Ao recrutar profissional freelancer para produzir
textos de blogs, os primeiros que descarto são os que possuem habilidades "SEO". Sim, esses que dizem "otimizar" o texto com aquela riqueza
de detalhes, como a palavra-chave no parágrafo certo, o uso dessa ou
daquela imagem, a orientação para a busca do usuário, os negritos...
Tem gente que estranha, mas considero sempre iniciar um blog meio longe dessas
coisas de "SEO". Pode ser um grande preconceito, mas temo que chegue um dia em que os redatores só escrevam pensando
no que os buscadores vão "achar". Talvez a pergunta devesse ser modificada: em vez de "onde está o texto bom para o Google?" deveria se indagar: "onde está aquele texto bem escrito,
original, criativo, personalizado sem deixar de ser abrangente?" "Por que
tanta gente acha que texto para web tem que ter essas características
SEO para ser aceito"?
Se fosse para defender um partido, diria: sou do "PFOT" - Partido pelo Fim da
Otimização do Texto para a Web. Claro que pode ser um caso isolado de um cliente frustrado, mas o fato é que todas as encomendas de textos que já fiz contendo
essa tal filosofia maldita de trabalho com SEO foram textos que praticamente tive
que reescrever quase na íntegra - não pode me achar o GRANDE corretor, mas simplesmente porque os textos sequer tocavam na pauta que eu pretendia que tocassem. Esses textos tocam no termo central
da pauta, tocam nos detalhes que a gente descreve para embasar a pauta, mas não tocam no que interessa para o momento em que solicitei-o. Cadê aquele conteúdo
significativo para o leitor, que trouxesse pelo menos uma coisa menos óbvia e menos encheção de linguiça para não chegar a lugar algum?
Nada. Apenas chavões, chavões, com ar de
novidade. Isso é o que mais me impressiona nesses trabalhos freelancer...
Por exemplo, já
solicitei textos, os quais, devido à riqueza de detalhes que dei, fiquei
apreensivo, tamanha a expectativa de que os redatores entregariam coisa
boa, com pelo menos uns 2% de novidade. Porém, quando me enviaram o resultado (até mesmo de empresas
consideradas experts no mercado de redação), eu me decepcionei com a falta de criatividade generalizada.
Sim, reconheço que possa ter sido a filosofia "licitatória" que a gente
muitas vezes é forçado a adotar: recrutar primeiro aqueles serviços que
caibam no nosso bolso, aquele precinho que parece uma pechincha. Por outro lado, avaliando a viabilidade econômica de muitos projetos, como é que o gestor com orçamento
limitado pode optar por um único texto caro (alardeado como excelente), quando encontra tanta oferta de 10
textos ao preço daquele um?
Dessa forma, tanto esses
profissionais quanto os contratantes (clientes) se encontram numa
encruzilhada: são prestadores de serviços textuais, em sua maioria
jornalistas, professores de português, letrados, pedagogos, filósofos,
administradores, donos de blogs ou sites, publicitários, entre outros,
tendo que "rebolar" para conseguir ser escolhidos para uma missão ou
para conseguir audiência. Muitas vezes, o prestador dos serviços não
sabe direito nem a que se refere a missão, nunca redigiu texto algum
sobre o conteúdo demandado. Mas se arvora a fechar o negócio, antes
mesmo que o concorrente o faça, nesse disputado mercado freelancer, onde
até os donos de plataformas de recrutamento precisam lucrar. Importa o
trabalho conseguido, independente do nicho. Na hora H, um pouco de
sorte, criatividade e Google nos ajudará (será?). O contratante, por sua
vez, muitas vezes compra pelo preço que cabe em seu apertado orçamento e
vai jogando em sua página, às vezes sem reflexão alguma (eu mesmo já fiz isso).
Como
também prestador de serviços de texto, acredito que nem sempre dá para
agir dessa forma. Pois, se assim for, o resultado será uma classe de
clientes insatisfeitos, que, por não terem tempo, disponibilidade ou
interesse em produzir bons conteúdos de próprio punho, acabam publicando
o que compram, porque precisam preencher o espaço em sua página e
porque o preço foi em conta. Eu prefiro tentar escrever e quando não der para fazer, reconhecer minha incapacidade e recusar um trabalho.
Não quero destruir a imagem do "SEO de
textos", pois sei que esses trabalhadores têm sua utilidade, o seu valor. Nem quero
destruir a imagem dos clientes que preferem estes, pois sei que num país
como o nosso precisamos pensar duas vezes antes de investir tanto para
tão pouco resultado.
Porém, creio eu que deva-se encontrar um meio termo
para a questão, sob pena de tudo o que se encontrar na internet para ser
lido não passar de uma coisa "amorfa", construída apenas para garantir
as buscas que existem. É preciso que passemos a pensar um pouco no
texto, no valor autoral, na inventividade do sujeito escritor, e não apenas nas análises das buscas, nos dados estatísticos do Google, por mais valiosos que sejam. Se
publicamos apenas o que se busca, onde ficará a inovação, o pensamento
próprio, ou talvez até o pensamento crítico? Nem sempre dá para se ter
essas coisas juntas, mas quem sabe às vezes?
Precisamos
de conteúdos para alimentar nossos projetos. Mas quantos projetos hoje
em dia dá mesmo gosto de ser apreciado, até mesmo por seus
idealizadores?
Mostrando postagens com marcador escrita de textos. Mostrar todas as postagens
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domingo, 7 de agosto de 2016
sábado, 15 de dezembro de 2012
Passeio pela cultura de massas no Facebook
"[...] estou totalmente de acordo com um dos ideiais de Marx, que afirma que, quando uma desordem na sociedade tiver suprimido a divisão de trabalho, não haverá mais escritores ligados às suas pequenas particularidade de escritores e, de resto, mineiros ou engenheiros, mas existirão homens que escreverão e que, aliás, farão outra coisa, e escreverão nesse momento porque a atividade de escrever é uma atividade absolutamente ligada à condição humana: é o uso da linguagem para fixar a vida. É, portanto, uma coisa essencial.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Passeio pela blogosfera com o Make Up To Kill
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Vender perfumes é um ofício que não sairá de moda, pelo menos enquanto existir gente no mundo. Amplio a afirmação: cosmético não sai de moda, sejam quais forem as suas variações: das maquiagens, hidratantes aos cremes de tratamento, os xampus, os condicionadores e o que as mulheres indicarem. Embora não seja um universo exclusivamente feminino, parece ser ainda elas quem dominam esse setor, se não como inventoras, pelo menos como consumidoras das mais assíduas e, por isso mesmo, dignas de ter a opinião levada muito a sério.
É mais ou menos por conta de considerações como estas que percebo o quanto um blog sobre "truques e dicas sobre como as mulheres podem ficar mais lindas" tem todos os ingredientes para dar certo. Basicamente é o que está acontecendo com o Make Up To Kill, da baiana Leilane Estevam, que em apenas um ano demonstrou a que veio – e espero que venha para ficar.
