sábado, 3 de dezembro de 2011
O post da resistência?
Comecei o mês de dezembro com uma vontade de desistir. De blogar, pelo menos. Em vez de mais ainda me motivar, eu estava decidido a enfrentar o final de temporada 2011 com um silêncio bem reclusivo. Um silêncio como se fosse uma licenca do servidor público: "licença para tratar de interesse particular". Não havia sido por falta de planejamento, porque todo blogueiro freelancer de si mesmo tem que ter algum, se não não vingaria.
Também não seria por improdutividade, porque em todos os lados que vislumbro sinto que as coisas vão caminhando, pelo menos para o lado do trabalho e do desempenho por trabalhar, se bem que financeiramente, tudo vai pela misericórdia de Deus (que é a que mais me importa). Eu não faço corpo mole na blogosfera, eu não faço corpo mole na sala de aula, eu não faço corpo mole no serviço ao público, eu não faço corpo mole na edição dos textos, eu não faço corpo mole para virar a meia noite lendo um tópico de histologia básica. Mas nos últimos sete dias me senti tentado a deixar este projeto de lado por uns dois meses, pelo menos.
E verdade, isso acontece com todos nós, sejamos blogueiros, webmasters, redatores, ou simplesmente freelancers. Por incrível que pareça, eu estava quase encontrando o sabotador de tudo: era eu mesmo!
Então, antes de pensar em desistir, ponderei se não daria para:
1. Produzir menos.
Pode ser melhor aparecer menos por aqui do que sumir de vez por muito tempo. E estou considerando que muito tempo em uma coisa como a internet tanto se refere a uma semana quanto a dois meses.
2. Murmurar menos.
Enquanto eu me lamentava acerca de um problema, meu colega encontrou a solução com o mais simples bom humor da vida. Às vezes, enquanto você lamenta, perde a chance de utilizar o próprio lamento ao seu favor.
3. Criar menos metas, mas principalmente cumpri-las em tudo aquilo que só depender de mim mesmo.
Fechando este post, falou mais forte a força de vontade, mesmo sabendo que ela não é tudo. Não vai ser desta vez que vou dizer que vale mesmo a pena desistir por um tempo, interromper-me que seja. É muito difícil avaliar o momento em que melhor seria continuar com os projetos ou a hora em que esteja na hora de abortar alguns deles.
Não esperemos descansos no mundo, nem falta de aflições. É relativamente reduzido o número de pessoas para as quais as oportunidades chegam sem esforço algum. Eu não conheço gente assim. A sociedade em si mesma não está montada para ficarmos sentados com a boca cheia de dentes esperando a morte chegar. Por mais que, foucaultianamente, tudo isso seja grosso modo o fruto histórico de uma série de relações de poder, quem está disposto a renunciar a alguns desses sistemas criados por nós mesmos?
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