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domingo, 18 de março de 2012

A prosperidade nos meios virtuais


Por vezes, me parece que boa parte da propostas de ganhar dinheiro que aparecem no meio virtual está impregnada de anos e anos de teologia da prosperidade. Como se muitos, de tanto ouvir as coisas que se dizem, acabam tomando tudo como verdade. Claro que é apenas uma teoria, até conspiratória, mas não custa nada "teorizar"...

Por vezes, me sinto em meio a uma escola onde somente se ensina que "você pode fazer", "você pode ganhar muito dinheiro", "determine que você terá posse de uma vida cheia de abundância", "tudo você pode naquele que lhe fortalece", "seja um empresário de sucesso", "seja um homem de sucesso", "peça a Deus e Deus lhe dará" e "pare de sofrer". Estão ensinando que "é dando que se recebe", como se a relação com Deus fosse uma combinação pautada na lógica humana e o tempo que prevalece seja o nosso e não o Dele. Como se o querer fosse nosso!

Os homens estão ensinando que se você tiver um carro velho está amaldiçoado, se você tiver um comércio de pequeno porte pode se tornar um empresário majoritário. Só interessam as questões que possuam relação com a vida abundante aqui na terra mesmo.

Ninguém está dizendo que o correto é querer ter tudo de ruim para si aqui na terra, mas simplesmente que a prioridade não é esta. Antes de sair por aí aceitando toda proposta virtual de "ganhar dinheiro em 30 dias" que talvez me apareça, pode ser mais edificante para mim a manutenção de uma vida de suficiência com Deus, contentando-me com o básico.

Sei que as coisas imateriais aqui na terra dependem das coisas materiais, mas pode ser que eu necessite seguir um caminho que me conscientize de que o pão e a veste não sejam os dois únicos objetivos essenciais da vida. Então, eu seria um fracassado por isso? Ou seria até mais próspero do que muitos prósperos que parecem buscar seu galardão aqui na terra?
 

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Pequeno diário do recebedor do Adsense - parte 2: primeiro pagamento



Dias depois do último post, retirei todas as dúvidas que estava tendo sobre alguns trâmites da conta do Adsense diretamente no extrato bancário. Ao que tudo indica, todas as pendências foram sanadas e, no dólar de hoje (31 de agosto: R$ 1,596), o meu primeiro pagamento do Adsense foi liberado, sendo o montante todo da ordem de R$ 159,07. Nada mal para quem esperou mais de três anos por isso, numa emocionante corrida em que os protagonistas eram os centavos de dólar...Como havia considerado antes, acho que o Google primou pela lógica do "já que lhe devo pouco, que eu lhe pague rápido" e ainda bem que sucedeu assim. Já pensou se eu tivesse que esperar uns três meses a mais por esses três anos todos?
Claro que aqui não está em jogo a questão monetária. Não importa o valor recebido, que para mim é apenas simbólico, já que não representa sequer 1% do tempo que levei blogando. Não estou discutindo o "mérito" deste Blog que até agora só converteu esse valor, até porque estaria obscurecendo a verdade, já que o fechamento dos 100 dólares não se deveu exclusivamente a apenas um blog. Se assim o fosse, com certeza ainda estaria esperando o fechamento do primeiro pagamento.
O que neste momento me anima na verdade é a capacidade de continuar blogando. Essa capacidade continua a superar, em muito, os retornos financeiros. Talvez seja por isso que:

1. Nem sempre trabalhar com metas dá resultados, mas trabalhar sem meta alguma com certeza não dará.

Ao longo dos três primeiros anos, em praticamente dois não priorizei meta alguma. Fiquei naquela esfera em que muitos blogueiros iniciantes ficam por anos: criar um blog, postar uma novidade esporádica, deixar o tempo passar e não instrumentalizar mais nada para o projeto. O fato de começar 2011 com um pouco mais de garra, principalmente a partir do final do primeiro trimestre me fizeram acordar para o negócio de blogar. Foi a partir de então que comecei a trabalhar um pouco mais, disciplinei-me um pouco mais, levei mais a sério o projeto, ainda que pequeno. Os resultados foram visíveis sim, pessoal e profissionalmente. O problema é que, quando se usa a palavra "resultados" muita gente só interpreta com a mesma "visão do Bispo": resultado é dinheiro, a fé tem que trazer resultados ($$$) práticos para a vida...

2. O tamanho de um blog não é documento

Faça a sua parte, persevere, esqueça os grandes e, principalmente, esqueça os Golias da vida, mas se não conseguir esquecê-los, enfrente-os, nem que seja à sua maneira. Paradoxalmente, em um blog, "fazer a sua parte" enquanto blogueiro tem a ver com números sim, mas outros números: número de postagens por por dia, ou por semana, ou por mês, ou por ano, sempre mantendo uma determinada constância, uma determinada regularidade. Esses números são importantes. Com o tempo, você vai ver que os outros números começarão a lhe interessar (estatísticas de tráfego, afiliados, citações, etc).

Mas também ninguém vai ser hipócrita ao ponto de negar que tudo o que entra na sua conta, por menor que seja,  não anime um pouquinho, ainda que não represente 2% do seu tempo, como ficou dito antes. Uma história rápida: na minha infância, cheguei a vender ferro velho (latas, cobre, alumínio, garrafas, essas coisas que hoje o pessoal chama de "trabalho de reciclagem"). O fato era que, apesar de o valor por cada quilo de material pago pelos comerciantes ser quase sempre injusto para quem passava o dia catando as coisas para vender, era muito boa a sensação de sair do Ferro Velho com um trocado só meu, fruto de algum esforço empreendido...