Mostrando postagens com marcador anunciar. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador anunciar. Mostrar todas as postagens

domingo, 18 de março de 2012

A prosperidade nos meios virtuais


Por vezes, me parece que boa parte da propostas de ganhar dinheiro que aparecem no meio virtual está impregnada de anos e anos de teologia da prosperidade. Como se muitos, de tanto ouvir as coisas que se dizem, acabam tomando tudo como verdade. Claro que é apenas uma teoria, até conspiratória, mas não custa nada "teorizar"...

Por vezes, me sinto em meio a uma escola onde somente se ensina que "você pode fazer", "você pode ganhar muito dinheiro", "determine que você terá posse de uma vida cheia de abundância", "tudo você pode naquele que lhe fortalece", "seja um empresário de sucesso", "seja um homem de sucesso", "peça a Deus e Deus lhe dará" e "pare de sofrer". Estão ensinando que "é dando que se recebe", como se a relação com Deus fosse uma combinação pautada na lógica humana e o tempo que prevalece seja o nosso e não o Dele. Como se o querer fosse nosso!

Os homens estão ensinando que se você tiver um carro velho está amaldiçoado, se você tiver um comércio de pequeno porte pode se tornar um empresário majoritário. Só interessam as questões que possuam relação com a vida abundante aqui na terra mesmo.

Ninguém está dizendo que o correto é querer ter tudo de ruim para si aqui na terra, mas simplesmente que a prioridade não é esta. Antes de sair por aí aceitando toda proposta virtual de "ganhar dinheiro em 30 dias" que talvez me apareça, pode ser mais edificante para mim a manutenção de uma vida de suficiência com Deus, contentando-me com o básico.

Sei que as coisas imateriais aqui na terra dependem das coisas materiais, mas pode ser que eu necessite seguir um caminho que me conscientize de que o pão e a veste não sejam os dois únicos objetivos essenciais da vida. Então, eu seria um fracassado por isso? Ou seria até mais próspero do que muitos prósperos que parecem buscar seu galardão aqui na terra?
 

sábado, 8 de outubro de 2011

Mais uma ferramenta boa para o seu blog crescer





Este post não é patrocinado por blog ou site algum e, se o fosse, que bom seria. Mas abraçar boas ferramentas para a blogosfera é sempre saudável. 
Tomei conhecimento hoje da nova ferramenta desenvolvida por Marcos Lemos e Cláudio Sanches, batizada de Links FB (a  logo e o link estão acima) e resolvi comprar a ideia, mesmo antes de me cadastrar. E mesmo para me cadastrar, estou pretendendo fazê-lo a partir deste post. Já aviso que estou feliz por participar da proposta até mesmo se este link não for aceito. Agora, temos mais uma alternativa para nos manter inteirados sobre o que anda acontecendo na blogosfera em geral, de uma forma diferente e com visual novo. 
O agregador de conteúdos do Ferramentas Blog segue os mesmos padrões de outros serviços do tipo e possuirá os mesmos potenciais que os outros tiveram, no que se refira ao alcance que pode ter, em termos de divulgação de conteúdo, ampliação da blogosfera e aumento das possibilidades de serem gerados bons negócios no meio.

O post do Ferramentas explica bem o restante: "o sistema organiza os links de acordo com a popularidade, a partir do número de cliques que recebe ao longo do dia", além de possibilitar que cada blogueiro/editor monitore o número de cliques que recebeu por sua publicação. Outro aspecto interessante é a descomplicação dos cadastros, pois o Links FB pretende reduzir ao máximo a questão das exigências de formulários para cadastramento de links. 
No mais, os procedimentos serão parecidos com o que basicamente já acontece. Ou seja, tudo o que for enviado passará pelo filtro da moderação e acontecerá uma seleção dos "melhores ou mais relevantes" produtos (ainda que seja um critério "um pouco subjetivo", como bem disseram).
Por fim, do mesmo jeito que os organizadores, eu também espero que o novo projeto venha mesmo para ficar. Vida longa ao Links FB!


Update: Por que esqueceram de colocar lá no formulário de cadastro de link uma categoria específica para nós, os blogueiros? Tipo "Blogosfera"?

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Adsense vai assumir o novo rosto de vez

Recebi o comunicado oficial do Adsense, como o resto do mundo, claro. Disseram que os engenheiros editores da empresa trabalharam muito para desenvolver a nova interface. A notícia que em parte me desagradou foi que a interface antiga será desativada de uma vez, portanto, vieram pedir a "todos os editores passem a usar a nova interface".
A "vossa" vontade já estava sendo feita por este editor, há algumas semanas. Confesso que estava bastante acostumado a utilizar a interface antiga.  O mecanismo de consulta dos ganhos por período era mais prático, algo com o qual ainda não estou achando prático nesse novo Adsense. 
Fazem parte do processo da vida, as mudanças. Fazem parte do processo Google de existir, as mudanças. Com o Blogger simpatizei no primeiro acesso. Com o Adsense, irei simpatizar e daqui a alguns anos até vai dar para sentir saudade. 
Portanto, blogueiro, como ficou explicitado no comunicado, se você ainda não tiver feito a migração, nós também recomendamos que mude para a nova interface o quanto antes, até mesmo para se familiarizar com o layout atualizado e os novos recursos. Não há mistério nisso: basta fazer login e clicar em  "Experimente a nova interface do Google AdSense". Pronto. 
Além do mais, não há como negar que a interface continuará primando pela objetividade e a intuividade dos produtos de fundo branco do Google. Alguém precisa de algo além disso?

