João Zuffo diz, na entrevista à Info deste mês, que “a internet abalou a estrutura familiar de duas maneiras. As famílias estão mais virtuais, ou seja, gastam mais tempo com aparelhos eletrônicos do que com as pessoas. Mas ela também deixou mais perto filhos que moram longe dos pais, por meio das conferências via webcam, e-mail, redes sociais e das ligações gratuitas via web”.
A segunda assertiva é plenamente condizente com minha opinião. Foi isso que a internet prometeu e cumpriu: encurtou as distâncias.
A primeira assertiva às vezes me constrange… Nesse ponto, a internet é pior do que a televisão. Pior do que o rádio.
A gente está mais virtual sim. Virtual até demais. Com a televisão ligada, uma família pode, mesmo muda, jantar junta em uma sala de estar. Com a internet, não. Cada um faz sua refeição na hora que der, quando quiser, quando puder, quando bem lhe der na telha, mas nunca quando é sua vontade, pois aquilo que poderia esperar em sua vida, na vida virtual não pode esperar, tem que ser ali e agora. Pelo menos, é isso que a internet nos faz pensar. Estou exemplificando isso com uma coisa que já é considerada uma banalidade para muitos (jantar junto, uma família fazendo isso), imagine quantas implicações isso tem na sua vida?
Imagine o namorado, com a namorada. Ele está entretido no smatphone, agora não a poderá beijar. Amanhã, não irá à sua casa, porque vai passar a noite conversando com uma nova amiga…
O marido e sua esposa.
O pai com o seu filho.
Os limites e regras de um lar.
A madrinha com aquela enteada pentelha que só vem à casa dela para acessar o Orkut.
Mas estou falando da Internet como se ela fosse uma pessoa má. A gente é quem a utiliza.
A gente é quem a utiliza.
A gente é quem a utiliza.
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