terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Os satanistas

Eu estava em casa.
Era noite, algo em torno da madrugada de 30 de dezembro de 2014.
(A data não parece ser importante aqui)
Alguns homens os quais eu reputei como satanistas
Estavam do lado de fora da minha antiga casa.
Eles confabulavam alguma coisa,
Pedi que interrompessem aquela conferência,
Ou conspiração,
Pois estava atrapalhando meu sono e repouso.

Lembro que cheguei a ir até a porta
Para pedir com certa veemência.

Pareciam dispostos a atender meu pedido,
Mas minutos depois a confabulacão continuava
E aquilo incomodava,
Como se fosse um burburinho.
Eu me sentia impotente diante daquela situação.
Era na calada da noite e eu queria somente dormir.

O sonho não evoluiu para outro enredo,  mas tive a certeza de que não fora um simples sonho,

Alguma coisa importante Deus estava me dizendo ali
Que até hoje estou tentando interpretar.

domingo, 16 de novembro de 2014

Em meio a tantas negatividades...

Em meio a tantas negatividades processadas, praticadas, permitidas e repisoteadas em cima do meu lombo, cá estou eu sendo essa mesma pessoa,  ainda o mesmo cristão...

Em meio a uma atitude negativa de um lado, cá estou eu tentando permanecer firme. Será que isso não é ter fé ou é ter muita fé na vida? Será que alguém imagina estar vivendo de hipocrisia? Simplesmente, respondo para mim mesmo que sou humano, falho como meu semelhante,  carente de intercessores constantes. Como tantas pessoas.

As vezes me considero antissocial,  coisa que eu não duvido. De vez em quando me considero pouco afeito a demonstração de anfitrialidade. Deve ter um pouco de verdade nisso tudo. Muitas pessoas consideram tudo isso como um grande pecado,  pelo qual eu deveremos pagar na posteridade.  Meu Deus, e pensar que eu só me considerava um ser humano!

De tanto ouvir negatividades e de proferir algumas outras, há momentos em que acabo me dando conta de que parecem verdades.... Aquela velha história de que quando se conta uma história várias vezes ela acaba se tornando mais do que um folclore.

Há um dizer do qual me lembro neste momento,  em que a melhor tradução é este trecho de canção: "sou o que soa, eu não douro pílula". Neste momento é o que mais me aproxima do que estou sentindo: não  tenho a menor ambição que seja em me travestir de uma máscara, muito pelo contrário. Todo crente deve exercer a dignidade de jamais esconder suas fragilidades,  sejam quais forem,  desde as menos significantes às mais. Por isso que em meio a todas as negatividades,  seguirei meu caminho,  disposto a ser julgado apenas por um Ser.

domingo, 29 de junho de 2014

Mínima filosofia das filas

Não vou afirmar categoricamente qual é o pior tipo de fila. É essencialmente difícil ter essa dimensão, porque depende do momento. Por exemplo, para quem espera por uma cirurgia de transplante de órgão, essa é a pior fila do mundo. Quem estiver no corredor da morte certamente conta os dias como nunca precisou contar em toda a sua vida.

Para mim, que escrevo estas enfileiradas palavras, a pior está sendo  dos bancos. Independente da senha que a pessoa pegue, a prática desses estabelecimentos é nos prender dentro deles por pelo menos uma hora, só para nos pirraçar, como se dissessem assim: "agora, você sabe quem é que comanda a sua vida!" Os bancos consomem nosso pouco ou muito dinheiro, minam o nosso precioso tempo muitas vezes já apertado e muitas vezes parecem fazer de tudo para tornar a nossa vida a pior possível.

É inútil reclamar. O atendimento não muda. Parece mesmo o Brasil, onde as coisas, principalmente, os vícios de atraso de vida não mudam. Talvez a nossa única evolução seja mesmo o futebol, fato que fica tão evidenciado em momentos de copa do mundo. Os bancos têm tantas mesas disponíveis, mas neste momento, por exemplo, só trabalham dois funcionários! Sei que nos hospitais, neste mesmo momento, tem gente em filas piores do que a minha, de duas, três, quatro horas sem solução, mas infelizmente o ser humano tende a olhar para o seu rabo, sempre e sempre.

Infelizmente, as filas têm um duplo sentido: fazem falta e fazem raiva. Como também servidor público que sou (igualzinho a esses funcionários da Caixa, embora não pareça), sei que as filas são essenciais pra a manutenção organizacional do mundo. Geralmente, temos alguma espécie de fila em tudo: até mesmo para se conquistar alguns motivos de orgulho, de certa forma, temos que entrar na fila. É assim nos concursos, é assim na igreja, é assim na política, é assim nos negócios, é assim na indústria, é assim no capitalismo, é assim na humanidade.  A burocracia depende das filas, e falo burocracia no sentido positivo da palavra, porque todo brasileiro está acostumado demais a depreciar a burocracia.