Estar assentado em um terreno que conhecemos muito bem pode significar a diferença entre um blog promissor e um blog que surge como fogo de palha. Uma das razões para um blog dar certo é justamente ter essa consciência, pois afinal, sabemos que escrever sobre o que gostamos é muito mais gratificante do que escrever por obrigação. Isto está evidenciado no Make Up To Kill, desde o primero post:
"Quem me conhece, sabe... Não vivo sem maquiagem desde que ainda chupava bico. Ja acordava maquiada, sem tomar café, sem pentear a juba, mas já tava toda trabalhada no batom.kkkkkkk
E como sempre tem aquela amiga do: Me ensina a fazer isto! ou Faz minha maquiagem! decidi dar a minha contribuição criando este blog exclusivamente para dar dicas de maquiagem e de produtinhos basicos e acessiveis para nós, mulheres, que desejamos Make Up To Kill!
Entre artigos, teses, maquiagens e experimentos, vou postando alguns truques e dicas para nós mulheres e monas loosho que adoramos fechar e jogar a chave fora".
Ficha técnica
1. Conteúdo (Qual é o blog? Do que trata?)
O Make Up To Kill traz um conteúdo voltado para o público feminino, demostrando muita competência na tarefa a que se propõe a fazer: disponibilizar às visitantes “dicas e truques para você ficar ainda mais linda”. A autora, que também é bióloga, mostra que entende muito bem acerca do “ecossistema” no qual se insere: aborda o assunto com uma linguagem carrega de leveza, informalidade e, por isso mesmo, propriedade (pois nem sempre discorrer formalmente sobre alguma coisa significa audiência). Fala direto com o seu público, numa espécie de conversa bem arrumada, que dá um caráter essencialmente pessoal a cada postagem.
2. Tempo de existência
Está na ativa desde abril de 2011, portanto, passou na primeira prova dos doze meses.
3. Fluxo de postagens
A produção é volumosa para treze meses de existência: foram 199 postagens até a última acessada, média de 15 postagens por mês.
4. Interface básica
Embora um blogspot, tem a cara típica de um blogspot, por sinal, muito eficiente: banner superior com a logomarca do blog, e-mail de contato, autoria. Incluiu logo acima um banner que redireciona o blog para uma de suas primeiras incursões no e-commerce, a “Loginha MakeUpToKill”. Preenchendo a lateral direita, entram em campo uma série de marcas parceiras, todas ligadas ao nicho temático do blog ou áreas afins.
5. Monetização
Diferentemente de muitos blogspots que conheço, nada de afiliados convencionais. O Make tem apostado até o momento em outros direcionamentos que podem – e geram – conversão: a venda direta dos produtos. O blog não oferece a estrutura de comércio eletrônico mas o piloto que ali está pode ser promissor, dando margem à profissionalização do espaço.
6. Potencial social
Amplo. Blogs Muitas seguidoras no Google Friend e certamente muita afinidade com outras redes sociais.
7. Domínio
Como já disse em outros casos parecidos, ainda é um blogspot, mas isso não é relevante no momento. O domínio escolhido é relevante.
8. Conclusões breves
Blog novo e muito bom, tem tudo para continuar dando certo na linha escolhida pela própria blogueira. Desbanca muitos veteranos da blogosfera (considero “veterano” quem passa dos três anos de blog), demonstrando uma popularidade, certamente fruto de uma rede prévia de contatos, que por sinal é um dos melhores canais que alguém pode ter para começar qualquer projeto de divulgação de conteúdo ou mesmo de comércialização de produtos. Vida longa ao MakeUpToKill!
segunda-feira, 2 de abril de 2012
O freelancer e o gestor na encruzilhada
Escolher um freelancer que forneça conteúdo textual pelo critério da qualidade aliada ao preço é uma das tarefas mais terríveis que se tem. Há sempre o risco de o prestador de serviço achar que todo gestor de conteúdo é uma montanha de pedra insensível aos apelos das suas beletrices. Há sempre o risco de acontecer injustiças de ambos os lados: tanto o gestor pode se aproveitar do "ensejo licitatório", pagando menos a até quem merecia mais, como o produtor pode se aproveitar do ensejo da bem-aventurança de suas "veleidades literárias" e ser bem pago por algo que merecia menos.
Escolher pela qualidade talvez nos faça medir os freelas por cima. Escolher pelo preço talvez nos leve a medi-los por baixo. Talvez tenha sido por isso que uma pessoa certa vez me disse que se fosse para escolhê-la pelo critério "da melhor proposta orçamentária" melhor seria que ela ficasse de fora, pois não se sujeitava a isso, já que - na concepção dela - tinha um currículo dos mais diferenciados do mercado. Porventura, esse redator quisesse que eu me valesse do "conjunto de sua obra" (ilustre desconhecida, como a minha), abraçasse a sua causa, comprasse as suas ideias e não apostasse no novo.
O problema desse pensamento é que corremos o risco de nos supervalorizarmos excessivamente, como se a promessa do novo não valesse de nada...
Tudo isso são conjecturas para ratificar que não é confortável o papel de selecionar freelancers para projetos de pequeno porte na área textual. Em meio a essa encruzilhada de decisões que ambos os lados devem, a todo o momento tomar, tomemos sempre nota de algumas verdades constituídas como as que se seguem.
1. Existe o "post sustentado"
Esta é alternativa mais aconselhável para quem quer manter uma constância em seu projeto, não somente aquela constância oriunda de seus próprios méritos ou, principalmente, aquela que dependa da sua disponibilidade de tempo. Porque se depender somente de ambas ou de uma dessas coisas, o negócio pode se complicar...
É o tipo de produção de conteúdo que, necessariamente, tem que ser pago, a unidade, o pacote, a empreitada mensal, enfim, negociada do jeito que cada um achar mais conveniente ao seu bolso.
Trata-se de uma modalidade bastante salutar e lucrativa quando um blog/site já consegue garantir o seu sustento mensal, mas é extremamente problemática para os gestores que ainda estão sendo os principais provedores financeiros do seu projeto.
Sabemos que de boas intenções o inferno está cheio. E não se iluda: por mais que o freelancer compre a sua ideia, vista a sua camisa, creia que 95% do seu envolvimento será motivado pelos dividendos que poderão ser gerados para ele.
2. Existe o "post que se sustenta"
O freelancer pode produzir determinado tipo de conteúdo que se auto-remunera, digamos assim. Tenho experiência com blogs desse tipo: você escreve o seu artigo/matéria/notícia/chame-do-que-quiser e o post se transforma em uma espécie de vitrine de si mesmo. Ele é produzido com a perspectiva de se tornar o repositório dos seus próprios anúncios, muito eficaz para quem é afiliado de plataformas como o Adsense, e mesmo assim se o seu portal já possui alguma boa reputação no Google - afinal, poucos projetos hoje em dia se sustentam se não tiver as visitas que o Google envia. O conteúdo é divulgado frequentemente e ele passa a se sustentar, especialmente pela potencialidade de gerar conversões monetárias a cada acesso. Já tive e tenho resultados de posts que publiquei nessa modalidade que até hoje rendem dividendos, poucos, aos centavos, mas não deixam de ser dividendos.
