Acredito que muito do que fosse divulgado acabaria desviando muita gente. Mas muita coisa certamente seria sonegada...
Não quero criticar uma congregação, mas a maioria delas. Apesar de crente e um pouco visionário, sei que nada vai mudar no status quo que aí está. Mas sonho com pelo menos um dia em que as prestações de conta das igreja caminhassem passo a passo com pelo menos a fiscalização crítica.
Reconheço que determinados "trabalhadores" da obra de Deus deveriam ser remunerados. Já fui tesoureiro de igreja e começaria dizendo que o primeiro a ser remunerado (nem que fosse com uma ajuda de custo) seria o tesoureiro. Quantas não foram as vezes em que me via em apuros financeiros? Depois desse servo, viria pelo menos o pastor e o pastor auxiliar. Esses três servos, e alguns outros dentro da congregação, deveriam ter alguma forma de remuneração.
Não há mal em trabalhadores do evangelho serem beneficiados com alguma forma de remuneração. Pior coisa já se faz: pregadores que  cobram cachê e só vão a eventos de porte, cantores que cobram cachê e só cantam em eventos que gerem boa renda (por que não ir às igrejinhas?), pastores que têm sua igreja como empreendimento, cobranças de dízimos, super ofertas, super votos monetários, etc.
No próximo post, falarei de dízimos e ofertas.

Como fazer cristianismo social na igreja - parte 3

A Igreja Evangélica do Cristianismo Social teria que ser relativamente comunista, pelo menos ao máximo que ela pudesse. Sei que nem todos os membros terão carros do ano, casas super confortáveis, planos de saúde, até porque seríamos uma igreja, e não uma revolução mundial de reformulação do capitalismo.
Mas, enquanto dirigente, eu não tenho como aceitar irmãos morando en casas precárias, quando ali temos mãos de obra, materiais e mutirão para ser feito. Não daria para dar um carro a cada irmão (mas se desse, por que não?), mas o que nos impediria de mandar fazer a chaparia no velho carro de um membro que dependesse desse transporte?
Gente, o modelo político-social das igrejas contemporâneas prega amor ao próximo, mas as igrejas são incapazes de fazer alguma coisa por um esquizofrênico que passa anos e anos perambulando pelas ruas da comunidade. Os pastores vão dizer: "isso é um problema do serviço de saúde". Mas eu diria que pode até ser. No entanto, o esquizofrênico precisa comer, beber, tomar banho, trocar de roupa, ter algum lugar pra morar.
O que fazer com todos os doidos, mendigos, drogados que vivem nas ruas? Talvez, as igrejas sejam incapazes de resolver, talvez elas nem juntas consigam. Mas, porque elas nem tentam, na maioria das vezes?
Uma igreja tem despesas fixas: alguns pontos são alugados, faxineiros, obreiros e outros dirigentes até recebem ajuda de custo. Mas, depois de quitadas todas essas despesas, não sobra nada?
Duvido muito. Falta vontade para gastar o dinheiro de outras formas. Em outras vezes, falta criatividade.
Em outras vezes, o pastor local é tão "devoto" da liderança geral, que se sente sem autonomia para resolver problema algum, que não sejam aqueles de costume.

Como fazer cristianismo social na igreja - parte 2

Prosseguindo este projeto da nossa Igreja do Cristianismo Social,  eu não aceitarei permanecer dirigente se não conseguir deixar uma "marca" na sociedade. Não compreendo uma igreja que não consiga dar uma contrapartida social. Evangelização precisa andar junto com educação, saúde, bem estar e até mesmo segurança.
Como entender por que tanto ministério poderoso não deixa a sua marca onde chega? Eu nunca fui atendido no "Hospital público da Igreja Universal do Reino de Deus". Nunca vi em minha cidade natal, o filho de um crente ter feito o ensino fundamental inteiro no " Colégio Assembleano de Feira de Santana" (Será que em quase um século de Assembleia de Deus em Feira de Santana, as únicas realizações sociais foram o Desafio Jovem e o Orfanato Evangélico"? Por que ninguém nunca ouve falar de um empreendimento social de grande porte da Igreja Universal? Por que, em vez de catedrais ou templos de Salomão, não se constroem obras nas quais os fiéis digam: "meu dízimo está sendo bem empregado"?).
Por falar nisso, você que é crente hoje, já se perguntou se o seu dízimo está sendo bem empregado? Ou você é daqueles que só sabem dizer "amém" para todo relatório financeiro, no qual nunca teve voz ou voto para sugerir uma despesa? Ou você é daqueles que só dizem: "eu faço a minha parte para Deus, os homens de Deus vão dar conta de suas ações. Vou seguir contribuindo, porque esse dinheiro é bem empregado".
Sinto muito em lhe dizer, mas você deveria ser um crente mais político, a começar pela "política econômica" da sua própria igreja.
Você deveria ser um crente menos alienado. Certamente, deveria pelo menos imaginar que Deus não se contenta com todas as decisões políticas e financeiras tomadas pelos ministérios, à revelia dos crentes.
Este projeto continua...

