sexta-feira, 20 de abril de 2012

Quando o freela compra a ideia

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Nem sempre gostar de escrever bastante significa que iremos escrever sobre tudo, ainda que “tudo” seja aqui uma abstração bastante complexa e por vezes limitada, em se tratando de textos para serem veiculados na rede. Todos têm suas afinidades e, ademais, graças a Deus por isso. Do contrário você iria me ler aqui falando sobre vida exotérica, por exemplo, se bem que não tenho absolutamente nada contra quem trabalha com a temática. Coincidentemente - diria também, felizmente - já aconteceu comigo o coincidente: de ser chamado para tocar um projeto cuja temática há muitos anos me é familiar ou, pelo menos, dá gosto de escrever. E não deu em outra: aceitei sem reservas e até sem garantias – isso para muitos é até preocupante, pois todos buscam o retorno.
Para resumir, comprei a ideia, enquanto freelancer. Eu poderia ter passado o primeiro mês na defensiva, o segundo mês também, escrevendo pouco, colhendo dados da empresa, pesquisando tudo sobre a mesma, investigando a vida dos seus idealizadores… Afinal, temos o Facebook aí, o Okut, o Linkedin, as buscas personalizadas no Google, os currículos Lattes (uma amiga minha me disse que hoje, no meio acadêmico, “quem não ‘lattes’ não morde”). Enfim, há todo um cruzamento possível de dados, até mesmo a consulta de algum CNPJ ou CPF que podem, em certos casos, nos levar até uma certeza, ou a pelo menos parte dela.
Mas não.
Preferi correr esse risco, enfrentei a desconfiança desde o princípio, mas isso aqui não teve nada a ver com o preceito bíblico de que é “maldito o homem que confia no seu semelhante”. Fiz mais ou menos o que outro dia recomendou o Lobão, criticando a juventude que não gosta mais de correr risco, preferindo ficar assentada na promessa profissional dos concursos públicos: “vai fazer a tua vida, vai montar uma birosca”. (Tudo de que necessitava dizer em contraposição a parte das ideias do cantor e formador de opinião brasileiro, eu disse no artigo O grande lobo dos concursos públicos, até porque aquela entrevista dele ficou entalada na minha garganta por tempos). Mas essa parte de impulsionar a gente a correr um certo “risco” faz todo o sentido, inclusive para os freelancer até menos desconfiados e inclusive para nós, os próprios concurseiros. Ou você acha que participar de concursos públicos não é um correr de risco permanente, que nem sempre é saciado ao ser nomeado?
Não me considerei maldito diante de Deus por ter confiado em homens, porque, em princípio, eu confiei menos nos homens e mais nas minhas convicções, enquanto produtor de alguma coisa, enquanto contribuinte para o crescimento de uma ideia, de uma start up, de um projeto. O diferencial, claro, depois do primeiro mês, não foi somente o pagamento, que eu não seria hipócrita de negar a relevância (pergunta para qualquer pai de família o que significa um salário?). O diferencial foi encontra a ética. E falar sobre encontrar gente ética na web daria um segundo artigo, que não vai ser feito agora…
O diferencial para que o freela compre a ideia de um propositor qualquer, mesmo um pequeno empreendor, é o potencial ético que esse propositor vai demonstrar ter. Então, eu sempre faço votos de que a gente não precise sempre pedir tantas garantias antes de começar a trabalhar em um projeto freela.
Sei que estamos em um mundo carente de garantias, todos precisam de um esteio, de um porto de ancoragem. Mas que tal mostrarmos pelo menos 50% de nosso potencial, para começar?

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O Facebook não é o culpado, nós é quem somos

Se você tem uma conta no Facebook, uma das maiores redes de comunicação do mundo, é quase que certeza que você já possui certa “dependência” da rede. Isso é normal, uma vez que cada vez mais a rede se torna atrativa para segurar o usuário online.No entanto, se pensarmos friamente, o uso constante do Facebook tem feito com que as relações pessoais se tornem mais frias e menos constantes. Acontece o mesmo fenômeno que já é praxe com outros tipos de "comunicadores" sociais (orkut, msn, por exemplo) e você só está livre disso que já trava com o próximo uma relação anterior à rede.


Com o uso da internet nos celulares, tablets, netbooks ou notebooks, não existe mais a necessidade de se locomover a um local apropriado para se comunicar a rede. Sendo assim, você pode estar na sala de espera de uma consulta médica e estar conectado. Esse uso continuo da internet pode causar dependência, ou até, uma compulsão á conectividade.






Pode até parecer brincadeira, mas não é.. Muitas pessoas colocam a vida em risco, tamanha a sua compulsão. É simples ver isso em um usuário que usa a internet móvel enquanto dirige, pondo a sua vida em risco e a dos outros usuários. É simples ver isso no meio da nossa era de novos incluídos digitais: gente que acaba de comprar um computador e instala o acesso à rede em casa e trava relacionamentos com as pessoas mais estranhas do mundo, com a agravante de que na web têm uma aparência angelical.

Além disso, o "paciente" portador dessa "patologia digital" começa a apresentar mudanças de hábitos, insônia, problemas nas articulações por falta de movimento, afastamento da família e dos amigos. Enfim, esse alhear da vida offline é sempre um perigo. A cura para não temos como dar, mas especialistas recomendam uma atitude, nem que seja temporária, até passar o drama da abstinência: afastar-se quase que por absoluto da rede, a fim de conscientizar o paciente de que ainda existe vida fora da rede.

Com toda a globalização, realmente, esse é um tipo de patologia cibernética que poderia ser esperada. No entanto, vale sempre pontuar que o uso das facilidades das redes é sempre bem vindo, desde que usadas na medida certa. De nada vale a pessoa ter consciência do problema, criticar, mas pregar o que não vive.

Por Alberto IWM e Gabriele Ferreira