Não sei até quando isso vai durar, uma vez que a internet possui muita coisa da caixa de Pandora. Tem muita gente hoje supostamente ensinando como ganhar dinheiro com afiliados e infoprodutos, mas tenho muito receio de - tal como aconteceu nos primórdios da internet - outra bolha possa vir a ser "pocada".
A principal vantagem é que o gestor de conteúdo se exime da responsabilidade mensal de pagar pelo conteúdo produzido pelo redator e a outra vantagem é que se trata de uma modalidade de escrita de postagem altamente rentável quando o blog/site é "famoso".
Uma possível desvantagem é a incerteza ao quadrado: o blogueiro/jornalista/articulista/chame-do-que-quiser produz seu material ao sabor de suas convicções, disciplinando-se para isso ou não, porque seu conteúdo não vai gerar uma renda exata e predeterminada por mês, servindo mais como um "pé-de-meia" (uma reserva futura de recursos, que em um futuro distante ou não poderá gerar alguns dígitos na sua conta bancária). A outra desvantagem é que se o site/blog não for um campeão de acessos (ou se ficar naquela média em poucos e constantes acessos diários), as chances de conversão podem se tornar ainda mais demoradas.
3. Existe o post que se sustenta e, ao mesmo tempo, é sustentado.
É simples: o freelancer vende o seu texto, o gestor paga por ele, o qual, por sua vez e em curto prazo vai gerar o lucro desejado (ou, na pior das hipóteses, pagará o investimento inicial), mas só vai gerar se o texto tiver mesmo alguma relevância. É vantajoso para o blogueiro pelo acerto prévio de contas, e vantajoso para o gestor.
Hoje, infelizmente o que vejo é um milhão de posts que possuem um ar de coisa boa, nova, inusitada, mas que quando é aberto para ser lido se revela como sendo pior do que uma merda. Ou seja, foi feito para gerar lucro, principalmente com o Adsense, foi feito com base nas estatísticas que nós, os pobres e ingênuos visitantes de páginas através do Google, produzimos. Espero que as buscas do Google ajudem a limar essa classe de textos da internet, pois talvez seja a única maneira que os escritores da web terão para se esforçar ao máximo para escrever realmente coisas que possuam, pelo menos, alguma qualidade gramatical. Por outro lado, eu sei que também não sou o primor da gramática, mas tem alguma coisa que precisa imperar nos textos de hoje, que soe melhor do que estão soando hoje nesses "museus de novidades" achados em milhares de blogs.
À guisa de conclusão de pensamento, apenas lembro que nossa intenção é paulatinamente vivenciar essas verdades como se fossem processos de uma trajetória. Trajetória essa que não vai dar em um lugar exato, nem em uma última verdade acabada, mas tão somente em outro processo que, espero, seja melhor para os próximos freelancers...
Escolher pela qualidade talvez nos faça medir os freelas por cima. Escolher pelo preço talvez nos leve a medi-los por baixo. Talvez tenha sido por isso que uma pessoa certa vez me disse que se fosse para escolhê-la pelo critério "da melhor proposta orçamentária" melhor seria que ela ficasse de fora, pois não se sujeitava a isso, já que - na concepção dela - tinha um currículo dos mais diferenciados do mercado. Porventura, esse redator quisesse que eu me valesse do "conjunto de sua obra" (ilustre desconhecida, como a minha), abraçasse a sua causa, comprasse as suas ideias e não apostasse no novo.
O problema desse pensamento é que corremos o risco de nos supervalorizarmos excessivamente, como se a promessa do novo não valesse de nada...
Tudo isso são conjecturas para ratificar que não é confortável o papel de selecionar freelancers para projetos de pequeno porte na área textual. Em meio a essa encruzilhada de decisões que ambos os lados devem, a todo o momento tomar, tomemos sempre nota de algumas verdades constituídas como as que se seguem.
1. Existe o "post sustentado"
Esta é alternativa mais aconselhável para quem quer manter uma constância em seu projeto, não somente aquela constância oriunda de seus próprios méritos ou, principalmente, aquela que dependa da sua disponibilidade de tempo. Porque se depender somente de ambas ou de uma dessas coisas, o negócio pode se complicar...
É o tipo de produção de conteúdo que, necessariamente, tem que ser pago, a unidade, o pacote, a empreitada mensal, enfim, negociada do jeito que cada um achar mais conveniente ao seu bolso.
Trata-se de uma modalidade bastante salutar e lucrativa quando um blog/site já consegue garantir o seu sustento mensal, mas é extremamente problemática para os gestores que ainda estão sendo os principais provedores financeiros do seu projeto.
Sabemos que de boas intenções o inferno está cheio. E não se iluda: por mais que o freelancer compre a sua ideia, vista a sua camisa, creia que 95% do seu envolvimento será motivado pelos dividendos que poderão ser gerados para ele.
2. Existe o "post que se sustenta"
O freelancer pode produzir determinado tipo de conteúdo que se auto-remunera, digamos assim. Tenho experiência com blogs desse tipo: você escreve o seu artigo/matéria/notícia/chame-do-que-quiser e o post se transforma em uma espécie de vitrine de si mesmo. Ele é produzido com a perspectiva de se tornar o repositório dos seus próprios anúncios, muito eficaz para quem é afiliado de plataformas como o Adsense, e mesmo assim se o seu portal já possui alguma boa reputação no Google - afinal, poucos projetos hoje em dia se sustentam se não tiver as visitas que o Google envia. O conteúdo é divulgado frequentemente e ele passa a se sustentar, especialmente pela potencialidade de gerar conversões monetárias a cada acesso. Já tive e tenho resultados de posts que publiquei nessa modalidade que até hoje rendem dividendos, poucos, aos centavos, mas não deixam de ser dividendos.
Não sei até quando isso vai durar, uma vez que a internet possui muita coisa da caixa de Pandora. Tem muita gente hoje supostamente ensinando como ganhar dinheiro com afiliados e infoprodutos, mas tenho muito receio de - tal como aconteceu nos primórdios da internet - outra bolha possa vir a ser "pocada".
A principal vantagem é que o gestor de conteúdo se exime da responsabilidade mensal de pagar pelo conteúdo produzido pelo redator e a outra vantagem é que se trata de uma modalidade de escrita de postagem altamente rentável quando o blog/site é "famoso".
Uma possível desvantagem é a incerteza ao quadrado: o blogueiro/jornalista/articulista/chame-do-que-quiser produz seu material ao sabor de suas convicções, disciplinando-se para isso ou não, porque seu conteúdo não vai gerar uma renda exata e predeterminada por mês, servindo mais como um "pé-de-meia" (uma reserva futura de recursos, que em um futuro distante ou não poderá gerar alguns dígitos na sua conta bancária). A outra desvantagem é que se o site/blog não for um campeão de acessos (ou se ficar naquela média em poucos e constantes acessos diários), as chances de conversão podem se tornar ainda mais demoradas.