Como fazer cristianismo social na igreja - parte 1

Não tenho condições, principalmente teológicas, para me tornar um dirigente de igreja, ou, como desgastadamente se diz, um pastor. Faltam-me os atributos necessários: vida de oração, jejum, dom da palavra falada, certa imparcialidade, autonomia em relação a esse monte de lideranças e outros.
Mas se um dia me sentisse preparado para erguer um templo, teria que ser diferente.
Eis um projeto de igreja, e não ficarei ofendido se qualquer pastor de rebanho atual me plagiasse (os senhores podem ficar despreocupados).
O nome da igreja seria alguma coisa como "Igreja Evangélica do Cristianismo Social", ou poderia ser outro que fosse mais fácil de memorizar, até mesmo um nome menos político ou menos redundante. Seria mantida da mesma forma como as outras são: exclusivamente por voluntários contribuintes.
Porém, não seriam igual ao sistema  que hoje existe. Em primeiro lugar, não cobraria dízimos, ficaria apenas com ofertas do valor que os irmãos se sentissem à vontade para dar.  Se o dirigente ou algum  algum obreiro viesse a ganhar algum tipo de salário, isso seria primeiramente levado ao Conselho Superior. Quem seriam os membros desse Conselho? Todos os membros da igreja, que fossem pelo menos batizados.
Esses membros teriam voz e voto, jamais serviriam apenas para dizer " amém" para as decisões de um pastor ditador (como geralmente acontece na minha atual congregação). Jamais seriam como os membros de seitas neo pentecostais, que sequer dizem amém: uma panelinha recolhe o dinheiro e dita o destino dele.
Sei que não ficaria imune às imperfeições, pois não existe uma igreja só no mundo que não tenha defeitos. Minha preocupação maior, enquanto dirigente, não era provar perfeição, mas provar ser possível ser uma igreja mais solidária do que os modelos que hoje existem.
A Igreja do Cristianismo Social teria que fazer ações de filantropia pelo menos uma vez por mês. Mas não mandando recursos para obras distantes (sei que elas precisam, reconheço), e sim gastando tempo e dinheiro na obra por ser feita no entorno da própria congregação. Somente depois disso, a gente iria pensar em expandir as políticas.
Continuarei a descrever este projeto na próxima postagem.

sábado, 25 de julho de 2015

Ser político, ser pastor, ter bom salário e o sacerdócio

Em uma cidade brasileira, os vereadores estavam prestes a votar um gordo reajuste de salário. A notícia caiu na boca do povo pelas redes sociais e todos foram participar da sessão parlamentar, para protestar. O resultado foi aquele que acontece toda vez que o povo se dá conta do poder que tem nas mãos: os vereadores mudaram de ideia e seguiram o caminho inverso: aprovaram a redução salarial para a próxima gestão, passando a receber um salário irrisório, para que fique claro que a motivação do cargo não é o dinheiro.

Claro está que ninguém é burro ao ponto de achar que essa situação vai ficar desse jeito. Obviamente, os próprios parlamentares irão reverter esse quadro, talvez ainda neste ano (porque muito irão ser reeleitos). O fato é que a política é um sacerdócio bonito, mas faça uma pesquisa para saber quantos estão ali simplesmente por amor a uma causa, ou por amor à nação? Sou levado a julgar que 90 por cento deles investiram na campanha porque um mandato rende diversos tipos de lucros.

Também não quero ser hipócrita para dizer que não gostaria de ter um mandato para ganhar bem. Digo até mais: se esse monte de vereador, deputado e senador tivesse uma redução do salário em 50 por cento, ainda assim, choveriam candidatos, porque continuariam recebendo um ótimo salário, bem acima do que o mercado paga. Se bobear, bem acima do que mereciam - alguns deles.

De certa forma, também fiquei feliz ao tomar conhecimento da notícia de que um ex- pastor evangélico perdeu uma causa trabalhista, porque a Justiça considerou que a função de pastor não é daquele tipo que se caracteriza como um trabalho,  do ponto de vista capitalista. Ser pastor é uma vocação, um chamado de Deus, argumentou o julgador. Até aí eu concordo.


O problema é que as igrejas estão se comportando como empresas há muito tempo. Veja o relato desse ex- pastor da Iurd abaixo,   que você compreenderá o que estou tentando dizer.






Também não adianta ser hipócrita aqui, porque um pastor, mesmo sendo pastor ("profissão" tão desgastada), precisa sobreviver, do mesmo jeito que eu e você fazemos: pagando dívidas,  comendo, bebendo, comprando, etc.

Mas o que determinados tipos de igrejas fazem hoje extrapola qualquer sentimento de justiça. Me diga se é justo uma igreja estabelecer cota de arrecadação para não "demitir" um pastor? Me diga se é justo uma igreja forçar sempre o mesmo estilo de pregação voltado sempre ao "dar, dar, para receber"? Será que O Eterno é esse tipo de "negociante" que eles dizem ser? Não estou acusando a igreja A, B ou C, porque não existe igreja perfeita. Quero apenas tentar colocar uma dose de bom senso na bagaça que acontece em determinados locais.