O que também não posso negar é que, por outro lado, as filas são uma das instituições mais capazes de nos irritar. Sempre que encontro-me numa fila, vejo que meus companheiros de fila e eu acabamos tendo mais a exata noção sobre como é de fato o funcionamento das coisas deste país. É nas filas que temos mais capacidade de falar das nossas mazelas gerais, algumas delas históricas, insolúveis: segurança pública, saúde, corrupção na política e, é claro, os maus tratos dos bancos para com seus clientes. Todos nós nos fazemos de vítima.

A irritação de se pegar uma fila no banco é interessante: nós, clientes, nos tornamos capazes de nos irritar com a simples troca de gracejo entre um funcionário e outro, como se eles estivessem sentindo prazer com nossa falta de paciência. Somos tentados sempre a entender que eles estão naquele momento tirando sarro de nossa cara de otários. Embora não seja isso que na verdade eles estejam sentindo, coitados dos funcionários...

Quando eu morrer, acho que gostaria que pusessem alguma frase em meu epitáfio, que mencionasse a palavra "fila". Algo do tipo: "Foi feliz, amou na vida, sonhou, pegou muita fila e hoje está aqui, na última fila - da qual ninguém pode se recusar a entrar e esperar."

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Os suplícios da contratação de freelancers redatores - parte 2

Estou cada dia mais convencido de que tem muito freelancer redator que acha ser esse "negócio de escrever" muito fácil. Escrevem como se tivessem com os dedos no teclado e a mente no mundo da lua. É por isso que vale à pena cada gestor de conteúdo revisar, revisar e testar, testar seus contratados. Muitas vezes, a parceria se acaba logo no primeiro artigo produzido.

De vez em quando, venho contando alguns suplícios a este respeito, e irei contar ainda outros, paulatinamente. Porque, embora não exista o freelancer perfeito, eu sei que existe o freelancer que se esmera para agradar. Em compensação, os que esculhambam o meio de campo da blogosfera profissional também existem.

Entendo a preocupação de alguns modernos freelancers que estão resolvendo receber por antecipação pelos textos que ainda irão produzir. Mas aí, cuidado você pagante: tenha cautela na hora de pagar esses "pacotes". Perde muito quem não revisa, pois pode-se pagar por um produto e receber outro.

Tive uma má experiência com um desses pacotes. Um freelancer redator que sempre reportava a si mesmo na segunda pessoa do plural ("nós faremos", "nós queremos a pauta"), talvez somente para soar como algo empreendedor ou corporativista. Não posso provar nada, mas das duas uma: ou esse redator trabalha só e tem medo/vergonha de dizer que faz tudo só (e muitas vezes faz mal feito), ou terceiriza a produção e não tem o cuidado de revisar o monte de asneiras que esses outros escrevem.

Mas enfim... Eu também tive uma infeliz experiência de terceirizar conteúdos para uma rede de blogs, e me dei mal. Os textos entraram em decadência de qualidade (e eu, por conta de compromissos de exclusividade empregatícia, não pude revisar nada), a empresa logo logo estranhou que aquele tipo de texto não havia sido feito por minha pena e, por fim, acabei sendo banido da rede de blogs. Quis ajudar outros freelancers a ganhar algum dinheiro, e acabei me dando mal.

Mas voltando ao caso do freelancer redator que contratei, ele vendia pacotes a partir de 10 artigos, por um preço até módico por unidade de texto. Resolvi negociar a compra de apenas cinco, para testar, porque eu ainda não engulo freelancer que cobra pelo serviço antes de fazê-lo. Eu só aceitaria o sistema de "pague o texto antes" se o redator assumisse a inteira responsabilidade de, em caso de instatistação do cliente, ter de volta cerca de 80% do que pagou, ou ter o direito de revisar todos os textos com o máximo de celeridade. Mas alguém acha que redator gosta de pegar "refugo" de texto para consertar? Doce ilusão. E isso deve ter algum laivo de ego ferido... com certeza.

No caso desse redator, resolvi pagar e aguardar os textos. Aí me veio aquela decepção que relatei em parte do artigo passado.