3. Existe o post que se sustenta e, ao mesmo tempo, é sustentado.
É simples: o freelancer vende o seu texto, o gestor paga por ele, o qual, por sua vez e em curto prazo vai gerar o lucro desejado (ou, na pior das hipóteses, pagará o investimento inicial), mas só vai gerar se o texto tiver mesmo alguma relevância. É vantajoso para o blogueiro pelo acerto prévio de contas, e vantajoso para o gestor.
Hoje, infelizmente o que vejo é um milhão de posts que possuem um ar de coisa boa, nova, inusitada, mas que quando é aberto para ser lido se revela como sendo pior do que uma merda. Ou seja, foi feito para gerar lucro, principalmente com o Adsense, foi feito com base nas estatísticas que nós, os pobres e ingênuos visitantes de páginas através do Google, produzimos. Espero que as buscas do Google ajudem a limar essa classe de textos da internet, pois talvez seja a única maneira que os escritores da web terão para se esforçar ao máximo para escrever realmente coisas que possuam, pelo menos, alguma qualidade gramatical. Por outro lado, eu sei que também não sou o primor da gramática, mas tem alguma coisa que precisa imperar nos textos de hoje, que soe melhor do que estão soando hoje nesses "museus de novidades" achados em milhares de blogs.
À guisa de conclusão de pensamento, apenas lembro que nossa intenção é paulatinamente vivenciar essas verdades como se fossem processos de uma trajetória. Trajetória essa que não vai dar em um lugar exato, nem em uma última verdade acabada, mas tão somente em outro processo que, espero, seja melhor para os próximos freelancers...
quarta-feira, 28 de março de 2012
Blogagem freelancer em tempos de transformação
O profissional autônomo intitulado freelancer já esteve pior: já foi pior remunerado e já esteve em piores dificuldades para encontrar projetos. Antigos profissionais falam da dificuldade em procurar trabalhos de porta em porta, de jornal em jornal, empresa em empresa, de ligação em ligação, de classificados em classificados. Como a oferta era difícil e escassa e o mercado era bem mais fechado o pagamento aos iniciantes, por exemplo, era um tanto nada. Quase nada.
O divisor de águas para muitas categorias profissionais na condição de freelancer (ainda que freelancer seja por vezes considerado um estado permanente, e não temporário), sem dúvida, é a evolução da internet. Com ela, podemos dizer “os novos tempos chegaram”, já que cada vez é mais fácil dispor das suas ferramentas para proveitos financeiros (o Adsense que o diga!).
O mundo virtual pode ser considerado uma enorme rede de classificados, onde não há a necessidade de dia certo para publicações e cada vez mais engloba todo o tipo de anunciante. Alguns sites são especializados em anúncios para freelancer e por si mesmo, podem ser nossos grandes aliados nessa busca por reconhecimento. Dentro vários dois se destacam: primeiro o Freela, em seguida o Freelancenow.
O primeiro é uma plataforma gratuita, na qual o cadastro rápido e básico já permite o acesso a diversas oportunidades de trabalho. Neste portal, existe a chamada concorrência entre freelancers na qual a análise do portfólio é aparentemente justa. Em poucas horas já há algum contato do anunciante. O site traz um sem número de chances para iniciantes e experientes e sou testemunha de que é possível ganhar dinheiro se divulgando ali.
O segundo serviço de destaque no cenário freela (Freelancenow) segue essencialmente a mesma premissa do caso anterior. A principal distinção está no cadastro que oferece e apenas um dia de conteúdo gratuito, exigindo no segundo dia a contratação de planos, sendo o mais básico da ordem de R$ 30,00. Contudo, vale bastante o investimento, porque sabemos que o retorno pode ser muito compensador.
Do velho cenário ainda persiste a remuneração ruim. Ainda se paga pouco por produções textuais e não há como fugir muito desses baixos valores.
Para encerrar, podemos dar aos blogueiro que pretendem entrar no mercado duas notícias, uma boa e outra má. A boa é que com sorte e talento há grande chance de a remuneração pequena ser mantida por um período curto. Não demanda tanto tempo para o perfil iniciante ficar para trás. A má notícia é que nem só talento conta, pois se não utilizarmos as palavras certas no lugar certo corremos o risco constante de não evoluirmos. Falo como redator, como blogueiro, mas isso servirá para as mais diversas carreiras freelancers, do freelancer fotógrafo, webdesigner, ilustrador, tradutor ao freelancer repórter.
Não falemos mais que o mercado anda complicado para o freelancer, sob pena de não notarmos que as ferramentas estão aí, à espera dos seus usuários mais criativos. Citamos apenas dois exemplos dentre tantos de organismos virtuais de ajuda à “categoria”, mas temos consciência de que, com a internet, há trabalho tanto em uma cidadezinha do noroeste da Ucrânica até na capital do Sudão. Basta pesquisarmos, mostrarmos serviço, criarmos nosso portfólio e almejar o sucesso. Pode ser demorado, muito demorado, mas isso precisa ser sempre o nosso foco.
Thiago Kuerques e Alberto InfoWebMais
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Crises de criatividade no mundo freelancer
Blogueiro freelancer de si mesmo não tem crises de criatividade. Se um blog/site desses vier a faltar com suas responsabilidades editoriais, não há como lançar essa justificativa. Pode até ser que soframos com outras crises: a crise de disponibilidade, a crise da fatura do cartão de crédito, a crise de metas, a crise da disciplina, a crise da baixa/alta produtividade, enfim, essas são as crises que, acredito, possam ter alguma influência na falta de responsabilidade dos blogueiros.
Quantas vezes planejei postar e não me sobrava tempo para raciocinar, embora tivesse a vontade de fazê-lo? Isso é crise de disponibilidade. Na prática, você sabe que o que fará demandará um preparo para o qual não terá tempo hábil para ter. Por exemplo, em meia hora, pode sair alguma coisa da sua pena, mas a única hora e meia que lhe sobrou livre antes de se recolher foi justamente o momento em que estavam usando o computador. Mesmo aí há um jeito pra não ter tanta desculpa assim: escreva esboços de texto, eles poderão lhe ajudar mais tarde, com mais tempo.
Crise da fatura é um eufemismo, claro: é o mesmo que dizer "crise do interesse". Se muitos correm para as obras que lhe rendem alguma recompensa, por que eu trabalharia de graça, ainda que para mim mesmo?
Crise de metas e de disciplina, redundantemente, andam juntas. Por isso é que preferi me contentar com o pouco neste início de 2012, resolvendo produzir menos a sumir da blogosfera. Quem sabe semeando o pouco apareçam espaços para o muito? Eu creio no milagre da multiplicação, nunca posso esquecer disso.
Para encerrar, a crise da baixa/alta produtividade só é crise se for proposital: ou eu tenho disponibilidade/ disciplina/ tempo/ recursos/ metas para escrever muito ou empenho todos esses esforços para pouco escrever. Quando essa baixa produtividade é previamente anunciada, portanto, só vai chegar a ser crise para o próprio autor - é justamente este o meu caso.