Acho que cairia muito bem outra coisa: uma dose forte de sinceridade em pastores e políticos. Imagine se chegasse um tempo em que um pastor da Prosperidade dissesse com mais frequência isto: "meus queridos irmãos e irmãs, nós cobramos dízimos e ofertas com toda essa regularidade e ênfase porque a nossa igreja hoje atingiu um patamar tão gigantesco, que precisamos continuar a manter nosso status quo megalomaníaco. Não estamos lá tão interessados em ajudar as igrejas mais fracas, muito menos em destinar pelo menos metade da nossa renda diária para obras verdadeiramente sociais. O nosso interesse em pedir e pedir e pedir é manter o salário dos nossos pastores, patrocinar as despesas dos nossos conglomerados de rádio, TV e outras empresas, fazer investimentos importantes e rentáveis, entre outras iniciativas 'estão na direção de Deus".

Ou então imagine um candidato, bem na hora da propaganda eleitoral, dizer claramente: "meus queridos, venho pedir o seu voto para chegar lá e discutir projetos que já tenho, além de poder lutar por mais justiça social, empregos, melhores condições de vida e outras ações importantes. Mas também não nego que o cargo de vereador/senador/deputado/prefeito/governador/presidente sempre me atraiu, por causa da dimensão social ou projeção que ele pode me proporcionar e, lógico, por causa do bom salário ofertado. Portanto, me ajudem a chegar lá, porque de uma forma ou de outra, vocês terão que eleger alguém. E por que não eu, que tenho projetos?"

Inclusive até eu, se um dia me candidatar, quero pedir a Deus para ter essa coragem...

domingo, 19 de julho de 2015

Angústias religiosas

Este é mais um daqueles textos que poucos vão ler, por conta da nossa tendência moderna de não lermos mais nada que ultrapassa as 300 palavras. Mas eu estou pouco me importando se vou ser lido daqui a um mês, daqui a um dia, ou daqui a um século por alguma alma abnegada de tempo, para desfrutar de uma simples opinião escrita numa madrugada insone.

Na verdade, tem muito blogueiro hoje que já não escreve sem pensar no padrão "Google" de ganhar audiência (eu sei que dinheiro é importante, mas também é importante o não ter dinheiro, uma vez que dinheiro não é tudo). Estou dentro do Google, porque o Blogger é um "terreno" dele e deveria seguir a tendência. Mas já que me está sendo dada a palavra escrita, vou pedir licença para não pensar numa linha de SEO para blogar.

Não era para eu ter iniciado desse jeito um artigo que não tem nada a ver com blogar. Quero falar de religião ocidental de matriz chamada cristã (não sei se a expressão existe,  mas é que hoje é preciso ser politicamente correto até para falar de religião, já que ela também está dentro do relativismo...).

Não nego que nos últimos meses venho sentindo abalos em minhas convicções religiosas. Com isso, não pretendo dizer que quero me afastar de Deus, muito pelo contrário. É que quanto mais eu tento aprender o mínimo que seja do chamado cristianismo ou do chamado judaísmo, ou das divergências existentes nessa seara, mais me vejo como um ignorante.

Ultimamente, até a palavra pregada pelo pastor da minha denominação não vem me satisfazendo. Não pretendo ser mais um desigrejado, mas considero salutar beber em outras fontes, sempre que possível.  Por não me sentir mais plenamente satisfeito em meu "ministério" sinto a necessidade de optar por uma linha de conduta, ao mesmo tempo em que sinto vontade de mudar de opinião, apesar das pressões externas, muitas vezes movidas por dogmas que se querem ser imutáveis (será que os são mesmo?). 

É até difícil de explicar, por isso não quero embromar. Por exemplo, a questão do batismo da maneira pentecostal, que há nove anos vinha sendo convencido a acreditar que é o único válido. No fundo, nunca me senti convicto de que iria acontecer comigo. Já chorei, já senti Deus "falar" comigo de alguma forma em momentos diferentes da vida, mas nunca me senti capaz de exercer esse dom de falar "em glossolalia", como os pentecostais genuínos falam (ainda que de uma maneira diferente da que é retratada em Atos 2). Dessa forma, na doutrina pentecostal, eu nunca fui batizado.

A coisa do chip, das marcas de produtos ou de coisas como encontrar em todas as notícias do mundo uma mensagem subliminar de alguma forma de dominação ou arquitetacao ligada ao apocalipse. Sinceramente, há tempos que discursos nessa linha não são digeridos por mim.