Todo blogueiro é um frelancer de si mesmo

Tenho para mim que todo blogueiro é uma espécie de freelancer de si mesmo. Claro que existem "n" blogueiros independentes que estão trabalhando satisfatoriamente como freelancers em outros projetos, seja na internet ou não. Se servisse como algo delimitador, gostaria de excluir da categoria (blogueiro freelancer) grupos de profissionais que talvez não se enquadrem aqui: gente como os jornalistas, os acadêmicos, os escritores, enfim, os profissionais de outras áreas que, por serem especialistas de renome em alguma coisa, podem vir a ser convidados gentilmente a blogar, sendo pagos ou pagando para isso. Se pudesse restringir essa discussão à blogosfera (corro o risco de sempre ser generalista aqui), o blogueiro é um freelancer de sua própria atividade, desde que a exerça com alguma metodologia, independente de ser a mais infalível ou não, e desde que a conceba como um projeto inacabado. O blogueiro, enquanto freelancer do seu próprio blog, deve ter a perspectiva de que está trabalhando para o crescimento do seu negócio.
Lendo o recente testemunho de um freelancer - não blogueiro, acredito - outra vez  sou levado a perceber o quanto uma das categorias de freelancers - talvez a mais difundida no mundo - é parecida com a gente de blog: a dos vendedores. Quero encerrar este pequeno post, demonstrando pelo menos três dessas similaridades, para não parecer enfadonho.

O freelancer blogueiro e o freelancer vendedor:

1. Ambos são movidos pelo "mercado":

Digam o que disserem, o fato é que o interesse do vendedor é te vender alguma coisa, e tudo o que você faça para recusar sua oferta vai ter redarguição.
Da mesma forma, como já disse antes, o fato é que, quer você se ache o paladino da posteridade ou não, seu interesse é que seu post seja "vendido", tenha "saída", encontre um "mercado" apropriado, seja lá o que você considere que seja um "post" (artigo, ensaio, crônica, texto dissertativo, postulado filosófico, tutorial, texto acadêmico, etc), porque isso vale para quaquer dos mundos da escrita. Ou vai me dizer que aquela sua tese de doutorado foi feita para ocupar as estantes de uma bilbioteca tradicional?
Sempre que você vir um blogueiro insistindo/convidando/sugerindo/indicando alguma publicação sua na web é a demonstração viva da sua redarguição.
No entanto, tanto para quem oferece um novo sabonete importado quanto para quem oferece um texto, a palavra final é sempre a nossa, a do consumidor. Ou seja, temos o direito de não "comprar", mas nem por isso ambos os profissionais irão desistir de oferecer a outras pessoas o seu "produto". E ambos encontrarão o seu mercado, mais cedo ou mais tarde, lembrando que falências e sucessos também fazem parte desse processo todo.



2. Ambos estão interessados em conseguir clientes fiéis

O Senhor X (nome fictício), do testemunho a que me referi antes, disse que uma das coisas que o tem ajudado muito é tentar perceber o porquê de algumas pessoas aceitarem ou não aceitarem aquilo que ele está vendendo. 
Para conseguir fidelizar os clientes, a arma que ele utilizou foi o conhecimento ("Tenho todo um trabalho em casa que me garante grandes resultados depois na prática"). Toda semelhança com as táticas que os blogueiros vêm utilizando para cativar seus clientes não é mera coincidência. 
A única diferença está no tipo de conhecimento buscado e no tipo de cliente, mas se colocarmos uma lupa no fundo, no fundo, nem afirmaria categoricamente uma coisas dessas. Além disso, embora interesse ao blogueiro que o cliente seja apenas aquele que o visita regularmente, bom seria se esse cliente se tornasse um pouco mais: interagisse, criticasse, recomendasse... Em muitos momentos da relação vendedor-cliente, o boca-a-boca vale mais do que uma venda garantida. Em muitos momentos na vida de um blogueiro, uma retuítada vale mais do que o interesse por publicidades.

3. Ambos vão ter muito trabalho pela frente, pode ter certeza.
O Senhor X afirmou que antes de iniciar a sua história, queria deixar um recado para todos os que se querem iniciar na área do freelancing:
Vão ter muito trabalho e é preciso acreditarem muito em vocês para conseguirem vencer! (sic)

Então, antes de finalizar a minha participação aqui, quero deixar esse mesmo recado e não precisarei dizer mais um palavra.


