Mostrando postagens com marcador poema. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador poema. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Quem acredita cresce*

Quem acredita cresce, quem vive merece.
Há fonte de águas poderosas
No coração de quem crê.
Gente que sabe que a vida
É muito mais do que só viver.

A vida é uma dádiva,
E que não seja vã
A existência de uma pessoa.
E que nossos corações possam
Cada vez mais
Dar morada às emoções.

Qual é o seu merecimento 
Quando passa pela vida
Em brancas nuvens?
Não adianta deixar que os outros façam
Da sua história um filme já visto!
Acreditar é ir à luta, 
É sonhar por um país diferente
Onde valha à pena a sua disputa!

Quem acredita cresce, 
Ainda que na turbulência.
E para quem se sente em um país
Tão marcado,
Onde nem percebemos direito
O quanto todo esse estigma
Fere tanto o nosso peito,
Deixo aqui a certeza plena 
De que, para mudar um contexto,
Não adianta esperar pelos “tais”,
Nem por quem se diz do nosso lado.

Adianta acreditar em nossa força, 
Posto que não é egoísmo.
Nossa crença íntima será um dia
A nossa grande ascensão.

* Poema inscrito no 5º Concurso Literário da Rede Pague Menos 2016, mas não ficou entre os 100 escolhidos para a coletânea publicada.

sábado, 9 de julho de 2016

Eu não quero aparecer na tua foto

Eu não quero aparecer na tua foto,
Ainda dá tempo de não aparecer na tua vida?

Eu não quero envelhecer dando desculpas,
Ainda posso te pedir a mão em despedida?

Eu não quero ser o espinho na tua carne,
Por que você não entende que eu não quero?

Eu não quero ser o periquito que leva a fama,
Por que você não muda o discurso?
E encontra de vez esse papagaio?

O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

domingo, 12 de junho de 2016

Para ser

Vamos parar naquele lugar
Onde a gente pensa e não se cansa
Onde a gente lança e também trança 
Onde a gente vai seguindo nessa dança

Dança

Não sei dançar
A gente aprende amando
Amando

E eu guardo em mim tantas emoções
E como dizer emoções?
E o que dizer
Das canções?
Como agir assim em corações?

Às vezes parece que estamos em portos seguros 
E em barcos ancorados
Mas segurança 
Eh no fundo tudo o que não temos

Chega de tentar parecer
Simplesmente para ser

Chega de tentar parecer 
Simplesmente para ser .




sexta-feira, 10 de junho de 2016

Se você me dissesse (poema que virou canção)


Nonada,
Vou ficar na angústica clássica
Me contentar
Me contentar com os apreços de você
Os apreços de você
Seu sorriso bonito

Se você me dissesse para onde vai
E se vai voltar depois
Seria um dia na minha vida
Seria esse dia


Nonada

Se viver é perigoso
Por que Deus te fez assim tão bela
Custava ter te feito pra mim
Nesta encarnação

Se você me dissesse
Para onde vai
E se vai voltar depois
Ser bem mais quente um dia
Na minha vida
Ou ser toda num só dia...

Esta letra refere-se a uma composição musical, datada da década de 2000 (data incerta esquecida), que irei postar em vídeo, dentro de alguns dias.

Sensível (poema que virou canção)

Conheço um pouco deste sensível
Definitivamente
Sensibilíssimo
Aprecio às vezes este sensível 
E sei que por isso mereço às vezes
O imerecível

Como a mulher incrível
E em seus lábios beijos que nunca tive

Como a comida e o pomo do vosso mercado
Fico marcado por essa comida
Sensibilidade penetrante há
Em ver
A rua
Codificando o labirinto
E eu não
Querendo
E você nem ligando
Que isso aconteça

Sempre nessa sua infelicidade atroz
E nesse seu encanto canil

Estou sempre acordado
Quando
Preciso
É dormir
É dormir
Dormir





Esta letra refere-se a uma composição musical, datada da década de 2000 (data exata perdida), que irei postar em vídeo, dentro de alguns dias.

Todos os beijos quiçá (poema que virou canção)



Todos os beijos quiçá
E as palavras
Palavras
Os mais de uns momentos felizes
Hum, raízes

Narizes tocados
Suspiros abafados
Não
Não
Eu estou lúcido
Plácido
Meio tímido
Mas lúcido


Amor...
Eu gosto tanto de você
Eu nunca mais vou te esquecer
Repito o quanto desejar

Amor, Amor, Amor
Tão bom é estar junto de ti
Sentir teu corpo e tudo enfim
Você é pra mim meu ideal
E eu quero sempre assim

Para te ter eu fiz de tudo
Lutei, insisti, larguei meu mundo
Mas vejo agora que valeu
Você está comigo
E estará sempre ao meu lado
Pois só fiquei desamparado
Enquanto eu não te encontrei.