A doutrina dos dízimos e ofertas, outro dilema. Por que tanto se diz que "negar para Deus" é ter uma espécie de amor ao dinheiro ou ser avarento ao máximo? Por que em vez deles dizerem que existe a obrigação do dízimo para Deus (como se fosse Deus que vai administrar as verbas), eles não são mais claros, tipo assim: "irmãos, precisamos pagar isso é aquilo, precisamos garantir o salário do nosso pastor, precisamos mandar dinheiro para um missionário na roça e quitar o Ipva do carro da igreja, por isso precisamos pedir aos irmãos que dêem"? Ou seja, até que ponto a escritura bíblica não está mesmo sendo usada para justificar a manutenção de um status quo de um certo "costume financeiro"? Não estou afirmando que dinheiro faz mal para uma igreja, não estou dizendo que o dinheiro é dispensável para alguns de nós. Não estou dizendo que todos são gananciosos. Mas por que as "obras de Deus" na terra não mudam essa forma de lidar com dinheiro?  Será que é preciso pedir dinheiro a cada culto? Por que igrejas como aquelas similares à Universal e tantas outras não desaceleram um pouco esse tipo de doutrina?

Reconhecer que toda organização religiosa precisa se sustentar com verbas em multirão e reconhecer que alguns líderes dessas organizações precisam de sustento são uma coisa, não nego que as organizações precisam de capitalização. Mas insistir na tônica de "é preciso dar a Deus o que é de Deus" da forma como basicamente se percebe hoje, eu considero uma anomalia da religiosidade que se diz ser cristã. Eu considero uma aberração. Para que uma igreja precisa "bater meta"? Isso é coisa de "obra de Deus" ou empreendimento comercial? Por que não se multiplicam pastores que fundem igrejas que só peçam o mínimo para sobreviver? Por que Edir Macedo, RR Soares, José Wellington ou qualquer outro líder de "grandes rebanhos" (nem queria citar nomes para não acharem ser perseguição) precisam se tornar modelos de homens "empreededores"? Da forma como se entende ser empreendimento hoje, os cristãos precisam é de anti modelos...

A questão do cristianismo: será que nós, homens, inventamos um cristianismo do qual Jesus se envergonharia se estivesse hoje, corporeamente em nosso mundo? Parece que há uma compreensão latente de que Jesus veio para "acabar" com o judaísmo, como se o judaísmo estivesse em falha e se a solução para a salvação fosse o chamado cristianismo, que nem foi Jesus quem inventou... (Oh, meu Deus, que essa inquietação não seja reputada como rebeldia!).

Ademais, por que se prega tanto uma fé de resultados neste país? Por que esses que pregam resultados, que dizem que resultados requerem algo como o "sacrifício de isaque", rechaçam aqueles que desenvolvem um culto racional, mas efusivo no tocante aos dons de línguas "estranhas", aos "mantos de poder", ao gritar, saltar pular na unção? E rechaçam o viver ascético do homem na terra, o viver sem a sanha de virar empresário,  mas se contentar em ser empregado?

As liturgias de cultos de matriz cristã: senta, levanta, repete, bate palmas, canta, dança, sapateia são tão valorizados para uns e tão abominados para outros.

As mudanças de igreja ou, sendo mais claro, a "rotatividade denominacional" (também não sei se a expressão já foi cunhada): tenho um amigo pastor que dizia sobre alguns daqueles que trocavam de placa denominacional: "se fulano mudou de igreja com a desculpa de que o Deus é o mesmo, isso não é bem verdade: mudou porque o Deus era diferente". Se me perguntassem o que eu acharia no tempo em que pensava assim, eu também consideraria um erro mudar de igreja. Hoje já me considero mais flexível a este respeito. Tanto que sou capaz de dizer (se fosse pastor): "Meu amigo, se está investigando os aspectos e sente no coração de avaliar uma outra placa denominacional, vá em frente, pegue sua carteira de membro ou sua carta e vá lá. Se quiser voltar e ficar conosco bom, mas se não, continuaremos bons amigos". Eu gostaria que os pastores mudassem de atitudes quanto ao "perder" ou "ganhar" ovelhas. Essa metáfora das ovelhas  do pastor é poética,  muitas vezes soa destoante demais, por isso precisamos aceitar os fatos. É como se membro fosse gado, que precisasse ser guiado pelo berrante ou pelo grito do dono ou do cuidador. Devemos ser ovelhas e respeitar o pastor,  mas até aí. Ovelha não pode significar passividade, aceitação de tudo, só porque foi o pastor que está direcionando. Não é uma questão de rebeldia. É uma questão de simples bom senso.

Este é o pequeno resumo de algumas agonias religiosas pelas quais tenho passado. Sei que são somente o princípio de um processo e que não tem nada a ver com revolução dos costumes. Não estou querendo fundar nada, nem transformar uma experiência pessoal em mote para interromper o caminho dos outros.  Que Deus abençoe a todos.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Daniel na cova dos leões – versão cristã homônima (Legião Urbana)

Aquele mundo amargo onde eu vivia
Ficou p’ra trás, lá num passado triste
De amargo então, salgado ficou velho
Assim é o renovo que há em Cristo

Fez casa no meu corpo,
E ainda leve, manso, fardo santo,
Por saber
Que tudo o que façamos, ainda é pouco

Jesus Cristo é meu segredo revelado
E desafio o instinto dissonante
Que a insegurança nos atrai botando medo
Só que o momento agora vale todo o instante

E o meu medo de ter medo de ter medo
Já não me atormenta como antes
Meu corpo é santo templo do Espírito
E eu sei que essa correnteza já tem direção...

