Sempre que tento combater a desenfreada destruição dos recursos naturais sou exposto ao ridículo. É isso mesmo: toda vez que dentro de casa ou em alguns outros lugares sociais tento defender algum ponto de vista sobre a preservação tenho a sensação de que todos estão a apontar: “é um miserável”.
Acontece assim quando vejo, na pia do banheiro, um gasto desenfreado de água (a torneira ligada sem uso), durante uma lavada de mãos ou uma escovação. Acontece assim quando na pia da cozinha alguém enxagua um talher de cada vez. Acontece assim quando critico certos desperdícios de papel em geral, de comida, de energia consumida com o computador ligado sem uso (inclusive o monitor), etc.
Outro dia, foram algumas jarras com água mineral, que alguém colocou na geladeira e achou por bem jogá-la fora, simplesmente porque é sobra de um evento. Afinal, por que jogar fora se ninguém foi tão mal educado de beber a água no próprio jarro? Achei um absurdo, mas isso é sempre feito. Não vou dizer mais nada – isso se eu me aguentar!
Me parece que isso vem da constatação de que tudo o que a gente possa fazer é pouco. Ou seja, acho que essa gente pensa que o meu percentual de 0,000000001% de contribuição à preservação do mundo é tão insignificante que não vale nem à pena ser tentada.
Vamos deixar esse assunto de lado. Não vai valer à pena nem escrever mais sobre.