Mas dos males, o menor. Eis o abismo que separa o freelancer de si mesmo do freelancer contratado pelos outros e, portanto, ainda estou em vantagem...
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Blogueiro, quer publicar seu primeiro ebook?
Eu pensava que uma das primeiras distinções que um blogueiro podia ter de um escritor convencional residia no fator "durabilidade" do material escrito. Não sei se era a brochura que me impelia a esse raciocínio ou se era o preconceito, mas o fato é que acreditava que muita coisa produzida para a web não passava de coisa descartável, com valor apenas no momento da escrita e de rápido perecimento, ainda mais se considerarmos a voracidade que o leitor-web tem por novidades escritas.
Mas não procede. É possível ter bom material escrito e válido para a posteridade mesmo quando escrevemos no recorte dos momentos mais velozes da internet. É por isso que é sempre tentador reunir o conjunto de nossa obra literária virtual em um livro, ainda que seja digital (ebook). Muitos já fizeram isso e criaram obras de referência para consulta: pegaram todo o material que postaram sobre determinado tema em um período delimitado e criaram ebooks altamente recomendáveis - algo muito comum, inclusive, na metablogosfera.
Mas não procede. É possível ter bom material escrito e válido para a posteridade mesmo quando escrevemos no recorte dos momentos mais velozes da internet. É por isso que é sempre tentador reunir o conjunto de nossa obra literária virtual em um livro, ainda que seja digital (ebook). Muitos já fizeram isso e criaram obras de referência para consulta: pegaram todo o material que postaram sobre determinado tema em um período delimitado e criaram ebooks altamente recomendáveis - algo muito comum, inclusive, na metablogosfera.
Por essas e por outras é que fiquei feliz com a iniciativa da Cia dos Blogueiros de criar livros digitais (ebooks) para os membros que tiverem interesse. O procedimento é muito simples, bastando reunir a obra em um arquivo .doc/.docx, montar a parte gráfica (imagens e formatação), escolher os melhores textos, fazer um prefácio (ou pedir àquele amigo...), uma mini-biografia e enviar tudo para a coordenação da Cia, através do endereço <ciadosblogueiros@gmail.com>. Depois disso, a coordenação da Cia dos Blogueiros ficará responsável pelo resto.
Para saber mais detalhes (como por exemplo o tamanho máximo do arquivo, o número máximo de textos, os direitos de utilização, divulgação, etc,etc) envie sua pergunta para o mesmo webmail e boa sorte na publicação.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Lições de metablogagem: Zé Marcos Taveira (parte 2)
O primeiro post dedicado ao jornalista e blogueiro José Marcos Taveira acabou permanecendo inalterado, por conta da importância que conferimos ao post. Aqui está a micro-entrevista prometida lá, bem no lugar em que deveria estar, que é nas "Liçoes de metablogagem".
Um porém: pelo fato de o próprio Zé Marcos reconhecer que não bloga "para ganhar dinheiro", muitos poderiam objetar que ele não se encaixa no perfil de blogueiro alvo para esta série de postagens. Acredito que não é bem assim e preferi mantê-lo nestas "Lições". Não está em jogo o fato de alguém blogar ou não para ganhar dinheiro, ou de usar ou não afiliados, ou de fornecer tutoriais sobre blogs e outros mecanismos de monetização ou não. Metablogagem para este blog - e acredito que para muitos blogueiros - vai vai além dessas questões. Para resumir, poderia dizer que metablogagem é tudo aquilo que o blogueiro faça que envolva a ferramenta ou veículo de comunicação chamado blog, seja de maneira, digamos, "científica" (estudar outros blogs, suas potencialidades, seus componentes, suas estruturas), seja de maneira "prazerosa" (o próprio ato de "blogar por blogar" [escrever], ao logo do tempo). Pensar que metablogagem é apenas criar blog, encher de conteúdo e rentbilizá-lo para mim é pensar pequeno. Se fosse assim todo metablogueiro seria até uma espécie de empresário da blogosfera, quando não é bem verdade, já que muitos estamos, como o próprio Zé Marcos diz, nos contentado com R$ 5 ou R$ 10 por mês.
Eu diria, numa reflexão filosófica barata, que se o problema de alguém é só blogar para ganhar dinheiro, a solução para esta pessoa é somente blogar. O resto não é silêncio, porque o Zé Marcos esclarece abaixo.
1. IWM: Desde quando você está na blogosfera?
JMT: Estou na blogosfera desde 2006, quando criei meu primeiro espaço, no UOL.
2. IWM: O que te incomoda mais ao visitar um blog pela primeira vez? E que pergunta sobre blogs você mais responde diariamente?
JMT: O que mais me incomoda em blogs é música começando sozinha. Acho horrível, porque assusta muitas vezes. Também acho horrível muita coisa espalhada, gifs piscando, enfim, quando o blogueiro usa seu espaço para jogar um monte de coisas nas laterais que chamam mais a atenção do que seus posts.
3. IWM: Fazer metablogagem é uma boa alternativa em termos financeiros ou a responsabilidade e o testemunho às vezes atrapalham o profissional?
3. IWM: Fazer metablogagem é uma boa alternativa em termos financeiros ou a responsabilidade e o testemunho às vezes atrapalham o profissional?
JMT: Atualmente sou mais consultado sobre o uso do Facebook. Sobre blog, me perguntam muito como criar, por exemplo, uma cabeça mais bonita, com a foto e uma logomarca para o autor. Já criei alguns blogs e repassei para amigos, fazendo essas cabeças pra eles no Photoshop. Fico muito feliz quando alguém decide entrar para a turma e faço o que posso para ajudar!
Para dizer que nunca ganhei nada com o blog, vendi uma propaganda uma vez, e só. Tentei usar as propagandas do Google, mas se vc não tiver milhões de acessos vai ter que se contentar com R$ 5, R$ 10 por mês. Entre os amigos, não conheço ninguém que tenha lucro. Faço por prazer, mas não misturo com o profissional. Gosto muito de política, por exemplo, mas faço isso apenas no jornal que trabalho. No blog, apenas coisas pessoais.
4. IWM: Se você pudesse citar apenas os três melhores programas de afiliados que já utilizou, quais seriam?
4. IWM: Se você pudesse citar apenas os três melhores programas de afiliados que já utilizou, quais seriam?
JMT: Só usei o do Google, e não gostei. Não blogo para ganhar dinheiro, mas para ganhar amigos virtuais e ajudar as pessoas. Afinal, do que vale aprender se não puder repassar, não é mesmo! Se há uma coisa que me deixa feliz é receber o comentário de alguém que conseguiu resolver seu problema com uma solução ou dica que postei!
5. IMW: Quanto tempo você leva para preparar uma postagem ao seu estilo e, além de metablogagem, sobre qual assunto você mais gosta de escrever?
