quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Você conhece a Aprocon-Blog?



Vamos discutir relação profissional com a blogosfera? Somente um pouco interessado nessa questão, por isso vou escrever só um pouco em forma de uma opinião de botequim (embora eu não frequente tal lugar). Mas ainda bem que nunca disse que sou blogueiro profissional, nem amador. Só disse que era um iniciante que está trabalhando para se profissionalizar e que mesmo se um dia eu não chegar a me profissionalizar já valeu a pena ter chegado até aqui. Meu blog não tem estrutura, meu blog não tem capital, eu não pago para blogar, nem recebo para blogar nele. Tudo o que está acontecendo aqui é uma vontade de poder, mais nada. É nisso que tudo pode ser resumido, como já pensava Foucault, por outras palavras.
Não considero meu blog amador, nem profissional. Quem considera alguma coisa aqui é o leitor - inclusive eu mesmo, enquanto leitor, todas as vezes que volto à postagem. Como fizera Murilo Rubião em um dos seus contos, por que não escrever um post por durante vinte anos? 
Pois bem. Quem um dia ainda vai considerar-me profissional ou amador será meu futuro leitor, ainda que ele fique na primeira postagem e nunca mais volte por estas bandas. Um blog pode ter um valor incomensurável, mas nem todo blogueiro busca a profissionalização, embora pense em fazer nome com a blogosfera.
Se um blogueiro profissional for definido como sendo aquele que realmente vive de seu blog, então praticamente 80% da blogosferá é composta de gente amadora, "robista" ou iniciante. Ou seja, existe no mundo 20% de pessoas blogueiras que fornecem todo o material necessário para ser sugado pelos 80% restantes. Os produtores de conteúdo vão acabar se mobilizando para criar uma associação, a Associação dos Blogueiros Produtores de Conteúdo - ou a Aprocon-Blog - e aí quando o corporativismo tomar conta da internet, todo mundo vai ter que parar na universidade para aprender a blogar direito.
Eu fico pasmado com gente que pensa que tem alguém sempre se inspirando em um guru para produzir alguma coisa. No máximo, ele devia, em algumas situações, até ser considerado respeitável por ter sido copiado, sinal de que o que produz é excelente - ou o copiador não achou nada melhor para botar no lugar na ocasião e acabou copiando e citando a fonte. Afinal,tem algumas situações em que se citado ou copiado literalmente citando a fonte original é uma indicação de respeito por um trabalho, mas há outras situações em que as coisas não passam de sem-vergonhice.
Sem categorizações para os blogueiros, mas o amadurecimento necessário para cada um se manter imune a sugar as originalidades dos outros (essa casta de "produtores de conteúdo") ainda está longe de ser atingida. Vamos ter que aprender e ensinar muito sobre isso.

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