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Marketing multinível gerador de lucros para blogueiros


É fato que toda associação/cooperativa/sindicato/rede social ou o que mais existir que agregue blogueiros são propostas sempre bem vindas. Eu mesmo curto algumas dessas iniciativas e sempre que aparecerem curtirei, na medida do possível, até em nível de interação. O problema é que quanto mais convites vão surgindo a "carga horária" de cada blogueiro fica ainda mais apertada - este que o diga!
Não é de hoje que arquiteto intimamente uma maneira de tais redes de blogueiros se tornarem rentáveis para cada um dos participantes. Quando digo "rentáveis" estou me referindo especificamente ao fator financeiro mesmo, porque sob outros pontos de vista (divulgação de conteúdo, reputação, aumento de seguidores, etc) já está mais do que provado que esse tipo de grupo é eficaz. Ainda não fui apresentado a qualquer iniciativa do gênero, mas se existir que alguém me indique. Afinal de contas, alguém tem que ganhar com isso e por que não todos? 
Há um tempo atrás havia lançado uma semente de discussão a respeito disso, mas sem aprofundamento algum e focado apenas no grupo Cia dos Blogueiros, que, à época, atingia seus duzentos membros. E mais recentemente, citei aqui no blog o caso da marca de perfumes Up! Essência. Claro que não estimulei ninguém a vender perfumes, porque eu mesmo sou apenas um consumidor e admirador de quem vive - e bem - disso. 
Aparentemente, a gente pode dizer que tais assuntos não tem relação alguma, mas me chamou muito a atenção o tipo de "arquitetura" socio-financeira no qual a Up! está fundamentada para fazer cada um dos participantes lucrarem (o dono é ex- executivo de banco, e por citar a marca não estou ganhando nada com isso, nem trabalho para a empresa, vale deixar bem claro!).  Grosso modo, eles criaram uma forma de associação na qual cada pessoa cria uma pequena rede com cinco indicados e no final todos saem faturando. Além disso, criaram um portal completo de monitoramento dessas redes e dos ganhos provenientes da mesma, algo que não deixa passar um detalhe. Vale a pena todo blogueiro conhecer a filosofia da empresa e se inspirar. Estamos abertos a discutir alguma idéia neste sentido. Seria mais ou menos como a criação de um marketing multinível destinado a blogueiros e simpatizantes.
Vamos transpor um pouco da idéia do marketing de rede da Up! para o nosso universo:
 Imagine uma rede de 200 blogueiros. Cada um, a seu modo, está engajado em suas campanhas de divulgação, seus afiliados prediletos, suas redes de contatos e aos poucos vão tocando seu "negócio", pagando ou não para blogar. Com isso, já têm suas perspectivas de crescimento cimentadas ou em formação. Mas por que essa rede de blogueiros não pode servir para formar um capital que fosse repartido entre todos? 
Pode ser pensada, coletivamente, uma fórmula financeira que beneficie cada um desses 200, bastando que para isso, cada um deles contribua minimamente por mês com, por exemplo, R$ 2,25, para ficarmos apenas no campo do irrisório ou simbólico. Não sou nenhum Clarel Lopes e sei que trabalhar com blogs não é o mesmo que vender perfumes, portanto, o que será exemplificado aqui é apenas uma síntese de idéias primitivas e adaptadas.
Imagine se um blogueiro X conseguisse 5 seguidores (indicados) para se associar ao "grupo de blogueiros A". O blogueiro X avisaria aos seus 5 indicados que cada um vai precisar contribuir para o "grupo" com R$ 2,25 por mês, como forma de manter a sua "ativação" (ou seu status de participante) no grupo. Vamos aos cálculos:
1ª O blogueiro X já tem seus R$ 2,25 que ele mesmo contribui por mês, que servirá para alimentar a rede também, já que todos contribuem com tudo;
2° Os cinco blogueiros, cada um, contribuirão permanentemente com R$ 2,25;
3° O blogueiro X irá receber, todo o mês, R$ 0,45 de cada participante desses (porque R$ 2,25 dividido por 5 dá R$ 0,45); portanto ele teria aí R$ 2,25  fixo mensal;
4° Agora, imagine que cada blogueiro indicado forme sua rede de mais 5 blogueiros indicados, que é o que vai acontecer naturalmente. Então, o blogueiro X teria, além dos 5 indicados, mais 25 dentro de sua "rede-matriz" (a primeira geração), ou seja:
- A primeira rede (geração) renderá R$ 2,25 por mês, pois são 5 pessoas;
- A rede que cada um dos cinco formou (5X5) comprenderá no total 25 pessoas; então 25 x R$ 0,45 dará R$ 11,25. 
- A rede que cada um dos 25 formar dará 125 pessoas (porque 25x5 dá 125); então 125x R$ 0,45 dará R$ 56,25 e assim por diante, ad infinitum.

Não precisava nem dizer que isso é apenas um monte de idealização, passível de objeções como estas:

- Onde é que eu vou achar tanto blogueiro para ser indicado?
- E quando não tiver mais blogueiro para ser indicado, posso indicar pessoas que não sejam blogueiras?

Responderia à primeira pergunta de maneira bem simples: blogueiro, se vire! Porque se essa rede fosse para valer, eu me viraria. E você não?
Responderia à segunda do mesmo jeito direto e simples: qualquer pessoa pode entrar, classe de blogueiro não é excludente. De excludente, já bastam as outras instâncias do mundo...

