domingo, 29 de novembro de 2015

Como fazer cristianismo social na igreja - parte 3

A Igreja Evangélica do Cristianismo Social teria que ser relativamente comunista, pelo menos ao máximo que ela pudesse. Sei que nem todos os membros terão carros do ano, casas super confortáveis, planos de saúde, até porque seríamos uma igreja, e não uma revolução mundial de reformulação do capitalismo.
Mas, enquanto dirigente, eu não tenho como aceitar irmãos morando en casas precárias, quando ali temos mãos de obra, materiais e mutirão para ser feito. Não daria para dar um carro a cada irmão (mas se desse, por que não?), mas o que nos impediria de mandar fazer a chaparia no velho carro de um membro que dependesse desse transporte?
Gente, o modelo político-social das igrejas contemporâneas prega amor ao próximo, mas as igrejas são incapazes de fazer alguma coisa por um esquizofrênico que passa anos e anos perambulando pelas ruas da comunidade. Os pastores vão dizer: "isso é um problema do serviço de saúde". Mas eu diria que pode até ser. No entanto, o esquizofrênico precisa comer, beber, tomar banho, trocar de roupa, ter algum lugar pra morar.
O que fazer com todos os doidos, mendigos, drogados que vivem nas ruas? Talvez, as igrejas sejam incapazes de resolver, talvez elas nem juntas consigam. Mas, porque elas nem tentam, na maioria das vezes?
Uma igreja tem despesas fixas: alguns pontos são alugados, faxineiros, obreiros e outros dirigentes até recebem ajuda de custo. Mas, depois de quitadas todas essas despesas, não sobra nada?
Duvido muito. Falta vontade para gastar o dinheiro de outras formas. Em outras vezes, falta criatividade.
Em outras vezes, o pastor local é tão "devoto" da liderança geral, que se sente sem autonomia para resolver problema algum, que não sejam aqueles de costume.

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