domingo, 19 de junho de 2011

Crie um blog se você pretende ajudar as pessoas em algum momento da vida



Ou Um pequeno estudo de caso
Lendo a respeito de nichos para blogs rentáveis, encontrei uma opinião interessante do Paulo Faustino (QUE PROBLEMAS VOCÊ PODE AJUDAR A RESOLVER?). Segundo ele, “as pessoas estão regularmente gastando dinheiro procurando formas de resolverem os seus problemas e/ou de atingirem mais rapidamente os seus objetivos”. Sendo assim,  quem quer rentabilizar um blog ou site tem que pensar na perspectiva de buscar resolver “um desses problemas comuns”. Por outras palavras, se por exemplo, o que eu goste de fazer é programar templates para a plataforma Blogger, posso ganhar um bom dinheiro fazendo um blog com meus tutoriais. Ou se você é apaixonado jogos, com certeza teria futuro se escrevesse um blog a respeito, ensinando aos outros suas técnicas de jogo, seus games prediletos, suas dicas do mês, etc, etc.
Mas esse post do Paulo não me chamou tanto a atenção pelo fato de que encontrar um nicho bacana, que consiga ajudar muitas pessoas a resolverem seus problemas renda dinheiro. Assim que dei uma lida, lembrei de uma jovem recém-ingressa na blogosfera (abril deste ano). Acredito que, de cara, mesmo sem postar “publicidade consciente”, parece que ela pegou o sentido desse fragmento de recomendação do Escola Dinheiro: criou um blog para dar dicas de maquiagem a outras mulheres, pelo simples - e sábio - argumento de que “desde criança, sempre gostou de maquiagem e, há pouco, percebeu que as suas dicas poderiam ajudar às pessoas a mostrarem-se bonitas como elas realmente são, resgatando a sua auto-confiança e destacando o que elas têm de melhor, com detalhes simples” (Leilane, se chegar a ler isto, desculpe a nossa reeditada no texto, viu?)
Chamado Make Up To Kill, o blog da Leilane Leal conseguiu sintetizar essa idéia toda. Ou seja, é um blog que, mesmo sem querer, nos relembra de que há um dever de casa que precisa sempre ser feito, mesmo em meio ao chamariz da “monetização urgente”, que tem assolado boa parte da blogosfera:
Princípio: o caminho para o blogueiro não é ir da conversão à produção de conteúdo. É justamente o inverso: ele tem que partir do princípio de que deve primeiro “mostrar serviço”, depois pensar em tirar proveito disso. Além disso – e o que pode ser ainda melhor – pode ser que o tipo de proveito que o blogueiro pretenda tirar nem seja o da monetização da página da web em si mesma (publicidade, afiliados, teste patrocinado de novas maquiagens [nesse caso], etc), mas seja pura e simplesmente a sua realização como problogger de nicho e a conquista de uma certa reputação em outros níveis (o que não deixa de ser algo rentável, dependendo do seu ponto de vista). E, ademais, se um blogueiro desse tipo fosse futuramente monetizar o seu blog, tal como entendemos como isso deva ser feito, qual o erro nisso? Rigorosamente, nenhum.
Independentemente de ter se iniciado na blogosfera pela plataforma X ou Y, de ter ou não projetado suas metas, de ter ou não produzido um layout customizado, a blogueira partiu do princípio exposto acima e talvez até de maneira inconsciente (mas tanto faria se não fosse). Isso foi o que mais me agradou no seu blog, já que não haveria outro motivo para acessá-lo, pois nunca usei maquiagem, nem pretendo utilizar. Dito de outra forma: eu não preciso encontrar um blog que trabalhe em um nicho que me agrade para que possa encontrar ali boas concepções de blogosfera.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Três lembretes importantes para quem divulga seu conteúdo na web