Amor, Amor, Amor


Esta letra refere-se a uma composição musical, datada de provavelmente meados dos anos 2000, que irei postar em vídeo, dentro de alguns dias.




segunda-feira, 16 de maio de 2016

Não sou digno

Não sou digno de pisar nos púlpitos
Da forma como esperada
Não sou digno dos cerimoniais
Nem de cantar nesses lugares
Mas me considero filho de Deus.

Não sou digno para falar de oração
Da forma esperada por meus pares
Falo com Deus, pois não sou mudo
Deus me entende como sou
A igreja não entende,
Ela acha que é rebeldia.

Não sou digno para falar de jejum
Nem digno para o padrão dízimo.
Me considero um contribuinte da obra
Dou a mão a quem precisa
Valorizo e até invisto 
Na coragem missionária,
Acredito numa Igreja mais social,
Mas não me considero digno
Para levar a verdade a outros povos
Da forma como a esperada.


O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

domingo, 20 de março de 2016

Das carências

Desde sempre, tenho duas carências:
Uma de raiva, outra de rancor.
Sou incapaz, por exemplo,
De levar adiante uma separação,
Dessas do tipo juntos no mesmo quarto,
Penso que, ou se está junto,
Ou não se está. 
Fora disso,
Deve ser de procedência maligna.

A raiva mata, não apenas a distância,
Não apenas aquele câncer
Que talvez se descobrirá um dia.
Ela mata algo mais, 
Ainda que no abstrato.
.
.
.
O restante do poema está no meu livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas

sábado, 19 de março de 2016

Meu canto de raiva

O meu canto de raiva
Veio de você.
O meu canto de ira também.
Tive todas essas inspirações:
Chamei-te diabo
Satanás, peste e desgraça.
Sim, foi pela raiva que agi,
Não foi o Diabo que agiu.

O meu canto de desencontro,
Ao cantar o teu nome,
Já me inspira a desistir de você.
Até os bichos sofrem,
Se perto ficam,
Do teu assomo de ira,
Sem nem ser mau olhado.

O meu canto estremece,
Como o corpo agora.
O meu choro não vem,
Como o coração, se abafa.
Mas a raiva transpira.

Transtornado eu fiquei
Enquanto somente assistias
Ao "Cidade Alerta".
Como se os crimes passionais
Daquele jornalístico,
Como se os assassinos
Te animassem para a guerra.
És face demoniaca!

Sei que este canto de raiva,
Sei que este canto protesto,
Não perdurará,
Pois não quero que dure.
Afinal de contas, são anos
Tentando dosar essa raiva,
Tentando descobrir 
onde fica o amor
E onde o faz de conta.

Eu canto este canto de raiva, 
Enquanto você contingencia 
Minha liberdade responsável.

Meus anos não foram infelizes,
Não quis que os seus o fossem.
Eu quis que você entendesse 
Que o amor não se cerca,
Não é como o cãozinho,
Colocado no braço atento
Para sua pura proteção.
Só reina amor, 
Onde reina confiança.

Hoje canto este canto de raiva,
Mas não me arrependo
Do que fiz se tornar 
O curso da minha vida.

Esta minha vida toda
Foi o meu quinhao conquistado.
Não vale chorar pelo ontem,
Só adianta consertar o agora.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Tem vez que...

Tem vez que o sentimento fica na cabeça
Ai eu vou tentar poetiza-lo
Para depois transmiti-lo
E ele se estraga um pouco

Tem vez que o sentimento fica digitado
Ou no papel convencional
Aí eu vou tentar expressa-lo 
Alguma forma de exprimi-lo
Mas quem vai ler, lê de outra
E ele se estraga um pouco

Tem vez que o sentimento só quer sair
Na praticidade da fala
Na sedutora eloquência
Aí eu vou tentar dizê-lo
Aí eu vou tentar falá-lo
Mas com toda essa taquilalia
Ele se estraga...

Tem vez que meu sentimento é doido
E o outro reprova
Tem vez que é só agonia
E o outro não sente 
Tem vez que é uma lucidez pirracenta
E o outro se estressa

Tem vez que só quero ser eu
Mas apesar de amar
Esse eu de tanto defeito
Sinto um forte lamento
Por não tornar esse ser 
Mais condizente 
Com o que sai da sua boca.

(ao blog "Gagueira.net.br"). Publicado no livro: Meu Canto de Raiva e Outros Poemas