sábado, 3 de dezembro de 2011

Lições de metablogagem com Zé Marcos Taveira

Este segundo post da série "Lições de metablogagem" já estava previsto desde quando saiu o do Bruno Simomura: "entrevistar" José Marcos Taveira. Prossegui no mesmo estilo "post de bolso", para não enfadar a ninguém, nem ao leitor, nem ao blogueiro aqui, que anda se virando em três para dar conta deste projeto.Quero trazer aqui um pouco do pensamento de mais um blogueiro notável para crescimento profissional de nós todos.
Jornalista experiente, araçatubense de coração, Zé Marcos também é um dos nossos desbravadores da blogosfera brasileira, inclusive apaixonado por ela. Administra há mais de 5 anos o Blog do Zemarcos, que pessoalmente acho um barato porque, quando comecei a blogar, além de divulgar textos sobre literatura, crônicas do cotidiano e poemas, pensava em fazer algo mais diversificado (variedades), bem ao estilo do Blog do Zemarcos e, no entanto, acabei aqui. Mas continuo feliz com o caminho que se me está apresentando. 
Como o próprio blogueiro jornalista informa, seu blog hoje "se transformou em um espaço para brincar com os amigos, escrever sobre tecnologia, dicas de vídeos entre outros. Atualmente, coordena uma das iniciativas da blogosfera que mais me encanta, que é a Cia dos Blogueiros, "uma entidade virtual que reúne blogs de várias partes do País". Gosto da Cia, inclusive, porque encontro ali blogs surgindo a todo o momento com alguns dos mesmos interesses que tinha - e ainda tenho (embora não esteja com essa disponibilidade toda para voltar a empreendê-los).

Ah, não podia acabar esta postagem sem fazer uma consideração pessoal (como se coisa alguma aqui não o fosse!): acho linda maneira a que o Zé se refere à esposa (Luci Neide), sempre a tratando na web como "amada amante". Em tempos de obscurescência de sentimentos, Zé Marcos, você é, antes de tudo, um herói, continue assim pelo amor de Deus!!! Por isso, vou transcrever a declaração dele para encerrar esta primeira parte do post (que, por estar à espera do "material" do Zé, será editada em breve novamente):
Luci Neide "é sua fonte de existência, o amor da sua vida, a melhor amiga que já teve. Ela e o filho, Michael, são o motivo de continuar respirando. São tudo que um homem deseja nesta vida."
Que mais eu poderia dizer se, bastando trocar as personagens, sou eu uma pessoa que pensa as mesmas coisas?


O post da resistência?



Comecei o mês de dezembro com uma vontade de desistir. De blogar, pelo menos. Em vez de mais ainda me motivar, eu estava decidido a enfrentar o final de temporada 2011 com um silêncio bem reclusivo. Um silêncio como se fosse uma licenca do servidor público: "licença para tratar de interesse particular". Não havia sido por falta de planejamento, porque todo blogueiro freelancer de si mesmo tem que ter algum, se não não vingaria.

Também não seria por improdutividade, porque em todos os lados que vislumbro sinto que as coisas vão caminhando, pelo menos para o lado do trabalho e do desempenho por trabalhar, se bem que financeiramente, tudo vai pela misericórdia de Deus (que é a que mais me importa). Eu não faço corpo mole na blogosfera, eu não faço corpo mole na sala de aula, eu não faço corpo mole no serviço ao público, eu não faço corpo mole na edição dos textos, eu não faço corpo mole para virar a meia noite lendo um tópico de histologia básica. Mas nos últimos sete dias me senti tentado a deixar este projeto de lado por uns dois meses, pelo menos.
E verdade, isso acontece com todos nós, sejamos blogueiros, webmasters, redatores, ou simplesmente freelancers. Por incrível que pareça, eu estava quase encontrando o sabotador de tudo: era eu mesmo!
Então, antes de pensar em desistir, ponderei se não daria para:

1. Produzir menos.
Pode ser melhor aparecer menos por aqui do que sumir de vez por muito tempo. E estou considerando que muito tempo em uma coisa como a internet tanto se refere a uma semana quanto a dois meses.
2. Murmurar menos.
Enquanto eu me lamentava acerca de um problema, meu colega encontrou a solução com o mais simples bom humor da vida. Às vezes, enquanto você lamenta, perde a chance de utilizar o próprio lamento ao seu favor. 
3. Criar menos metas, mas principalmente cumpri-las em tudo aquilo que só depender de mim mesmo.


Fechando este post, falou mais forte a força de vontade, mesmo sabendo que ela não é tudo. Não vai ser desta vez que vou dizer que vale mesmo a pena desistir por um tempo, interromper-me que seja. É muito difícil avaliar o momento em que melhor seria continuar com os projetos ou a hora em que esteja na hora de abortar alguns deles.
Não esperemos descansos no mundo, nem falta de aflições. É relativamente reduzido o número de pessoas para as quais as oportunidades chegam sem esforço algum. Eu não conheço gente assim. A sociedade em si mesma não está montada para ficarmos sentados com a boca cheia de dentes esperando a morte chegar. Por mais que, foucaultianamente, tudo isso seja grosso modo o fruto histórico de uma série de relações de poder, quem está disposto a renunciar a alguns desses sistemas criados por nós mesmos?