Eram textos muito ruins, prolixos, repetitivos, cheios de palavras como "entretanto", "de fato" e outros recursos de coesão que só servem para uma coisa: "encher linguiça". Mas o fim da picada foi a audácia que o redator teve de colocar, em cada texto a referência ao que ele achou ser o nome do meu blog em questão. Isso matou a credibilidade na hora. Como aludir a um blog se eu nem dei o nome do blog para ele fazer merchandising idiota?  Reprovei a todos os textos e como eu não quis brigar pelo preço que paguei pelo mal serviço, tentei contornar tudo o que não prestava, diminuir os textos, até ficar num ponto mais ou menos publicável.

Ademais, como brigar por um serviço desses e exigir que os textos retornem melhorados? Eu iria colocar ele no PROCON alegando o quê? Propaganda enganosa? Incapacidade de escrever? Alienação? Não, deixei para lá.

Deixa ele seguir trabalhando, pois não tenho interesse nem em mencionar sequer a "marca" da sua "empresa". Espero que os próprios clientes enxerguem essas coisas. Se não enxergarem, dane-se! Eu não quero texto dele nunca mais.

Talvez o barato tenha me saído muito caro. Então, cuidado, contratante!

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Entre o real e o ideal: ainda sobre a UP! Essência


Não mudei minha opinião ao longo de todo esse tempo sobre a UP! Essência. Continuo sem ser representante da empresa (ainda bem!), mas ainda digo que é um dos modelos de negócio dos mais atrativos para se ganhar dinheiro com marketing de rede no setor de cosméticos. 

Recentemente, recebi uma outra consultora em casa, toda empolgada, envolvida com a marca mesmo, a nos demonstrar esse modelo de negócios. Ela visava conquistar mais um integrante para a sua rede, mas a experiência pregressa que tive com a linha de perfumes falou mais forte. Ela voltou pálida para casa.

Como funciona o marketing multinível da Up!Essencia

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Os outros

A arte de assistir novela e jornal pela boca dos outros
O drama de fumar cigarro pela tragada dos outros

A dureza de ser representado pelo discurso dos outros



O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Os suplícios da contratação de freelancers redatores

Como também freelancer, embora aposentado, posso dizer que o trabalho com essa categoria profissional é um universo permeado por expectativas e frustrações. Apostamos na constância de uns, para nos três dias seguintes descobrirmos que ele não poderá nos atender.

Tive até hoje más experiências com freelancers e aí entendo claramente porque motivo um blog ou site que tão logo comece a se estruturar financeiramente aprende logo uma regra vital: contratar gente (pelo menos uma pessoa fixa) para produzir conteúdo frequente. Tive experiências como revisor de textos de freelancer que por pouco quase não acabou em discussão com um deles. É uma expectativa que só dura até a primeira esquina.

O serviço oferecido por sites como o Freela é sempre louvável: eles conseguem reunir gente com propósitos para trabalhos temporários. Já postei projetos meus, já aprovei freelancers e fechei concorrências. Mas na hora H, nos momentos em que mais precisei abastecer um blog, por exemplo, fiquei na mão. É frustrante.

Por experiência, sei que a maioria deles tem ocupações em outros níveis, geralmente são empregados mesmos e pensam fazer uma graninha com produção de textos. Mas, se eu fosse partir para uma estatística, diria o seguinte: dos 10 freelancer que já tentei manter constância de produção, tive decepção com nove, se não todos os 10! É frustrante.

Recentemente, aconteceu algo engraçado. Mandei uma lista bem intencionada de pautas, com um conteúdo de nicho, mas sendo bem específico nos textos que queria. O cara que se interessou por fazer começou a me responder de maneira diferente: "Olha, eu posso escrever sobre isso e aquilo outro, em vez desse e daquele jeito que você propõe?" ou então, "Alberto, posso fazer uns artigos assim e assado". Ou seja, ele queria fazer TUDO, menos ESCREVER SOBRE O ALGO QUE PEDI.

É fato notório que a maioria dos  freelancer acha, por exemplo, que escrever é uma tarefa árdua demais para merecer R$ 4 ou R$ 5 por texto, ou até mais do que isso. Muitas vezes só de ver a pauta, eles se cansam: afinal, dará trabalho para pesquisar o assunto, as temáticas solicitadas "fogem à regra" desse povo, não vai ser fácil achar nos dez primeiros resultados do pai Google, enfim, e dá no que dá: eles desistem e somem, sem dar explicações. Deve ser esse também um dos motivos que explicam o porquê de alguns deles sofrerem logo um calote de certos clientes. É muita expectativa. Mas também é muita frustração.

