sábado, 28 de janeiro de 2012

Email marketing na janela



Desde que resolvi aceder à campanha de email marketing do Escola Dinheiro, recebo frequentemente as postagens do blog. Criei um marcador no Gmail que enquadra praticamente 98,5% desses artigos e outros tantos emails que recebo, mas engana-se quem pensa que vão ficar lá por muito tempo.O nome do marcador é "Ler mais tarde, com tempo". Bem verdade que tenho preferido dar logo uma lida superficial nos artigos que chegam, a exemplo do último até o momento em que posto esta crônica. Tenho preferido isso porque constatei, infelizmente, que quem cria um marcador desse quilate é porque sofre de uma "síndrome tecnológica" básica: a de retardo e esquecimento de mensagens marcadas para se ler depois, por falta de tempo. Assim, das mais de cem postagens que a esta altura eu já devo ter recebido do blog português e de tantos outros sites, se cheguei a ler 2% até hoje considero muito. 
Voltando ao artigo em questão (o do Faustino), ele se propõe a discordar, em parte, dos argumentos que outro metablogueiro, Marcos Lemos, listou em outro artigo (que só agora abri para ler, se der tempo...). É mais um trabalho bem ao estilo analítico-enumerativo-didático-extensivo do português, sendo ao fim mais uma aula em prosa sobre as estratégias de monetização de blogs/sites, que funcionam sim, quando bem trabalhadas. Trata inclusive das próprias estratégias de email marketing voltadas para ampliação e fidelização dos leitores por meio do envio direto de conteúdo (fenômeno que começa, por exemplo, quando cadastramos nosso endereço naquela janela pop up de subscrição que aparece no blog do Faustino). É dito que "os grandes blogueiros profissionais usam o Email Marketing como a sua fonte de rendimentos Nº1" e que o cerne dessa prática reside "na criação de uma base de dados de qualidade, que lhes permita recomendar determinados produtos e gerar dezenas/centenas de conversões com um único envio". 
Não sei se as táticas de SEO dos webmasters já permitem que a conversão comece quando lemos as mensagens na própria janela do email ou se clicamos para a ter acesso à página original da postagem. O que já deu para concluir é que, tanto se for esse o caso ou não, se os blogueiros dependerem do envio de email marketing para a minha janela de webmail pouco terão a ganhar. Definitivamente, eu não devo ser o leitor ideal.
Em contrapartida, eis aqui uma postagem que de alguma maneira está a contribuir com a técnica.


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Crises de criatividade no mundo freelancer



Blogueiro freelancer de si mesmo não tem crises de criatividade. Se um blog/site desses vier a faltar com suas responsabilidades editoriais, não há como lançar essa justificativa. Pode até ser que soframos com outras crises: a crise de disponibilidade, a crise da fatura do cartão de crédito, a crise de metas, a crise da disciplina, a crise da baixa/alta produtividade, enfim, essas são as crises que, acredito, possam ter alguma influência na falta de responsabilidade dos blogueiros.
Quantas vezes planejei postar e não me sobrava tempo para raciocinar, embora tivesse a vontade de fazê-lo? Isso é crise de disponibilidade. Na prática, você sabe que o que fará demandará um preparo para o qual não terá tempo hábil para ter. Por exemplo, em meia hora, pode sair alguma coisa da sua pena, mas a única hora e meia que lhe sobrou livre antes de se recolher foi justamente o momento em que estavam usando o computador. Mesmo aí há um jeito pra não ter tanta desculpa assim: escreva esboços de texto, eles poderão lhe ajudar mais tarde, com mais tempo.
Crise da fatura é um eufemismo, claro: é o mesmo que dizer "crise do interesse". Se muitos correm para as obras que lhe rendem alguma recompensa, por que eu trabalharia de graça, ainda que para mim mesmo?
Crise de metas e de disciplina, redundantemente, andam juntas. Por isso é que preferi me contentar com o pouco neste início de 2012, resolvendo produzir menos a sumir da blogosfera. Quem sabe semeando o pouco apareçam espaços para o muito? Eu creio no milagre da multiplicação, nunca posso esquecer disso. 
Para encerrar, a crise da baixa/alta produtividade só é crise se for proposital: ou eu tenho disponibilidade/ disciplina/ tempo/ recursos/ metas para escrever muito ou empenho todos esses esforços para pouco escrever. Quando essa baixa produtividade é previamente anunciada, portanto, só vai chegar a ser crise para o próprio autor - é justamente este o meu caso. 
Mas dos males, o menor. Eis o abismo que separa o freelancer de si mesmo do freelancer contratado pelos outros e, portanto, ainda estou em vantagem...