E qual a pergunta que você poderia fazer? Estou aberto a todos os ensinamentos. Nada do que expus é definitivo.




quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O Blogger e seu Mini-Adsense

O serviço que chamarei aqui carinhosamente de "mini-relatório do Adsense" enfim foi liberado pela equipe de desenvolvedores do Blogger. A partir de agora, os blogueiros desta plataforma aproveitarão mais um dos seus novos recursos, que servirá inclusive para poupar nosso tempo, pois até hoje (pelo menos eu) somente consultava o Adsense.
Chamado de "Ganhos”, o novo painel vem acoplado à página gerencial do Blogger em Rascunho, que está com um visual esmerilhado e funcional. Para a felicidade geral da nação blogueira, o "Ganhos" acabou de vez com a fatura do antigo “Gerar Receita”. Agora, além de continuar cumprindo o seu antigo papel (ajudar a gerar receita), as estatísticas de ganhos estão mais em destaque.
Quem publica no Blogger e já se acostumou ao Adsense, como eu, nada melhor do que unir dois dos produtos do Google mais caros à blogosfera (esta plataforma e a plataforma de ganhos) em apenas um serviço, ainda que compactado. 
Da próxima vez que você vir nascer um novo blogueiro, aconselhe-o logo a ingressar na carreira de "produtor" e divulgador de anúncios publicitários. Ele pode não ganhar mais do que centavos de dólar mensais, mas pelo menos nunca verá um blog do jeito que preconceituava antes...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Porque escrever no blog dos outros não é atrativo para muitos?


No começo deste ano, dentro daquelas perspectivas de mudanças para todo o ano, havia lançado a seleção para blogueiros deste blog. As primeiras desilusões não tardaram a surgir e eram todas previsíveis. Ganhei uma experiência que me serviu para algo mais além do que este simples post. Mas hoje, 6 meses depois, resolvi aplainar um pouco a questão, pois à época fui reticente:


1º - Escrever no blog dos outros não é atrativo para muitos, porque não há retorno.


Isto é verdade, na maioria dos casos. O que você ganha com esses guests posts é algo muito bonito, do ponto de vista da sua reputação e, no longo prazo, isso pode lhe render alguma conversão. Mas ninguém vive de guest post, por menos romântica que seja a sua visão de colaboratividade na web. Todo mundo tem uma fatura no final do mês! Eu mesmo gosto de colaborar no blog dos outros, quem me dera tivesse mais tempo para me dedicar a boas propostas, ou de ser chamado para ajudar mais vezes, de alguma forma. Mas isso é uma opção pessoal, não um modo de ganhar dinheiro, sendo o mais pragmático que posso.


Escrever no blog dos outros não é atrativo para muitos, mesmo com liberação de códigos do Adsense ou de outro programa do tipo.


Mesmo para propostas bacanas de colaboratividade em blogs com permissão de inclusão de publicidade própria, o ganho nem sempre é garantido. Aqui, eu acredito que o que motiva mais é a capacidade real de crescimento do blogueiro, enquanto produtor de conteúdo  relevante em determinados nichos, como o de games, o de empregos, o de concursos, ou qualquer outro. Quem dera eu pudesse colaborar mais com propostas desse tipo, mais por empenho pessoal do que por perspectivas reais de liquidação daquela fatura de todo o mês... De qualquer forma, é de grão em grão que Deus também abençoa os blogueiros honestos!!!


Escrever no blog dos outros não é atrativo para muitos, mesmo com pagamentos reais por "peças textuais" elaboradas.


Um dia chamei dois blogueiros para um negócio do tipo "escreva-e-ganhe-por-texto". Eles disseram que iam pensar. Resultado: nunca mais me responderam. E conjecturo o porquê:


a- Eles perceberam que na blogosfera de conteúdo pago se batalha bastante e os ganhos não correspondem ao que se pensava advir de uma atividade que talvez tivesse algum status de "nobre" (a atividade de escrever?) e


b - Eles perceberam que, no Brasil, quando não se é um Veríssimo (ou um João Ubaldo Ribeiro ou mesmo uma Maria Betânia), nessa coisa de ser bem pago por uma publicação, o negócio é mais embaixo...


Da próxima vez que você for convidado a trabalhar no projeto dos outros, vá. Não estou aqui para desanimar ninguém, até porque eu mesmo vou, quando chamado, não me lembro de ter recusado nada ainda.
Mas depois não venha reclamar de nada.
Lembre-se daquele povo murmurando aos ouvidos de Moisés e persevere.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Os ganhos com o Adsense e a curiosidade humana

Final de mais um mês, último artigo em foco e um ótimo momento para falar um pouco mais sobre um dos combustíveis mais poderosos da curiosidade humana, pelo menos no mundo da blogosfera: os ganhos com o Adsense. 
Momento, portanto, propício para exibir a tela abaixo:



Trata-se da primeira comprovação de que ultrapassar a barreira dos 100 dólares em um blog é extremamente difícil.O caminho é cheio de percalços, exige estudo, exige paciência, exige perseverança, exige confiança em si mesmo. Ora, se chega a exigir tudo isso, temos ainda mais a convicção de que blogar é um trabalho mesmo sério como qualquer outro, mas não é adequado contar com ele para se sustentar nos primeiros longos anos de carreira. Muitos desistem porque nos primeiros anos o autor é o único responsável pelo sustento de um blog, seja o sustento material (hospedagem, domínios, layouts, etc), seja o sustento intelectual (pesquisa, produção de conteúdo). É diferente, por exemplo, de uma pessoa que inicia um negócio simples, como abrir um ponto comercial. O blogueiro não pode encarar o seu blog da mesma maneira como o comerciante encara o seu supermercado ou sua loja, até porque a "mercadoria" que o blogueiro irá vender é outra, independente de quem quer que se interesse por anunciar/comerciar em sua "loja". 
Como se pode conferir, apesar dos dados sobre o teto mínimo, os ganhos estimados continuam retidos. Levando-se em conta a nossa atual taxa de câmbio, é preferível que fiquem mesmo retidos por mais tempo. Além disso, o prazo que o blogueiro terá que esperar para recebê-los, caso fossem automaticamente liberados, será bem demorado. Ou seja, somente quantias vultuosas merecem o sacrifício de se esperar com tanta paciência pelo pagamento prometido. Então, temos que nos habituar, pois nessa relação entre o blogueiro iniciante e o Adsense acontece um misto estranho de curiosidade, ansiedade e paciência. Vai entender... 
Muitos recomendam jamais checar esse tipo de relatório com intensa frequência nos primeiros anos de um blog, sob pena de o blogueiro logo logo pender para o desânimo.  Não acredito nessa tese. No meu caso, cada centavo auferido ou cada zero constatado deram a mesma certeza: falta muito, falta muito mesmo, mas o jeito é seguir em frente para saber onde essa estrada vai me levar.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Vamos ganhar dinheiro na internet?