Por outro lado já tem empresa e blogueiro freelancer que quer se "profissionalizar". Montam um site, do tipo aquele da Redaweb, que funciona da seguinte forma: o cliente acessa, detalha a pauta e primeiro paga, depois leva. Os preços são variados: há "pacotes" de 10 textos por R$ 45,00, há unidades de texto por R$ 8,00... devem existir outros pacotes (premium, basic, etc, os nomes da moda).

Para o lado deles, essa tática é ótima, pois evitam-se calotes de clientes mal intencionados e profissionaliza-se a frequência de postagens. Para o nosso lado, de quem está comprando o serviço, muitas vezes pode ser péssimo: a gente poderá revisar o texto (para aqueles que se dão ao trabalho), pode achar muita merda escrita e não ter a quem recorrer para reclamar. Aliás, pode ter alguém até para reclamar e a empresa ou o redator freela poderá dizer que irá melhorar o texto. Mas quem me garante que não sairá outra merda? Tudo é possível nesse mundo dos textos...

Há gente de blogosfera, por exemplo, que se fosse depender de um freela para sobreviver, ele não duraria um mês na internet. Realmente, eu só tenho traumas com freelancers redatores. Eu espero que meus "patrões" da blogosfera não tenham tido traumas comigo. Mas vá lá saber...

Ao terminar de ler este artigo, leia: Os suplícios da contratação de freelancers redatores - parte 2

quinta-feira, 27 de março de 2014

O dom de se calar

Dias atrás, senti a vontade de pedir a Deus que Ele me livrasse e guardasse de ter opinião. Volto ao tema, pois estou sentindo novamente a necessidade de calar. Não vem adiantando muita coisa falar, falar, para depois as pessoas condenarem aquilo que pensamos delas. Ou seja, já está soando agressivo demais a gente postar o que pensa, quando na verdade não tem nada disso.

Descobri que as pessoas, em tempos de internet, se ferem com mais facilidade do que antes, pois parecem estar sofrendo da que eu chamo de Síndrome da Sensibilidade nas Redes Sociais (SSRS). Basta uma palavra junta numa frase escrita para acharem que aquilo foi para elas. Às vezes, essas palavras podem até ter sido para elas, às vezes não. Mas o interessante não é nem isso, e sim o tanto de amplidão que a nossa "sensibilidade auditiva" vem conquistando nos últimos anos da geração Y e também da geração Z (aqueles que não nasceram com a internet, mas estão aprendendo a se virar com ela e interagir).

Eu não sabia - e até hoje nem sei, mas está me parecendo - que preciso sempre dizer aquilo que não incomoda. Ninguém pode incomodar ninguém neste mundo! Imagine se 10 pessoas conhecidas fossem colocadas a cada dia dentro do Jogo da Verdade (aquele que cada participante revela o que pensa a respeito do outro)? Isso já está acontecendo nas redes sociais, mas é tão velado ainda, que soa da forma que eu mencionei acima: todo mundo se fere com o que foi postado por todo mundo.

Nunca fui muito fã de passar mais de 15 minutos no Facebook, ou mesmo no defunto Orkut (por aí já dá para imaginar a minha assiduidade nas outras redes), mas não me lembro de quantas vezes já postei uma afirmação, que, horas depois, seria logo apagada por mim. Em algumas postagens dessas, minha única motivação foi a revolta, a indignação com alguma coisa que me fizeram. Em outras vezes, fiquei com receio do que as pessoas poderiam pensar, já que a maioria não está acostumada, por exemplo, com a leitura de uma frase minimamente mais reflexiva do que a grande massa de besteiras que lemos todos os dias.

Por falar nisso, outro dia postaram algo assim (em uma linguagem totalmente divergente do padrão dito "aceitável" do português brasileiro):

"tem gente que pensa que engana os outros só porque sabe postar palavras bonitas". 

Eu tomei isso logo para mim, porque de certa forma, também me sinto contaminado pela Síndrome da Sensibilidade nas Redes Sociais (SSRS). Ou seja, já tem até gente que pensa que o modo como algumas pessoas escreve significa pedantismo, exibição de "cultura", vaidade, superioridade.

Concluindo, reafirmo a oração: Deus me livre e guarde de emitir opinião e me conceda o dom de saber a hora de calar.


segunda-feira, 3 de março de 2014

De UP! Essencia a FATOR 5 - verdades e mentiras

Sou revendedora da empresa Fator 5, que, ao contrário do que muita gente pensa, não está falida e cada vez mais vem ampliando seus negócios ha muitos anos. A Fator 5 além de ser a pioneira no ramo de contra-tipos, expressão esta que existe sim, ainda possui a maior fabrica de cosméticos da América Latina.

Todo mundo sabe que se manter no ramo de contra-tipos por 20 anos não é tarefa fácil. A prova disso é que muitas empresas quebraram ou trocaram de ramo. Mas graças a qualidade dos perfumes Fator 5 eu consigo manter o sustento da minha família há quase 15 anos e assim como o meu, existem dezenas de casos reais.

Algumas empresas dizem que possuem mais de 25% de essência, que compram da mesma casa de fragrância francesa entre outras mentiras. Qualquer pessoa que entenda um pouco sequer de perfumaria sabe que 25% de essência é um numero absurdo, nem perfumes franceses possuem essa quantidade de essência, já que essa quantidade é capaz inclusive de manchar a roupa do usuário. A não ser, é claro, que esta essência seja diluída em água, o que deixa a fixação muito fraca.

E, para completar, existe um contrato de confidencialidade que proíbe qualquer casa de fragrância no mundo de vender exatamente a mesma essência que uma marca registrada.

E, agora falando um pouco de marketing multinível, qualquer um sabe que este modelo é ilusório. A prova disso é que as empresas que trabalham com este modelo não se sustentam no mercado durante muito tempo, mas antes de falirem ficam devendo para os colaboradores e parceiros que tantos os ajudaram... Qualquer pesquisa na internet vai te dar pelo menos 20 nomes de empresas de marketing multinível com processos na justiça.

Isso acontece porque a fórmula de ganhar dinheiro é uma só: não existe nenhuma formula que te deixe rico sem trabalhar, que se sustente somente indicando pessoas que você acha que irão trabalhar por você. Essas pessoas também não irão trabalhar, pois vão indicar outras pessoas, as quais, por sua vez, também não irão trabalhar por elas. E o ciclo vicioso continua... ad finitum.

Mas infelizmente o brasileiro acredita em tudo mundo que mostra uma Ferrari alugada dizendo que ganhou no MKT multinível sem fazer esforço, é uma pena!

Contribuição da nossa leitora Adriana Garcia.
Editado por Mais Blogueiro 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Deus me livre e guarde de ter opinião

Deus me livre e guarde de ter opinião! Ter opinião e ser sincero no Brasil é uma ofensa, parece-se com um crime, afasta as pessoas, traz transtorno social, mal - estar grupal, crises com gente do trabalho, soa a antipatia, soa a qualquer coisa que não sei nominar no momento. Todo mundo quer que todo mundo fique calado, ou simplesmente falando o óbvio mais tenro e ingênuo da face da terra. Ai de mim, se eu expressar opinião. Os outros precisam ser respeitados.

Esta foi a pior e a melhor maneira de começar o ano escrevendo o pouco que escrevo para este blog. Falar de não ter opinião, sem dúvidas, é uma contradição gigante, mas estou preferindo pagar o preço somente aqui.


Estou achando mesmo que as pessoas querem as outras sempre andando na mão certa. Uma vez na contramão, pronto, estamos acabados. Percebo isso, por exemplo, quando ouço alguém falar mal de Lula neste país. Parece-me que falar mal de um político como Lula no Brasil é um contrassenso sem tamanho. É um discurso velado, mas existente, que prega para muita gente todo dia: "falar mal de Lula no Brasil não soa bem". Pelo menos é o que a cara de muitas pessoas na Bahia me inspira a pensar. Não tenho nada contra o pernambucano, só estou citando um exemplo.

Quando disse "Deus me livre e guarde de ter opinião", isso me soa quase que literalmente. Ontem mesmo li um breve artigo que me perguntava: "por que você, antes de ter falado o que falou para alguém, não consultou a Deus?" E isso  para mim se configurou como a mais translúcida verdade, que estava agora aparecendo na minha cara, na minha consciência: poxa, eu podia ter passado o dia sem ter o desgaste que tive, emitindo uma opinião para alguém sobre algo que acredito, sobre algo que acredito ser possível de ser feito, para o bem de uma esfera profissional.

Enfim, eu deveria ter me calado e deixado o barco ser levado. Afinal, estava tudo bem, tudo ia caminhando como as autoridades projetaram, então, por que raios eu inventei de expressar uma opinião, à guisa de sugestão, para mudar esse ou aquele comportamento?  Eu devia ter pedido a Deus para me livrar mesmo, para me guardar mesmo, para manter o status social da boa vizinhança...

Não adianta você querer mudar comportamentos, o negócio é cuidar do nosso próprio comportamento. Só isso já dá um trabalhão medonho, mas já causa um grande efeito social.