Tirando as redes sociais mais populares, como o Orkut, o Facebook, o Linkedin, o Twitter e alguns agregadores de conteúdo, como o Dihitt, é extremamente trabalhoso divulgar o conteúdo de um blog hoje em dia. Se o blogueiro tivesse condições financeiras de delegar isso a uma pessoa (e ela passasse o dia postando links em todos os veículos possíveis), ao tempo em que ele se dedicasse ao ofício de pesquisar e postar bons conteúdos, ditos, "relevantes", viveríamos no melhor dos mundos de Pangloss. Mas a realidade é bem dura.
Há um serviço muito interessante que tenta auxiliar o blogueiro nessa rotina de divulgação em agregadores, que é o Post Social. Ele basicamente trás uma listagem contendo (dados de hoje) 32 agregadores nacionais, mais alguns de Portugal e outros do mundo. A partir de um pequeno cadastro que o blogueiro precisa fazer (inserindo os dados do seu post), o Post Social exibe um resumo para ser utilizado nesses agregadores. É mais ou menos como deixar tudo mastigado para os agregadores apenas digerirem. Alguns desses agregadores pedem cadastro prévio, outros somente exigem os dados da postagem (link, título, imagem, palavras-chave), enquanto que outros só chegam efetivamente a publicar seu conteúdo se convier para eles (se for aprovado).
Testei o serviço escolhendo os 10 primeiros agregadores brasileiros da lista e utilizando um post do meu blog, a partir deste link. Tive dificuldades em  quatro deles (Agrega Fácil, Link Irado, Linkkei e Garimpo Web), principalmente por conta de falhas  no envio (usei conexão de mais ou menos 7 Mbps), falhas na confirmação de envio ou submissão do post, ou mesmo não conseguindo sequer abrir a página do serviço. Em um outro agregador (o Comentarium), apenas consegui cadastrar a URL genérica do meu blog, e não o post em particular, o que já é alguma coisa, se ele lá permanecer.
Desses meus 60% de aproveitamento, para ficar em apenas uma referência em matéria de agregadores, posso destacar o já mencionado Dihitt, pois é muito intuitivo, muito fácil de ser atualizado e possui um quê de rede social que torna a navegação mais atrativa para o visitante, inclusive oferecendo a oportunidade de interagirmos com outros publicadores de conteúdo ou participantes da rede.
Vai ficar para um outro post a experiência com os outros 22 agregadores brasileiros do Post Social. E também não me esqueci dos serviços de Portugal e os do mundo, ainda quero testá-los. Mas já deu para tirar uma experiência do pequeno laboratório, que encerro transformando-as em três dicas básicas:
1.  Usar as redes sim, mas nem sempre.

Divulgar seu conteúdo nas rede sociais mais populares ainda é o caminho mais fácil para atrair leitores não apenas para seu blog, mas a sua vida, se ela for um livro aberto, ou acessível, pelo menos. Use o Twitter, o Facebook, o MySpace, o Orkut e as outras redes com as quais você tem mais afinidade para divulgar seu conteúdo. Mas cuidado com um detalhe interessante (e posso dizer isso, porque já senti na pele): nem tudo o que você posta vai ter "serventia" para ser exposto em sua rede social. Por exemplo: se seu Orkut está cheio de amigos de infância, que não dão a mínima para metablogagem, por que você insistiria em postar links relacionados a esse tema direcionados para ele, quando na verdade eles estão interessados em visitar as suas últimas fotos daquela festa ou os seus últimos comentários sobre determinado evento?

2. Delegue atribuições a seus "assessores de imagem".

Nem todo o blogueiro, iniciante ou não, tem tempo e dinheiro para recrutar pessoal que possa ficar de plantão nessa árdua tarefa de divulgação em redes e agregadores. Não temos, na maioria maciça das vezes, assessoria para isso, porque blogueiro geralmente é exército de um homem só. Portanto, lembre nessas horas daquele seu filho de 12 anos que manja de internet e adora passar horas jogando Megacity ou PS2. Ou lembre de seu primo, de sua colega, de seu enteado, ou de qualquer outra pessoa próxima e íntima com disponibilidade superior à sua para realizar esse serviço. Ensine a eles as diretrizes básicas para divulgar seu conteúdo, peça que pelo menos dediquem 10% do tempo que ele levam no entretenimento para realizar esse ofício de blogagem para você. Se possível, dê um agrado a eles, nada que seja acima de um salário e você vai ver a coisa ir tomando corpo.

3. Divulgar é possível, mesmo com apenas um computador.

Hoje em dia, ainda bem, estamos rodeados de plataformas de blogagem (o Blogger é uma dela, claro) que inserem em cada postagem um serviço de divulgação básico. Use esse serviço ao máximo, ainda que possa ser incompleto. Há blogueiros experientes que trabalham com dois, três ou mais computadores ao mesmo tempo, aproveitando cada uma de suas contas nas redes e nos agregadores. Isso é ótimo, dá resultados, quem dera eu pudesse contar com esse recurso. Mas mesmo nós, com apenas uma máquina, temos como dedicar pelo menos uma hora semanal a esse trabalho. Pode não lhe render conversão em programas de afiliados, mas lhe rende um capital mais lucrativo no longo prazo: o social.