Mais um homem morre por causa da internet. Pelo menos é o que estão suspeitando. Ele conheceu uma mulher de outro Estado, até largou o emprego. No JN foi informado que ele   até chegou a ajudar financeiramente a "futura companheira". Enfim, sonhava com uma amor de verdade proporcionado pela internet. Se as investigações comprovarem que sua morte foi uma emboscada que contou com a participação (intelectual ou física) da "namorada", fica mais uma vez comprovado o quanto este nosso veículo tão poderoso no mundo das comunicações também é seguramente uma fábrica de produzir falsas expectativas.
Por falar em falsas expectativas, não é apenas na esteira sentimental que ela produz as suas vítimas. É em qualquer área. Por exemplo, aquelas empresas que vendem um pacote bem estranho, o de "ganhar dinheiro em casa, ou até mesmo dormindo".
O blog do Simomura tem algumas análises desse tipo de empreendimento digital. Outro dia, fiquei bastante impressionado com uma dessas análises, porque sobre essa questão eu sempre fui preconceituoso: boa parte do que basicamente suspeitava sobre essas propostas de vida fácil acontece mesmo, pois, em sua maioria, elas são um embuste, no qual ou só uns poucos espertos ganham ou, só depois de muito investimento, você junta umas moedas. 
Sinal dos tempos, haja vista que uma das primeiras obsessões - até impulsivas - de muito cidadão virtual diante de um buscador qualquer é a de procurar formas de ganhar dinheiro na internet. Seja produzindo um site, um blog, uma startup inovadora, seja investindo em e-books mirabolantes e técnicas de SEO para páginas da web, seja no alto respaldo de uma poltrona de sua casa, o fato é que muita gente pretende ganhar dinheiro nos próximos todos os minutos futuros... Pode ter certeza. 
Não estou simplesmente negando as reais possibilidades de ganhos, de trabalho, de remuneração ou de reconhecimento na internet, porque sei que elas existem. Acredito que existam maneiras bem humanas de se fazer tudo isso no mundo capitalista, sem precisar levar a má-fé ao extremo. Muita gente já está fazendo isso, muita gente se dá bem. De uma forma ou de outra, não é toda pessoa que inicia alguma coisa aqui - seja um negócio ou seja um relacionamento - que vai acabar na penúria, sendo lesado ou perdendo a vida.  
E, para concluir, no meio de tanta embromação afetiva, assediosa, ilusória, compulsiva, criminosa e indecente, Bruno afirma uma coisa tão lúcida que vale a pena transcrever:

"eu entendo que é real a meta de ganhar dinheiro na internet, mas também entendo que grande parte do sucesso está no valor que eu dou para cada ser humano. Saber ouvir, saber escutar, entender os reais motivos e principalmente: ser uma luz no fim do túnel quando ninguém acredita, ser o ouvido que ele não encontra no momento" (...). O meu real desejo é mostrar que é possível guiar as pessoas para um bom planejamento na internet, sem que seja necessário vender essa informação, pois um laço de confiança e a possibilidade real de melhorar a vida de alguém definitivamente, não tem preço!" (fonte: http://www.ganhando-dinheiro.com/trabalho-casa/verdades-renda, acesso em 13 de julho de 2011)



quarta-feira, 29 de junho de 2011

Não daria para sobreviver de blogs, se todos blogassem

Temo o dia em que todo leitor/visitante de blogs seja blogueiro ou entenda de webdesign/SEO/Adsense/Afiliados/etc/etc, seja ele semi, pseudo ou totalmente profissional. Temo o dia em que todo dono de blog de ajuda ou de qualquer outra coisa que envolva essa metalinguagem monetizadora/blogueira que já se conhece necessite viver da publicidade gerada por seus pares, igualmente produtores de algum conteúdo na web.
Estou me esforçando para fazer uma boa comparação, como não encotrei, digo esta: é extremamente difícil ganhar dinheiro em uma banca de chocolates se o proprietário é chocólatra. Imagine se aplicássemos essa analogia ao traficante de drogas? Mas assim como muitos traficantes dizem que sabem "separar as coisas", ainda bem que muitos blogueiros já ganham por "serviços agregados" à blogagem (fazem palestras, ensinam os segredos de alguma coisa [que de segredo, talvez não tenha nada] ou prestam consultoria particular, por exemplo), porque se eles forem esperar muita coisa da publicidade por PTC, pura e simples, poderiam retirar seus cavalos da chuva. 