Mas tão certo como 1+1 é sempre só dois
Eu estou pronto p’ro que venha
E o mal que atormenta este mundo aqui
Só vai durar por pouco tempo
Tem futuro não...

domingo, 24 de fevereiro de 2013

O inimigo até tenta tomar, Deus dá é mais

Olhando para trás, mas não como a mulher de Lot, percebo que o diabo até pode tentar tomar umas coisas, mas Deus tem dado é muito mais. Quantas vezes as pessoas não reclamam daquelas que lhes devem alguma coisa? Quantas vezes não confabulamos algo de ruim para o ladrão, que aparece na surdina, nos ameaça a vida, nos toma aquilo que conquistamos com esforço? Quantas vezes passamos na rua, vemos alguém que nos complicou de certa forma algum setor de nossa vida, e lamentamos? Mas eu ultimamente tenho buscado focar mais naquilo que Deus tem me colocados nas mãos.

E é algo muito maior do que o que o inimigo tem por vezes tentado tomar. O vilão do mundo pode ter usado um miserável para nos invadir o cotidiano e nos tomar algo que gostamos de possuir, mas depois vem novamente o conforto que precisamos ter, passado o momento de raiva, de desespero, de vontade de se vingar (somos humanos!). Tudo vai se estabilizando, até voltarmos a perseverar de novo, pelo fato de permanecermos com vida, pelo fato de continuarmos a reverenciar a Deus, buscando amá-Lo pelo menos 10% do quanto Ele nos ama, enfim, pelo fato de reconhecer que toda a glória é Dele.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A pior raça de crentes

Antes de decidir escrever este post, eu tive um sonho profético, que talvez tenha me feito ponderar muito do que ia dizer e acredito que cortei várias linhas de pensamento. Mas de antemão, é bom que fique claro que não estou me referindo a ninguém em particular, nem a denominação alguma, nem a crença religiosa alguma, nem a episódio específico algum de qualquer pessoa. Tudo o que vai é apenas uma visão pessoal e eu não estou pedindo para ninguém aceitar como verdade, mentira ou conspiração, tanto é que aceito todas as críticas que vierem. Agora, quem quiser se espelhar que se espelhe, porque eu já me espelhei mesmo antes de escrever.

Não precisa entender de sociologia evangélica para saber que o instinto de inadimplência ainda impera em uma pequena parcela do povo "crente" (me desculpe, mas eu não vou usar a expressão "povo cristão" nesse caso). Meu pai, como um bom camelô de porta em porta que foi, sempre insinuava para a gente que ter cliente crente era problema na certa (só que dizia isso por palavrões piores que não convém a mim repetir). Mas Deus é justo e a grande maioria de nós é boa pagadora.
É evidente que existe um discurso que diz ser o "crente veaco uma das piores raças de crentes que podem existir" e que isso de certa forma contribui muito para manchar a reputação boa da grande maioria da gente que sem dúvida é "boa paga". Tudo isso fica ainda pior no mundo ciber-globalizado onde vivemos, onde tudo é computado e cada registro de sua vida muitas vezes é até declarado em "praça pública" virtual.

Não estou escrevendo para me defender de coisa alguma, pois ninguém precisaria se aprofundar muito para descobrir que também devo na praça, ou seja, contraio dívidas como todo brasileiro normal - afinal, só não se endivida com alguma coisa quem é espectro de homem, quem só passou pela vida, não viveu (peço desculpa pela paráfrase infeliz). Seria muito bacana ouvir aqui um discurso doutrinador modelo de moralidade, tipo esses muitos que são pregados todos os dias, mas infelizmente este não é o lugar, nem agora é o momento.

Acredito que existem duas espécies de crentes que devem: uma é o crente veaco e outra é o crente devedor. Basicamente, eles se diferenciam nos seguintes termos:

O crente veaco adquire, por suas atitudes financeiras duvidosas, uma reputação que faz "sucesso" no seu meio, mas às vezes pensa que ninguém sabe quem ele é. Os seus irmãos em Cristo podem até tratá-lo de maneira ordeira e amigável como devem mesmo tratar, mas ele não imagina o que deve ser comentado nos bastidores...

Ou seja, o rastro que o crente veaco deixa na vida dos credores frustrados que vai arrebanhando na existência é inapagável. O crente devedor, não. Ele pode até encenar um princípio de má reputação, mas pode retirar o mal pela raiz, quando vai ao credor prestar satisfações verdadeiras do seu atual estado financeiro.

O crente veaco compra até sabendo que não pode pagar, simulando muitas vezes uma atitude de "fé", e chegando a dizer que vai comprar aquilo "pela fé". Depois do estrago feito, começa a rotina infeliz da síndrome do devedor fujão: fugir, fugir, se esconder, se esconder, deixar o telefone tocar, tocar, mandar avisar que já saiu...

