quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O blogueiro deveria ser três


Nunca fui de exigir muito da vida, a não ser o essencial de todo o homem (que pode ser qualquer coisa, infelizmente). Mas nos últimos anos, ficaria feliz se pudesse ser uns três eus, para dar conta das minhas atividades e das que aparecerem. Por mais que você ignore certos fenômenos da vida, sem ficar alienado, sempre vai ficar o gostinho de que você poderia ter feito mais, não há como negar. Em matéria de trabalho individual, o dilema é o mesmo. Tomemos o exemplo dos blogs, mais uma vez.
Se o blogueiro pudesse ser três, acotenceria o seguinte, no planos dos ideais de vida:

1. Seus leitores iriam ser compensados com o tempo de pesquisa e o apuro formal.

Não precisamos ter uma disciplina parnasiana em tudo, porque é altamente complexo. Ainda bem que ninguém é obrigado a ler nada de ninguém, salvo em casos de legislação, religiosos, laborativos ou escolares (cursos, concursos, exames, recrutamentos), mas bem que o blogueiro que se ache responsável por aquilo que vem fazendo merecia ter um tempo só dele para esmiuçar cada postagem. Com 100% de certeza, ele iria empreender revisões em quase tudo o que disse.

2. Seu trabalho não seria interrompido.

Por conseguinte, suas acumulações de função/atribuição seriam apenas uma exigência do mercado de trabalho brasileiro, que ainda não reconhece o valor justo de muitos afazeres profissionais.Você seria feliz com seus dois eus (até aqui) só de imaginar o quanto é bom corresponder às expectativas das pessoas. Com isso, não estou dizendo que alguém deva viver em função das expectativas dos outros, claro.

3. Você não irá parar no leito por conta da sobrecarga.

Sem dúvida, "precisaremos amadurecer muito ainda na lida com as dificuldades inerentes à administração do nosso cronômetro, talvez começando pela mais simples das decisões, como abrir mão de alguma coisa que nos prende". Conheci uma jovem senhora que não aguentou a pressão, se desligou de fazer o que gostava. 
É justamente aí que está o perigo: você acabar sendo penalizado por fazer o que gosta. Imagine isso na sua vida, blogueiro?


 

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