terça-feira, 15 de novembro de 2011
Blogando para o mercado
Blogar por blogar eu nunca quis. Ninguém quer, afinal. Os meus planos não são os planos do leitor, até porque é bem difícil encontrar um leitor-modelo, quanto menos ainda um blogueiro-modelo (eu não conheço). Por isso, não preciso me sentir obrigado a seguir os ditames de um "mercado" que mede a aceitabilidade pelo valor financeiro arrecadado. Hão de dizer que isso é um tiro no pé. Hão de dizer que é a mesma artimanha de marketing que se utiliza quando se quer dizer que Fulano de tal "evita a imprensa" para aparecer ainda mais. Hão de dizer que não hão de chorar por mim os cinamomos de Alphonsus de Guimaraens, enfim, tanto faz como tanto fez... Se cada um estiver preocupado somente com as estratégias de blogagem, com o mercado publicitário e com a sobrevivência dos blogs nesse mercado então os gestores da internet podem acabar com a blogosfera e todos os serviços de hospedagem não profissional gratuita como dizem ser o Blogger já podem assinar embaixo desse armagedom.
Provavelmente, não se pergunte, mas diríamos que blogar para o mercado mais ou menos seria caracterizado como:
1. A preocupação excessiva de blogueiros e webmasters com o posicionamento no Google/ Panda e variações deles.
Quem está tão preocupado assim em ser achado pelo Google? Parafraseando um professor de Informática, eu já achei muita coisa interessante na décima quinta página do buscador e muita coisa ainda mais interessante poderia ser achada se as pessoas fizessem mais "Pesquisa Avanaçada" no próprio Google, para ficar no que já é tido como o paradigma dos buscadores perfeitos. Ainda gostaria de ler uma tese sobre os "restos" do produto das buscas. Nem sempre estar na décima quinta página é menos importante do que estar no topo da lista.
2. A preocupação excessiva com a forma do conteúdo.
É inegável que o jogo de cores, o posicionamento dos anúncios, as palavras-chave, o tamanho médio dos blocos, tudo isso e muito mais parecem mesmo confirmar que o Adsense funciona muito bem - e pode funcionar até muito mal. Mas é inegável também que o formato do conteúdo não deveria se sobrepor ao conteúdo em si,como muitas vezes parece acontecer.
Agora, sendo paradoxal, não tem problema em buscar algo entre as preocupações elencadas acima. Continuemos em busca dos primeiros lugares, porque isso não é fenomenalismo do Google e seus produtos, isso é fenomenalismo da vida. (Eu sempre, e de novo, com a preocupação banal de não me limitar aos espaços do discurso fragmentado, mas acabando nele... ). Se o blogueiro usa as técnicas corretas de trabalho não está pisando em pessoa ou blog algum para crescer. Está apenas na fronteira especial que nós mesmos chamamos de meritocracia. Se quiser utilizar artifícios técnicos para bem aparecer, que utilize, pois não estou criticando, nem formulando postulados a respeito de nada. Uma coisa é fazer isso sabendo o que está se fazendo. Outra coisa é desembestar ladeira abaixo em busca de lauréis artificiais.
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