Por outro lado, o crente devedor não se esconde do credor, não está podendo pagar tudo, negocia a dívida, faz um acordo, explica os motivos reais que o levaram a falhar. Ou seja, entende que não respeitar o básico das leis dos homens é também pecar. 

No universo da fé pentecostal, por vezes o crente veaco até critica o tal crente "sorveteriano", aquele que vive fora das listas do SPC/SERASA e está vivendo conforme os preceitos bíblicos de um cristão (não digo nem os de religioso), mas que não demostra na vida - e no corpo até - as marcas do "poder de Deus".

Pois bem: se é para ter/manifestar o "poder de Deus" trapaceando com o próximo (às vezes intencionalmente, mas nem sempre, claro, não estou generalizando), é prefirível que Deus use o crente para ser o "crente comportado" de sempre, porém humilde e submisso ao Seu chamado.

O crente veaco compra e não paga, mas acha que talvez o tempo passe uma borracha no passado. Já o crente devedor lembra de tudo, e pode ser que algumas dessas "lembranças" não se apaguem tão cedo.

Por exemplo: me lembro até hoje que deixei uns débitos pequenos por uma cidade onde morei por alguns meses, paguei parte deles através de uma família conhecida que vinha sempre a Feira, mas lembro que ainda fiquei devendo algum resíduo, que o tempo pode ter minado de algum caderno, mas preservou na minha memória culpabilística e uma hora ou outra a coisa vai ser regurgitada, talvez antes do dia do livro do Juízo Final. Aproveitando: a cidade é Pintadas e fica na Bahia, e se alguém de lá conhecer a dona da loja Crislu me avise que eu preciso contactá-la e renegociar esse débito. Eu devia era ter vergonha de dizer isso para quem quiser ler em público, mas eu acho que o crente devedor deve sempre ser um sem vergonha nesse sentido... 

A questão não é demonizar o crente veaco e colocar o crente devedor em um pedestal. A questão é tomarmos consciência de que nossas falhas podem ser sanadas e paulatinamente ir agindo, mesmo devagar, mas sempre. 


O restante que seria escrito, no sonho (lembra?), Deus tratou de silenciar. Não iria acrescentar mais nada.







quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Feliz post novo - sempre!




Encerrando a minha participação neste projeto ao longo do ano que se finda, desejo a todos os blogueiros um feliz post novo! Que mais que eu poderia desejar se estive meio que imerso neste universo? Graças a Deus não vai ser preciso fazer retrospectiva alguma nessa trajetória primeva de 100 publicações por aqui, porque estamos em um ambiente auto-explicativo e um mouse pode fazer muito mais do que nossos pequenos propósitos de síntese.
Quis escrever mais, não consegui. Quis interagir mais, não consegui. Quis ser o mais assíduo possível, isso eu consegui. Quis ser minimamente focado, isso eu consegui. Quis ser altamente independente dos outros, isso eu consegui. Quis fazer a diferença para mim mesmo, depois para os outros, se convier a cada um, isso eu também consegui. Não escrever com tanta intensidade assim não quer dizer que se está deixando seu trabalho em um plano secundário, mas apenas indicando que nem sempre suas vontades pessoais estão acima de suas obrigações sociais e profissionais. Escrever com a máxima independência possível não quer dizer que você deixe de fazer uso de sua veia antropofágica, no melhor sentido oswaldiano da expressão. Fazer a diferença para si mesmo, embora pareça egoísmo, significa apenas que a primeira pessoa com a qual você precisará se comprometer é você mesmo - isto sim é importante, para início de conversa.

Para mim, não é chegado o momento de felicitar a todos e desejar tudo aqui que ao longo do ano se deixou de desejar. Esse clima de Natal é apenas um clima, nada mais. Esse clima de "ano novo" para mim nunca exisitiu, pois gostaria que fêssemos mais comedidos nas comemorações e nunca deixei de entrar o ano com felicidade. Por exemplo, se for me lembrar do menino Jesus - e principalmente do homem e do Deus que é Jesus! - somente nos dias que antecedem ao 25 de dezembro eu estaria inundado de hipocrisia (para comigo mesmo, bem entendido). Lembrei Dele durante todos os dias do ano, seja tocado pelas Suas palavras, seja tocado pelo seu toque, seja conclamando e sendo conclamado a lembrar do Seu papel na minha/nossa vida. Se foi possível estar presente aqui e compartilhando as coisas que construímos socialmente foi somente pelas misericórdias de Deus/Jesus.
Procurei sempre ter um feliz post novo a cada debruçada. Trabalhei com algumas metas registradas e, acredito, que se as não tivesse elaborado, boa parte das boas intenções iriam por água abaixo. Já vi muito blog acabar assim - inclusive os meus. Essas metas extrapolaram o plano da blogosfera, e invadiram salutarmente outras esferas da vida.
Mas não foi só de blogosfera que estivemos falando ao longo deste ano, porque procurei ser o menos limitado possível ao espaço do blog/da blogagem/da metablogagem - porque, afinal de contas, independência não é tudo, mas é muita coisa.
Para encerrar, vou acabar com o simples que é maravilhosamente menos complexo (graças a Deus pela frase vazia!): feliz tudo para todos.