Acredito que vai chegar um tempo em que essa modalidade de monetização por cliques precisará ser reformulada, de maneira que se descubram outras formas delas continuarem rendendo os bilhões que hoje ainda rendem. Se ainda rendem, agradeça aos usuários ditos "normais" da internet (aqueles que de certa forma não estão vinculados a qualquer "filosofia" remuneratória da web e clicam nos anúncios que lhe interessam, sem peso na consciência). Mas também agradeçam à criatividade dos publicitários, que não cessam de inventar banners cada vez mais atraentes e, de fato, rentáveis.

Tudo o que disse acima é facilmente comprovável em raciocínios espalhados pelos fóruns da web, tais como os próprios foruns do Adsense.  É encarado como algo natural e até como positivo, pois nenhum programa de afiliados aceitaria uma indução de ganhos nesse formato, do mesmo modo que não aceita qualquer outro tipo de estímulo. 

Por isso, blogueiro, deixo o seguinte raciocínio, para encerrar: não pode existir frustração alguma de sua parte se simplesmente você acordar amanhã de manhã e perceber que o seu sistema de afiliados não presta ou é demasiadamente lento no prosperar dos números. Você simplesmente constatou isso porque não existe uma fórmula mágica para ganhar dinheiro com blogs da noite para o dia, nem de um ano para o outro, ou talvez não se ganhe é nunca. Os que hoje ganham tiveram alguma coisa para oferecer, que caiu no gosto do povo.

Mas nem todo mundo, nem tudo o que a gente escreve, nem tudo o que se divulga, cairá na boca do povo. O negócio é aprender também a lidar com o relativo ostracismo, ou a relativa popularidade.

Post atualizado em 26/04/2014, embora originalmente publicado em 29/06/2011.

sábado, 4 de junho de 2011

E se eu parar de exibir anúncios em meus textos?


Este post é só para registrar a segunda meta do blog IWM para 2011, a partir desta segunda metade do ano:
2. Não mais colocar banners publicitários nos textos.
A priori, esta era uma idéia pensada, mas apenas recentemente decidi por em prática. A única plataforma publicitária que permanecerá sendo exibida aqui é a do Google Adsense, mas não com os anúncios atrelados aos textos publicados. Esses anúncios virão encaixados no design básico do blog, seja em cima, abaixo ou ao lado de cada postagem. Nesses quase três anos de existência, o Adsense foi o único gerador de dividendos que realmente surtiu efeito e, mesmo assim, não significou nada de extraordinário. Os demais afiliados apenas preencheram espaço, pouco significaram em termos de audiência, embora não tenham culpa por isso, logicamente.
Durante o tempo em que permanecerei no ostracismo publicitário, entretanto, não perderei meu tempo estudando táticas e mais táticas de monetização de sites e blogs. Não irei ler, estudar, investigar, acessar ou pesquisar nada mais além de já o faço hoje. Sem esquisofrenia, sem psicose, sem obsessão, sem paranóia. Também não irei melhorar o design do blog, porque até hoje o Blogger tem suprido as minhas necessidades. Se algum dia deixar de ser, vamos procurar nos adequar ao novo contexto.
O único motivo pelo qual estou aqui tem que ser este: todo blogueiro quer escrever, publicar e ser lido. O único motivo pelo qual não quero estar aqui tem que ser este: todo blogueiro quer escrever, publicar e ser lido para ganhar dinheiro e ser reconhecido (não necessariamente nessa ordem). Tem tanta gente que vem há anos tentando publicar um livro de poesia, um romance guardado, uma obra acadêmica e muitas vezes morre sem ser publicado, sem ser reconhecido, quando ele nunca pensou em ser “monetizado” pela divulgação da obra, mas sim, sentir-se realizado pelo que produziu. Então, por que essa paranóia toda para “converter” um blog?

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Como vender anúncios em blogs iniciantes?


Antes do post, melhor explicitar logo a resposta: blog iniciante não vende anúncio. Se vende, vende ainda muito mal. Blog iniciante come frio e ainda tem que lavar o prato mais tarde. Tem blogueiro iniciante que, além de ser calouro, é uma espécie de “cotista”, no mau sentido da palavra: nem bem entrou na blogosfera (sem necessariamente ter entrado por mérito) e já pensa em fazer “escola”, com seu jeitinho de blogar “literatura, cinema, crítica, arte, tecnologia e variedades”.
Agora, vamos ao post, propriamente dito.
Todos querem anunciar. Todos querem vender alguma coisa publicada na forma de banner. Todos não querem pagar o preço, mas querem que os outros paguem por algo que nem vale a pena muitas vezes.
Recentemente, espantei-me com uma estatística dos valores estimados de espaços de publicidade (supostamente cobrados por blogs de renome, baseados no ranking Alexa) produzida pelo Ferramentas Blog. Deduzimos que blogs como o Escola Dinheiro, o TecnoBlog, o Google Discovery e alguns outros estão por cima, podem mesmo ditar o mercado, levam muita gente a clicar no que anunciam. Os números são de fazer inveja a muito blogueiro iniciante, justamente por ser ele ainda um tipo de produtor de conteúdo que não pode ditar nada, só aceitar a estrutura que já existe.
Mas este post não vai acabar sem deixar os três conselhos, que de animadores aparentemente não têm nada. Para o blogueiro iniciante vender anúncios ele precisará:
1. Acreditar no que está anunciando, seja espaço vendido por muito pouco, seja espaço para afiliados. Isso não acontece em 98% dos anúncios veiculados pelos iniciantes, mas os veteranos não ficam atrás. A diferença é que estes últimos chegaram a um patamar em que isso é apenas um detalhe.
2. Saber que de cada 10 anúncios veiculados, o fracasso virá em 9,5 deles. Isso acontece porque 98% dos iniciantes não têm paciência para analisar  técnicas de monetização.
3. Ter a consciencia clara de que, justamente por conta de constatações desfavoráveis tipo as duas anteriores, o seu blog precisará muito ser tirado do limbo. Se cada blogueiro iniciante tiver essa determinação logo no primeiro ano de trabalho, a blogosfera daqui a três anos não será essa massa heterogênea que hoje parece ser.


