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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Saber - se

Saber - se limitado
e ter de enfrentar - me
todas as manhãs quando eu acordo
me lembrando que ainda sou eu...
Saber - se reduzido
e despertar consciente
de que o mal ainda existe.
Saber - se
***
O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Quem acredita cresce*

Quem acredita cresce, quem vive merece.
Há fonte de águas poderosas
No coração de quem crê.
Gente que sabe que a vida
É muito mais do que só viver.

A vida é uma dádiva,
E que não seja vã
A existência de uma pessoa.
E que nossos corações possam
Cada vez mais
Dar morada às emoções.

Qual é o seu merecimento 
Quando passa pela vida
Em brancas nuvens?
Não adianta deixar que os outros façam
Da sua história um filme já visto!
Acreditar é ir à luta, 
É sonhar por um país diferente
Onde valha à pena a sua disputa!

Quem acredita cresce, 
Ainda que na turbulência.
E para quem se sente em um país
Tão marcado,
Onde nem percebemos direito
O quanto todo esse estigma
Fere tanto o nosso peito,
Deixo aqui a certeza plena 
De que, para mudar um contexto,
Não adianta esperar pelos “tais”,
Nem por quem se diz do nosso lado.

Adianta acreditar em nossa força, 
Posto que não é egoísmo.
Nossa crença íntima será um dia
A nossa grande ascensão.

* Poema inscrito no 5º Concurso Literário da Rede Pague Menos 2016, mas não ficou entre os 100 escolhidos para a coletânea publicada.

domingo, 12 de junho de 2016

Para ser

Vamos parar naquele lugar
Onde a gente pensa e não se cansa
Onde a gente lança e também trança 
Onde a gente vai seguindo nessa dança

Dança

Não sei dançar
A gente aprende amando
Amando

E eu guardo em mim tantas emoções
E como dizer emoções?
E o que dizer
Das canções?
Como agir assim em corações?

Às vezes parece que estamos em portos seguros 
E em barcos ancorados
Mas segurança 
Eh no fundo tudo o que não temos

Chega de tentar parecer
Simplesmente para ser

Chega de tentar parecer 
Simplesmente para ser .




segunda-feira, 16 de maio de 2016

Não sou digno

Não sou digno de pisar nos púlpitos
Da forma como esperada
Não sou digno dos cerimoniais
Nem de cantar nesses lugares
Mas me considero filho de Deus.

Não sou digno para falar de oração
Da forma esperada por meus pares
Falo com Deus, pois não sou mudo
Deus me entende como sou
A igreja não entende,
Ela acha que é rebeldia.

Não sou digno para falar de jejum
Nem digno para o padrão dízimo.
Me considero um contribuinte da obra
Dou a mão a quem precisa
Valorizo e até invisto 
Na coragem missionária,
Acredito numa Igreja mais social,
Mas não me considero digno
Para levar a verdade a outros povos
Da forma como a esperada.


O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Sou da Princesa

Vim do caminho da Feira,
Eu sou tombado do Tomba...
Da tonga da mironga
Do cabuletê

Sou de sorriso fácil
Rio de qualquer besteira
Mas se você der bobeira
Te prendo com meu laço

A vida fez com que eu fosse
Mudando, mudando sempre de lugar
Como quem vai mastigando
Aprendendo, provando tudo sem pensar
Dependendo da crença e da paciencia
De quem vai ensinar
Preparar meu futuro
Me sentir seguro, poder caminhar...

Luiz Caldas (músico baiano altamente produtivo. Mas infelizmente poucos baianos parecem saber disso. Acham que ele só fundou o "axé music")

domingo, 20 de março de 2016

Das carências

Desde sempre, tenho duas carências:
Uma de raiva, outra de rancor.
Sou incapaz, por exemplo,
De levar adiante uma separação,
Dessas do tipo juntos no mesmo quarto,
Penso que, ou se está junto,
Ou não se está. 
Fora disso,
Deve ser de procedência maligna.

