Sou daqueles que ainda fica impressionado com a evolução tecnológica da vida do brasileiro médio. Há uma década e meia passada não tínhamos acesso a quase nada. Meu primeiro contato com o computador com internet se deu em 1997, mas somente consegui ter meu primeiro computador pessoal há quase cinco anos: lembro como se fosse ontem, uma tarde quente do mês de maio de 2010, os correios vieram entregar a encomenda. Foi uma felicidade aquela aquisição do PC, que é de uma marca que poucos até hoje dão valor: um "Positivo Sim+", que foi comprado por três razões que na época me atraíram: o Hd de 750GB, a RAM de 4GB e o preço, uma pechincha de quase mil reais. Até hoje a máquina prossegue em uso, e aviso que não tenho a menor pretensão de me desfazer dela.
De lá para cá, vieram mais um PC melhorado, um notebook, um Tablet e uns smartphones. Ou seja, o que antes escasseava, hoje superabunda em opções. Tem dias de encontrar-me indeciso sobre qual dispositivo usar. Diferentemente de muitos apocalípticos e até de integrados, com as máquinas acredito evoluir em produtividade: por exemplo, enquanto escrevia este artigo diretamente do App do Blogger no smartphone, pesquisei alguma coisa no Tablet e ainda estudei alguns assuntos no bom e velho caderno (essa tecnologia ainda maravilhosa). Tudo isso sem sair da cama.
Um dos lados ruins disso tudo é o fenômeno mais antigo do mundo, que com certeza não nasceu por causa da tecnologia, e que atende pelo nome de vício. Contra ele, a estratégia que adoto é usar essas tecnologias para o que eu considere proveitoso para minha vida, e isso inclui fazer coisas do tipo:
- Fugir daquilo que não me convém, como por exemplo atacar as pessoas, ou despejar nelas minha raiva íntima circunstancial;
- Buscar um entretenimento que não fira meus princípios morais e intelectuais (e isso inclui fugir das tentações);
- Perseguir o conhecimento salutar;
- Usar a tecnologia de uma maneira que permita prejudicar o mínimo possível o meu próximo; e
- Não me esquecer de que a vida real precede o virtual, e é a mais importante.
Um outro lado possivelmente ruim é que, em diversos momentos, é tamanha a dispersão de tarefas às quais me submeto a empreender, que muitas vezes tenho dúvidas sérias se estaria emburrecendo ou aprendendo...