JMT: Não tenho um tempo em média para escrever. Meus posts surgem de um filme que assisti, um tema que discuti com amigos, uma propaganda que adorei ou uma nova tecnologia disponível que tento repassar, fazendo tutoriais. Minha regra apenas é não deixar de postar toda semana no mínimo.
Adoro escrever sobre tudo que me emociona ou me toca. Se chorei com um filme, tento recomendá-lo ainda aproveitando a emoção do momento.
sábado, 3 de dezembro de 2011
Passeio pela blogosfera com a Voz do que Clama no Deserto
O "Voz do que Clama no Deserto" ou http://patriciasssouza.blogspot.com/ é um blog inteiramente dedicado a Jesus Cristo, escrito por Patrícia S. S. Souza, de Belo horizonte (MG). De cara, gostei da temática, porque sou um dos tais que não nega a fé que tem no mesmo Jesus Cristo de que Patrícia se refere. Por outro lado, gostei do formato do bom blogspot, que é mais um a integrar a crescente rede da Cia dos Blogueiros.
1. Conteúdo (Qual é o blog? Do que trata?)
O blog é o "Voz do que Clama no Deserto" cujo domínio é http://http://patriciasssouza.blogspot.com.
É basicamente um blog cristão, cristocêntrico mesmo, no melhor sentindo da palavra, independente de qual sigla congregacional à qual a autora esteja vinculada. Não encontrei uma mini biografia da blogueira, mas ela já diz algo sobre si mesma quando afirma que "o deserto é o meu lar/ Meu instrumento é a minha voz /O meu chamado é clamar /O arrependimento às nações/Uma fonte em meio ao deserto/ Produz o mel pra alimentar/ Meu anseio é gastar a minha vida /E o reino DELE anunciar/ Meu foco principal aqui é Jesus / meu amigo".
2. Tempo de existência
Está na ativa desde agosto de 2010, portanto, mais de um ano de boas realizações por ali.
3. Fluxo de postagens
A produção não é volumosa, profícua, mas ela tem comparecido no projeto em todos os meses do ano e isso é muito bom sinal.
4. Interface básica
Embora um blogspot, muito boa: caixa de pesquisas, Google Tradutor, Google Fried Conect logo no topo da página (como se o usuário fosse logo convidado a seguir para depois conhecer?), além de integração com o "Like" do Facebook e uma chamada criativa para que sigamos a autora no Twitter (um passarinho azul rola a página, enquanto navegamos nela). Tem três "chamadas" superiores (Halloween??, Naamã: Líder que sabia ouvir, Quebra, quebra), funcionando como uma espécie de reunião das três principais postagens. Já tem banner de divulgação também, conforme se percebe no início desta postagem. O sistema de comentários é clássico do Blogger, como o nosso, necessitando de aprovação do moderador (o autor do blog, geralmente). Destaque para a seção de "Parceiros" (entre os quais, o Dihitt, o LinkLog e o LinkNinja), com uma listagem até extensa de referências. Isso é altamente sugestivo quanto ao conhecimento da blogueira sobre outros blogs, inclusive sobre metablogagem. Afinal de contas, se já é prazeroso blogar, blogar com consciência de alguns aspectos inerentes à ferramenta é melhor ainda.
5. Monetização
Patrícia fez algumas inserções de publicidade, no estilo de banner componente misto do Adsense, em tamanho 300x250, um dos que adoto neste blog também. É basicamente monetização com o Adsense, não encontrei outros sistemas.
6. Potencial social
Amplo. Blogs religiosos, a meu ver, tem um amplo nicho. Está com 127 seguidores/curtidores do blog nas principais conexões, que são o Friend Conect e o Facebook. Não acessei o Twitter da autora, ainda.
7. Domínio
Ainda é um blogspot, mas isso não é relevante neste momento. O que precisa mesmo ser resolvido é a sincronia Nome do Blog/Endereço do Blog. Poderia ser pensado algo como http://vozdoqueclama.blogspot.com, ou outro nome disponível, na mesma linha de pensamento.
8. Conclusões breves
Blog novo e muito bom. Espero acompanhá-lo mais à frente, até porque Patrícia e eu temos interesses completamente coincidentes. Vida longa ao "Voz do que Clama..." e que ele permaneça firme até Jesus voltar"
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Lições de metablogagem
De tudo o que já falamos sobre blogosfera, as fontes dos mais diversos profissionais estão disponíveis, basta procurá-las nos lugares certos. Um desses lugares é o Metablog, do experiente blogueiro Bruno Simomura, que há alguns anos vem desenvolvendo bons projetos no ramo de blogs em nosso país. É visível o cuidado deste blogueiro no que escreve e o visitante não precisa ir além da terceira postagem para se inteirar das principais características do autor: bloga com a consciência de quem está utilizando uma ferramenta poderosa, prima pelo apuro formal dos textos, cuidando atentamente da forma, da disposição racional dos tópicos, redige com um didatismo eficiente e apresenta clareza na enunciação de ideias. Simomura fala de blogar enquanto profissão, sem deixar a sua linguagem se tornar um estreito dialeto do profissionalês. Por isso, trata tão bem de temáticas caríssimas a nós todos (blogueiros ou não), como hospedagem, monetização, templates, otimização, código-fonte, marketing, motivação, nichos, técnicas de escrita de bons artigos, divulgação de conteúdo, entre outras.
E para quem pensa que falar de metablogem é produzir conteúdo fechado para blogueiros, Bruno manda um recado importante: "na verdade é o oposto, pois quem busca informações sobre configuração e edição de blog, na maioria das vezes são blogueiros mais leigos que procuram por aquela 'luz no fim do túnel' e é esse o principal objetivo do metablog".
Acompanhe a breve entrevista que fiz, via rede social, com o editor do Metablog.
IWM: Desde quando você está na blogosfera?
B. S.: Na internet, eu estou desde 1999 (áureos tempos da internet discada) e o meu interesse por criar um blog começou na época que eu blogava sem nem mesmo perceber, usando serviços gratuitos como o "Hpg" e o kit.net, que eu publicava artigos diariamente sobre tecnologia, mas era longe de ter a estrutura de um blog como hoje.
IWM: O que te incomoda mais ao visitar um blog pela primeira vez? E que pergunta sobre blogs você mais responde diariamente?
B.S.: Com certeza blogs que demoram muito para o carregamento total e layout quebrado (fora de grade, com banners laterais maiores do que a dimensão máxima e por ai vai...). Normalmente eu recebo muitas perguntas sobre "Qual a melhor plataforma de blog", que no caso sempre tenho a mesma resposta: Não existe melhor ou pior plataforma, mas aquelas que podem ou não atingir os objetivos de um blogueiro, mas deixo claro que utilizo o WordPress, embora não tenho nada contra o Blogger (pelo contrário, é uma ótima plataforma também).
IWM: Fazer metablogagem é uma boa alternativa em termos financeiros ou a responsabilidade e o testemunho às vezes atrapalham o profissional?