A raiva mata, não apenas a distância,
Não apenas aquele câncer
Que talvez se descobrirá um dia.
Ela mata algo mais, 
Ainda que no abstrato.
.
.
.
O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

sábado, 19 de março de 2016

Meu canto de raiva

O meu canto de raiva
Veio de você.
O meu canto de ira também.
Tive todas essas inspirações:
Chamei-te diabo
Satanás, peste e desgraça.
Sim, foi pela raiva que agi,
Não foi o Diabo que agiu.

O meu canto de desencontro,
Ao cantar o teu nome,
Já me inspira a desistir de você.
Até os bichos sofrem,
Se perto ficam,
Do teu assomo de ira,
Sem nem ser mau olhado.

O meu canto estremece,
Como o corpo agora.
O meu choro não vem,
Como o coração, se abafa.
Mas a raiva transpira.

Transtornado eu fiquei
Enquanto somente assistias
Ao "Cidade Alerta".
Como se os crimes passionais
Daquele jornalístico,
Como se os assassinos
Te animassem para a guerra.
És face demoniaca!

Sei que este canto de raiva,
Sei que este canto protesto,
Não perdurará,
Pois não quero que dure.
Afinal de contas, são anos
Tentando dosar essa raiva,
Tentando descobrir 
onde fica o amor
E onde o faz de conta.

Eu canto este canto de raiva, 
Enquanto você contingencia 
Minha liberdade responsável.

Meus anos não foram infelizes,
Não quis que os seus o fossem.
Eu quis que você entendesse 
Que o amor não se cerca,
Não é como o cãozinho,
Colocado no braço atento
Para sua pura proteção.
Só reina amor, 
Onde reina confiança.

Hoje canto este canto de raiva,
Mas não me arrependo
Do que fiz se tornar 
O curso da minha vida.

Esta minha vida toda
Foi o meu quinhao conquistado.
Não vale chorar pelo ontem,
Só adianta consertar o agora.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Tem vez que...

Tem vez que o sentimento fica na cabeça
Ai eu vou tentar poetiza-lo
Para depois transmiti-lo
E ele se estraga um pouco

Tem vez que o sentimento fica digitado
Ou no papel convencional
Aí eu vou tentar expressa-lo 
Alguma forma de exprimi-lo
Mas quem vai ler, lê de outra
E ele se estraga um pouco

Tem vez que o sentimento só quer sair
Na praticidade da fala
Na sedutora eloquência
Aí eu vou tentar dizê-lo
Aí eu vou tentar falá-lo
Mas com toda essa taquilalia
Ele se estraga...

Tem vez que meu sentimento é doido
E o outro reprova
Tem vez que é só agonia
E o outro não sente 
Tem vez que é uma lucidez pirracenta
E o outro se estressa

Tem vez que só quero ser eu
Mas apesar de amar
Esse eu de tanto defeito
Sinto um forte lamento
Por não tornar esse ser 
Mais condizente 
Com o que sai da sua boca.

(ao blog "Gagueira.net.br"). Publicado no livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

O seu passamento é diário...

O seu passamento é diário
Nas tantas circunstâncias da vida.
Morremos um pouco a cada dia. E daí?
Quantas pessoas já lhe disseram isso?
Seu passamento foi registrado
No amor desencontrado
Nas flores que você não mandou,
(Naquele tempo das flores),
Na incredulidade,
Nas desventuras que não viveu
Nas aventuras que lhe foram apresentadas.
 O seu passamento é diário
Não reclame mais por tudo aquilo

O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

O seu passamento é diário...

O seu passamento é diário
Nas tantas circunstâncias da vida.
Morremos um pouco a cada dia. E daí?
Quantas pessoas já lhe disseram isso?
Seu passamento foi registrado
No amor desencontrado
Nas flores que você não mandou,
(Naquele tempo das flores),
Na incredulidade,
Nas desventuras que não viveu
Nas aventuras que lhe foram apresentadas.
 O seu passamento é diário
Não reclame mais por tudo aquilo
Que um dia você pensou que ia acontecer
A sua vida é esta que você está vendo:
Uma pessoa realizada,
Do jeito que Deus permitiu que se realizasse
Com lucros, com ganhos, com pessoas ao seu redor
Com pessoas dependendo de você
Com você dependendo de pessoas.
Um dia tudo isso vai passar
E você não vai ter como dizer: "fui infeliz"
Porque no seu presente você já se considera feliz.

