domingo, 18 de julho de 2010

Um post Beta

Este post é Beta.
Explico: estou postando pela primeira vez a partir do novo serviço do pacote Windows Live 2010, o Windows Live Writer Beta. De Writer só conhecia o da suíte Open Office, mas não há como comparar. Venho há alguns dias testando o pacote e já deu para perceber coisas boas em relação à versão anterior. O Writer permite que blogueiros do Blogger ou do Wordpress integrem suas contas para editar e publicar postagens, daí o motivo disto aqui ser escrito. Mas há um gama muito maior de possibilidades associativas disponíveis, facilmente conferíveis por quem baixar e fuçar o pacote.
O Msn agora é capaz de “se expandir”, dando espaço à (exibição) “sincronização” de redes sociais, onde se pode, por exemplo, associar a sua conta do Facebook ou a do MySpace, entre outras, à sua conta do Windows Live. O Twitter não está disponível.
Outro serviço que me chamou a atenção foi o Windows Live Sync, que oferece maneiras de sincronizarmos tanto pastas, quanto personalizações do Internet Explorer e arquivos do Office, salvando-as na nuvem da Microsoft (Skydrive).
Boa opções para continuar aproveitando aquilo que a Microsoft faz.

sábado, 17 de julho de 2010

O que nos afasta dos livros e da leitura?





Muita gente vai acessar este post, dar uma lida superficial no começo e sair da página. Isso acontece com freqüência e você não é o único, eu também faço. Oxalá que a promissora popularização dos E-readers (Kindle, Ipad, Sony Reader, etc) dissolvesse de mim esta tese que por certo alguns teóricos da educação também já defendem a respeito do problema da leitura: o computador (até no modo off-line) me afasta dos livros. E não é só isso: o computador, na verdade, me afasta da leitura. De um lado, acredito que isso se deve à questão pontual da “comodidade” que o contato do corpo com a brochura de papel proporciona. De outro lado, paradoxalmente, esse afastamento (temporário, no meu caso) é motivado pela rapidez com que empreendemos leituras através do computador, geralmente imediatistas, mormente superficiais. Depois de ler um artigo no PC, perco a disposição para pegar meus livros. Perde-se muito do prazer do texto quando a leitura é mediada pela tela. O hipertexto foi uma ótima invenção para agregar idéias correlatas nos textos e uma péssima sacada em matéria de prolongamento da irrisória paciência do “leitor” digital (leia-se: a pessoa que está lendo). Da mesma forma que a possibilidade de baixarmos ou comprarmos livros pela internet em nada modificou hábitos atávicos e ruins de leitura, o mesmo ocorrerá com a difusão em massa dos e-readers, se é que podemos dizer que isso será possível, haja vista o preço que esses leitores têm custado.
Tudo isso é negativo para um país como o Brasil, onde cerca de 40% da população ainda é considerada não-leitora. De acordo com pesquisas do Instituto Pró-Livro, os livros digitais em geral estão longe de fazer qualquer diferença estatística por aqui, pois apenas 1% dos leitores recorre a eles, em uma massa de 95,6 milhões . Outra coisa: nem a internet, nem a relativa facilidade em se baixar livros, ou mesmo o barateamento dos mesmos, enfim, nada disso pode ser ainda considerado alavancador no processo de conscientização do leitor brasileiro, por mais importante que seja o fato de que portais como o Domínio Público sejam reconhecidamente bem visitados.
Comecei o post querendo dizer nas entrelinhas que quanto maior o nível de inclusão digital de um indivíduo, maior o volume de leitura que ele tem pela frente... só que é um volume que ele não chegará a ter o trabalho de ler. Não se trata apenas de falta de tempo e sim porque somos herdeiros de toda uma “má criação” educacional e cultural (nós, alunos, falhamos e nós, professores, ainda temos falhado).
Para o problema da inexistência do hábito de leitura na vida dos brasileiros, a web também não vai ser a salvadora da pátria. Aliás, a web também não é a salvação para os demais problemas do mundo. Quem já não gosta de ler sequer um microconto de Dalton Trevisan, emprestado de uma Biblioteca, por que leria com boa vontade um conto de Machado de Assis, tipo “Missa do galo” só porque ele pode ser baixado de graça na internet???
Temo que a cada dia eu mesmo mais me afaste dos livros de papel por causa das novas tecnologias. Se tomar por base a quantidade efetiva de livros que peguei na biblioteca para ler até este mês do ano e não cheguei ao final, o meu presságio pode estar se confirmando. Vinha até agora achando isso normal, afinal de contas minha geração está entrando em contato com as “novas formas de leitura e de interação com o mundo”, no jargão idealista dos pedagogos. Hoje, já acho esse pensamento perigoso. Não estou culpando a tecnologia pela minha perca momentânea da freqüência de leitura de livros de papel. Nessa vereda não há culpados ou inocentes e não podemos nem ser apocalípticos, nem ser integrados. Precisaremos ser pragmáticos.