Antes de decidir escrever este post, eu tive um sonho profético, que talvez tenha me feito ponderar muito do que ia dizer e acredito que cortei várias linhas de pensamento. Mas de antemão, é bom que fique claro que não estou me referindo a ninguém em particular, nem a denominação alguma, nem a crença religiosa alguma, nem a episódio específico algum de qualquer pessoa. Tudo o que vai é apenas uma visão pessoal e eu não estou pedindo para ninguém aceitar como verdade, mentira ou conspiração, tanto é que aceito todas as críticas que vierem. Agora, quem quiser se espelhar que se espelhe, porque eu já me espelhei mesmo antes de escrever.
Não precisa entender de sociologia evangélica para saber que o instinto de inadimplência ainda impera em uma pequena parcela do povo "crente" (me desculpe, mas eu não vou usar a expressão "povo cristão" nesse caso). Meu pai, como um bom camelô de porta em porta que foi, sempre insinuava para a gente que ter cliente crente era problema na certa (só que dizia isso por palavrões piores que não convém a mim repetir). Mas Deus é justo e a grande maioria de nós é boa pagadora.
É evidente que existe um discurso que diz ser o "crente veaco uma das piores raças de crentes que podem existir" e que isso de certa forma contribui muito para manchar a reputação boa da grande maioria da gente que sem dúvida é "boa paga". Tudo isso fica ainda pior no mundo ciber-globalizado onde vivemos, onde tudo é computado e cada registro de sua vida muitas vezes é até declarado em "praça pública" virtual.
Não estou escrevendo para me defender de coisa alguma, pois ninguém precisaria se aprofundar muito para descobrir que também devo na praça, ou seja, contraio dívidas como todo brasileiro normal - afinal, só não se endivida com alguma coisa quem é espectro de homem, quem só passou pela vida, não viveu (peço desculpa pela paráfrase infeliz). Seria muito bacana ouvir aqui um discurso doutrinador modelo de moralidade, tipo esses muitos que são pregados todos os dias, mas infelizmente este não é o lugar, nem agora é o momento.
Acredito que existem duas espécies de crentes que devem: uma é o crente veaco e outra é o crente devedor. Basicamente, eles se diferenciam nos seguintes termos:
O crente veaco adquire, por suas atitudes financeiras duvidosas, uma reputação que faz "sucesso" no seu meio, mas às vezes pensa que ninguém sabe quem ele é. Os seus irmãos em Cristo podem até tratá-lo de maneira ordeira e amigável como devem mesmo tratar, mas ele não imagina o que deve ser comentado nos bastidores...
Ou seja, o rastro que o crente veaco deixa na vida dos credores frustrados que vai arrebanhando na existência é inapagável. O crente devedor, não. Ele pode até encenar um princípio de má reputação, mas pode retirar o mal pela raiz, quando vai ao credor prestar satisfações verdadeiras do seu atual estado financeiro.
O crente veaco compra até sabendo que não pode pagar, simulando muitas vezes uma atitude de "fé", e chegando a dizer que vai comprar aquilo "pela fé". Depois do estrago feito, começa a rotina infeliz da síndrome do devedor fujão: fugir, fugir, se esconder, se esconder, deixar o telefone tocar, tocar, mandar avisar que já saiu...
Por outro lado, o crente devedor não se esconde do credor, não está podendo pagar tudo, negocia a dívida, faz um acordo, explica os motivos reais que o levaram a falhar. Ou seja, entende que não respeitar o básico das leis dos homens é também pecar.
No universo da fé pentecostal, por vezes o crente veaco até critica o tal crente "sorveteriano", aquele que vive fora das listas do SPC/SERASA e está vivendo conforme os preceitos bíblicos de um cristão (não digo nem os de religioso), mas que não demostra na vida - e no corpo até - as marcas do "poder de Deus".
Pois bem: se é para ter/manifestar o "poder de Deus" trapaceando com o próximo (às vezes intencionalmente, mas nem sempre, claro, não estou generalizando), é prefirível que Deus use o crente para ser o "crente comportado" de sempre, porém humilde e submisso ao Seu chamado.
O crente veaco compra e não paga, mas acha que talvez o tempo passe uma borracha no passado. Já o crente devedor lembra de tudo, e pode ser que algumas dessas "lembranças" não se apaguem tão cedo.
Por exemplo: me lembro até hoje que deixei uns débitos pequenos por uma cidade onde morei por alguns meses, paguei parte deles através de uma família conhecida que vinha sempre a Feira, mas lembro que ainda fiquei devendo algum resíduo, que o tempo pode ter minado de algum caderno, mas preservou na minha memória culpabilística e uma hora ou outra a coisa vai ser regurgitada, talvez antes do dia do livro do Juízo Final. Aproveitando: a cidade é Pintadas e fica na Bahia, e se alguém de lá conhecer a dona da loja Crislu me avise que eu preciso contactá-la e renegociar esse débito. Eu devia era ter vergonha de dizer isso para quem quiser ler em público, mas eu acho que o crente devedor deve sempre ser um sem vergonha nesse sentido...
A questão não é demonizar o crente veaco e colocar o crente devedor em um pedestal. A questão é tomarmos consciência de que nossas falhas podem ser sanadas e paulatinamente ir agindo, mesmo devagar, mas sempre.
O restante que seria escrito, no sonho (lembra?), Deus tratou de silenciar. Não iria acrescentar mais nada.
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Facebook poderá oferecer serviço de busca de empregos
Notícia divulgada recentemente em artigo do The Wall Street Journal certamente poderá causar alguma apreensão no rol das redes sociais voltadas para profissionais em busca de espaço no mercado. Segundo o artigo, o Facebook planeja criar uma rede social voltada para buscas de emprego, algo que será viabilizado através de sua parceria com outras empresas do setor, como a BranchOut, Work4 Lab e a Jobvite, que já prestam tais serviços dentro da rede de Zuckeberg.
De cara, o Linkedin, uma das principais redes voltadas para divulgação de vagas e perfis profissionais, seria o primeiro prejudicado com a iniciativa. Especula-se que o Facebook esteja investindo alto no projeto, visando a criação de um engajamento entre os usuários interessados em conseguir trabalho, que os levem a compartilhar informações que levem cada vez mais pessoas a também encontrar oportunidades profissionais.
O serviço (que em matéria do site “Futures”, foi chamado de “Facebook-backed Jobs”) tem previsão de estreia no próximo mês.
De cara, o Linkedin, uma das principais redes voltadas para divulgação de vagas e perfis profissionais, seria o primeiro prejudicado com a iniciativa. Especula-se que o Facebook esteja investindo alto no projeto, visando a criação de um engajamento entre os usuários interessados em conseguir trabalho, que os levem a compartilhar informações que levem cada vez mais pessoas a também encontrar oportunidades profissionais.
O serviço (que em matéria do site “Futures”, foi chamado de “Facebook-backed Jobs”) tem previsão de estreia no próximo mês.
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