Que importa se a infância aconteceu?
Foi maravilhosa enquanto durou.
Que importa se a adolescência aconteceu?
Foi boa enquanto durou.
Que importa se a fase adulta acontece?
Tem sido boa enquanto eu vivo e respiro.
O que importa é viver cada dia,
É o chavão básico da vida.

O seu passamento é diário,
A cronologia da vida é inevitável. 
Deus não permitiu que você fosse de outra pessoa
E nem permitiu que outra pessoa fosse de você.
Quantos sonhos sonhou sobre outra realidade?
Quantos por cento acabou se tornando realidade?
Está infeliz com alguma coisa?
A religião ou família têm lhe deixado desconfortável?
Viva com a sua consciência plena
De que, pelo menos, tem se esforçado
Para fazer o bem.
Acho que no final, é só isso que vai importar...
Perseverar até o fim também é isso!

Seu passamento é diário
Mas você está se importando com o após a morte?
Imagine ter uma vida eterna, um corpo restaurado?
Por que não pensar num fim do mundo glorioso
A partir daquilo que tenho feito até o passamento?
Será que naquele dia do fim,
Tudo em que a gente colocou tanta importância
Vai realmente importar?

Se seu passamento é diário,
Por que tanto ódio, tanta violência?
Seu paraíso é na terra?
Apenas queres morrer e pronto?
Seus amores são bons, se é que sente amores?
Seu passamento é diário,
Mas existe um mistério em Deus
Para o lado do sobrenatural
Que pode lhe fazer crer que a vida não é só aqui.

Seu passamento é diário
Independente da religião que professe
Independente do que não professe
Meu dever é respeitar sua crença,
Assim como peço respeito pela minha.
No final de tudo, eu creio,
Não vai sobrar guerra santa,
Pastor ditando as normas
Não vai sobrar coletor de ofertas
Gente perdida com tanta opinião religiosa.
Tem que existir algo melhor,
Fundamentalmente eterno, felicidade eterna...

Publicado no livro: Meu Canto de Raiva - e outros poemas







quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Não desejo muito

Não desejo muito a cada ano que começa.
Desejo a paz, a saúde,
O acompanhamento de Deus,
Agir com pelo menos certo temor.
Acredito que tenha feito isso no ano passado,
Acredito que alguns percentuais 
Das trocentas mensagens compartilhadas
Deram mesmo certo.
Porque eis que aqui estou 
e um novo ano começa.

Assim, eu pretendo colher 
O que plantei no ano passado.




O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

A saudade - um poema incompleto

A saudade está entre nós 
E não pede tanto para ser vista
Pois já sabe que existem olhos
Que vêm demais

A saudade está num canto qualquer 
E confunde-se 
Com sentimentos que as vezes já não existem.

Partidos os galhos da afeição 
Outrora envolvidos no puro orvalho
O sofrer num calvário

O sossego é só uma ilusão
O sossego é mera ilusão...



Dia de Natal e dia de Ano Novo

Dia de Natal é um dia comum
Dia de ano novo também,
São frases que uso sempre 
Para infelicidade geral da família
(Risos) 


Eu passei meu dia de Natal trabalhando
Mas tanto faria se o passasse folgando
Eu passarei o meu ano novo
Seguindo a data do calendário
(Risos)

Isso porque não depósito 
Na conta da felicidade
Nenhum dom supremo 
A duas datas do calendário

Jesus precisa ser lembrado 
Além do Natal
Dia de confraternização universal
Pode ser todo dia
Porque todo dia é santo 
Todo dia é dia de viver

Se acontecer de sair no Natal
Bom será
(Jesus comia peru, dava presentes?)
Se acontecer de sair ano novo
Bom será 
Ver gente que olha pro céu
(A alegria dura tanto quanto a pirotecnia?)
Se não acontecer nada disso
Bom será
O importante é estar vivendo.