sábado, 3 de dezembro de 2011

Passeio pela blogosfera com a Voz do que Clama no Deserto



O "Voz do que Clama no Deserto" ou http://patriciasssouza.blogspot.com/ é um blog inteiramente dedicado a Jesus Cristo, escrito por Patrícia S. S. Souza, de Belo horizonte (MG). De cara, gostei da temática, porque sou um dos tais que não nega a fé que tem no mesmo Jesus Cristo de que Patrícia se refere. Por outro lado, gostei do formato do bom blogspot, que é mais um a integrar a crescente rede da Cia dos Blogueiros.


1. Conteúdo (Qual é o blog? Do que trata?)

O blog é o "Voz do que Clama no Deserto" cujo domínio é http://http://patriciasssouza.blogspot.com.
É basicamente um blog cristão, cristocêntrico mesmo, no melhor sentindo da palavra, independente de qual sigla congregacional à qual a autora esteja vinculada. Não encontrei uma mini biografia da blogueira, mas ela já diz algo sobre si mesma quando afirma que "o deserto é o meu lar/ Meu instrumento é a minha voz /O meu chamado é clamar /O arrependimento às nações/Uma fonte em meio ao deserto/ Produz o mel pra alimentar/ Meu anseio é gastar a minha vida /E o reino DELE anunciar/ Meu foco principal aqui é Jesus / meu amigo".

2. Tempo de existência

Está na ativa desde agosto de 2010, portanto, mais de um ano de boas realizações por ali.

3. Fluxo de postagens

A produção não é volumosa, profícua, mas ela tem comparecido no projeto em todos os meses do ano e isso é muito bom sinal.

4. Interface básica

Embora um blogspot, muito boa: caixa de pesquisas, Google Tradutor, Google Fried Conect logo no topo da página (como se o usuário fosse logo convidado a seguir para depois conhecer?), além de integração com o "Like" do Facebook e uma chamada criativa para que sigamos a autora no Twitter (um passarinho azul rola a página, enquanto navegamos nela). Tem três "chamadas" superiores (Halloween??, Naamã: Líder que sabia ouvir, Quebra, quebra), funcionando como uma espécie de reunião das três principais postagens. Já tem banner de divulgação também, conforme se percebe no início desta postagem. O sistema de comentários é clássico do Blogger, como o nosso, necessitando de aprovação do moderador (o autor do blog, geralmente). Destaque para a seção de "Parceiros" (entre os quais, o Dihitt, o LinkLog e o LinkNinja), com uma listagem até extensa de referências. Isso é altamente sugestivo quanto ao conhecimento da blogueira sobre outros blogs, inclusive sobre metablogagem. Afinal de contas, se já é prazeroso blogar, blogar com consciência de alguns aspectos inerentes à ferramenta é melhor ainda.


5. Monetização

Patrícia fez algumas inserções de publicidade, no estilo de banner componente misto do Adsense, em tamanho 300x250, um dos que adoto neste blog também. É basicamente monetização com o Adsense, não encontrei outros sistemas.

6. Potencial social

Amplo. Blogs religiosos, a meu ver, tem um amplo nicho. Está com 127 seguidores/curtidores do blog nas principais conexões, que são o Friend Conect e o Facebook. Não acessei o Twitter da autora, ainda.


7. Domínio


Ainda é um blogspot, mas isso não é relevante neste momento. O que precisa mesmo ser resolvido é a sincronia Nome do Blog/Endereço do Blog. Poderia ser pensado algo como http://vozdoqueclama.blogspot.com, ou outro nome disponível, na mesma linha de pensamento.


8. Conclusões breves
Blog novo e muito bom. Espero acompanhá-lo mais à frente, até porque Patrícia e eu temos interesses completamente coincidentes. Vida longa ao "Voz do que Clama..." e que ele permaneça firme até Jesus voltar"


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Olha só como o Confiker apareceu, dois anos depois



Outro dia, alguém me disse "oi" no messenger e eu respondi. Era uma plena manhã ensolarada.
Aparentemente, era o Msn de um "pastor" do Maranhão, chamado Paulo Sérgio, mas àquela altura eu já suspeitava que, ou esse "Paulo Sérgio Missionário" nunca existiu ou alguém criminosamente estava utilizando o msn dele.
Acabou por me dizer que era a "esposa" do tal pastor, insistia numa conversa comigo e eu meio que a contragosto, porque estava ocupado escrevendo, não quis muita conversa. Perguntei o nome, que era alguma coisa entre "Maria" ou alguma coisa com sobrenome "Conchita". Pediu uma imagem da minha cara, e depois eu pedi a imagem da cara. 
A "pessoa" - queria que isso não fosse gente - colocou a foto: uma  foto de uma figura feminina em trajes menores. O endereço de webmail tinha algo a ver com "conchita.com". 
Para resumir, além de ser alguma coisa pior do que um crente virtual, era algum ladrão de dados alheios. E fez uso do Confiker para atacar aquele computador que estava utilizando.
Foi o bastante, percebi o engodo, mas era tarde. Tal logo apareceu a foto, tratei de excluir e bloquear aquele maldito contato. Até o momento, me parece que as ferramentas de segurança de que dispunha me tiraram dessa situação, mas ainda penso em formatação...
Foi assim que o Confiker apareceu na minha vida. Não cheguei a fazer o teste de web que havia indicado aqui. Foi meu antivirus que fez a tarefa por mim.
Por isso, se os miseráveis ainda não se atualizaram nas artes malignas, vale a pena clicar  aqui, fazer aquele velho teste e conferir se seu PC não tem nada do tipo. 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Estão detectando o diabo em quase tudo