B.S.: A metablogagem é um tema que eu costumo dizer que é ideal para quem gosta realmente de blogar, mas em termos de conversão, não é um nicho de mercado que rende muito dinheiro. Se fosse para escolher um tema estritamente para ganhar dinheiro, eu escolheria temas "genéricos" ou com grande volume de busca, como: Saúde, dicas sobre animais de estimação, tecnologia, games, como ganhar dinheiro ou até mesmo criar um blog bem diferente sobre algum tema religioso, que são poucos que vejo com algum diferencial.
IWM: Se você pudesse citar apenas os três melhores programas de afiliados que já utilizou, quais seriam?
B.S.: Três bons programas de afiliados que eu já usei e recomendo são: HostGator (pelo nicho de mercado ser compatível e com ótimo valor de comissão), o Kit Ganhe Dinheiro (ele paga muito bem por conversão e o criador do projeto faz os pagamentos rigorosamente em dia) e também o programa de afiliados da Elegant Themes (temas profissionais para WordPress), que também está diretamente ligado no assunto sobre metablogagem e costuma converter bem (com comissões em dólares).
IWM: Quanto tempo você leva para preparar uma postagem ao seu estilo e, além de metablogagem, sobre qual assunto você mais gosta de escrever?
B.S.: Normalmente, criar o artigo em si (com uma média de 1000 palavras) eu levo 30 minutos, que são usados no processo de digitação, elaboração e edição das imagens e otimização do artigo (interligando outros temas e postagens relevantes). Mas antes de "botar a mão na massa" eu já pensei anteriormente no tema a ser digitado e já tenho um "esboço" na mente sobre o que escrever. Porém, juntando o tempo total que vai da elaboração da ideia, a digitação e todos os demais, normalmente levo 1 hora por artigo. Sobre outros temas que gosto de escrever, destacam-se: esportes, saúde, tecnologia e também me interesso sobre o tema "humorístico", mas assumo que blogar mesmo, o principal que tenho em vista é a metablogagem e já tenho planos para criar um blog similar ao Metablog em outros idiomas, como inglês e espanhol, mas com artigos escritos de maneira exclusiva, e não meramente a tradução dos atuais.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Fique off-line, fique sem tempo e perca dinheiro
Eu torço para chegar um momento de sua vida em que, se você ficar off-line, perderá dinheiro. Eu torço para chegar um momento de sua vida em que, se você não achar tempo no seu relógio, também perderá dinheiro deixando de blogar. São os projetos que todos querem, mas muitos ainda não estamos preparados. Parece absurdo isso acontecer, mas já está acontecendo com muitos blogueiros. É uma tendência para todos os trabalhadores diretos da web, em todas as camadas, desde a arquitetura à mais visível (por exemplo, esta que permite alguém leia esta postagem, neste exato momento, e ainda mais tarde). Pergunte a um dono de site ou blog de altíssimo tráfego o que representa passar o dia sem internet? Aproveite e pergunte o que representa não achar tempo para seu trabalho na agenda apertada do seu dia a dia. Ou então, nem vá muito longe: pergunte-se a você mesmo, que tem um projeto qualquer na web, mesmo um micro negócio, o que significa não ficar online. Quando esse micro ou macro-negócio é justamente o seu, então, nem se pergunte, pois este fato, por si mesmo, requererá sempre um algo mais.
Parafraseando o cantor, “sábios em vão tentarão explicar” o ego de alguns que acham que permanecer conectado é uma distração, apenas. Bom sempre é quando o que você faz na web te atrai a tal ponto de aquilo se tornar não um fardo, mas um prazer. Bom sempre é quando o que você passa a fazer na web, além de te atrair a tal ponto de se tornar um prazer, gera rendimentos. Mas não se afobe não, que nada é pra já.
Já que as palavras têm poder, então, as palavras da experiência, seja ela em que grau estiver, devem ter um poder a mais. Se a intenção for ganhar dinheiro com os projetos web que costumeiramente tratamos aqui – basicamente blogs e, vez por outra, sites - vai ser preciso o blogueiro encarar a web tanto do jeito que ele já encara (fonte de informação, acesso a uma base de conhecimentos grandiosa, facilitadora de relacionamentos interpessoais, etc), quanto do jeito monetário. Então, cada meia hora que você tiver, quando bem aproveitada, pode contribuir para a execução do seu projeto, quer você trabalhe para si ou seja contratado para tal. Reconheço que aproveitar as brechas de tempo pode até ser o sacrifício dos amadores e amantes da blogosfera, que precisam ser agraciados com as benesses do relógio todos os dias. De um jeito ou de outro, essa perspectiva terá que ser alterada,sob pena de você ser descontinuado...
sábado, 22 de outubro de 2011
Blogar está barato, aproveite
Uns dizem que é possível começar um bom projeto de blog com 200 reais, em nível profissional. Eu vou além, aliás, vou aquém. Não somente é possível começar seu blog a um custo zero (desconsiderando tempo, domínio, hospedagem, esforço pessoal e a conta de internet, etc, etc), como é possível começar gastando 40 ou 80 reais por mês, ou até menos.
O mercado freelancer está atravessando um perído de franquíssima expansão e é possível que alguém blogue gastando 10, 15 ou 20 reais por semana - e quem vai me dizer que somente porque gastou pouco vai ser malsucedido? Vai depender de uma série de fatores, inclusive as técnicas de SEO corretas. Serviços excelentes como o Resolva.me, o GetNinjas, o Freela e uma lista grande que não poderia citar aqui trazem escritores de qualquer gênero textual em voga na internet. Então, se sua desculpa para não blogar é a falta de tempo, comece a investir em seu projeto ajudando os freelancers a se sustentar.
Muita gente escreve cinco artigo de qualquer blog ou site por até 20 reais. E, mesmo assim, dá para ir aquém de novo, pois o preço dos "artigos" está caindo muito, chegando a valores unitários bem menores do que isso, algo em torno de 2 a 3 por peça textual. Não precisaremos entrar aqui na conceituação do que venha a ser um "artigo" para os padrões da internet, pois não estamos na Academia e não há necessidade de dominarmos um Tratado de Metodologia do Trabalho Científico.
É o mundo do freelancer: se você recusa uma proposta, a fila tem 100 "articulistas" aguardando a sua desistência. Então, blogar ficou barato e ninguém está dizendo que isso não é bom para a blogosfera. Por isso, dois lembretes quero deixar aqui, servindo para nós mesmos:
1. Blogueiro: aproveite a tendência, crie seu blog investindo pouco e ganhe experiência.
2. Freelancer: aproveite a tendência, escreva cada vez mais e melhor. Quem vai fazer a diferença entre o reconhecimento e a aparente desvalorização é você mesmo.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Filhos de blogueiro...
Meus filhos querem ser blogueiros. Digo melhor: estão querendo blogar, o que em certa medida é uma coisa bem diferente. Garanto que nenhum estímulo voluntário de minha parte aconteceu e que tudo se limitou ao que podemos chamar de "influência espontânea", aquela que vai acontecendo à medida que as atividades de um pai ou uma mãe vão se materializando no cotidiano doméstico e profissional de ambos. Como o médico que fez medicina por causa do pai ou da mãe.