quarta-feira, 27 de abril de 2011

Considerações sobre fidelização de leitores de blog



Eu não vou ensinar como fidelizar leitores aqui, pelo menos diretamente, mas até nestas primeiras linhas já estou aprendendo. Existe muito metablog de qualidade que ensina boas técnicas a respeito, poderia fornecer a referência de alguns, porém vou citar apenas este e este aqui. A solução para muitos blogueiros iniciantes que se embrenham na problemática da fidelização é dada com frequência em textos revistos, atualizados, revisados, pormenorizados e, principalmente, enumerados. 
Sobre essa última forma de texto, preciso dar minha opinião como leitor de blogs: é um dos grandes filões da pedagogia bloguística. Todo metablog que se preze tem que postar nesse formato, pois organiza as idéias na cabeça do leitor. Se este fosse um post para dar dicas de fidelização, certamente a primeira seria: "1 - escreva posts em forma de tutoriais enumerados". Esse tipo de didática está saturado em muitos outros tipos de comunicações (experimente atrair a atenção de um aluno do ensino médio com um texto do tipo: "6 dicas para entender análise sintática"), mas funciona muito bem em metablogagem. Isso se deve, em parte, ao bom momento por qual passa a web, com um crescente interesse por blogagem e ao mesmo tempo uma carência massiva de instrumentalização de muitos ingressantes.
Voltando à fidelização, me ocorre agora uma afirmação de Marcos Lemos: "Seu objetivo é não deixar que seu leitor esqueça de você". E outra do Gerenciando Blog: "Tudo o que você faz em seu blog precisa ter foco em seu 'cliente'". Concordo com as duas assertivas, embora talvez não pelo mesmo contexto em que foram enunciadas. Elas me levam a concluir que o escritor de blog é uma classe mesmo diferenciada, não escreve para a mesma demanda do escritor convencional. (Muito escritor normal pode se dar ao luxo de não ter essa preocupação). Deve ser também por isso que as academias de letras ainda resistem a nos aceitar como ocupantes de vagas abertas. 
Todo blogueiro precisa se preocupar com seu nicho, não tem jeito. Repito: eu não vejo essa preocupação em muitos autores (não blogueiros), com exceção dos que escrevem livros de auto-ajuda, consultorias especializadas, ou alguma obra integrante da franquia "Como Ganhar Dinheiro...". O "cliente" de um blog, ou seja, o seu leitor, via de regra é atraído pela postagem. Se ela não seguir uma mínima "coerência" com o que o blogueiro disse há pouco tempo atrás (mas não necessariamente o post anterior) isso pode ocasionar infidelidade. É como se o blogueiro vivesse para ganhar cada leitor. [Eis uma má comparação:] muito vendedor de feira livre faz a mesma coisa quando grita para anunciar sua mercadoria diante do volume de clientes transeuntes. Cada cliente ali pode lhe render o pão de cada dia, ou o quilo a mais de carne de primeira em sua despensa. Cada visitante de um blog não garante dividendos para o blogueiro, pelo menos tão imediatos quanto os do vendedor de feira livre, mas contribui para a construção paulatina do que podemos chamar de reputação. Reputação se constrói com um tempo bem maior do que o tempo necessário para desconstruí-la.
Por outro lado, ah se os escritores convencionais seguissem algumas das técnicas de blogagem antes de publicar seus livros de prosa, poesia, ou mesmo seus livros voltados para demais áreas do conhecimento! Será que Fernando Sabino, José Lins do Rego e Luiz Fernando Veríssimo se preocuparam em algum momento das suas carreiras em atingir seu público alvo? Ou será que quem se preocupa com público alvo são somente os "blogueiros engajados" e os autores de manuais do tipo que ensinam como passar em concursos? Manuel Bandeira seria Manuel Bandeira se tivesse lido um artigo como "Fidelize seu leitor de poesia usando técnicas de SEO (seja lá o qual fosse o correspondente de "SEO" de sua geração)? Paulo Coelho não poderia lançar um e-book chamado "Por que me tornei um best seller mundial: dicas para fidelizar o leitor de romances". Autores de livros de química, biologia, linguística, física e matemática poderiam publicar suas dicas de fidelização de leitores e assim escrever livros mais palatáveis, arrebanhando uma multidão de vestibulandos... Essas conjecturas iriam mais longe, mas bastam.
Encerrando minhas considerações, apenas reitero que blog é uma oportunidade de trabalho como outra qualquer, que vai demandar seu tempo, seu esforço, sua atenção para cada leitor e sua necessidade de estabelecer uma comunicação que gere algum retorno, seja monetário ou não. Quem vai me dizer que um diário pessoal em forma de blog é um formato ultrapassado de expressão, se o seu autor encontra motivação para trabalhar nele? A mesma pergunta eu faço para um blogueiro que vem se especializando em divulgar oportunidades de trabalho ou dicas de moda em seu blog. Ou seja, independente de seu tipo de conteúdo, pergunte-se sempre: existe alguma motivação para que meu blog não passe de uma "febre de momento"? Além de alguma motivação, existem leitores acessando? Se a resposta de ambas as perguntas for negativa, desista de tentar isso no formato de blog, mas tente em outro, por exemplo, em uma rede social.