Este vai ser um posto bastante sucinto, até por que será mais ou menos um hiato neste blog.
Estão detectando o diabo em quase tudo. E com a internet esse fenômeno de "revelações bombásticas" cresce exponencialmente. Há muito tempo que anda circulando em vídeos do YouTube, em blogs e em sites tendenciosos (às vezes até com textos muito mal formulados), uma série de conspirações envolvendo nomes de marcas famosas, objetos, gestos pessoais e supostas mensagens subliminares quase sempre ligadas a alguma coisa diabólica possivelmente presente em filmes, novelas, canções, etc. Estão querendo detectar o diabo presente em cada aspecto do secularismo. 
Estão querendo detectar o diabo em um mundo que jaz no maligno??...
Nas igrejas evangélicas, o fenômeno também tem se difundido. Por vezes, certos pregadores deixam de pregar, para lançar mão de recursos audiovisuais com um único objetivo: provar por A+B que alguns "ícones" da cultura secular, algumas simbologias, nomes de certos (ou errados) conglomerados empresariais e mesmo grandes sucessos da música pop, do cinema, do showbiz, das redes de TV e o mais que exista no mundo estão prenhes de significados ocultistas, geralmente malignos.
Pensei em dar a este post o sugestivo título da franquia "Voce conhece o crente virtual?" Deveria ser a IVª parte, mas vai ficar sendo, digamos, a IIIª e meia. Até porque essa série de acontecimentos não tem partido somente de gente cristã, gente crente, gente evangélica ou gente simpatizante da Bíblia (quando uso a expressão "crente" geralmente estou tratando dos que - espera-se - acreditam em Jesus, em Deus, em salvação, em Juizo, etc). Isso tem partido de qualquer pessoa, basta que essa pessoa se sinta esclarecida pelo lampejo da epifânia digital...
Não precisamos de tanto alerta, tanto "prepare-se", tanta celeuma por causa da aparição do diabo nessas circunstâncias, digamos, culturais. Não digo que muitos dos empreendimentos do mundo secular hoje em voga sejam neutros, a-religiosos. Também acredito que muitas das invencionices da cultura humana, popular ou não, tenham sim o seu "quê de pecado, acariciado pela emoção" que causa em qualquer pessoa, seja crente ou não.
Mas será que o fato de saber essas coisas tem contribuído mesmo para retirar alguém do mundo das trevas?  

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Você conhece o crente virtual? Parte III


Ou cinco pequenas notas conclusivas sobre este assunto

Nunca lutei contra os falsários. Não sou o paladino da moralidade, já disse isso aqui. Este blog não se prestará a isso. Trataremos de internet, blogosfera, gente de internet (gente que usa a internet, gente que está na internet, gente de tecnologia) e de outros aspectos que envolvam a profissionalização do blogueiro, sem necessariamente ter o mesmo foco dos demais colegas, que são muito bons no que andam fazendo.
Quando comentei sobre as espécies de crente virtual que via perambulando na rede nunca quis ser o blogueiro crentão, ou o blogueiro crentinho, muito menos o bloqueirinho “acima do bem e do mal”. Apenas quis, constitucionalmente amparado, demonstrar algumas opiniões por meio de fatos, como faz o jornalista, embora não seja. Por isso, buscando encerrar a franquia de postagens a este respeito, seguem as últimas palavras a respeito. Embora não sejam conclusivas, neste blog pretendem ser.
1. O crente virtual não se contenta em professar sua fé na internet, ele precisa fazer isso exclusivamente neste instrumento de comunicação, porque no resto da sua vida cristã essa profissão de fé não está em primeiro plano.
2. O crente virtual ainda não aprendeu a usar a internet para aumentar a sua fé, ntanto no conhecimento quanto na graça. Aprendeu a usar Orkut, Msn e Badoo, mas isto não é a mesma coisa.
3. O crente virtual está de parabéns, pois pelo menos dá muita audiência aos produtores de scraps animados com mensagens singelas.
4. O crente virtual do sexo feminino é uma coisa. O do sexo masculino, outra. Muitas vezes, uma coisa estarrecedoramente diferente…
5. Cuidado para que o próximo crente virtual não seja eu, nem seja você. Tudo vai depender da nossa vigilância e do nosso temor.