Querem blogar e já falam no Adsense, embora não estejam sequer com idade mínima para serem considerados aptos, muito menos possuam uma conta bancária de qualquer natureza. Criaram os seus blogspots recentemente e estão aos poucos percebendo a dificuldade (escolar, inclusive, porque só eu sei o que passo por causas das tarefas escolares deles) que é enfrentar um espaço em branco que precisa ser preenchido com palavras - palavras que sejam mais relevantes do que as palavras copiadas dos outros.
O primeiro a blogar foi o menino, de 13. Criou um blogspot aos 12, que era alguma coisa parecida com um blog sobre esportes. Não vingou, pois deixou muito tempo à toa a empreitada e começou a simplesmente colar o texto dos grandes sites jornalísticos sobre o tema. Repreendi de imediato essa atitude, parece que vai parar com isso. Agora quer voltar com tudo, inclusive inserindo códigos do Adsense (os códigos necessitarão ser de alguém habilitado para tal). Sugeri que começasse com algum blog sobre notícias policiais, algo que, embora seja até "pesado" para um adolescente, me parece que em Feira de Santana tem tido muita receptividade. Ainda bem que me parece que discordou de mim e criou outra coisa, que ainda não me inteirei bem sobre o que seja. Quero deixar germinar...
A segunda, de 10 anos, enveredou mais recentemente por um blog sobre sentimentos, isso mesmo, sentimentos. Por incrível que pareça, o nome é até sugestivo, embora ainda não tenha descoberto de onde foi que ela retirou uma palavra tão rebuscada para compor o nome do blog e para uma pessoa da sua idade: "Vértice de Sentimentos".
Desejo sucesso e coragem aos dois. Com certeza ainda irei voltar para fazer um relatório crítico sobre essas gerações espontâneas. Por enquanto, deixo sangrar...
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Todo blogueiro é um frelancer de si mesmo
Tenho para mim que todo blogueiro é uma espécie de freelancer de si mesmo. Claro que existem "n" blogueiros independentes que estão trabalhando satisfatoriamente como freelancers em outros projetos, seja na internet ou não. Se servisse como algo delimitador, gostaria de excluir da categoria (blogueiro freelancer) grupos de profissionais que talvez não se enquadrem aqui: gente como os jornalistas, os acadêmicos, os escritores, enfim, os profissionais de outras áreas que, por serem especialistas de renome em alguma coisa, podem vir a ser convidados gentilmente a blogar, sendo pagos ou pagando para isso. Se pudesse restringir essa discussão à blogosfera (corro o risco de sempre ser generalista aqui), o blogueiro é um freelancer de sua própria atividade, desde que a exerça com alguma metodologia, independente de ser a mais infalível ou não, e desde que a conceba como um projeto inacabado. O blogueiro, enquanto freelancer do seu próprio blog, deve ter a perspectiva de que está trabalhando para o crescimento do seu negócio.
Lendo o recente testemunho de um freelancer - não blogueiro, acredito - outra vez sou levado a perceber o quanto uma das categorias de freelancers - talvez a mais difundida no mundo - é parecida com a gente de blog: a dos vendedores. Quero encerrar este pequeno post, demonstrando pelo menos três dessas similaridades, para não parecer enfadonho.
O freelancer blogueiro e o freelancer vendedor:
1. Ambos são movidos pelo "mercado":
Digam o que disserem, o fato é que o interesse do vendedor é te vender alguma coisa, e tudo o que você faça para recusar sua oferta vai ter redarguição.
Da mesma forma, como já disse antes, o fato é que, quer você se ache o paladino da posteridade ou não, seu interesse é que seu post seja "vendido", tenha "saída", encontre um "mercado" apropriado, seja lá o que você considere que seja um "post" (artigo, ensaio, crônica, texto dissertativo, postulado filosófico, tutorial, texto acadêmico, etc), porque isso vale para quaquer dos mundos da escrita. Ou vai me dizer que aquela sua tese de doutorado foi feita para ocupar as estantes de uma bilbioteca tradicional?
Sempre que você vir um blogueiro insistindo/convidando/sugerindo/indicando alguma publicação sua na web é a demonstração viva da sua redarguição.
No entanto, tanto para quem oferece um novo sabonete importado quanto para quem oferece um texto, a palavra final é sempre a nossa, a do consumidor. Ou seja, temos o direito de não "comprar", mas nem por isso ambos os profissionais irão desistir de oferecer a outras pessoas o seu "produto". E ambos encontrarão o seu mercado, mais cedo ou mais tarde, lembrando que falências e sucessos também fazem parte desse processo todo.
2. Ambos estão interessados em conseguir clientes fiéis
O Senhor X (nome fictício), do testemunho a que me referi antes, disse que uma das coisas que o tem ajudado muito é tentar perceber o porquê de algumas pessoas aceitarem ou não aceitarem aquilo que ele está vendendo.
Para conseguir fidelizar os clientes, a arma que ele utilizou foi o conhecimento ("Tenho todo um trabalho em casa que me garante grandes resultados depois na prática"). Toda semelhança com as táticas que os blogueiros vêm utilizando para cativar seus clientes não é mera coincidência.
A única diferença está no tipo de conhecimento buscado e no tipo de cliente, mas se colocarmos uma lupa no fundo, no fundo, nem afirmaria categoricamente uma coisas dessas. Além disso, embora interesse ao blogueiro que o cliente seja apenas aquele que o visita regularmente, bom seria se esse cliente se tornasse um pouco mais: interagisse, criticasse, recomendasse... Em muitos momentos da relação vendedor-cliente, o boca-a-boca vale mais do que uma venda garantida. Em muitos momentos na vida de um blogueiro, uma retuítada vale mais do que o interesse por publicidades.
Para conseguir fidelizar os clientes, a arma que ele utilizou foi o conhecimento ("Tenho todo um trabalho em casa que me garante grandes resultados depois na prática"). Toda semelhança com as táticas que os blogueiros vêm utilizando para cativar seus clientes não é mera coincidência.
A única diferença está no tipo de conhecimento buscado e no tipo de cliente, mas se colocarmos uma lupa no fundo, no fundo, nem afirmaria categoricamente uma coisas dessas. Além disso, embora interesse ao blogueiro que o cliente seja apenas aquele que o visita regularmente, bom seria se esse cliente se tornasse um pouco mais: interagisse, criticasse, recomendasse... Em muitos momentos da relação vendedor-cliente, o boca-a-boca vale mais do que uma venda garantida. Em muitos momentos na vida de um blogueiro, uma retuítada vale mais do que o interesse por publicidades.
3. Ambos vão ter muito trabalho pela frente, pode ter certeza.
O Senhor X afirmou que antes de iniciar a sua história, queria deixar um recado para todos os que se querem iniciar na área do freelancing:
Vão ter muito trabalho e é preciso acreditarem muito em vocês para conseguirem vencer! (sic)
Então, antes de finalizar a minha participação aqui, quero deixar esse mesmo recado e não precisarei dizer mais um palavra.
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