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Já não sei

Já não sei ser o que sou
Se é que eu entendo o que seja
Ser o que se deseja
Com a fé no grande Eu Sou

Ultimamente, a igreja
Tem mais me constrangido
Do que me ajudado na peleja
Desse mundo iludido

Quis explicar para você
Porque os ministérios todos
Não valem a fé no Cristo
Que a pessoa tem que ter

Já não sei se ser crente

O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Tenho vontade de me calar

Tenho vontade de me calar
Sinto que, apesar de inofensivo,
Por vezes, me meto a incisivo
E querem me ver parar.
Hoje a moda é dizer pouco
Para ser bem entendido.
Ser taquilalico é um sufoco
Pois me passo por extrovertido.
Na verdade, esta minha timidez
Fez sequelas na adolescência.
Hoje me sinto com a intrepidez
De uma pessoa com demência.

Isso parece ser ruim hoje
O fato de tentar ser sincero
Sincero até onde não  foge
A noção de um decoro mero.



O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

domingo, 1 de novembro de 2015

Este poema é pra você

Este poema é pra você
Você que tem nome
Que zomba dos outros
Eu fiz estes versos 
Depois que fui zombado
Justamente por você
Você que é o inverso
Não ama, protesta
Não gosta de ser insultada
E sempre quer insultar
Como se pimenta no dos outros
Fosse o puro refresco
Fiz este poema pra você
Que diz sempre entender


O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Pra não dizer que não falei de família

(Não serve como versão para a canção do Geraldo Vandré)
Caminhando e criando os filhos de então
Somos todos iguais, se parentes ou não
Na fartura, carência, pedidos e negativas
Aprendendo e ensinando
Às vezes esquecendo a lição
Vem família agora
Que esperar por um agir
Não vai poder acontecer
Quem sabe passa a hora
Só a morte  pra dizer
Vem família agora
Se o tempo for dizer
Uma mão contida agora
Passa a ser coisa normal
Há pessoas armadas
Parentes ou não
Nós estamos na escola
Estudando o amanhã
Mas esquecer que o hoje pede união
Não faz bem para a alma
E nem pro coração
Vem família agora
Que esperar por um agir
Não vai poder acontecer
Quem sabe passa a hora
Só a morte  pra dizer

domingo, 26 de julho de 2015

Vivemos numa era

Vivemos numa era
Em que as pessoas acreditam
Estar inventando novas formas de amar
Por meio dos seus facebooks maravilhosos
E das suas novas ilusões de amizade.
Os carros e celulares são lançados a cada temporada,
A gente abandona o caderno com caneta
E se adapta à nova forma Tecnológica de pensar,
A gente abandona a bicicleta
E se adapta à nova maneira de correr.
A gente ganha, de certa forma,
Até um certo dinheiro
Pra gastar talvez mais
No próximo entroncamento da felicidade,
Esse que não passa por Feira de Santana,
Nem por outra cidade...

Vivemos numa era
Em que as pessoas precisam


O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

Tenho as preocupações

Tenho as preocupações normais de um brasileiro normal,
E elas são independentes do fato de atravessarmos uma crise.
Com a desculpa de que um sorriso no rosto
Ameniza uma ruga, evita um AVC, ou simplesmente faz bem,
Procuro levar a vida.
E uns dizem ser a vida que os leva,
Eu prefiro botar a culpa em mim mesmo
E acreditar que o que faço hoje
Terá relação com o que vou passar daqui a alguns anos, ou dias:
Guardadas as proporções, a gente segue,
Já na terra,
A mesma lei da vida,
Explicada, em palavras mais figuradas,
Por João de Patmos,
Quando referia-se ao Juízo Final...

O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

terça-feira, 21 de julho de 2015

Canção do exílio em Carinhanha

Há noites e dias de muita ventania em Carinhanha.
Mas no geral a sensação
É de que existe um verão perfeito
Ao longo de todo o ano,
E de que vai demorar tanto a chover,
Que o melhor a fazer 
é não contar com a chuva,
Ou decretar situação de emergência
No coração ansioso...

Ora direis: isso são pensamentos 
De quem está acostumado com as aves que gorgeiavam na cidade natal. 

Pode até ser...

Aqui pode ter mais aves,




O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas