quinta-feira, 28 de julho de 2011

Os ganhos com o Adsense e a curiosidade humana

Final de mais um mês, último artigo em foco e um ótimo momento para falar um pouco mais sobre um dos combustíveis mais poderosos da curiosidade humana, pelo menos no mundo da blogosfera: os ganhos com o Adsense. 
Momento, portanto, propício para exibir a tela abaixo:



Trata-se da primeira comprovação de que ultrapassar a barreira dos 100 dólares em um blog é extremamente difícil.O caminho é cheio de percalços, exige estudo, exige paciência, exige perseverança, exige confiança em si mesmo. Ora, se chega a exigir tudo isso, temos ainda mais a convicção de que blogar é um trabalho mesmo sério como qualquer outro, mas não é adequado contar com ele para se sustentar nos primeiros longos anos de carreira. Muitos desistem porque nos primeiros anos o autor é o único responsável pelo sustento de um blog, seja o sustento material (hospedagem, domínios, layouts, etc), seja o sustento intelectual (pesquisa, produção de conteúdo). É diferente, por exemplo, de uma pessoa que inicia um negócio simples, como abrir um ponto comercial. O blogueiro não pode encarar o seu blog da mesma maneira como o comerciante encara o seu supermercado ou sua loja, até porque a "mercadoria" que o blogueiro irá vender é outra, independente de quem quer que se interesse por anunciar/comerciar em sua "loja". 
Como se pode conferir, apesar dos dados sobre o teto mínimo, os ganhos estimados continuam retidos. Levando-se em conta a nossa atual taxa de câmbio, é preferível que fiquem mesmo retidos por mais tempo. Além disso, o prazo que o blogueiro terá que esperar para recebê-los, caso fossem automaticamente liberados, será bem demorado. Ou seja, somente quantias vultuosas merecem o sacrifício de se esperar com tanta paciência pelo pagamento prometido. Então, temos que nos habituar, pois nessa relação entre o blogueiro iniciante e o Adsense acontece um misto estranho de curiosidade, ansiedade e paciência. Vai entender... 
Muitos recomendam jamais checar esse tipo de relatório com intensa frequência nos primeiros anos de um blog, sob pena de o blogueiro logo logo pender para o desânimo.  Não acredito nessa tese. No meu caso, cada centavo auferido ou cada zero constatado deram a mesma certeza: falta muito, falta muito mesmo, mas o jeito é seguir em frente para saber onde essa estrada vai me levar.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Depoimentos liberados e inéditos sobre a morte de Emy



A publicação dos depoimentos que se seguem só foi possível hoje, por conta da liberação do acordo de licenças (principalmente a poética, a jornalística, a musical, a religiosa, a filosófica e a metabloguística).

Raul Seixas: Eu é que não me sento no trono de um apartamento com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar...

Renato Russo: É tão estranho, os bons morrem jovens... Vai com os anjos, vai em paz.

Cássia Eller: Não digo que não me surpreendi, antes que eu visse você disse e eu não pude acreditar...

Banda Catedral: Droga de só querer usar mais drogas, há tanta coisa pra saber, são tantos rumos pra tomar, são tantas provas pra vencer...

Franklin Maxado: Triste fim de Êmi Uainirauzi...

Carlos Drummond de Andrade: No meio do caminho [dela] tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho [ou várias...]

Representante dos metablogueiros: Muito estranho... Acertou em vários pontos: conseguiu um tráfego tão significativo em suas páginas [de vida], tinha um nome de domínio altamente viral, pôde converter tudo isso rapidamente em lucros, já que era adepta de várias "técnicas" de SEO, mas parece que acabou optando pelo host errado.

Duas leitoras do Make Up To Kill: Coitada... Se maquiava sempre tão bem...

Paulo de Tarso: E não vos embriagueis com o vinho em que há contendas, mas enchei-vos do Espírito...

Antonio Brasileiro: Construímos impérios distantes do coração, imperfeitos que somos. O que somos é uma festa boba de dançarinos entediados...

Reinaldo de Oliveira: Ela deveria ter esquecido "aquela noite em que tudo deu errado". Devemos ser ou não ser "o mundo que nos nega"?.

Um problogger:  Não vale a pena investir agora em um blog chamado "Tributo a Emy Winehouse" sem antes fazer uma varredura no Google Insigths.



domingo, 24 de julho de 2011

O blogueiro em meio à falta de produtividade



É bom quando a gente tem um ritmo pouco mutável de vida, em que as crises de criatividade não nos atingem em cheio. Contudo, eu tenho outra "filosofia" a respeito disso: embora não tenha crises de criatividade para escrever,  considero que tenho pouco tempo para escrever mais e trabalhar mais em cima do que ando escrevendo. Acredito que, mais do que o ato de escrever, é preciso reescrever sempre. Por isso que quando o blogueiro não trabalha com a matéria-prima dos jornalistas (o fato, a notícia propriamente dita, a objetividade), seu dever de escrever é tão relevante quanto o de reescrever. Lembro-me de um escritor brasileiro, que passou cerca de vinte anos escrevendo um só conto, acho que foi Murilo Rubião.  

É bom quando você tem tempo para blogar à vontade durante a semana, porque um dia ou dois de pesquisa podem refletir bem mais no que você irá publicar no fechamento da semana (independente de ser um, dois, três ou dez postagens publicadas, ao cabo). Fiquei feliz quando soube que mais um blogueiro independente resolveu passar um bom tempo sendo blogueiro em tempo integral. Uma das vantagens de ser blogueiro em tempo integral é certamente essa de você enfrentar crises criativas com mais foco e mais trabalho e, nesse processo interminável de tentativas e erros, aperfeiçoar suas ferramentas de uma maneira bastante salutar. 
Aconselharia a todos os blogueiros hoje - desde os de hobby, os esporádicos, àqueles que possuem pelo menos oito horas semanais - que passem um tempo blogando em tempo integral, nem que seja por um mês, ou por uma semana.  Pode ser que isso determine se sua expectativa de vida na blogosfera seja curta ou longa. 

Um blog, na maioria dos casos, no Brasil e no mundo, é uma microempresa de um trabalhador só. A gente não conta com boas equipes de trabalho, mas sonha em chegar a esse dia, o dia D da delegação de atribuições. Por isso que o blogueiro iniciante que transforma sua rotina em uma compulsão por publicar muito é prejudicial. Aconselharia a todos eles que comecem publicando pouco, mas com certa regularidade. Por exemplo, se algum começou a blogar no mês passado, estabeleça um mínimo de duas postagens semanais, depois vá aumentado isso, conforme a sua disponibilidade, de maneira que isso não seja a desculpa para deixar seu potencial público-alvo na mão. Este é um ponto de vista de quem não pode ainda blogar em tempo integral.
Por outro lado, sou contrário ao que disse outro blogueiro recentemente: "se não tem idéias, não publique". Entendi o seu ponto de vista, concordei em grande parte, mas sou dos que acreditam que, em muitos casos, melhor seria dar a cara para bater do que ficar escondido no escuro do quarto da falta de idéias. Ademais, depois de publicar, o blogueiro poderá contar com duas armas: a crítica dos outros pelo que andou publicando e, principalmente, a sua autocrítica. Esta, quando bem estimulada, pode ser um  ótimo termômetro.


sexta-feira, 22 de julho de 2011

Conquistando seu espaço na blogosfera, à custa de muito esforço



Atividade de blogagem não é diferente de outras atividades profissionais passíveis de fracasso. Passíveis de sucesso também. Ainda bem que, vez por outra, aparece uma pessoa do meio - como o Gustavo Freitas  agora - e volta a nos conscientizar de que não há espaço para todos, no universo dos que estão buscando sucesso financeiro com blogs.

Freitas elencou uma série de fatores que podem definir bem o sucesso ou fracasso de um blogueiro, tais como a falta de planejamento e de conhecimento sobre o nicho, o plágio, a falta de tempo, o desconhecimento das técnicas de SEO e a preguiça. Claro que tudo isso não garantirá que seu projeto de blog alcance 100% de sucesso, porque nada na vida é uma ciência tão exata assim, mas com certeza poderá contribuir muito para atingir seus objetivos. Pelo menos foi tudo isso que o post me fez relembrar.

Concordo com tudo o que foi apontado por ele como sendo um fator determinante do fracasso ou do sucesso de um blog. São dicas que valem a pena ser seguidas tanto na blogosfera como em outras áreas da vida (concursos e recrutamentos, por exemplo). Este post não se propõe a ser crítico, meu interesse é de apenas enriquecer o debate. Tanto assim que vale a pena encerrá-lo o mais breve possível, ressaltando apenas duas notas:

1. O blogueiro não pode entender "sucesso" e "fracasso" como sinônimo da alta e da baixa capacidade que seu blog tem de gerar lucro financeiro. Há gente blogando, tendo acessos consideráveis e não necessariamente ganhando dinheiro com blog, de maneira direta. Ou seja, embora não insira uma linha de código publicitário na página ou no post, o blogueiro acaba ganhando alguma coisa de outras formas, (prestando consultoria, palestrando, ensinando em "escolas especializadas", promovendo atividades paralelas, etc).

2. É lindo quando o seu blog ganha espaço a partir do investimento zero, mas o que lhe impede de investir nele, por mais que não rentabilize o que os seus sonhos previam? Da mesma maneira, vale a seguinte analogia: se seu filho passasse no vestibular ou em um concurso para auditor da Receita sem ter estudado coisa alguma você ficaria feliz da vida! Afinal, você não gastou um real sequer em cursinho, em livros, em transporte... Mas quantas pessoas você costuma ver na vida tendo sucesso desse jeito? Você vai ficar esperando que isso aconteça para depois contar o testemunho?





terça-feira, 19 de julho de 2011

O blogueiro na encruzilhada



Lendo os 5 motivos que o editor do Ferramentas Blog elencou para voltar a visitar um blog, fico imaginando como deve ser angustiante para muitos ver boa parte dos seus esforços não sendo reconhecidos. Outro dia, um caso de insucesso (um blogueiro que investiu e não obteve resultados) também me fez pensar a mesma coisa. Coisas da blogosfera, coisas ocasionadas pelo crescimento sempre bem vindo desse bolo gigante. Só não desejamos que seja uma espécie de versão moderna da torre de babel, onde o principal motor de confusão não seja mais a questão idiomática (até porque hoje em dia, todo mundo consegue se comunicar, e até melhor), mas o excesso de informação.

Tenho seguido muito blog bom no Google Reader, muito feed interessante, muita gente "relevante" no Twitter e a barra de favoritos dos meus navegadores de cabeceira anda abarrotada. Enfim, posso dizer que no pouco tempo de atmosfera digital que respiro muita coisa boa já foi "catalogada" por meus gostos pessoas. E nem por isso leio tudo o que eles produzem, não consigo acompanhar nem 10% do total de produção mensal e nem por isso tenho me angustiado.

Outro dia, li que há certas pessoas que, se não acessam a caixa de mensagens do webmail pelo menos de meia em meia hora se angustiam, ficam irritadiças, como se estivessem perdendo o rumo do mundo. Imagine se eu iria passar 24 horas do dia tentando tragar tudo o que o meu leitor de feeds me apresenta? Em 24 horas não daria para acabar de ler (e absorver informação de) sequer metade do que foi publicado nas últimas horas. Portanto, ter alterações de humor por não dar conta de tarefas desse tipo é um completo disparate tecnológico! Se você dorme para ficar online e acorda para ficar também, a vida é sua, o problema é seu, o direito é seu, o prazer é seu, só estou discordando disso.

Todo aquele que produz algo para a internet quer ser lido. Seja o que posta as suas fotos e comentários mais recentes sobre o último aniversário, seja o blogueiro profissional que escreve quase cotidianamente sobre mercado de trabalho, seja qualquer pessoa do tipo. Se alguém produz alguma coisa na internet e opta pela reclusão, isso pode caracterizar duas situações: ou  esse alguém está conspirando a favor do seu marketing pessoal, ou ele escolheu o veículo errado, quando poderia ter optado por outro, mais local. Mas não é por que a roda do mundo digital não para de girar que todos os que assim trabalham, devem ficar angustiados se pouca gente tem tempo de ler, de visitar isso e aquilo. 
Na encruzilhada do excesso de informação nem sempre aquele que deu uma passada na sua página hoje voltará amanhã, porque você e eu corremos o mesmo risco frequentemente: o de nunca mais recebermos a atenção daquele visitante. 
E sobre ser original, é algo extremamente importante no meio desse emaranhado todo. Não podemos deixar que essa característica desapareça, ainda que já se vaticine que chegará um dia em que, por causa do excesso de "mensagens singulares" até a originalidade será banalizada. 
Não há receitas certeiras para se sair dessa encruzilhada perigosa. Mas, para encerrar, deixo aqui duas diretrizes que têm me ajudado com muita frequência: 
1) ter um pouco de paciência e
2) ter a convicção de que, via de regra, não haverá tempo suficiente para sermos humanamente infalíveis.  

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Os tempos de leitura na blogosfera

Quanto tempo você vai levar para ler este artigo?

"Estamos no limiar de uma nova era (sem misticismo!) em que tudo o que a gente diz pode ser revisado e atualizado, portanto corrigido - ou ratificado". Certamente você já ouviu alguma frase de efeito em algum lugar, não só na academia. Esta, até que me provem o contrário, eu acabei de inventar, mas também quero fundamentar nesta poucas linhas que me restam. 
E tem toda a razão - a afirmativa. Por isso que a Blogosfera é o melhor livro digital que a internet pôde inventar, que me perdoe o inventor do blog, o qual, segundo acabam de me dizer, foi Jorn Barger. Pena que não seja todo o tipo de literatura que tende a atrair a atenção dos leitores de blogs... Duvida? Então escreva um romance na blogosfera? Se tiver sucesso, me conte a experiência, que humildemente vou abaixar a cabeça. No mínimo, poderá ter sim, mas se for destrinchando a historia aos goles, bem homeopáticos, porque temos a estranha mania de ler superficialmente por estas bandas. 
Mas sou levado a crer que em blogs acontece um pouco do que Dalton Trevisan tentou, de certa forma, transpor para a literatura tradicional (acabei de rir com isso: "o prefácio do microconto só suporta uma vírgula"), ao ser adepto de um tipo de narrativa a que todos classificaram como microconto. Suspeito que ele matou ali a charada do mundo moderno, reconhecendo que por nossa falta de tempo é melhor optar por uma leitura rápida. Graças a esse tipo de precursor, hoje é uma maravilha twittar, pelo menos para mim, pois o Twitter atende a um pré-requisito primordial do homem moderno: é importante obter a informação sim, mas pode não ser tão importante assim precisar acessar aquele link relacionado a ela, para se aprofundar. Da mesma forma, é imprescindível fruirmos com a leitura de uma "Missa do Galo", de Machado de Assis, mas será que não tem como "twittar" esse conto? Hoje já tem como, com prejuízos, mas tem como. 


Vou encerrar este post, para não pecar na mesma proporção de tamanho do texto. Umberto Eco me ensinou nos seus Seis passeios pelos bosques da ficção que, em uma narrativa, existem pelo menos dois tempos a considerar: um é o tempo empírico da leitura e o outro é o tempo da ficção. Ambos geralmente não são muito lineares. Porém, na blogosfera, que prima muito pouco pela característica ficcional e está bem mais ligado ao pragmatismo da vida, é bom que a gente se acostume a linearizar esses tempos. 
Ou seja: o leitor parece gostar quando o tempo ele levou para ler um texto seja quase idêntico ao tempo "ficcional" do mesmo. Gosta ainda mais quando lê um post em um tempo tão rápido quanto o que ele vai levar para aplicar os conhecimentos adquiridos.
Ah, o cronômetro do meu celular me informou que levei basicamente um minuto e quarenta segundos para ler rapidamente esta postagem.
Acho que estou na média...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Vamos ganhar dinheiro na internet?



Mais um homem morre por causa da internet. Pelo menos é o que estão suspeitando. Ele conheceu uma mulher de outro Estado, até largou o emprego. No JN foi informado que ele   até chegou a ajudar financeiramente a "futura companheira". Enfim, sonhava com uma amor de verdade proporcionado pela internet. Se as investigações comprovarem que sua morte foi uma emboscada que contou com a participação (intelectual ou física) da "namorada", fica mais uma vez comprovado o quanto este nosso veículo tão poderoso no mundo das comunicações também é seguramente uma fábrica de produzir falsas expectativas.
Por falar em falsas expectativas, não é apenas na esteira sentimental que ela produz as suas vítimas. É em qualquer área. Por exemplo, aquelas empresas que vendem um pacote bem estranho, o de "ganhar dinheiro em casa, ou até mesmo dormindo".
O blog do Simomura tem algumas análises desse tipo de empreendimento digital. Outro dia, fiquei bastante impressionado com uma dessas análises, porque sobre essa questão eu sempre fui preconceituoso: boa parte do que basicamente suspeitava sobre essas propostas de vida fácil acontece mesmo, pois, em sua maioria, elas são um embuste, no qual ou só uns poucos espertos ganham ou, só depois de muito investimento, você junta umas moedas. 
Sinal dos tempos, haja vista que uma das primeiras obsessões - até impulsivas - de muito cidadão virtual diante de um buscador qualquer é a de procurar formas de ganhar dinheiro na internet. Seja produzindo um site, um blog, uma startup inovadora, seja investindo em e-books mirabolantes e técnicas de SEO para páginas da web, seja no alto respaldo de uma poltrona de sua casa, o fato é que muita gente pretende ganhar dinheiro nos próximos todos os minutos futuros... Pode ter certeza. 
Não estou simplesmente negando as reais possibilidades de ganhos, de trabalho, de remuneração ou de reconhecimento na internet, porque sei que elas existem. Acredito que existam maneiras bem humanas de se fazer tudo isso no mundo capitalista, sem precisar levar a má-fé ao extremo. Muita gente já está fazendo isso, muita gente se dá bem. De uma forma ou de outra, não é toda pessoa que inicia alguma coisa aqui - seja um negócio ou seja um relacionamento - que vai acabar na penúria, sendo lesado ou perdendo a vida.  
E, para concluir, no meio de tanta embromação afetiva, assediosa, ilusória, compulsiva, criminosa e indecente, Bruno afirma uma coisa tão lúcida que vale a pena transcrever:

"eu entendo que é real a meta de ganhar dinheiro na internet, mas também entendo que grande parte do sucesso está no valor que eu dou para cada ser humano. Saber ouvir, saber escutar, entender os reais motivos e principalmente: ser uma luz no fim do túnel quando ninguém acredita, ser o ouvido que ele não encontra no momento" (...). O meu real desejo é mostrar que é possível guiar as pessoas para um bom planejamento na internet, sem que seja necessário vender essa informação, pois um laço de confiança e a possibilidade real de melhorar a vida de alguém definitivamente, não tem preço!" (fonte: http://www.ganhando-dinheiro.com/trabalho-casa/verdades-renda, acesso em 13 de julho de 2011)



domingo, 10 de julho de 2011

Escrever, em qualquer veículo, é treino

A primeira ferramenta que desenvolve o lado escritor de qualquer blogueiro é ler.

O caro exercício da leitura é fundamental. Sim, este mesmo ato, do qual muitos andam fugindo na escola e acabam realizando por obrigação para passar em vestibulares e concursos (mas depois essa mesma gente quer estourar na blogosfera...). Por mais que a internet tenha nos retirado da reclusão da leitura do livro de papel, precisaremos continuar ligados à atividade, independente de qual seja o veículo que o divulgue.
Há um ano, havia dito que tinha um certo temor quanto ao hábito da leitura associado ao uso frequente da internet, pois temia que a cada dia eu mesmo mais me afastasse dos livros de papel por causa das novas tecnologias. Continuo com a mesma opinião. De um ano para cá li bastante, mas se fizesse uma estatística primária de quantos livros integrais (digitais ou não) foram lidos, as leituras empreendidas no computador vencem de sobra. Há um prejuízo nisso: na internet, nem sempre lemos com debruçamento, tudo o que absorvemos é parcela mínima da miscelânea de conhecimento humano, envolvida numa eterna diáspora de fragmentos. A solução, se não chega a ser simples, pelo menos existe. Basta cada um desenvolver suas técnicas de leitura pelo computador, de maneira a que os possíveis prejuízos da leitura superficial sejam sanados, paulatinamente. 

A segunda ferramenta que desenvolve o lado escritor de qualquer blogueiro é treinar.

Nos primórdios deste blog, havia dito que escrevi diários por cerca de sete anos. Tirando os motivos que me levaram a abandonar o ofício, acredito que foi uma bela escola. Não escola de blogagem apenas, mas escola de escrita, oficina prática, e escrita entendida como um todo, seja para uma redação de vestibular, um artigo para este blog, uma resenha acadêmica ou um produto textual de maior peso. Muito do que sou enquanto "produtor de textos" pode ser atribuído à arte de escrever diários pessoais. Afirmo isso com a maior humildade possível. 
Ironica ou paradoxalmente, nunca consegui encarar a blogosfera como "página de diário virtual", se bem que havia tentado. No máximo, consegui tranformar um dos blogs que já tive em um divulgador de meus poemas. O blog se chamava "O diário esparso" e hoje está somente arquivado no Blogger, fechado para acessos e sem atualizações - projeto abandonado. 
Com essas considerações, estou apenas querendo chegar ao ponto-chave da questão da escrita: acredito que escrever é treino. Como professor, tocava muito nessa tecla junto aos alunos: "gente, escrever é ler (fundamentação) e escrever (ação)". Ou seja, só escreve melhor quem lê mais e escreve mais, isto é, treina bastante, porque escrita é também uma tarefa bastante instrumental.
Não estou afirmando que o ato de escrever diários vai resolver os problemas de má leitura e de má redação de todos nós brasileiros. Também não sou bobo de dizer que o simples fato de se ler mais gerará automaticamente uma geração de bons "redatores" (nem vou dizer escritores). Na seara que envolve leitura e escrita não acredito que as coisas aconteçam mecanica ou automaticamente. Se fosse assim, todo doutor ou pós-doutor escreveria que era uma maravilha.  

Tudo, por fim, acaba na mesma tônica mencionada anteriormente: basta-nos desenvolvermos as nossas "técnicas" de leitura e as nossas técnicas pessoais de escrita, de maneira a que aos poucos percebamos que os avanços estão acontecendo.  Mas não apenas nós percebamos, os outros também, principalmente.
 
Ah, e não escreva para si mesmo, a companhia do outro no processo é fundamental. Nem que seja apenas uma segunda pessoa. Quem sabe ela não consegue uma terceira?

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Novo Blogger: primeiras impressões da reforma da casa

O Google reformou a área administrativa do Blogger, que está sendo acessada, provisoriamente, através do link para o Blogger em Rascunho (digo “provisoriamente” porque não haveria sentido se o batismo fosse com essa expressão), link que já estava no ar há um bom tempo, mas no meu caso, só agora pôde ser vislumbrado. Por outras palavras, estamos presenciando a reforma da casa, enquanto ela está sendo operada pelos responsáveis. Claro que isso não vai ficar visível aos visitantes, mas a comunidade blogueira do mundo inteiro está agradecendo até agora, via redes sociais, conforme estou acompanhando pelo Google Plus e por outras redes. Eu não podia passar por cima dessa novidade e então resolvi traçar as primeiras impressões da nova interface.




Em primeiro lugar, o visual enxuto, claro e sem confusão de cores do Blogger in Draft deixou uma das funcionalidades mais importantes para os blogueiros logo na área inicial: as estatísticas básicas de visitantes. Ou seja, agora temos um pedaço do mundo do Analytics dentro da plataforma, dando ainda mais relevancia à página administrativa do blog.
O antigo link “Gerar Receita”, agora renomeado para “Ganhos” ainda está em construção, mas espero que, diferentemente do atual, ele incorpore um outro pedaço de mundo: o dos relatórios do Adsense. Até aqui, tudo o que o “Gerar Receita” fazia era informar os ganhos dentro do Blog e não todos os ganhos gerados onde quer que o blogueiro inserisse os códigos. Acredito que deveriam informar, mesmo sendo rendimentos não oriundos do blog em si.

As visualizações de página estão dispostas por período, tal como no Analytics, facilitando a formulação de comparações e análises diversas com base no número de visitantes. Sem dúvida esse upgrade veio como uma luva para uma mão carente. Além disso, o menu vertical deu um charme adicional à posição enfadonha do antigo Blogger.
Os usuários terão a opção de fazer da interface do Blogger em Rascunho como padrão ou continuar utilizando tudo do jeito que estava antes, até pelo menos as coisas mudarem de vez.
Por falar em mudanças no Google... eis que tudo está se fazendo novo!

sábado, 2 de julho de 2011

Blogue, sim, mas blogue muito. Só não se esqueça de trabalhar também



O lado bom de se falar em trabalho remunerado com blogs próprios ou de ganhos com blogs é que tudo é uma questão de tempo. Aliás, faltou um advérbio aí: muito tempo. Portanto, se eu fosse dar um conselho a um blogueiro iniciante hoje (considerando iniciante aquele que bloga entre 3 meses a 1 ano), desses que sabem que podem tirar alguma vantagem da blogosfera, seria este:

Blogue sim, leve a sério, blogue muito. Só não se esqueça de trabalhar também".

Ainda bem que conselhos são dados, pois ninguém pagaria consultoria para uma dica óbvia dessas, mas tudo bem. São os ossos do ofício. O bom de se falar em monetização de blogs é que todas as dicas dos profissionais surtem efeito, de certa forma. Mas não conte com isso para manter sua vida, ou seja, para sobreviver de fato. Conte com um trabalho convencional, se possível, dois trabalhos, até três se você aguentar (estou à procura de mais um, quem souber, envio meu currículo). Não conte com o dinheiro de seu blog para ser um exemplo de sucesso nesse mundo, pelo menos nos seus primeiros anos de atividade. Salvo para aqueles que produzem conteúdo para venda certa em blogs/sites com retorno comercial por demandas, o seu blog não precisa se tornar um escravo das estatísticas.
Conte com uma rotina certa para pagar suas despesas: água, luz, telefone, comida, despesas com família, aluguel, o resto e, claro, este instrumento aqui, tão valioso, sem o qual a blogosfera não teria sentido algum para qualquer pessoa do planeta: a internet. Afinal de contas, vida online é uma conquista recente e está sendo sobre ela que muitos estão construindo suas perspectivas de lucratividade, nem sempre tão seguras assim. Não penso que isso seja apenas pela consciência deixada pela herança das bolhas da internet ocorridas no passado, mas não estamos vivendo ainda nos melhores tempos do mundo para se fiar em um “empreendimento digital”. O MySpace, por exemplo, era uma promessa valiosa há bem pouco tempo, hoje parece obscurecido por outras redes.
Para concluir, reitero tudo o que disse: vamos blogar muito e trabalhar mais ainda. Até mesmo porque precisamos cada vez mais pagar para blogar.