Contudo, ninguém pode ser hipócrita ao ponto de negar que quando seu blog passa de um hobby ou "febre" a algo mais sério e rentável, embora venha tomando mais o seu tempo, é justamente aí que a sua verdadeira motivação aparece. Isso não é um desestímulo que intenta fazer com que muitos blogueiros iniciantes encerrem seu projeto. Muito pelo contrário: é uma constatação que vai animá-los, porque é fruto da experiência da maioria.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Três dicas sobre o que não fazer no seu blog (alguns posts depois)

Outro dia, uma amiga meio que tentou me dizer que eu estava pegando um pouco pesado, atirando para um determinado conjunto de alvos específicos, que não era o meu público alvo. Do alto de sua experiência como leitora, acredito que me deu uma lição. De fato, não posso dizer que foram postagens amplificadoras, reconheço que alguns períodos de texto foram meio ressentidos, tamanha a indignação presente no momento singular da escrita. Postei para uma classe de gente, para um nicho, mas era um nicho meio indesejado. Pode ter ocorrido que por causa de uns poucos picaretas, outras pessoas leram o que não queriam ler, e tomaram para si coisas que eu nunca disse, mas que textualmente soaram pesadas demais. Todo mundo já está cansado de ver isso na política, nos parlamentos, nos tribunais, nas entrevistas, nos programas radiojornalísticos das manhãs, ou no boteco da esquina. Somos fruto de um contexto, pensamos e escrevemos pautados por esse contexto.


Vamos falar do preço que o blogueiro paga quando, de propósito, passa pela experiência de se descontinuar. Há pelo menos sete postagens atrás o IWM imergiu em uma seara perigosa, não recomendada por nenhum blogueiro profissional: ele simplesmente fugiu do seu "foco de atuação", se assim podemos categorizar o fenômeno. Como? Publicando matérias que não tinham o foco inicial do blog, ou seja, fugindo do assunto. Em poucos dias, experimentei o amargor do olhar de viés digital. Publiquei conteúdo impróprio?
De certa forma, sim. Para o meu blog, sim. Fugir do foco, em um blog, não significa perder a fidelização de um nicho, um seguidor de feed, Twitter, Facebook, Orkut ou o que for social. Não significa perder somente em cliques publicitários - blog não rende de um post do dia para um post da noite. Significa botar uma máscara, perder sua cara. Sem mais delongas, seguem as três dicas prometidas, irão como parábolas:

1. Não preencha seu tempo pensando que monetizar o blog é produzir conteúdo disperso, para todos os gostos.

Todo mundo faz monetização, isso não é novidade, isso não é coisa de blogueiro. Sua vizinha faz monetização, quando sai às 08 da manhã para uma repartição pública com uma tapouer cheia de salgadinhos para vender aos funcionários de um setor. Ela não foi vender salgadinhos e livros de auto-ajuda. Foi vender salgadinhos e apetrechos relacionados a ele... Deu para entender, não é?  Ela recebeu cinco "nãos" e dois "sins" no dia? Oh, os dois "sins" serviram para esvaziar o estoque! Talvez se aquela mulher chegasse ao ponto de falar sobre a filosofia kantiana, sairia dali sem um real no bolso. Monetizar um blog é mais ou menos isso: encher sua "tapouer" daquilo que você sabe ou gosta de fazer e suar a camisa para monetizar o seu negócio. Ninguém está sendo hipócrita nessa relação capitalista de ver a vida, de ver um blog. Quer produzir um blog misto? Prefira vários blogs únicos sobre determinado assunto. Muita gente faz essa segmentação, dá um pouco mais de trabalho (como tudo na vida de um blogueiro).

2.  Do mesmo modo, não saia por aí aceitando todo tipo de publicidade, se você mesmo não gostar daquilo que está querendo vender, nem se enquadrar nas linhas temáticas do seu blog. (Sobre publicidade e a exclusão dela, irei detalhar em um post futuro uma tomada de decisão).

O leitor do seu blog não terá paciência para ler qualquer anúncio. Você teria coragem de clicar em tudo o que você anda anunciando? Seu site evangélico iria aceitar publicidade de uma cartomante?


3. Não espalhe nas redes todo o conteúdo desfocado que você vem produzindo.

Ter uma certa autocrítica a esse respeito pode fazer a diferença entre ganhar um seguidor e perder cinco deles. Ser seletivo consigo mesmo tem sido bastante funcional e a relação custo-benefício justifica o prejuízo de ficar calado sobre determinados post publicados.