domingo, 30 de maio de 2010

Educação e novas tecnologias na escola bíblica: desafios em meio à escassez

Ensino bíblico é diferenciado. Desde os tenros tempos da minha tragetória cristã, venho enfatizando isso, que é uma verdade absoluta. Não basta ter preparo intelectual, é necessário tê-lo, chega a ser um dever nosso (até mesmo do aluno cristão!), mas é preciso ter a graça do Senhor e as Suas misericórdias sempre presentes. Classes dominicais são por natureza ecléticas, e estou falando do modelo que conheço com maior propriedade, que é o das Assembléias de Deus, pelo menos em Feira de Santana. Existem pessoas tanto subutilizadas quanto por vezes pessoas "sobrecarregadas", claro que no bom sentido da expressão (muitas atribuições de liderança ou de docência).
A experiência com a Bíblia, mesmo sem se ter feito de antemão um estudo metódico (seminários, oficinas, cursos livres, etc), é fundamental numa EBD. Muitos leitores se prendem a uma leitura superficial da Palavra e é aí onde moram equívocos, muitas vezes até bem intencionados. Tudo que está sendo dito aqui, apesar de ter qualquer outro endereço, primeiro recai sobre minha pessoa.
As tecnologias da comunicação - essas já desenvolvem esta atribuição no ensino tradicional - entram nesse processo oferecendo suporte básico: em tempos de dificuldades gerais em se consultar uma biblioteca física, encontramos certos "suportes bibliotecários" principalmente na web, contudo sabemos que um computador em si mesmo pode oferecer mais do que o de servir de "consultor online". Dito de outra forma, ele tem mais a desempenhar nesse processo todo e é uma pena a maioria das igrejas não terem condições para realizar esse tipo de investimento. Por outro lado, ficaria feliz se nossas igrejas pudessem pelo menos investir, o mínimo seja, na qualificação teológica do corpo de professores, por exemplo, ofertando cursos de curta duração de introdução à Teologia, ou oferendo um suporte in loco sobre a metodologia para que as próprias lições dominicais sejam melhor aproveitadas.
Tomemos um exemplo real, que eu posso ter agora, mas não necessariamente é o melhor exemplo: em 30/05/2010, a lição para adultos e jovens da CPAD, baseada no livro de Jeremias, capítulos 30 e 31, tinha por título "Esperando contra e esperança", lição a qual considerei a mais complexa até aqui no presente trimestre (abril a junho), para um novato da docência cristã como eu. Ao longo de pouco mais de uma hora de aula, tentei passar para uma classe heterogênea (senhoras, senhores, jovens e até adolescentes) aquilo que gostaria de ter ouvido de outro professor bem mais preparado do que eu e que naquele exato momento conseguisse transmitir de outra forma todo aquele conteúdo historicamente denso. 
Pensei tudo isso porque, metodologicamente, não me sentia preparado para ministrar uma lição como essa, a qual considerei, desde o estudo que fiz na véspera, complexa, por tocar em questões ainda não plenamente solidificadas na minha educação bíblica: eleição do povo de Israel, profecias para o Messias, escatologia, o arrebatamento, a "angústia para Jacó", virtudes teologais, salvação do povo judeu, o Anticristo, etc.
Pelo menos, ficou para mim e para a classe claramente a mensagem central da lição (abstraível imediatamente) de que a esperança,  uma virtude teologal por excelência, é um dos pilares para a nossa vida, em meio a um mundo em tribulação.
Dito isso tudo, concluo que essa foi uma lição que deixou a desejar, teologica, metodológica e didaticamente falando. Sim, fiz umas pesquisas básicas, mas falhei em não encontrar a melhor forma de passar isso para os diletos irmãos. Ademais, havia uma sobrecarga de informações na própria lição, que fazia referências aos outros profetas que predisseram a tribulação do povo israelita (Ezequiel, Daniel, Zacarias...), o que indicava que só por esse motivo, seria uma lição para ser estudada no mínimo por uma semana, ou pelo menos por três domingos seguidos.
Tudo isso corroborou para que este quadro presente se configurasse, mas Deus trabalha da melhor forma, mesmo em meio às nossas falhas. Tenho certeza de que tudo isso teve um propósito determinado, nada foi por acaso. Uma resposta boa de toda a semente plantada naquela EDB dará seu fruto no tempo determinado. Não por minha causa, mas pela misericórdia de Deus.

sábado, 15 de maio de 2010

Mandriva: novidades de um fim de semana

Como disse, é um sábado à noite e necessitava atualizar o blog, que andava parado, por excesso de tempo sem um computador que estivesse por perto da minha disponibilidade literária. Sem falar que na última semana as coisas não foram fáceis, mas Deus sabe de todas as coisas.
O fato é que adotei desde segunda-feira o Mandriva, sistema operacional com uma interface bastante amigável, para ser bem clichê. Agradou-me, em alguns aspectos, mais do que a do Ubuntu (parei no 10 ponto alguma coisa). Esta versão que estou usando veio nativo num PC da Positivo, o SIM A885, tem uma interface KDE que nem sei se há fundamento, mas está a me lembrar muito o jeito do Windows Vista, sem as firulas deste. Havia pensado em migrar para o Windows 7 de cara, mas mudei de idéia nesses poucos dias de convivio, que por sinal...

Por sinal... (lembram da impressora no Ubuntu 9.04? Sei que não) já me deu alguns vexames no que se refere aos plugins, tanto do navegador, quando dos aplicativos de áudio e vídeo nativos. Passei mais uma vez esse pepino para a comunidade, por falta de competência e espero que em alguns dias me dêm uma resposta para a falha no player de vídeo e no browser. Falta no Mandriva algo parecido com a Central de Programas do Ubuntu, ou do Ubuntu One. Por outro lado, o visual organizacional das pastas, a facilidade em movimentá-las e o reconhecimento das mídias removíveis, em geral, me satisfizeram bastante. O Open Office a cada ano que passa fica melhor. O discador nativo em princípio não foi muito maleável, mas aos poucos fui o conhecendo melhor. Claro que para tão poucos dias de convivênhcia o Pinguim dessa distro ainda me é um ilustre desconhecido!
No mais, posso concluir dizendo que tudo isso são as coisas do Linux fazendo parte de nossa realidade.
Não dá para dizer  algo mais, como por exemplo se essa parceria vai ser duradoura, mas faço votos de que seja.